45 1996 42,2 41,87 A produtividade da cultura irrigada, no Brasil, segundo

Acerola
1997
40
37,39 1999 o Ministério da Agricultura, era de 20 toneladas por
35,83
35
hectare/ano. Hoje obtém-se médias de 42 toneladas por
hectare/ano sob o regime de fertirrigação. O manejo,
(Malpighia glabra L.) 30
como podas periódicas (duas por ano) e controle de
25 pragas e doenças, foi fundamentalmente para a

t/ha
20 18,93 18,37 18,64 19,32 obtenção da produtividade citada anteriormente.
15
11,24 12,04
11,07
10,06
10

Com uma área de mais de dois milhões de hectares 5

plantados com fruteiras, o Brasil já foi o maior produtor
mundial de frutas. Os principais produtos frutícolas
cutivados no país são: banana, manga, abacaxi, mamão,
melão e laranja, entre outros. Com um total superior a 264
Fig.2. Produtividade de acerola, Paraipaba, CE (1966-1999).
mil toneladas de frutas, o Brasil fatura com exportações de
frutas frescas aproximadamente 109 milhões de dólares e
1,4 bilhão com o complexo frutas, incluindo sucos e
polpas.
Algumas fruteiras sempre tiveram importância econômica
na Região Nordeste, enquanto outras só há algum tempo
passaram a receber uma atenção maior, como é o caso da
aceroleira que, recentemente, adquiriu importância
mundial, principalmente pelo seu alto teor de vitamina C,
da qual é considerada uma das maiores fontes naturais. A
aceroleira é uma planta rústica e de porte arbustivo, tendo
sido introduzida no Brasil na década de 50, chegando, logo
a seguir, ao Nordeste brasileiro.
0
1 2
Níveis de irrigação
A partir de 1994, a Embrapa Agroindústria Tropical
iniciou um trabalho com a acerola irrigada, no Vale do
Curu, em Paraipaba, CE, com plantas selecionadas na
Epace (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Ceará -
extinta em 1998) e originárias da Fazenda Cajuba, Nova
Soure - Bahia.
Tabela 1. Adubação em aceroleira.
3 4
Está em andamento, na Embrapa Agroindústria
Tropical, um programa de melhoramento da acerola,
onde são esperadas maiores produtividades num futuro
próximo. Além das podas de limpeza, feitas duas vezes
por ano, faz-se uma abertura da copa, a cada dois anos,
para facilitar a penetração do sol.
A aceroleira adaptou-se muito bem às condições de
solo e clima do Ceará, principalmente na Região de
Paraipaba, no Vale do Curu. Tem um desenvolvimento
rápido, sendo necessárias podas anuais, para eliminar
galhos secos e doentes, facilitando os tratos sanitários,
muito importantes para a cultura.

Idade Uréia Superfosfato Cloreto de FTE-Br 12

Simples potássio

Grama/planta/ano

Plantio 0 340 0 50

1° ano 180 0 300 50

2° ano
em diante 700 700 500 50

Colocar esterco bovino ou de aves, de acordo com a disponibilidade local.

A adubação sugerida pode ser modificada de acordo com a análise do solo, onde a cultura for
estabelecida. Consulte um agrônomo de sua região sobre a mudança da adubação, para o seu
tipo de solo.
Fig.1. Acerola do tipo vermelha.
 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Centro Nacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Rua Dra. Sara Mesquita 2270 Pici 60511-110 Fortaleza - Ceará
Telefone (0xx85) 299.1800 Fax (0xx85) 299.1833
www.cnpat.embrapa.br

Acerola
Fig.3. Vista parcial do experimento de acerola, em
Paraipaba, CE. irrigada
Texto e fotos:
Clódion Torres Bandeira
Raimundo Nonato Lima

Como pode ser visto na Figura 3 acima, uma poda

drástica, pelo menos uma vez a cada dois anos, é
indispensável para eliminar os galhos que se
entrelaçam no interior da copa, dificultando a colheita,
conseqüentemente, diminuindo a produção da planta.
Nessa poda, cortam-se os galhos internos da copa,
promovendo a aeração e facilitando a penetração dos
raios solares no seu interior.

CAMPO EXPERIMENTAL VALE DO CURU

Setor D-1 Zona Rural
Perímetro Irrigado Curu - Paraipaba
62685-000 Paraipaba, CE
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, GOVERNO
Fone/Fax: 363-1182 PECUÁRIA E ABASTECIMENTO FEDERAL
Trabalhando em todo o Brasil