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Actividade de enzimas

pectolíticas no Tomate
A cultura do tomate
 Do latim Lycopersicon esculentum Mill, família
das Solanáceas

 Oriunda da América Central, provavelmente


México

 Introduzida na Europa no séc. XVI

 Importante cultura na cozinha mediterrânica,


destacando-se o seu consumo tanto em cru como
na forma de derivados
Tomate e derivados – sua utilização
 Tomate cru – saladas

 Concentrado, pelado/pedaços, polpa – cozinha

 Tomate seco – cozinha

 Sumo de tomate – bebida

 Ketchup e molhos – para acompanhar alimentos,


ex: hambúrgueres, “hot-dogs”, etc.
Composição Química
 93 a 96% de Água

 5 a 7,5% de Matéria seca, dos quais ½ (D-frutose e D-


glucose) – açúcares redutores

 0,7 a 1,1% Sólidos insolúveis (das paredes celulares)

 Dos sólidos insolúveis no tomate:


 40 a 45% pectinas
 25 a 30% hemicelulose
 30 a 45% celulose
Composição Química
 Substâncias pécticas
Polissacáridos
ramificados com
polímeros de ácido
galacturónico,
galactose, arabinose,
xilose, ribose, glucose.
www.fcfar.unesp.br
As suas ramificações
servem para aprisionar
a água ⇒ estrutura de
gel.
Sólidos Insolúveis
 Fibras de celulose:
- firmeza à parede celular
- determinação das propriedades dos produtos
derivados do tomate

 Fracção pectínica:
- importância nas funções biológicas
- determina tamanho dos poros das paredes
celulares
- importante na difusão de enzimas e processos
bioquímicos na célula
Actividade enzimática
 Tomate maduro tem diversos tipos de enzimas
que degradam polissacáridos

 Abundante presença de actividade de enzimas


pectolíticas

 Pectinaesterase (PE) e poligalacturonase (PG) em


maior quantidade
Enzimas pécticas
 Relativamente bem estudadas pela sua
importância na Indústria Alimentar

 Utilizadas para facilitar a filtração e clarificação de


sumos de frutas

 Indesejáveis quando podem ocasionar o


excessivo amolecimento de frutas e legumes
(formação de precipitados nos sumos de tomate e
diminuição da consistência de massas de tomate)
Pectinaesterase (PE)
 Enzima desesterificante
muito abundante no
tomate

 Catalisa a hidrólise dos


grupos metilester
presentes nos ácidos
pectínicos e nas pectinas,
produzindo ácidos
pécticos ou ácidos
pectínicos com menor Structure of PME (pectin Methylesterase)
grau de esterificação www.ebi.ac.uk

 Proteína básica com um pH óptimo de 7,5


 Continua activa no pH natural do fruto
Pectinaesterase (PE)
 É inactivada por aquecimento a 82ºC durante 15 segundos

 A temperaturas entre 60 e 67ºC, bastam 5 minutos para que


50% da sua actividade seja inactivada

 Está presente em todos os estádios de desenvolvimento do


tomate, mas o aumento da sua actividade só ocorre durante
o amadurecimento

 Tem um papel importante no amaciamento dos frutos (pelo


aumento da susceptibilidade das pectinas à PG durante o
amadurecimento)
Poligalacturonase (PG)
 Catalisa a hidrólise das
ligações α, 1-4 do ácido
galacturónico da cadeia de
pectina

 A sua acção segue-se à


desesterificação das
pectinas pela enzima PE

 A sua actividade aumenta


com as pectinas
desesterificadas, e a simples
imobilização da PE conduz à
paralisação da sua actividade
(não há um substrato Structure of PG. (a) representation of the right-handed parallel β-helix,
consisting of 10 coils each made up of three or four β–strands. (b)
específico para actuação da Electrostatic potential surface representation. The model is oriented to
enzima PG) highlight the putative active site. Negative charges are shown in red,
positive charges in blue.
www.ebi.ac.uk
Poligalacturonase (PG)
 A sua actividade está directamente relacionada
com o aumento de pectinas solúveis e o
amaciamento durante o amadurecimento

 É inactivada completamente por choque térmico a


temperaturas de 55-60ºC durante 20-30 minutos
Importância da actividade
enzimática
 Conhecimento da bioquímica do amaciamento de
frutos com o amadurecimento ⇒ poderá
proporcionar informações comerciais importantes

 Frutos mais firmes poderão ser comercializados


por períodos mais longos
Referências Bibliográficas
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tomato products, Food Trade Press LTD, 2ª Ed., Londres
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 Heutink, R. (1986) – Tomato juices and tomato juice
concentrates: a study of factors contributing to their gross
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 Ouden, F.W.C. (1995) – Physico-chemical stability of tomato
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 Resende, J.M.; Chitarra, M.I.F.; Maluf, W.R.; Chitarra, A.B.;
Saggin Júnior, O.J. (2004) – Actividades de enzimas
pectinametilesterase e poligalacturonase durante o
amadurecimento de tomates do grupo multilocular,
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 Gardê, A.; Gardê, N. – Culturas hortícolas – Nova Colecção
Técnica Agrária, 1º Volume, Clássica Editora, 6ª Ed.
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Hendrickx - Purified Tomato Polygalacturonase Activity
During Thermal and High-Pressure Treatment (2004), Wiley
Periodicals, Inc.
 www.pnas.org
 www.plantcell.org

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