You are on page 1of 5

c   ?

??

Ý ?
?

A doutrina do empirismo foi definida explicitamente pela primeira vez pelo


filósofo inglês John Locke no século XVII. Locke argumentou que a mente seria,
originalmente, um "quadro em branco" (tábua rasa), sobre o qual é gravado o
conhecimento, cuja base é a sensação. Ou seja, todas as pessoas, ao nascer, o
fazem sem saber de absolutamente nada, sem impressão nenhuma, sem
conhecimento algum.?

Todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido pela experiência,


pela tentativa e erro.?

Historicamente, o empirismo se opõe a escola conhecida como racionalismo,


segundo a qual o homem nasceria com certas ideias inatas, as quais iriam
"aflorando" à consciência e constituiriam as verdades acerca do Universo. A
partir dessas ideias, o homem poderia entender os fenómenos particulares
apresentados pelos sentidos. O conhecimento da verdade, portanto, não
dependeria dos sentidos físicos. ?

?
º 
  ?
?

Empirismo é a escola de Epistemologia (na filosofia ou psicologia) que avança


que todo o conhecimento é o resultado das nossas experiências (teoria da
"Tábua Rasa" de J. Locke). O empirismo é um aliado próximo do materialismo
(filosófico) e do positivismo, sendo oposto ao racionalismo europeu continental
ou intuicionismo.
O empirismo é geralmente observado como sendo o fulcro do método científico
moderno. Defende que as nossas teorias devem ser baseadas nas nossas
observações do mundo, em vez da intuição ou fé. Defende a investigação
empírica e o raciocínio dedutivo.?

Kant tentou obter um compromisso entre o empirismo e a corrente oposta, o


racionalismo.?
?
?
     
  ?
?

D???       ?

‰ara o Empirismo, a Experiência é a base do conhecimento científico, ou seja,


adquire-se a Sabedoria através da percepção do Mundo externo, ou então do
exame da actividade da nossa mente, que abstrai a Realidade que nos é
exterior e as modifica internamente. Daí ser o Empirismo de carácter
individualista, pois tal conhecimento varia da percepção, que é diferente de um
indivíduo para o outro. ?

?
D???      ?

O Empirismo diz que a origem das Ideias é o processo de abstracção que se


inicia com a percepção que temos das coisas através dos nossos sentidos. Daí
diferencia-se o Empirismo: não preocupado com a coisa em si, estritamente
objectivista; nem tão pouco com a ideia que fazemos da coisa atribuída pela
Razão, como ensina o Racionalismo; mas puramente como percebemos esta
coisa, ou melhor dizendo, como esta coisa chega até nós através dos sentidos. ?

?
D???Ñ        ?

‰ara o Empirismo a relação de causa e efeito nada mais é do que o resultado da


nossa forma habitual de perceber fenómenos e relacioná-los como causa e
consequência através de uma repetição constante. Ou seja, as leis da Natureza
só seriam leis porque se observaram repetidamente pelos Homens.?

?
D???•    ?

O Empirismo nega tal identidade permanente, pois o conteúdo da nossa


consciência varia de um momento para outro de tal forma que ao longo do
tempo essa consciência teria, em momentos diferentes, um conteúdo diferente.
A explicação está no facto de que a consciência, como sendo um conjunto de
representações, dependeria das impressões que temos das coisas, mas sendo
impressões estariam sujeitas a variações.?
?
D???     ?

O Empirismo apesar de não possuir pensamento contraditório entende de forma


bem diferente: diz que a Razão é dependente da experiência sensível, logo não
vê dualidade entre espírito e extensão (como no Racionalismo), de tal forma
que ambos são extremidades de um mesmo objecto.?

?
D???Î         ?

No Empirismo tal método matemático não é aceite. A experiência é o ponto de


partida de nosso conhecimento, logo não há necessidade de fazer hipóteses.
Assim caracteriza-se o método indutivo que parte do particular (experiências)
para a elaboração de princípios gerais.?

?
Î     
  ?
?

O grande mérito do empirismo consiste em ter salientado a importância da


experiência noconhecimento humano.?

Limites do empirismo: Na medida em que todos os conteúdos do conhecimento


procedem da experiência, o conhecimento fica encerrado nos limites do mundo
empírico (o que traz algumas consequências menos positivas). Rejeitando a
razão como fonte do conhecimento, o empirismo não pode aspirar ao
conhecimento universal e necessário e, por isso, não oferece qualquer espécie
de segurança ou certeza, pois o conhecimento está sujeito à mobilidade das
impressões sensoriais desencadeadas pelos objectos. ?

A sua particularidade e contingência fazem do conhecimento empírico, um


conhecimento meramente relativo.?

O conhecimento empírico, baseando-se em raciocínios indutivos, não nos dá


rigor nem certezas, antes pelo contrário, este tipo de raciocínio possibilita o
erro. ‰ela indução apenas podemos acreditar, pela experiência do passado,
que determinados fenómenos que se foram repetindo, continuarão a repetir-se
no futuro.?

Ora, tudo isto impossibilita a ciência: Um tipo de conhecimento que capta o


acidental ou circunstancial e não capta o essencial, o permanente, e que, além
disso, infere o geral de casos particulares, não nos dá certezas científicas, pois
não permite a elaboração de leis.?

‰or não ter necessidade lógica, apenas nos dá garantias psicológicas. Assim,
D.Hume, afirma que o conhecimento científico se baseia na crença, numa
certa regularidade da natureza e no hábito (associação repetida de fenómenos),
adquirido a partir de tal regularidade. ?

omo consequência de tudo isto: assim como os racionalistas tendem para um


dogmatismo, os empiristas tendem para o cepticismo, isto é, para a negação de
que se possa alcançar a verdade, pois, uma vez que a possibilidade do
conhecimento fica confinada à experiência.?

?
?
è  
  ?
?
J ?

J. Locke, foi um dos principais representantes da corrente empirista.?

J. Locke considerava que todas as nossas ideias vêm de fora e todo o nosso
conhecimento é adquirido através da experiência. A mente (razão) é uma tábua
rasa ou uma µfolha em branco¶ na qual nada há (nenhuma ideia, nenhum
conhecimento) antes da primeira experiência. As ideias formam-se a partir da
indução de experiências particulares. O empirismo nega, pois, a existência de
ideias inatas. (é aqui que reside a grande diferença relativamente ao
racionalismo) isto é, ideias que a razão descobre em si mesma
independentemente de qualquer experiência. Os dados que vão sendo escritos
na mente provêm de dois tipos de percepção ou experiência: da percepção
externa cuja fonte é a sensação; da percepção interna cuja fonte é a reflexão.
O empirismo procura mostrar que a razão não é propriamente criativa, isto é,
ela não pode criar conhecimentos a partir de si mesma, mas, só pode usar
materiais extraídos da experiência. A razão, segundo J. Locke (e os demais
empiristas) tem apenas como função organizar os dados empíricos, limitando-
se a unir uns aos outros os diferentes dados que lhe chegam por via da
experiência.?

Então podemos afirmar, como defende J. Locke que µNada pode existir na
mente que não tenha passado antes pelos sentidos¶.?

?
èJ ?

D. Hume nega a existência de ideias complexas e uma delas é a ideia de


causalidade.?

Assim, D. Hume tenta explicar como é que podemos afirmar conexão


necessária entre conhecimento e outro.?

omo é que estabelecemos uma relação causa-efeito? Segundo os empiristas,


aquilo que afirmamos ser causa e efeito são dois factos inteiramente diferentes,
cada um dos quais nada tem em si que exija necessariamente o outro. ‰or ex.:
quando vemos uma bola que corre em direcção à outra supomos que o
movimento da 2ª bola como resultado do seu encontro. A experiência diz-nos
que o choque da 1ª bola pôs em movimento a 2ª, mas« a experiência não nos
ensina mais nada e nada diz acerca do futuro. Logo, a ideia de causalidade é
uma mera associação de ideias.?

Assim, tudo aquilo que sabe que nos parece semelhantes, esperamos efeitos
semelhantes. Mas o vínculo entre causa e efeito não pode ser demonstrado
como objectivamente necessário, dado que o curso da natureza pode mudar.
‰ortanto a ideia de causalidade surge em virtude de uma regularidade, mas
sobretudo, da união de ideias que se repetem muitas vezes unidas. E por isso,
quando pensamos em algumas delas surge-nos a ideia da outra, por sucessão.?

Quando vemos, muitas vezes, unidos dois acontecimentos, somos levados pelo
hábito a esperar quando o outro se mostra. O hábito e a crença na regularidade
da natureza explicam a conjunção que estabelecem entre os factos, não a sua
conexão necessária.?

Devido a estes limites e, sobretudo, aos raciocínios indutivos, não é possível


fazer ciência.?
?

You might also like