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ELETRONICA INDUSTRIAL _ Prof: Rômulo

Um melhor aproveitamento da tensão da rede será obtido se incluirmos um retificador de


onda completa antes da carga como indicado na Fig1.16.

Circuito de
Disparo

VRMS

VDC

Fig1.16: Retificador controlado de onda completa , circuito e formas de onda

Neste caso a tensão continua e a tensão eficaz na carga são calculadas por :

VM .(1 + cos θ F )
VDC = = tensão continua na carga
π

VM 1 sen 2.θ F
VRMS = . .(π − θ F + ) = tensão eficaz na carga
2 π 2

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2.VM VM
No caso de θF = 0º VDC = e VRMS = que são os
π 2
mesmos valores do circuito retificador de onda completa.

No caso de θF = 180º VDC = 0 e VRMS = 0

3.3.2.1 - CIRCUITOS DE DISPARO EM CA

CIRCUITO 1: Neste circuito o angulo de disparo é no máximo 90º, pois a tensão de anodo e a
tensão de gate estão em fase. O diodo protege o gate de tensão reversa no semi ciclo
negativo. Se RV aumentar o angulo de disparo aumenta, pois será necessário mais corrente (
portanto mais tensão) para disparar o SCR.

Fig1.17: Circuito de disparo1

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CIRCUITO2: No circuito a seguir o capacitor atrasa a tensão de gate em relação à tensão de


anodo , permitindo que o SCR possa disparar além de 90º. O diodo D1 impõe sempre as
mesmas condições iniciais no começo de cada semi ciclo positivo.

Fig1.18: Circuito de disparo 2.

CIRCUITO3: O circuito da Fig1.19 permite um controle de disparo de quase 0º a quase


180º, permitindo um controle da potência de aproximadamente máxima potência a quase zero.

Fig1.19: Circuito de disparo3

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3.3.3 - DISPARO POR PULSO

Em algumas aplicações é importante que o angulo de disparo não se altere quando


trocamos um SCR por outro( de mesmo nome ).Um exemplo é em retificação polifásica
controlada, o angulo de disparo deve ser igual em todas as fases. Devido às diferenças
existentes nas características de gate entre SCR’s da mesma família, se usássemos os
circuitos anteriores caso o SCR fosse trocado o angulo de disparo mudaria. A diferença é tanto
maior quanto mais lenta for a variação da tensão de gate. A Fig1.20 mostra como a velocidade
da tensão ( dv/dt ) influencia o angulo de disparo.

VG

Caso2

Caso3
Caso1
VGT2
VGT1

∆t2 ∆t1
Fig1.20: Influência da velocidade de crescimento da tensão de gate na mudança do angulo de
disparo.

Podemos notar na Fig1.20 que o retardo introduzido ( ∆t ) quando o disparo é feito por
pulso é praticamente nulo , isto é, caso o pulso tenha amplitude e duração suficientes ao ser
aplicado dispara todos os SCR’s no instante que é aplicado independentemente da amplitude
da tensão de disparo de gate( VGT).

Rs

D1 D2
R
RL
Vz
Ve

D3 D4 C
RB1

Fig1.21: Circuito de disparo por pulso.

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As diferenças existentes nas características de gate não influenciam no angulo de


disparo quando este é feito por pulso. A Fig1.21 mostra o circuito de disparo por pulso mais
simples.

VZ

VP VC

(a)

VRB1

T
(b)

VRL

(c)

α =ω.t
θF

Fig1.22 : Forma de onda do circuito da Fig6.22

Da Fig1.22b, é importante observar que é o primeiro pulso que dispara o SCR, quando
começa o semiciclo, os pulsos subseqüentes não afetam mais o circuito. É importante notar
também que no final do ciclo como a tensão no Zener (e conseqüentemente no UJT ) vai a
zero, nesse instante o capacitor estará descarregado totalmente , e portanto quando se iniciar
novo semiciclo as condições iniciais serão as mesmas. Este sincronismo é importante para
que o ângulo de disparo não mude de ciclo para ciclo, o que ocorreria se a alimentação do UJT
fosse obtida de um circuito à parte.

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3.3.1. TRANSFORMADOR DE PULSO

Deve ser usado quando houver necessidade de isolar o circuito de controle do circuito de
potência, ou ainda quando a tensão CC em RB1 , estando o UJT cortado, for suficiente para
disparar o SCR. Os transformadores de pulso são usualmente do tipo 1:1 ( um secundário ) ou
1:1:1 ( dois secundários ). Uma aplicação importante desses dispositivos é quando se deseja
disparar dois SCR’s em anti-paralelo, como na Fig1.23a. Observe que não é possível a
ligação do mesmo circuito de disparo no gate dos dois SCR’s . , pois isso colocaria em curto
circuito o anodo e o catodo dos dois SCR’s. A solução é o uso de um transformador de pulso
1:1:1 como na Fig1.23b. O circuito de disparo é o mesmo da Fig6.22 com o resistor RB1 sendo
substituído pelo primário do transformador.

Ve

(a) (b)

Fig1.23: Disparo de SCR’s em antiparalelo usando transformador de pulso

No semiciclo positivo da tensão de entrada dispara o SCR1para um determinado angulo de


disparo θF (observe que os dois SCRs recebem pulsos mas só aquele com anodo positivo em
relação ao catodo conduz ). No semiciclo negativo será o SCR2 que dispara para o mesmo
angulo de disparo. A Fig1.24 mostra a forma de onda na carga para o circuito da Fig1.23b.

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Conduz
SCR1

Conduz
SCR2

Fig1.24: Forma de onda no disparo por SCR’s em antiparalelo usando transformador de pulso
1:1:1

EXERCICIOS PROPOSTOS

1) Para cada circuito pede-se : a) Desenhar o gráfico da tensão na carga em função do ângulo
b) Calcular a tensão média e a tensão eficaz c) Calcular a potência dissipada na carga.

RL = 10 Ohms

1.1 PONTE

θF = 90º

Ve=110V(RMS)
RL = 10 Ohms

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1.2 RL = 10 Ohms

Ve = 110V (RMS) PONTE

θF = 90º

Ve=110V(RMS)
RL = 10 Ohms

2) No circuito da Fig1.21 são dados R = 50K C = 0,1uF η =0,7 f = 60Hz Vz =15V .


Pede-se : a) Desenhar os gráficos das tensões na carga, zener e no SCR indicando o ângulo
de disparo. b) Tensão média na carga e dissipada.

3) No circuito da Fig1.21 qual deve ser o valor de R para que o ângulo de disparo seja igual a
90º sabendo-se que C = 0,1uF η = 0,7 e f = 50Hz
4) Explicar o funcionamento do circuito dando tempos envolvidos ao se fechar a chave CH.( O
que acontece com o LED ).

100K
1K

100uF

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5) Explique o funcionamento do circuito quando CH é fechada.

CH
+12V
2K2 Carga 470

1uF
120 100K

1K
3K3 0,1uF
+ +
0,1uF 100 - -1000uF

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