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e Planejamento de Midia
Prof. Ms. Roberto Ferreira da Silva
Objetivos da unidade
•Apresentar um panorama dos meios de comunicação contemporâneos
• Contextualizar o conceito de mídia
•Discutir os atributos do profissional de mídia
Para conhecer um pouco mais sobre os perfis de targets nos meios de comunicação veja
abaixo alguns quadros comparativos:
O termo Target, deriva da língua inglesa e Basta olhar ao nosso redor para percebermos como os anúncios estão em praticamente
significa “Alvo”. É utilizado pelas agências todos os lugares: nas frutas, nos celulares, nos notebooks, no elevador, na escada
de comunicação para designar o cliente, rolante, nas bombas de gasolina, nas esteiras dos caixas dos supermercados, nos
consumidor ou público que se quer carrinhos de compra, enfim, tudo isso e muito mais pode ser usado como veículo de
alcançar com determinada comunicação. comunicação.
Os meios de comunicação são qualquer interface por onde possa transitar uma
mensagem até o consumidor, enquanto que os veículos de comunicação são os
canais dentro de cada meio que atingem diretamente o público-alvo criando dinâmicas
de interação próprias para aquele canal.
Assim no meio impresso temos revistas, jornais, folders, e os canais podem ser o jornal
O Estado de São Paulo ou a revista Veja, enquanto que no meio audiovisual temos como
exemplos de veículos a TV Globo ou a rádio Eldorado e nos meios alternativos temos,
por exemplo, a Elemída com os elevadores.
Podemos utilizar os jornais impressos como exemplo para explicar como a tecnologia da
informação está alterando radicalmente os paradigmas da comunicação mundial.
O número de assinaturas dos jornais impressos está caindo nos últimos anos e, de
acordo com a pesquisa da Pew Research de dezembro de 2008, a internet já ultrapassou
os jornais impressos como principal fonte de informação para os americanos.
ANTES AGORA
Mídia de Massa Mídia Customizada
Escolha Limitada Escolha Ilimitada
Monólogo Diálogo
Esporádico Freqüente
Exposição Acesso
Sintonia Navegação
Públicos Alvo Consumidores
Atenção Participação
Estático Dinâmico
Passivo Ativo
Paciente Exigente
Receptivo Editor
Cobertura Frequência
Segmento Indivíduo
Demográfico Psicográfico
One Way Two Way
PRODUTO MARCA
Mas o termo mídia pode também ser usado para designar o profissional, a atividade, a
área, o trabalho ou departamento de mídia, ou segundo VERONEZZI (2009), o ato de
planejar, desenvolver, pensar e praticar mídia.
Curiosidade
A história da propaganda no Brasil
começou em 1808 com nosso primeiro
jornal: A gazeta do Rio de Janeiro.
• Década de 60:
- Fundação do IVC (Instituto Verificador de Circulação);
- Formação do Grupo de Mídia São Paulo que iniciou as discussões sobre a formação
de profissionais da área de mídia.
• Década de 70:
- Introdução da técnica GRP (Gross Rating Points) ou pontos de audiência bruta e que
tornou o planejamento de mídia uma atividade técnica;
- Rápido desenvolvimento da área de pesquisa de mídia;
- Introdução do computador no departamento de mídia;
- Momento do “Milagre brasileiro”, por conta da economia aquecida e da propagan-
da do governo militar brasileiro que exibia mensagens que apelavam para o senti-
mento nacionalista como “Brasil, ame-o ou deixe-o”.
• Década de 80:
- A inflação brasileira decola criando uma grande instabilidade econômica o que fez
com que muitos anunciantes começassem a negociar diretamente sem a presença
da agência;
- O profissional de mídia responsável pela área de compras começa a ter um papel
fundamental no relacionamento com os clientes e os veículos por cuidar das nego-
ciações com os veículos nas agências.
• Década de 90:
- Estabilização da moeda com o Plano Real;
• Anos 2000:
- O departamento de planejamento de mídia continua sendo visto como prioritário
para a construção e manutenção do valor da marca;
- Uso cada vez mais freqüente de novas mídias com tecnologia de ponta no planeja-
Curiosidade mento de mídia.
A primeira agência de propaganda do
Brasil surgiu em 1913 com o nome de
Eclética e contratava escritores e artistas
para a criação de textos e ilustrações
dos anúncios. Seus principais clientes
eram Ford Motor Co., Kolynos, Palmoli-
ve, Texaco Co., Aveia Quaker, Biscoitos
Aymoré, Sabonete Eucalol e outros que
eram anunciados nos principais meios
de comunicação da época (revistas,
jornais e cartazes).
Agência Eclética, a primeira agência de
comunicação do Brasil
PLANEJAMENTO:
Nessa atividade o profissional é responsável por um grupo de clientes ou por
determinada conta, respondendo pelas seguintes atribuições:
• Elaborar o plano de mídia de acordo com a verba disponível, com as
recomendações de como a campanha será veiculada para atingir o público-alvo
e, com isso, obter os resultados desejados de marketing e de comunicação;
• Apresentar o plano de mídia ao cliente, pois só quem vivenciou todos os
processos sabe como argumentar melhor e defender o conteúdo do plano;
• Administrar o processo de envio de documentos aos veículos de comunicação,
autorizando a exibição das peças publicitárias, e ao cliente, para que formalize
a aprovação da veiculação. O documento enviado ao veículo é normalmente
chamado de “Autorização de Veiculação” ou “Pedido de Inserção (PI)” e contém
informações como período de veiculação, número de inserções e custos. A partir
desse documento, o veículo emite sua fatura em nome do cliente e aos cuidados
da agência. O documento enviado ao cliente possui conteúdo similar e é
conhecido como “Autorização de Publicação (AP)”, e o cliente deve assinar cada
AP, que corresponde a um veículo.
PESQUISA:
Nessa atividade técnica o profissional é responsável por fornecer todo o suporte
técnico de pesquisa ao planejador, como: manusear os softwares de pesquisa;
interpretar o comportamento das audiências de televisão e rádio; analisar os
investimentos da concorrência em mídia; desenvolver novos estudos com os institutos de
pesquisa.
Também faz parte de suas atribuições negociar a compra dos relatórios regulares com
os institutos, como os relatórios de audiência de televisão e de circulação de revistas.
COMPRAS:
Essa atividade é caracterizada pelo contato do profissional de mídia com o
profissional de veiculo de comunicação, seja para obter qualquer tipo de informação,
seja para negociar desconto sobre a verba prevista de veiculação. São poucas as
agências que dispõem de um profissional específico encarregado dessa atividade.
Essa função normalmente é realizada pelo planejador. Fica a cargo da área de compras
avaliar os projetos oferecidos pelos veículos, em termos de custo, volume de veiculação,
adequação e vantagens percebidas, e desenvolver formatos diferenciados de veiculação
que proporcionem resultados equilibrados de custo-benefício.
Podemos apontar três níveis mais comuns de cargos que demonstram as hierarquias nas
agências:
GULLO, Duda Pinheiro José. Comunicação integrada de marketing. São Paulo: Atlas,
2005.
JONES, Philip John. A publicidade como negócio. São Paulo, Editora Nobel, 2002.
TAMANAHA, Paulo. Planejamento de mídia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
VERONEZZI, José Carlos. Mídia de A a Z. São Paulo: Pearson Prentice Hall Editora,
2009.