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PENSAMENTO
Trata-se, o pensamento, de uma operação mental que nos permite aproveitar os conhecimentos
adquiridos na da vida social e cultural, combiná-los logicamente e alcançar uma outra nova forma de
conhecimento. Todo esse processo começa com a sensação e termina com o raciocínio dialético, onde
uma idéia se associa a outra e, desta união de idéias nasce um a terceira.
Quando percebemos uma rosa branca concebemos, ao mesmo tempo, as noções de rosa e
brancura, daí, conceberemos uma terceira idéia que combina as duas primeiras. Evidentemente, para
concebermos as duas primeiras idéias há a necessidade de que, anteriormente, tenhamos de
experimentar a rosa e também o branco para, numa próxima operação concebermos a rosa branca.
Não há, desta forma, necessidade de termos experimentado uma rosa já branca, assim como,
por exemplo, somos capazes de conceber uma rosa completamente verde, sem que, sequer, a tenhamos
visto.
O raciocínio humano é uma cadeia infinita de representações, conceitos e juízos, sendo a fonte
inicial de todo esse processo a experiência sensorial. Nosso conhecimento se dá através das
representações senso perceptivas do mundo e delas, elaboramos nossos conceitos, vistos
anteriormente. O pensamento lógico consiste em selecionar e orientar esses conceitos, tendo como
objetivo alcançar uma integração significativa, que possibilite uma atitude racional ante as
necessidades do momento.
FORMA DO PENSAMENTO
Havendo saúde mental os estímulos para que o raciocínio se desenvolva devem provir de
fontes externas e internas. Mas o pensamento não é guiado apenas por considerações estritamente
atreladas à realidade, ele também flui motivado por estímulos interiores, abstratos e afetivos ou até
instintivos. A criação humana, por exemplo, ultrapassa muitas vezes a realidade dos fatos, refletindo
estados interiores variados e de enorme valor para a construção de nosso patrimônio cultural.
Voltar-se para o mundo interno significa que o pensamento se manifesta sob a forma de
DEVANEIOS - uma espécie de servidão das idéias às nossas necessidades mais íntimas, aos nossos
afetos e paixões. Enquanto há saúde mental, entretanto, nossos devaneios são sempre voluntários e
reversíveis; eles devem ser nossos servos e não nossos senhores.
Em estados mais doentios, esses devaneios ou fugas da realidade são emancipados da vontade,
são impostas ao indivíduo de forma absoluta e tirânica. Parece tratar-se de um indivíduo que despreza
a realidade e vive uma realidade nova que lhe foi imposta involuntariamente, da qual não consegue
libertar-se.
A própria concepção da realidade pode sofrer alterações nos transtornos psíquicos. Em
determinados estados neuropsicológicos a realidade pode sofrer alterações de natureza bioquímica,
funcional ou anatômica. Em outros estados, agora de natureza psicopatológica, os elementos da
realidade também podem ser deturpados por fatores afetivos, emocionais ou psíquicos, de forma a
prevalecer uma concepção do mundo determinada exclusivamente pelo interior de ser e não mais pela
lógica comum à todos nós.
Ao pensamento que se afasta da realidade morbidamente, ou seja, doentiamente, damos o nome
de Pensamento Derreísta ou Pensamento Autista. Falamos “se afasta morbidamente da realidade”
porque esse tipo de pensamento não mais depende do arbítrio que todos temos em fantasiar e voltar à
realidade voluntariamente. Ele devaneia obrigatoriamente, sendo negado ao paciente a faculdade de
entendimento dos limites de nossas fantasias, quando nos imaginamos ganhadores da loteria ou coisas
assim, e da realidade, com a consciência plena de nossa situação.
Visto assim, normal seria a dupla capacidade do pensamento, tanto para lidar com a fantasia,
quanto para lidar com o concreto, de maneira livre e autônoma. O ser humano normal deve ter
autonomia e capacidade de passar voluntariamente de uma forma à outra e, principalmente, deve saber
claramente onde começa um tipo de pensamento e termina o outro.
Para aqueles que acreditam ser normal e até desejável que a pessoa tenha seus pensamentos
exclusivamente atrelados ao concreto e ao real, lembramos que essa limitação imposta ao pensamento,
fazendo-o incapaz de afastar-se do absolutamente concreto, leva o nome de Concretismo, que também
é uma alteração da forma do pensamento.
CONCLUSÃO - keyla
CONCLUSÃO – Paula