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mos Senhores
Presidente da República
Primeiro-Ministro
Ministra da Educação
Provedor de Justiça
CONFAP
e ainda
1. Avaliadores e avaliados pertencentes à mesma escola são muitas vezes concorrentes aos mesmos
escalões da carreira, o que constitui forte motivo de impedimento e inconstitucionalidade, por
contrariar o artigo 44º do Código de Procedimento Administrativo, onde se lê que “Nenhum titular de
órgão ou agente da Administração Pública pode intervir em procedimento administrativo ou acto:
1.1. O artigo 13º do Decreto Regulamentar nº 2/2010 prevê que coordenador de Departamento
Curricular e relator devem pertencer ao mesmo grupo de recrutamento do avaliado, mas, caso o
coordenador peça observação de aulas e, eventualmente, interponha uma reclamação, será júri em
causa própria, uma vez que pode fazer parte da Comissão de Coordenação da Avaliação do
Desempenho;
1.2. Relatores e coordenadores não são avaliados na componente científica, o que, por si só,
consubstancia uma inadmissível arbitrariedade e uma profunda desigualdade de critérios, conforme
preconizam os artigos 28º e 29º do Decreto Regulamentar nº 2/2010, independentemente de
solicitarem ou não observação de aulas.
1.3. Caso o relator e o coordenador de Departamento Curricular solicitem observação de aulas, não
se cumpre, na grande maioria dos casos, o constante dos pontos 3 e 4 do artigo 13º do referido Decreto
Regulamentar, uma vez que quem os avalia pode não pertencer ao mesmo grupo de recrutamento.
4. Estes docentes questionam também a DGRHE que se demitiu do seu papel de consultor, ao não
responder às questões sobre a avaliação de desempenho que lhe foram postas quer pelos Directores das
escolas quer pelo próprio Conselho de Escolas, remetendo as respostas para as DRE que, por sua vez,
indicam procedimentos diferenciados a cada escola que se lhes dirige, originando ainda mais
desigualdades que, certamente, se reproduzirão nos outros distritos, uma vez que as respostas dadas
são baseadas no entendimento de cada DRE.
Face a estas arbitrariedades e injustiças, vem o corpo docente da ESDDuarte, abaixo assinado,
reiterar o pedido de suspensão desta lei, de forma a que possa criar-se um espaço de real maturação e
discussão em torno de um novo modelo de avaliação, assente nos princípios com que finalizamos esta
tomada de posição:
- simplicidade;
- objectividade;
- equidade;
- uniformidade;
- qualidade.