You are on page 1of 37

CADERNO DE ENFERMAGEM

Volume 2 - Maio 2009

Diretor do INTO Autores


Dr. Geraldo Motta Filho Enf. Adriana Alves da Silva
Enf. Ana Valéria Cezar Schulz
Coordenador de Ensino e Pesquisa Enf. Andréa Balbino Costa
Dr. Sérgio Eduardo Vianna Enf. Bárbara Regina Fernandes de Almeida
Enf. Bárbara Stohler S. de Almeida
Coordenador da Unidade Hospitalar Enf. Érika de Almeida leite da Silva
Dr. Naasson Cavanellas Enf. Jamila Ferreira Miranda dos Santos
Enf. Juliane de M. Antunes
Chefe da Área de Enfermagem Enf. Raquel Costa Rodrigues de Souza
Enf. Ivanise Arouche Enf. Solange Araújo Melo Duarte
Enf. Sônia Regina do Nascimento Ferreira

Conselho editorial
Enf. Ana Cristina Silva de Carvalho
Enf. Alessandra Cabral de Lacerda
Enf. Débora Galvão Moreira
Enf. Marisa Peter
Enf. Roseluci Salles
Índice

1. Introdução 5

2. O Gerenciamento do Cuidado nos Centros de Atenção Especializada


2.1 Centro de Atenção Especializada em Cirurgias Crânio-Maxilo-Faciais 6
2.2 Centro de Atenção Especializada em Coluna e Trauma Raquemedular 8
2.3 Centro de Atenção Especializada em Cirurgia do Quadril 11
2.4 Centro de Atenção Especializado em Tratamento Cirúrgico do Joelho 13
2.5 Centros de Atenção Especializada no Trauma Adulto e de Pelve e Acetábulo 15
2.6 Centro de Atenção Especializada no Trauma do Idoso 17
2.7 Centro Atenção Especializada em Cirurgia de Mão 20
2.8 O Serviço de Enfermagem no Centro de Atenção Especializada em Cirurgia de Pé e Tornozelo 22

2.9 Centro de Atenção Especializada em Oncologia Ortopédica 23


2.10 Centro de Atenção Especializada em Microcirurgia Reconstrutiva 25
2.11 Centro de Tratamento Ortopédico da Criança e do Adolescente 27
2.12 Enfermagem na Clínica da Dor 29

3. Diagnósticos de Enfermagem nos Centros de Atenção Especializada 31

4. Considerações Finais 33

5HIHUrQFLDV%LEOLRJUi¿FDV          4
1. Introdução que incluem a criação de rotinas e protocolos,
FRPD¿QDOLGDGHGHVLVWHPDWL]DUDDVVLVWrQFLD
Os Centros de Atenção Especializada GH (QIHUPDJHP HVSHFt¿FD D FDGD &HQWUR H
(CAE) do Instituto Nacional de Traumatologia UHXQL}HVWpFQLFRFLHQWt¿FDVFRPDSUHVHQWDomR
e Ortopedia (INTO) foram criados em maio de de artigos sobre temáticas referentes aos
2006, a partir da reorganização assistencial CAE.
consolidada pelo novo Plano Diretor
Institucional deste mesmo ano. Este se baseia Nossa clientela compõe-se
no conceito de clínica ampliada do Sistema majoritariamente de usuários do Estado do
Único de Saúde (SUS), no qual os usuários Rio de Janeiro (98,78%), sendo 50,80% do
do serviço de saúde são particularizados e VH[RPDVFXOLQRHGRVH[RIHPLQLQR
sua vinculação à equipe é potencializada, HP GLIHUHQWHV IDL[DV HWiULDV FULDQoDV H
corroborando ainda as diretrizes da Política DGROHVFHQWHVDWpDQRV  DGXOWRV
Nacional de Humanização (PNH). GHDDQRV  HLGRVRVDSyVDQRV
(20,80%). Estes usuários, em sua maioria,
Neste sentido os CAE são formados por são portadores de fraturas ou suas seqüelas,
uma equipe multidisciplinar da área de saúde, doenças crônico-degenerativas e anomalias
incluindo: ortopedistas, clínicos, enfermeiros, congênitas do sistema músculo-esquelético
¿VLRWHUDSHXWDV QXWULFLRQLVWDV DVVLVWHQWHV que necessitam de tratamento cirúrgico de
sociais, psicólogos e terapeutas ocupacionais. DOWD FRPSOH[LGDGH 5HODWyULR GH *HVWmR GR
(VWHV SUR¿VVLRQDLV HVWmR DORFDGRV SRU INTO, 2006).
especialidade ortopédica, destacando-
se: mão, pé, coluna, quadril, trauma do Serão apresentados nos capítulos
adulto, trauma do idoso, pelve e acetábulo, seguintes, o serviço de enfermagem nos
microcirurgia reconstrutiva, joelho, ombro, CAE, estruturado de acordo com os seguintes
¿[DGRU H[WHUQR WXPRU FUkQLRPD[LORIDFLDO WHPDV SHU¿O GR XVXiULR DWHQGLGR QR ,172
infantil e clínica da dor. principais cirurgias, cuidados de enfermagem
e diagnósticos de enfermagem. Para este
O enfermeiro do CAE é o responsável pelo FDGHUQR DV GH¿QLo}HV H FODVVL¿FDomR GRV
gerenciamento do cuidado aos usuários, desde diagnósticos de enfermagem nos CAE foram
sua internação até a alta terapêutica. São fundamentadas de acordo com NANDA 2005-
desempenhadas atividades administrativas 2006 (NANDA, 2006).

Enfermeiras dos Centros de Atenção Especializada do INTO

C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 5


Centro de Atenção Especializada em Cirurgias Crânio-
Maxilo-Faciais
* Adriana Alves da Silva Pereira*
Especialista em Saúde Pública (ENSP-FIOCRUZ).
Residência em Enfermagem Clínica-Cirúrgica (HUPE-UERJ)
Membro da ABENTO

Introdução (incluindo as microcirúrgicas de mandíbula


em conjunto com o Centro de Microcirurgia
    $ FLUXUJLD FUkQLRPD[LORIDFLDO p XPD
Reconstrutiva), cranioplastias e o tratamento
área de atuação médica para tratamento
de deformidades dento-esqueléticas (cirurgia
cirúrgico de deformidades congênitas e
ortognática).
adquiridas (fraturas, seqüelas de fraturas,
tumores do esqueleto facial), bem como do
desenvolvimento dos ossos da face. Além
3ULQFLSDLVFLUXUJLDVUHDOL]DGDV
disso, engloba 3 especialidades médicas:
cirurgia plástica, cirurgia de cabeça e pescoço, • Tratamento cirúrgico para fraturas
otorrinolaringologia. Além disso, possui grande dos ossos da face (Reduções cruentas com
interface com a especialidade da odontologia, RVWHRVVtQWHVHV 
EXFRPD[LORIDFLDO
‡ 5HVVHFomR GH WXPRUHV GRV PD[LODUHV
A atuação da enfermagem no cuidado (com ou sem reconstrução imediata através
DRV SDFLHQWHV VXEPHWLGRV D FLUXUJLD FUkQLR GHHQ[HUWRVyVVHRV 
PD[LORIDFLDOUHTXHUFRQKHFLPHQWRVWpFQLFRV
• Tratamento cirúrgico para seqüelas
H FLHQWt¿FRV HVSHFLDOL]DGRV TXH HQYROYDP
de fraturas (refraturas, osteossínteses e
ações visando o preparo pré-operatório,
LPSODQWHV 
recuperação pós operatória, prevenção de
complicações e preparo para o autocuidado. É • Ortognática – Tratamento de
necessário considerar o paciente em toda sua deformidades dento-faciais pela manipulação
amplitude bio-psico-social visando a promoção GD PDQGtEXOD H PD[LOD SDUD D REWHQomR GH
do conforto necessário à recuperação da uma relação adequada dos dentes (oclusão
saúde, valorizando a carga emocional dentária).
que acompanha o paciente no pré e pós-
• Reconstrução microcirúrgica de
operatório, pois o estado emocional repercute
mandíbula em conjunto com o Centro de
em fatores favoráveis ou desfavoráveis na sua
Microcirurgia.
recuperação.
As principais necessidades de intervenção
de enfermagem em pacientes do serviço
3HU¿OGRVSDFLHQWHVDWHQGLGRV GH FLUXUJLD FUkQLR±PD[LOR±IDFLDO HVWmR
relacionadas às funções do sistema
6HJXQGR 0ROLOHR   DV DQRPDOLDV
estomatognático que se refere a um conjunto
craniofaciais estão entre os defeitos
de estruturas bucais que desenvolvem funções
congênitos humanos mais freqüentes e
comuns, tais como sucção, mastigação,
demandam assistência multidisciplinar integral
deglutição, fonação e respiração (MEDEIROS,
e especializada.
2006).
2SHU¿OGHDWXDomRGR&HQWURGH&LUXUJLD
&UkQLR0D[LOR)DFLDO &&&0) pGHSDFLHQWHV A avaliação do paciente após a cirurgia
portadores de anomalias congênitas do GHYHOHYDUHPFRQVLGHUDomRDGL¿FXOGDGHHP
HVTXHOHWRIDFLDOIUDWXUDVHVHTHODVGHIUDWXUDV realizar estas funções pelo desenvolvimento
GH IDFH FLVWRV H WXPRUHV GRV PD[LODUHV IUHTHQWHGRHGHPDSHODGL¿FXOGDGHLPSRVWD
UHFRQVWUXomR GR HVTXHOHWR FUkQLRIDFLDO SHOD ¿[DomR LQWHUPD[LODU SHORV SUHMXt]RV

6 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009


neurais tanto a sensibilidade quanto à Pós-operatório
motricidade, que acometem as estruturas
• Trabalhar a comunicação não-verbal
envolvidas em tais funções.
GHWHUPLQDUFyGLJRVSDUDFRPXQLFDomR 
A abertura bucal diminuída, associada
• Manter a campainha ao alcance do
j GL¿FXOGDGH GH SUHHQVmR GR DOLPHQWR
SDFLHQWH
mastigação e deglutição, favorecem a
permanência de alimentos na cavidade oral • Oferecer meios para a comunicação
GL¿FXOWDQGRDKLJLHQL]DomRRTXHVHFRQVWLWXL HVFULWD
em fator predisponente a infecção. Deve ser
feita a orientação quanto à higienização oral ‡ 2IHUHFHUDOLPHQWRVVHPLOtTXLGRV
após as refeições, através de bochechos com ‡ 6XSHUYLVLRQDUDDFHLWDomRGDGLHWD
soluções anti-sépticas.
• Inspecionar diariamente a boca quanto
É comum a redução da amplitude dos DOHV}HVHLQÀDPDo}HV
movimentos mandibulares, não devendo ser
• Supervisionar a realização da
estimulada a abertura bucal, tratamento este
KLJLHQL]DomRRUDO
muitas vezes desenvolvido à beira do leito pela
fonoaudióloga da unidade de reabilitação. • Desencorajar a respiração pela boca
(perda da umidade oral)
Torna-se fundamental a observação
cuidadosa da capacidade de deglutição • Orientar quanto a correta escovação e
ao ofertar os alimentos, através de colher LPSRUWkQFLDGRXVRGHHQ[DJXDWyULRV
ou seringa (dieta líquida). Alguns autores ‡ 9HUL¿FDUHVWDGRGHKLGUDWDomR PXFRVD
consideram inadequado o uso de canudos RUDOGHVLGUDWDGDpPDLVYXOQHUiYHODOHV}HV 
nas cirurgias ortognáticas pela força anterior
empregada. (CAMPIOTTO, 1998). ‡ 8PLGL¿FDUDUHJLmRODELDO

A oclusão dentária normal ou normoclusão • Realizar aspiração das Vias Aéreas


(perfeito relacionamento dos dentes superiores Superiores e cavidade bucal, quando
com os inferiores) é fundamental para QHFHVViULR
correta mastigação e deglutição, evitando–se ‡ 0DQWHUFDEHFHLUDHOHYDGDDƒ
problemas de fala e da articulação temporo-
mandibular. Na normoclusão, os dentes do ‡ $X[LOLDU R SDFLHQWH D SRVLFLRQDUVH
arco inferior devem estar circunscritos pelos DGHTXDGDPHQWHSDUDDOLPHQWDUVH
dentes do arco superior. A avaliação precoce • Supervisionar a alimentação até
da oclusão dentária no pós-operatório imediato que não haja mais perigo de sufocação ou
é uma ação necessária para que possamos DVSLUDomR
garantir que ocorra a consolidação óssea na
posição adequada. ‡ 0DQWHURDVSLUDGRUSUy[LPRDXQLGDGH
do paciente.
‡ 0DQWHU DOLFDWH SUy[LPR D XQLGDGH GR
Cuidados de Enfermagem: SDFLHQWH HPFDVRGH¿[DomRLQWHUPD[LODU 

Pré-operatório • Estimular a lavagem das fossas nasais


FRP6)DSyVDUHWLUDGDGRVWDPS}HV
• Realizar inspeção da cavidade oral
(presença de lesões, dentição, higiene oral e • Não retirar o tampão nasal. Trocar
DEHUWXUDEXFDO  apenas o curativo secundário “bigode” ( em
rinoplastias )
• Orientar quanto a retirada da lente
‡ 5HDOL]DUFULRWHUDSLD KRUDV 
HVFOHUDOTXDQGRKRXYHU
‡ 2IHUHFHUDOLPHQWDomR IULRVOtTXLGRV 
• Orientar quanto a retirada da prótese
dentária. • Proteger a pele do gelo (risco de
C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 7
queimaduras) • Reforçar orientações quanto a
KLJLHQL]DomRRUDOFXLGDGRVD
‡ 9HUL¿FDUDRFOXVmRGHQWiULD
• Orientações para alta • Uso correto dos medicamentos
SUHVFULWRV DGPLQLVWUDomRHFRQVHUYDomR 
• Orientar o paciente e familiar quanto
DRVFXLGDGRVFRPDLQJHVWmRDOLPHQWDU • Observação quanto aos sinais e
‡ 5HDOL]DomRGHFULRWHUDSLD QDVK  VLQWRPDVGHFRPSOLFDo}HV

‡ (YLWDUH[SRVLomRDRVRO • Retorno ambulatorial.

Centro de Atenção Especializada em Coluna e Trauma


Raquemedular
Sonia Regina do Nascimento Ferreira*
*Especialista em Enfermagem do Trabalho (Universidade São Camilo)
Membro da ABENTO

Introdução 3HU¿OGRVSDFLHQWHVDWHQGLGRV
O trauma raquemedular incide
A coluna vertebral forma uma sustentação
em pacientes jovens, entre 18 e 35 anos,
IRUWH PDV ÀH[tYHO SDUD R WURQFR SRVVXLQGR
PDMRULWDULDPHQWH GR VH[R PDVFXOLQR GH
importante papel na postura, na sustentação
etiologia traumática causado por acidentes
do peso do corpo, na locomoção e na proteção
GH WUkQVLWR SHUIXUDomR SRU DUPD GH IRJR
da medula espinhal e das raízes nervosas.
e mergulho em águas rasas (SPOSITO e
(VWHQGHVHDSDUWLUGDEDVHGRFUkQLRDWUDYpV
FROV6$1726)$52 
do pescoço e do tronco. As vértebras são
estabilizadas por ligamentos que limitam os
movimentos produzidos pelos músculos do
Trauma raquemedular
tronco. A medula espinhal, raízes dos nervos
espinhais e seus revestimentos, denominados A lesão medular traumática ocorre quando
meninges, estão situados dentro do canal um evento resulta em lesão das estruturas
vertebral, que é formado pelos forames medulares, interrompendo a passagem do
vertebrais em vértebras sucessivas. Os estimulo nervoso através da medula. A lesão
nervos espinhais e seus ramos estão situados pode ser completa ou incompleta.
IRUD GR FDQDO YHUWHEUDO H[FHWR SHORV QHUYRV
A medula espinhal é organizada em
meníngeos, que retomam através dos forames
VHJPHQWRVDRORQJRGHVXDH[WHQVmR5Dt]HV
intervertebrais para inervar as meninges
nervosas de cada segmento inervam regiões
espinhais. (SIZÍNIO, 1998).
HVSHFt¿FDVGRFRUSRFRPRGHVFULWRDEDL[R
O trauma raquemedular é o conjunto de • os segmentos da medula cervical (C1 a
alterações conseqüentes à ação de agentes C8) controlam a sensibilidade o movimento da
físicos sobre a coluna vertebral e aos UHJLmRFHUYLFDOHGRVPHPEURVVXSHULRUHV
elementos do sistema nervoso contidos em
• segmentos torácicos ((T1 a T12)
seu interior. As maiorias das lesões medulares
FRQWURODP R WyUD[ DEGRPH H SDUWH GRV
graves continuam sendo irreversíveis do ponto
PHPEURVVXSHULRUHV 
de vista funcional. Sua abordagem limita-se
a prevenção e tratamento das complicações • segmentos lombares (L1 a L5) estão
(TASHIRO e cols., 2001). relacionados com movimentos e sensibilidades
8 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009
QRVPHPEURVLQIHULRUHV
• os sacrais (S1 a S5) controlam parte
dos membros inferiores, sensibilidade da
UHJLmR JHQLWDO H IXQFLRQDPHQWR GD EH[LJD H
intestino.

Figura 1- Dermátomos e regiões sensoriais


Coluna com escoliose

3ULQFLSDLVSDWRORJLDV
(VFROLRVH Espondilolistese
É quando a coluna apresenta uma curva no
plano das costas. A escoliose pode apresentar
É caracterizado por um deslizamento ou
uma curva em “C” ou uma dupla curva em
deslocamento anterior ou posterior de uma
“S”. A escoliose pode ter várias causas, porém
vértebra em relação a outra. O canal medular
a mais comum é a escoliose dita “idiopática”,
FRPHoDD¿FDUSURJUHVVLYDPHQWHPDLVHVWUHLWR
VHPFDXVDGH¿QLGDTXHVHPDQLIHVWDDLQGDQD
e há sempre o risco de compressão medular.
LQIkQFLD RX SXEHUGDGH 'LVSRQtYHO HP ZZZ
([LVWHP  FDXVDV EiVLFDV IDOKD FRQJrQLWD
magnaspine.com.br/escoliose.htm).
DPROHFLPHQWR LQÀDPDWyULR GH XP OLJDPHQWR
da vértebra e instabilidade por trauma
(disponível em http://www.colunasaudavel.
com.br/conheca/espondilolistese.htm).

+pUQLDGHGLVFR

Na hérnia de disco, ocorre o deslocamento


do núcleo, a parte interna do disco
intervertebral através de uma ruptura do
DQHO ¿EURVR j SDUWH H[WHUQD GR GLVFR 2
fragmento do núcleo que escapa do disco
pode comprimir uma raiz nervosa. A hérnia
de disco está relacionada a vários fatores,
tais como: estrutura genética do indivíduo,
atividade física, peso, tipo de trabalho e
outros (disponível em www.cirurgiadacoluna.
Coluna normal com.br/doenca_da_coluna.htm).
C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 9
Pré-operatório
‡ 5HDOL]DU H[DPH ItVLFR RUWRSpGLFR
(estabilidade, mobilidade, força muscular,
sensibilidade, circulação periférica, lesões
FXWkQHDVFRQWUROHHV¿QFWHULDQR 
• Implantar ações de acordo com os
DFKDGRVQRH[DPHItVLFR
‡ ,QFHQWLYDU D SUiWLFD GH H[HUFtFLRV
¿VLRWHUiSLFRVSUHYHQWLYRV
‡ 3UHYHQLUDV~OFHUDVSRUSUHVVmR
(http://www.cirurgiadacoluna.com.br/)
• Programar mudança de decúbito
do paciente em bloco, observando suas
OLPLWDo}HV
3ULQFLSDOFLUXUJLD
• Pacientes em uso de tração devem
$UWURGHVHeXPDFLUXUJLDTXH¿[DYpUWHEUDV
ser mobilizados a cada 2 horas com períodos
vizinhas com uma ponte de osso, mantendo-
FXUWRVGHGHF~ELWRVSRUiUHD
as alinhadas, estáveis e fortes. São utilizados
PDWHULDLVGH¿[DomRFRPRSDUDIXVRGHWLWkQLR ‡ $YDOLDU D H¿FiFLD GD WUDomR SHVR
ou espaçadores, para aumentar os índices de DGHTXDGRSRVLFLRQDPHQWRUHODWRGHGRU 
sucesso da fusão óssea.
‡ 2IHUHFHUVXSRUWHHPRFLRQDO
• Estimular o paciente a realizar as
Cuidados de Enfermagem atividades de autocuidado, para promover o
sentimento de independência e controle da
A assistência de enfermagem ao paciente
VLWXDomR
com lesão medular ou outras patologias da
coluna vertebral deve ser individualizada ‡ 2IHUHFHU DR SDFLHQWH H[SOLFDomR FODUD
e sistematizada, visto que este paciente e concisa sobre qualquer tratamento ou
DSUHVHQWD GL¿FXOGDGHV GH DGDSWDomR D procedimento a ser realizado.
sua nova condição e de reintegração a sua
rotina de vida pessoal, familiar e social.
Durante a hospitalização, alguns cuidados Pós-operatório
devem ser tomados acerca do quadro clínico,
considerando limitações da mobilidade, • Manter o paciente em Fowler (30o), de
HOLPLQDo}HV ¿VLROyJLFDV ULVFR DXPHQWDGR acordo com orientação médica.
para desenvolvimento de úlceras por pressão, ‡ (YLWDU ÀH[mR LQFOLQDomR ODWHUDO H
características da dor e risco de infecção. URWDomRGRWURQFR
Além destes cuidados, o processo de • Mudar de decúbito em bloco, a partir
reabilitação deve ser iniciado ainda durante do 1o dia de pós-operatório, respeitando a
a hospitalização, visando a adaptação do WROHUkQFLD
paciente à sua nova condição e preparando
os familiares e cuidadores. De acordo com • Realizar ortostase e marcha com
MANCUSSI (1998), o processo de reabilitação DX[tOLRDSDUWLUGRRGLDDSyVDFLUXUJLDVRED
deve focar o binômio paciente/família para VXSHUYLVmRGR¿VLRWHUDSHXWDHGHDFRUGRFRP
assegurar a continuidade dos cuidados RULHQWDomRPpGLFD
planejados e prevenir possíveis complicações. • Relatar as alterações sentidas pelo
Assim, o enfermeiro tem um papel fundamental SDFLHQWHGXUDQWHDVDWLYLGDGHV
não só na assistência, como também na
preparação do paciente e familiar no processo • Orientar o paciente quanto às restrições
de alta hospitalar. GHPRYLPHQWRVDSyVDFLUXUJLD
10 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009
• Trocar curativo cirúrgico e descrever ‡ (YLWDU ÀH[mR LQFOLQDomR ODWHUDO H
VHXDVSHFWR URWDomRGRWURQFR
• Atentar para sinais de complicações, • Realizar troca de curativo cirúrgico em
principalmente infecção. domicílio, de acordo com as orientações de
DOWDKRVSLWDODU
• Avaliar e registrar características da
GRU • Orientar a observação de sinais de
FRPSOLFDo}HV
• Orientar e observar o aprendizado do
paciente e cuidador quanto ao autocateterismo, • Avaliar e reforçar aprendizado
quando necessário. do paciente e cuidador quanto ao
DXWRFDWHWHULVPR
• Orientar quanto a manobras de
Alta hospitalar
eliminações intestinais, como Crede e
9DOVDOYD
• Orientar o paciente e familiar quanto
aos cuidados em domicilio, enfatizando o • Orientar sobre a integridade da pele,
autocuidado, alimentação, hidratação e enfatizando a hidratação e prevenção de
KLJLHQHFRUSRUDO úlceras por pressão em domicílio.

Centro de Atenção Especializada em Cirurgia do Quadril


Solange Araújo Melo Duarte*
* Especialista em Controle de Infecção Hospitalar (UGF)
Membro da ABENTO

Introdução FR[DUWURVH VHQGR D GRU H OLPLWDo}HV GRV


movimentos os achados mais comuns. Além
O Centro de Atenção Especializada em
disso, é comum a ocorrência de doenças
Cirurgia do Quadril foi criado com o objetivo
degenerativas articulares em virtude do
de uniformizar a assistência prestada aos
DXPHQWRGDH[SHFWDWLYDGHYLGDGDSRSXODomR
clientes com patologias nos ossos do quadril.
brasileira.
O papel do Enfermeiro é prestar um
atendimento de qualidade ao cliente diante do
procedimento cirúrgico ortopédico e ser um 3ULQFLSDLVSDWRORJLDV
elo com a equipe multidisciplinar do Centro
de Atenção Especializada. $VOHV}HVGRTXDGULOSRGHPVHUGH¿QLGDV
como idiopáticas (quando de etiologia
desconhecida), traumática (quando decorre
GH WUDXPDV UHJLRQDLV GDV OX[Do}HV H GRV
3HU¿OGRVSDFLHQWHVDWHQGLGRV
procedimentos cirúrgicos), e atraumática
1R DQR GH  IRUDP UHDOL]DGDV  (quando acontecem por outras condições
cirurgias, havendo aumento em relação aos patológicas, como: artrite reumatóide, doença
DQRVDQWHULRUHVGHYLGRDGHPDQGDGD¿ODGH de Gaucher, lúpus eritematoso sistêmico, e
HVSHUD 6mR FLUXUJLDV GH DOWD FRPSOH[LGDGH outros).
que envolvem a utilização de próteses e A lesão do quadril, como a osteonecrose
HQ[HUWLDyVVHD da cabeça do fêmur e o desgaste articular, é
$SUHGRPLQkQFLDGRVSDFLHQWHVDGPLWLGRV grave caracterizando-se por comprometimento
IRL GR VH[R PDVFXOLQR FRP LGDGH VXSHULRU da motricidade (marcha claudicante), dor
a 50 anos. O diagnóstico mais comum é a insidiosa com episódios intermitentes e

C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 11


rotação interna dolorosa. (HEBERT, 2003). • Orientar o cliente quanto ao pós-
operatório, minimizando sua ansiedade em
UHODomRDRSURFHGLPHQWRDVHUUHDOL]DGR
3ULQFLSDLVFLUXUJLDV
‡ 2EVHUYDU H LGHQWL¿FDU ULVFRV SDUD
A artroplastia é uma cirurgia de complicações.
reconstituição da articulação pela substituição
por prótese, que pode ser total ou parcial.
Quando a artroplastia é total, ocorrem a Pós-operatório
remoção de toda a cabeça e de parte do colo
• Avaliar se o cliente apresenta grau de
do fêmur e a remodelagem do acetábulo,
risco para o desenvolvimento de úlceras por
com estabilização desses componentes no
pressão, segundo escala de WATERLOW, e
osso pela adaptação sob pressão ou com uso
UHDOL]DUDSUHYHQomR
de cimento. Na parcial, é substituída apenas
uma das superfícies articulares, a femural • Avaliar o grau de dor no pós-operatório
ou a acetabular. Os objetivos principais da imediato e comunicar a equipe de enfermagem
artroplastia são o alívio da dor, a restauração SDUDDGPLQLVWUDUDPHGLFDomRSUHVFULWD
e a melhora da função articular. Embora a
• Avaliar perfusão e débito de dreno
duração de artroplastias além de 15 a 20 anos
KHPRYDF
MiVHMDUHODWDGDpPDLVVHJXURD¿UPDUTXHD
média de duração de uma artroplastia é de 10 ‡ 2ULHQWDU TXDQWR DR XVR GR WULkQJXOR
anos. (Ventura, 1996). abdutor entre os membros inferiores para
HYLWDUOX[DomRGDSUyWHVH
• Orientar quanto ao uso do trapézio a
¿PGHIDFLOLWDUDPRELOL]DomRQROHLWRGXUDQWH
RVSURFHGLPHQWRV
• Observar a presença de edema, dor e
rubor no membro operado, avaliando o risco
GH793 WURPERVHYHQRVDSHULIpULFD 
• Orientar o paciente quanto ao risco
GH OX[Do}HV GHVORFDPHQWR GD SUyWHVH  SRU
PRYLPHQWRVEUXVFRVHLQDGHTXDGRV
• Observar o aspecto da ferida operatória
Fonte: www.cirurgiadoquadril.com.br
HVLQDLVGHLQIHFomR
• Observar se o cliente deambulou com
ajuda do Fisioterapeuta (treino de marcha
FRPDQGDGRUHPXOHWDV 
Cuidados de Enfermagem
• Evoluir e registrar em prontuário as
O papel do enfermeiro do Centro de ações desenvolvidas.
Atenção Especializada em Cirurgias do Quadril
é prestar uma assistência de qualidade com
ações desenvolvidas nos procedimentos que $OWDWHUDSrXWLFD
se seguem: • Fornecer o sumário de alta, informando
a data do retorno ambulatorial, para revisão
Pré-operatório FLU~UJLFDHUHWLUDGDGHSRQWRV

• Orientar quanto à realização do curativo


• Orientar o cliente quanto as rotinas GLiULR FRPiOFRRO 
GR SUpRSHUDWyULR FKHFDQGR RV H[DPHV
ODERUDWRULDLVHGHUDGLRGLDJQyVWLFR • Orientar sobre as medicações prescritas:

12 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009


DQDOJpVLFRVHRXDQWLLQÀDPDWyULRV  • Informar sobre o fornecimento das
PXOHWDV
• Orientar sobre o uso de anticoagulante • Preencher o formulário de avaliação e
(QR[DSDULQD  GHPRQVWUDQGR D WpFQLFD GH HGXFDomRGHSDFLHQWHV
DSOLFDomR • Evoluir e registrar em prontuário as

Centro de Atenção Especializado em Tratamento


Cirúrgico do Joelho
Bárbara Regina Fernandes de Almeida*
*Especialista em Auditoria no Sistema de Saúde (UNESA)
Membro da ABENTO

Introdução por traumas.


O Centro de Atenção Especializada em As cirurgias de artroplastia de joelho são
tratamento cirúrgico de lesões no joelho tem mais realizadas em adultos com idade entre 50
FRPRGLIHUHQFLDODGLQkPLFDGRDWHQGLPHQWR e 80, geralmente acometida por lesões osteo-
dispensado ao grande número de pessoas que DUWLFXODUHV LQÀDPDWyULDV H GHJHQHUDWLYDV RX
chegam nesta unidade hospitalar necessitando com outras co-morbidades.
de assistência especializada. A proposta é
oferecer ao paciente tratamento conservador As cirurgias de ligamentoplastias são mais
RX FLU~UJLFR FRP H¿FLrQFLD YLQFXODGR DR realizadas em adultos jovens, estando estas
acompanhamento ambulatorial, cirúrgico ligadas às atividades esportivas em até 85%
e de reabilitação. Assim, esses clientes são dos casos, mais comumente afetando pessoas
inseridos no grupo de cirurgias de joelho. GRVH[RPDVFXOLQRFRPIDL[DHWiULDHQWUH
H  DQRV GH LGDGH 2 WUDWDPHQWR GH XP
O Centro foi criado com o objetivo prestar cliente com uma lesão aguda do ligamento
assistência de enfermagem adequada nos FUX]DGR DQWHULRU /&$  p LQÀXHQFLDGR SRU
períodos pré e pós-operatório de cirurgia no diversos fatores, como a idade, ocupação,
MRHOKR DX[LOLDQGR QD UHFXSHUDomR GR FOLHQWH nível de participação desportiva e lesões
e prevenção de complicações, contribuindo intra-articulares. Geralmente, é sugerida a
para redução do tempo de permanência no realização da reconstrução do ligamento em
hospital. indivíduos atleticamente mais ativos.
A artroscopia possibilita tratamento
3HU¿OGRVSDFLHQWHVDWHQGLGRV cirúrgico de várias patologias. Nestes casos,
QmR p SRVVtYHO WUDoDU XP SHU¿O TXH GH¿QD
1R DQR GH  IRUDP UHDOL]DGRV  IDL[DHWiULDVH[RGRSDFLHQWHHWLSRVGHOHV}HV
procedimentos pelo Centro de Atenção mais comuns.
Especializada do Joelho.
A artrodese de joelho é realizada
A população atendida inclui pessoas de em pacientes com perda óssea e falha
DPERVRVVH[RVHGHIDL[DHWiULDGLYHUVL¿FDGD na artroplastia total de joelho (ATJ) por
Os pacientes que procuram tratamento infecção.
médico em razão do compro¬metimento da
capacidade funcional dos joelhos têm crescido
3ULQFLSDLVSURFHGLPHQWRV
VLJQL¿FDWLYDPHQWH XPD YH] TXH D IXQomR
do joelho pode ser gravemente afetada por Artroplastia total de joelho (ATJ) – É
SURFHVVRV LQÀD¤PDWyULRV GHJHQHUDWLYRV RX a substituição da articulação afetada ou parte

C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 13


dela por um dispositivo metálico (prótese) com osso, técnica geralmente utilizada para a
D¿QDOLGDGHGHUHFXSHUDUDIXQomRDUWLFXODU correção de joelhos valgo e varo.

Cuidados de Enfermagem
Pré-operatório
• Orientar quanto a rotina pré-
RSHUDWyULD
• Avaliar as necessidades de cada cliente
para elaboração de um plano assistencial
LQGLYLGXDOL]DGR
Fonte: www.sbcj.com.br ‡ 2EVHUYDU H LGHQWL¿FDU FRPSOLFDGRUHV
TXHSRVVDPJHUDUULVFRV
‡ 9HUL¿FDUQRSURQWXiULRWRGRVRVH[DPHV
Ligamentoplastia – Podem ser feitas
pré-operatórios e risco cirúrgico com registro
de quatro maneiras: através de reparação
GRVPHVPRV
SULPiULD UHFRQVWUXomR H[WUDDUWLFXODU
reconstrução intra-articular ou a combinação • Orientar sobre a escala de dor e sua
das duas. Na maioria das vezes é possível DYDOLDomR
XWLOL]DU XP HQ[HUWR DXWyORJR WHQGmR GR
• Esclarecer dúvidas do procedimento
próprio cliente).
cirúrgico a ser realizado.
Pós-operatório
‡ 5HDOL]DU H[DPH ItVLFR FpIDORFDXGDO
observando: acesso venoso, curativo, membro
RSHUDGRGUHQRHFDWHWHUYHVLFDOGHGHPRUD
• Manter membro operado imobilizado
FRPFXUDWLYRFRPSUHVVLYR
• Monitorar os sinais vitais de acordo
FRPDVFRQGLo}HVFOtQLFDVGRSDFLHQWH
• Atentar para complicações
DQHVWpVLFDV
Fonte: www.ligamentoplastia.com.br
‡ 9HUL¿FDU SHUIXVmR SHULIpULFD SXOVR
pedioso, motricidade e sensibilidade no
$UWURVFRSLD – É a técnica cirúrgica em que PHPEURDIHWDGRSHULRGLFDPHQWH
uma pequena incisão permite introduzir uma
ySWLFD QR QtYHO GD DUWLFXODomR $ H[SORUDomR • Alertar a equipe de enfermagem à
dessa articulação é praticada através de pinças não aplicar medicamentos via parenteral no
miniaturas que são manipuladas através do PHPEURRSHUDGR
vídeo. • Observar e registrar volume e
Artrodese – É a fusão proposital das FDUDFWHUtVWLFDGRH[VXGDWRQRGUHQR
H[WUHPLGDGHV GLVWDO GR IrPXU H SUR[LPDO • Observar a presença de sangramento
da tíbia, criando uma situação de rigidez DWLYRSHORFXUDWLYR
permanente. Esse procedimento pode ser
UHDOL]DGR DWUDYpV GH ¿[DomR LQWHUQD RX ‡ 9HUL¿FDU SUHVFULomR GR SyVRSHUDWyULR
H[WHUQD LPHGLDWR
Osteotomia – É a secção cirúrgica de um ‡ 2EVHUYDUDVFRQGLo}HVGDVH[WUHPLGDGHV
 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009
do membro operado visando detectar algum $OWDWHUDSrXWLFD
sinal de complicação (cianose, edema, calor,
• Orientar quanto aos procedimentos
UXERUKHPDWRPDHGRULQWHQVD 
domiciliares (curativo, medicação prescrita e
• Após a retirada da imobilização, fazer DXWRFXLGDGR 
curativo diário com toques de SF 0,9% e • Orientar quanto ao laudo médico e
álcool a 70%, observando a evolução da VXPiULRGHDOWD
IHULGDFLU~UJLFD
• Orientar quanto ao retorno
• Orientar o paciente quanto a DPEXODWRULDO
LPSRUWkQFLDGDPRELOL]DomRQROHLWRHDMXGDOR
quando isto não for possível. Não deitar sobre • Comunicar ao serviço de visita domiciliar
RODGRRSHUDGR caso seja solicitado acompanhamento.
• Preencher o impresso de avaliação e
• Preparar o paciente para alta com HGXFDomRGHSDFLHQWHV
as devidas orientações, agilizando todo o
processo. • Registrar em prontuário as atividades/
Do}HVGHVHQYROYLGDV
• Avaliar junto a equipe sobre a
• Orientar quanto ao uso de muletas,
necessidade de atendimento pela visita
VROLFLWDQGRDX[tOLRVHQHFHVViULR
GRPLFLOLDUDSyVVXDDOWD
• Orientar quanto ao uso de
• Registrar em prontuário. imobilizador.

Centros de Atenção Especializada no Trauma Adulto e de


Pelve e Acetábulo
Raquel Costa Rodrigues de Souza*
*Membro da ABENTO

Introdução de alta energia, onde se faz necessário a


intervenção cirúrgica.
A área de cirurgia do trauma ortopédico
do INTO é responsável pelo atendimento de
SDFLHQWHV TXH VRIUHUDP IUDWXUDV H OX[Do}HV
3HU¿OGRVSDFLHQWHVDWHQGLGRV
do aparelho locomotor. São casos graves,
decorrentes de forças violentas, e podem O centro de trauma adulto assiste a
determinar deformidades e seqüelas em SRSXODomR GH DGXOWRV MRYHQV QD IDL[D HWiULD
função das complicações imediatas e tardias. HQWUH  D  DQRV FRP SUHGRPLQkQFLD GR
VH[RPDVFXOLQR*HUDOPHQWHYtWLPDVGHWUDXPD
Além disso, é referência no atendimento de alta energia, tendo como causa base o
de pacientes portadores de lesões traumáticas acidente automobilístico, atropelamentos e
da pelve e acetábulo -ossos que compõem a quedas.
FLQWXUDSpOYLFDVHJPHQWRGHYLWDOLPSRUWkQFLD
do aparelho locomotor, que une a coluna No ano de 2007 foram realizadas cerca de
vertebral aos membros inferiores. 1110 cirurgias. O tempo médio de internação
p GH DSUR[LPDGDPHQWH WUrV GLDV SRGHQGR
A missão primordial do Centro do Trauma do estender-se de acordo com as condições
Adulto e da Pelve e Acetábulo é o atendimento clinicas do paciente, procedimento cirúrgico
GH FDVRV FRPSOH[RV FDUDFWHUL]DGRV SRU e complicações (Relatório de Gestão anual do
múltiplas fraturas, decorrentes de traumas INTO, 2007).
C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 15
3ULQFLSDLVSURFHGLPHQWRV Sua vantagem está na possibilidade da redução
anatômica e estabilização rígida e imediata
$HVFROKDGRPpWRGRGH¿[DomRyVVHDYDL
da fratura. As desvantagens incluem a ampla
depender de vários fatores, os quais chamamos
dissecção necessária para a colocação da
de personalidade da fratura. Para a tomada de
SODFD DOpP GD H[SRVLomR GR IRFR GD IUDWXUD
decisão, é necessário avaliar o padrão, o tipo
(PASCCOAL, 2002).
de fratura, o grau de cominuição, a localização
anatômica, grau de lesões de partes moles, a $ ¿[DomR LQWUDPHGXODU FRP KDVWHV
contaminação, o estado geral do paciente e o apresenta a grande vantagem de estabilizar
tempo de evolução desde o acidente. a fratura sem a abertura do foco da fratura,
utilizando uma abordagem menos agressiva,
)L[DomR H[WHUQD 3LQRV VmR FRORFDGRV
HYLWDQGRDPSODVLQFLV}HV +(%(57 ;$9,(5
DWUDYpVGDSHOHH¿[DGRVQRRVVR ¿JXUD 
2003).
Os pinos são conectados entre si com uma ou
mais barras ou anéis (PASCCOAL, 2002).
Cuidados de Enfermagem
2DOWRJUDXGHFRPSOH[LGDGHHDEUDQJrQFLD
que envolve o cuidado a este tipo de paciente,
H[LJH GD HQIHUPDJHP Do}HV DUWLFXODGDV
integradas e contínuas. Faz-se necessário
um processo de enfermagem adequado
que organize e sistematize o cuidado de
enfermagem.

Pré-operatório

• Colher uma história detalhada, incluindo


R PHFDQLVPR GH OHVmR ID]HQGR XP H[DPH
FRPSOHWR GD H[WUHPLGDGH DIHWDGD j SURFXUD
de edema, hematoma, crepitação, perda
Figura 1. Fixação externa
da função, deformidade, descoloração da
pele, posição alterada e mobilidade anormal
$ LQGLFDomR SULQFLSDO SDUD XVR GR ¿[DGRU do membro afetado, além de abrasões,
H[WHUQR p QDV IUDWXUDV H[SRVWDV VREUHWXGR lacerações, atentando para a integridade do
naquelas que tenham lesão de partes moles HQYROWyULRHGHSDUWHVPROHV
associadas, bem como perdas ósseas,
facilitando a realização dos curativos e ‡ $ SHUIXVmR WHFLGXDO GDV H[WUHPLGDGHV
HYROXomR GDV IHULGDV ¿JXUD  7DPEpP deve ser avaliada, assim como a função dos
pode ser usado como opção de tratamento QHUYRV'HYHVHID]HUXPH[DPHQHXUROyJLFR
nas fraturas cominutivas e segmentares incluindo uma avaliação motora e sensitiva
em pacientes que precisam ser mobilizados dos nervos, atentando para episódios de
SUHFRFHPHQWH 3$6&&2$/+(%(57  dor intensa, fraqueza ou parestesias que
XAVIER, 2003). podem ser indicativo de isquemias (HEBERT
;$9,(5 
Fixação interna:$IUDWXUDp¿[DGDFRP
algum tipo de implante - placa de metal, haste • Avaliar estado emocional do paciente,
LQWUDPHGXODU ¿RV GH DoR RX SLQRV GH DoR oferecendo medidas de conforto, esclarecendo
FKDPDGRV GH ¿RV GH .LUVKQHU  FRQKHFLGD dúvidas, ensinando medidas preventivas de
como osteossíntese interna. complicações no pós-operatório (SANTOS,
 
A principal indicação da osteossíntese com
placas e parafusos é a impossibilidade do uso ‡ &KHFDU ULVFR FLU~UJLFR H H[DPHV
GH¿[DGRUH[WHUQRRXGH¿[DomRLQWUDPHGXODU solicitados. Planejar, implementar e avaliar as
16 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009
ações assistenciais para o preparo do paciente TXHLUmRLQÀXHQFLDURSURFHVVRGHUHPRGHODomR
de acordo com o tipo de cirurgia (TASHIRO, dos ossos e dos tecidos adjacentes à lesão,
2001). WHQGR FRPR REMHWLYR ¿QDO D UHFXSHUDomR GD
IXQomRGRPHPEURWUDXPDWL]DGR
‡ 'HYHVHHOHYDUDH[WUHPLGDGHRSHUDGD
Pós-operatório facilitando o retorno venoso e linfático
‡ 5HDOL]DU H[DPH ItVLFR SyVRSHUDWyULR SUHYHQLQGR R HGHPD ([HUFtFLRV DWLYRV SDUD
incluindo avaliação do membro operado os dedos, massagem retrograda no sentido
para detectar a presença de complicadores, GLVWDO SDUD SUR[LPDO DX[LOLDP QD UHDELOLWDomR
mantendo-o em posição anatômica +(%(57 ;$9,(5 
FRQIRUWiYHO
• Estar atento em relação aos curativos $OWDWHUDSrXWLFD
para sinais de sangramento, dor, hematomas,
deiscência, alterações na perfusão periférica • O planejamento da alta tem como
HHGHPDGHH[WUHPLGDGH '21$+22  objetivo preparar o paciente e a família para a
FRQWLQXLGDGHGRFXLGDGRHPXPQRYRFRQWH[WR
• O dreno de sucção normalmente é 6XD ¿QDOLGDGH p SURYHU XPD WUDQVIHUrQFLD
UHWLUDGRHQWUHDKRUDVDSyVDFLUXUJLDWHP VHJXUDHYLWDQGRGL¿FXOGDGHVSDUDRSDFLHQWH
como objetivo evitar possíveis hematomas que seus cuidadores e, consequentemente,
possam interferir no processo de cicatrização contenção dos custos para o sistema de saúde
GDIHULGD 6$1726 
• O cateterismo vesical é realizado em • Mediante a alta, o paciente é orientado
cirurgias longas e sempre quando se faz quanto ao posicionamento correto do membro
necessário a monitoração do débito urinário. operado, a manter as articulações livres com
Normalmente a sonda é retirada no primeiro dia movimentos ativos e passivos que previnem
após a cirurgia, se o paciente não apresentar o edema e a dor. É orientado também
QHQKXPDLQWHUFRUUrQFLD 7$6+,52  a proteger o membro durante a higiene
• A reabilitação pós-operatória consiste FRUSRUDO TXDQWR j UHDOL]DomR GR FXUDWLYR H
QDDSOLFDomRGHIRUoDVH[WHUQDVQDIRUPDGH TXDQWRDLPSRUWkQFLDGRUHWRUQRHPFDVRGH
H[HUFtFLRVPRGDOLGDGHVWHUDSrXWLFDVHyUWHVHV complicações (BRUNNER, 2005).

Centro de Atenção Especializada no Trauma do Idoso


Bárbara Stohler Sabença de Almeida
* Especialista em Clínica Médica e Cirurgia Geral (UNIRIO)
Membro da ABENTO / SOBENFeE

Introdução • prestar assistência de qualidade,


HVSHFt¿FDjVQHFHVVLGDGHVGRLGRVR
O Centro de Atenção Especializada no
Trauma do Idoso (CAETI) é formado por ‡ ]HODU SHOD H¿FiFLD GD DVVLVWrQFLD
uma equipe interdisciplinar cujas ações estão RIHUHFLGD
voltadas para o tratamento, a reabilitação e
• promover a recuperação/reabilitação
a manutenção da saúde para esta parcela da
GDFDSDFLGDGHIXQFLRQDOGRLGRVR
população, pautados no cuidado diferenciado
HHVSHFt¿FR • ser agente facilitador da interação na
HTXLSHPXOWLGLVFLSOLQDU
O Serviço de Enfermagem do CAETI realiza
o gerenciamento do cuidado do dos usuários • capacitar recursos humanos em
e tem por objetivos: HQIHUPDJHP
C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 17
• gerar conhecimentos sobre a assistência Fixação Interna: )L[DomR GD IUDWXUD
de enfermagem ao idoso FRP GLVSRVLWLYRV SODFDSDUDIXVR ¿RV GH
.LUVKQHU RX KDVWH LQWUDPHGXODU FRQKHFLGD
• promover a humanização do
como osteossíntese. Indicada no tratamento
atendimento.
cirúrgico das fraturas transtrocanterianas
e subtrocanterianas – que atingem
DSUR[LPDGDPHQWH GH  GD SRSXODomR
3HU¿OGRVSDFLHQWHVDWHQGLGRV
idosa. Seu objetivo é restituir a função
O Centro de Trauma do Idoso assiste a e a anatomia regional com o mínimo de
população com idade igual ou superior a 60 seqüelas.
anos vítimas de trauma, dando prioridade ao
WUDWDPHQWRGDVIUDWXUDVGRWHUoRSUR[LPDOGR
fêmur. A causa mais comum deste tipo de Artroplastia: é a substituição protética
fratura é a queda da própria altura, responsável do(s) componente(s) articular(es) do quadril,
SRU DSUR[LPDGDPHQWH  GDV LQWHUQDo}HV podendo ser parcial (somente um componente
no Instituto Nacional de Traumatologia e é substituído) ou total (substituição de
Ortopedia (INTO). A segunda metade das ambos os componentes). Sendo utilizadas na
internações engloba fraturas dos terços medial reparação cirúrgica das fraturas do colo do
e distal do fêmur, tíbia, membros superiores e fêmur, que representam a principal causa de
procedimentos diversos - retirada de material hospitalização aguda entre idosos.
de síntese, curativo cirúrgico, etc - (Relatório
de Gestão INTO 2007).
Cuidados de Enfermagem
Nossa clientela é majoritariamente do
VH[R IHPLQLQR FHUFD GH   H DSUHVHQWD O enfermeiro no CAETI é responsável pelo
em média duas co-morbidades. O tempo gerenciamento do cuidado prestado ao idoso
médio de internação é de cinco dias podendo desde sua internação até a alta terapêutica,
estender-se de acordo com o estado clínico do assegurando seu acesso, seu acolhimento,
cliente e sua reabilitação (Relatório de Gestão o aumento da capacidade resolutiva e a
do INTO 2007). ampliação do seu grau de autonomia através
GR GLiORJR H RULHQWDomR GRV SUR¿VVLRQDLV GD
equipe, com responsabilização e compromisso
3ULQFLSDLVSURFHGLPHQWRV social.
$V IUDWXUDV GR WHUoR SUR[LPDO GR Suas atividades/ações são realizadas de
fêmur (Figura 01) incluem as do colo, as DFRUGR FRP R ÀX[R TXH R XVXiULR VHJXH DR
transtrocanterianas e as subtrocanterianas. dar entrada na instituição: internação/pré-
operatório, pós-operatório e alta terapêutica.

Pré-operatório
• História clínica – aspectos biológicos,
SVtTXLFRVIXQFLRQDLVHVRFLDLV

‡ ([DPH ItVLFR GLUHFLRQDGR ± DYDOLDomR


da capacidade funcional e de autocuidado,
ortopédica e da pontuação obtida na escala
de risco de Waterlow para desenvolvimento
GH~OFHUDVSRUSUHVVmR 83 

• Implantação de medidas para


SUHYHQomRGH83
Fig. 01-Terço Proximal do Fêmur
(http//:www.fotosearch.com) • Solicitação de avaliação das UP e
18 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009
FRQGXWDSHOR6HUYLoRGH&XUDWLYRV FRQVFLrQFLD 'HOLULXP'HPrQFLD 

• Atentar para as alterações do nível de • Avaliar cateteres e drenos para


FRQVFLrQFLD 'HOLULXP'HPrQFLD  IXQFLRQDPHQWRHVLQDLVÀRJtVWLFRV

‡ 9HUL¿FDUDUHDOL]DomRGRVH[DPHVSUp ‡ 3URPRYHUVHJXUDQoD
RSHUDWyULRV • Implementar medidas preventivas de
• Promover a participação ideal nas 83
DWLYLGDGHV • Monitorar os usuários em alto risco
• Orientar o usuário e cuidador/familiar SDUDLQIHFomR
VREUHDVURWLQDVLQVWLWXFLRQDLV • Investigar a resposta à medicação
• Educação permanente sobre os DQDOJpVLFDHDFLRQDUDFOtQLFDGD'RU
FXLGDGRVLQWUDHH[WUDKRVSLWDODUHVDRXVXiULR • Avaliar necessidade de Visita
e cuidador/familiar. Domiciliar
Estas avaliações constituem o processo
de diagnóstico multidimensional, a partir
do qual serão estabelecidas condutas ou $OWDWHUDSrXWLFD
HQFDPLQKDPHQWRVSDUDDDVVLVWrQFLDHVSHFt¿FD  &RUUHVSRQGHDRSHUtRGRGHYHUL¿FDomR
às necessidades surgidas. do alcance das metas estabelecidas no
planejamento assistencial no que tange:
Pós-operatório • Aos cuidados domiciliares com o membro
operado (posicionamento, mobilização, sinais/
([LJH XP SODQHMDPHQWR FXLGDGRVR VLQWRPDVGHFRPSOLFDo}HV 
demandando condutas diferenciadas que
favoreçam o processo de reabilitação e • Realização de curativo da ferida
minimizem o risco de perda do procedimento RSHUDWyULD
cirúrgico e complicações. Aos dados coletados ‡ 8VRGHPHGLFDo}HV
na internação somam-se os provenientes
da avaliação pós-operatória, que serão a ‡ &XLGDGRVFRPDSHOH
base do planejamento e das ações, voltadas ‡ &XLGDGRVFRPDDOLPHQWDomR
principalmente à educação do usuário e seu
familiar/acompanhante para continuidade dos ‡ ,QJHVWmRDGHTXDGDGHOtTXLGRV
seguintes cuidados: ‡ 0XGDQoDGHGHF~ELWR
‡ 5HDOL]DU H[DPH ItVLFR SyVRSHUDWyULR ‡ 8VRGHDOLYLDGRUHVGHSUHVVmR
DYDOLDomRGRPHPEURRSHUDGR 
‡ ,PSRUWkQFLDGRUHWRUQRDPEXODWRULDO
• Manter o membro operado em posição
DQDW{PLFDFRQIRUWiYHO
• Realizar o curativo e avaliar para sinais
de: sangramento, dor, hematomas, deiscência
HHGHPD
• Comunicar a equipe ortopédica sobre
RVFRPSOLFDGRUHVHFRPSOLFDo}HVGHWHFWDGRV
‡ (OHYDU D H[WUHPLGDGH RSHUDGD
IDFLOLWDQGRRUHWRUQRYHQRVR 
• Promover mobilidade e movimento
LGHDO
• Atentar para as alterações do nível de
C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 19
Centro Atenção Especializada em Cirurgia de Mão

Andréa Balbino Costa


*Especialista em Administração Hospitalar (UNIGRANRIO)
Especialista em Enfermagem em Alta Complexidade (UGF)
Membro da ABENTO/ SOBENFeE

Introdução • Capsulectomia – remoção da cápsula

• Neurólise – liberação de um nervo


O Centro de Especialidade de Cirurgia de comprimido por aderências
Mão atende a clientes com comprometimento
‡ 1HXURUUD¿D±VXWXUDGHXPQHUYR
nas mãos que necessitem de tratamento
FLU~UJLFRGHDOWDFRPSOH[LGDGH • Neurotomia – retirada total ou parcial
São atendidos casos bem variados, que de um nervo
vão de traumas a acometimentos devido ao
‡ 2VWHRVVtQWHVH±¿[DomRGDIUDWXUDSRU
trabalho, acidentes domésticos, correções de
meio de placas ou parafusos
defeitos congênitos e doenças degenerativas.
A recuperação cirúrgica, na sua grande • Osteotomia – secção cirúrgica de um
maioria é rápida, com uma média de internação osso
de 03 (três) dias, podendo o cliente, muitas • Sinovectomia – remoção da membrana
vezes ter alta hospitalar no mesmo dia da sinovial
cirurgia ou a internação prolongar-se por
necessidade de uso de antibiótico ou por • Tenólise – liberação de um tendão
ordem social.
• Tenoplastia – operação plástica de um
tendão
3HU¿OGRVSDFLHQWHVDWHQGLGRV
‡ 7HQRUUD¿D±VXWXUDGHXPWHQGmR
2SHU¿OGHVVHVFOLHQWHVpQDVXDPDLRULD
DGXOWRGRVH[RPDVFXOLQRHPLGDGHSURGXWLYD • Tenotomia – secção de um tendão
QDIDL[DHWiULDGHDDQRVFRQ¿JXUDQGR
em torno de 57% dos atendimentos. As
crianças representam um grande número Cuidados de Enfermagem
de intervenções para correções de defeitos
congênitos. Estes dados foram consolidados Todos os cuidados ao cliente são focados na
através de planilha elaborada pela autora sua melhor recuperação e, conseqüentemente,
para controle diário das atividades realizadas, menor período de permanência no hospital.
no período de maio de 2006 a dezembro de O grau de dependência desses clientes varia
2007. com a idade (idosos, crianças) e tipo de
cirurgia.

O uso funcional das partes não afetadas da


3ULQFLSDLVFLUXUJLDV mão deve ser encorajado. (BRUNNER, 2001)
‡ $UWURGHVH ± ¿[DomR GH XPD Os cuidados de enfermagem são
articulação estabelecidos a partir das necessidades dos
• Artroplastia – operação destinada a clientes. Assim foram estabelecidos alguns
refazer as superfícies articulares e restabelecer cuidados que envolvem o pré e pós- operatório,
seu uso bem como a alta hospitalar.

20 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009


Pré-operatório: Alta hospitalar:
• Informar quanto procedimentos e ‡ 5HIRUoDU D LPSRUWkQFLD GH PDQWHU R
FXLGDGRVSUpWUDQVHSyVRSHUDWyULR membro operado elevado, evitando assim
‡ 2ULHQWDUKLJLHQHSHVVRDOLQWHQVL¿FDQGR edema e dor, e cuidado para não deitar sobre
a higiene das mãos, observando unhas e RPHPEURRSHUDGR
UHWLUDQGRHVPDOWH ‡ ([SOLFDU TXH UHSRXVR QmR VLJQL¿FD
• Não administrar medicamentos via imobilidade total, deve haver a movimentação
SDUHQWHUDOQRPHPEURDVHURSHUDGR das articulações livres, prevenindo
complicações pós-operatórias como edema
‡ 4XHVWLRQDUDQVLHGDGHHG~YLGDV e dor, pois permitem drenagem linfática e
• Avaliar necessidade de apoio psicológico YHQRVD
ou do Serviço Social. • Proteger o membro operado durante
KLJLHQHFRUSRUDO

Pós-operatório: ‡ (P UHODomR j PHGLFDomR H[SOLFDU R


TXHFRPRHTXDQGRWRPDU
São cuidados que visam prevenir infecção
e doença tromboembólica (1) ‡ 1mR PH[HU QR FXUDWLYR DWp R UHWRUQR
DJHQGDGRSDUDDWURFDGRPHVPR
‡ 0DQWHUPmRRSHUDGDHOHYDGD
• Observar e registrar condições da • Ensinar avaliar a perfusão periférica,
H[WUHPLGDGH GR PHPEUR RSHUDGR YLVDQGR edema, sangramento, temperatura e dor
detectar algum sinal de complicação (cianose, TXDQGRQmRFHGHFRPDQDOJpVLFRSUHVFULWR 
edema, alteração de sensibilidade e dor
• Qualquer possível problema entrar em
LQWHQVD 
FRQWDWRFRPR,172
• Observar e registrar a presença e
volume/intensidade de sangramento pelo • Entregar documentos.
FXUDWLYRFLU~UJLFR O cliente somente terá alta no mesmo
• Ensinar o cliente a mobilizar a dia da cirurgia com acompanhante, caso
H[WUHPLGDGH RSHUDGD ID]HQGR PRYLPHQWRV contrário, a alta será na manhã seguinte.
GH ÀH[mR H H[WHQVmR GDV SDUWHV TXH QmR
estiverem imobilizadas (ombro, cotovelo e
GHGRV 
• Orientar o cliente a manter a mão
operada elevada com tipóia ou apoio, quando
HVWLYHUVHQWDGRRXDQGDQGR
• Observar condições da imobilização ou
JHVVR
• Observar e registrar quantidade e
características da secreção, no caso da
H[LVWrQFLDGHGUHQR

‡ $X[LOLDU D DOLPHQWDomR KLJLHQH RUDO


e corporal e mobilização, sempre que
necessário.

(1) Segundo CAMPOS (2003) a doença tromboembólica é o desenvolvimento de um coágulo de sangue dentro de um vaso sanguíneo
YHQRVR3RGHVHGHVHQYROYHUHPVLWXDo}HVHPTXHKiGLPLQXLomRGDYHORFLGDGHGRVDQJXHFRPRSRUH[HPSORSHVVRDVDFDPDGDV
cirurgias prolongadas, entre outros.

C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 21


O Serviço de Enfermagem no Centro de Atenção
Especializada em Cirurgia de Pé e Tornozelo
Andréa Balbino Costa*
*Especialista em Administração Hospitalar (UNIGRANRIO)
Especialista em Enfermagem em Alta Complexidade (UGF)
Membro da ABENTO/ SOBENFeE

Introdução 3ULQFLSDLVFLUXUJLDV

O Centro de Especialidade de Cirurgia do Amputação - Retirada total ou parcial


Pé e Tornozelo, formado para atender aos GH XPD H[WUHPLGDGH GR FRUSR XVDGD SDUD
usuários com necessidades referentes a esta controlar a doença.
especialidade que necessitem de tratamento $UWURGHVH±)L[DomRGHXPDDUWLFXODomR
GH DOWD FRPSOH[LGDGH UHFHEH FOLHQWHV FRP
uma grande variedade de acometimentos, Artroplastia – Operação destinada a refazer
incluindo Neuromas, Deformidades Congênitas as superfícies articulares e restabelecer seu
ou Adquiridas (pé em garra, joanetes, artelho uso.
em martelo), Traumatismos, Doença Vascular 2VWHRVVtQWHVH ± )L[DomR GD IUDWXUD SRU
Periférica, Doenças Degenerativas, entre meio de placas ou parafusos.
outras.
Osteotomia – Secção cirúrgica de um
O tempo de internação geralmente é osso.
SHTXHQRFRPXPDPpGLDGH TXDWUR GLDV
Esse período de internação pode prolongar-se
por necessidade de antibioticoterapia venosa Cuidados de Enfermagem
e/ou realização de curativos.
Pré-operatório
Segundo BRUNNER (2001), a Enfermeira
deve avaliar a capacidade de deambulação,
3HU¿OGRVSDFLHQWHVDWHQGLGRV
o equilíbrio do cliente e o estado
A maior parte dos clientes atendidos para neurovascular do pé antes da cirurgia, bem
tratamento devido acometimentos nos pés e como a disponibilidade de assistência e
WRUQR]HORVVmRGRVH[RPDVFXOLQR¿FDQGRHP FDUDFWHUtVWLFDVHVWUXWXUDLVGRODUSDUDDX[LOLDU
WRUQR GH  GRV DWHQGLPHQWRV UHDOL]DGRV no planejamento de cuidados nos primeiros
provavelmente devido ao maior número de dias de pós-operatório.
casos envolvendo acidentes automobilísticos • Orientar quanto a higiene corporal,
HDFLGHQWHVGHWUDEDOKRFRPSHVVRDVGRVH[R LQWHQVL¿FDQGRDKLJLHQHGRVSpVHUHPRYHQGR
masculino. Vale ressaltar que esses dados HVPDOWHHDGRUQRV
foram obtidos através de planilha elaborada
pela enfermeira do Centro do Pé, para controle • Não administrar medicamentos via
diário de suas atividades, com início em maio parenteral no membro a ser operado.
de 2006 até dezembro de 2007.

$ IDL[D HWiULD PDLV DWHQGLGD HVWi


Pós-operatório
compreendida entre 20 e 60 anos, no período
PDLV SURGXWLYR 3RUpP p VLJQL¿FDQWH R No pós-operatório, o cliente pode
número de casos em idosos, devido a doenças H[SHULPHQWDUXPDGRULQWHQVDHODWHMDQWHQD
degenerativas, vasculares e endócrinas. As iUHD RSHUDGD TXH LUi H[LJLU GRVHV EDVWDQWH
crianças, na sua maioria, são atendidas para liberais de medicação analgésica (BRUNNER,
tratamento das deformidades congênitas. 2001).
22 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009
A duração da imobilidade e o início da GD$QWLELRWLFRWHUDSLD
deambulação dependem do procedimento
• O cliente deverá iniciar treino para
XVDGR  $SyV D FLUXUJLD RV H[HUFtFLRV VmR
GHDPEXODomRFRPPXOHWDV
LQLFLDGRVSDUDÀH[LRQDUHHVWHQGHURVDUWHOKRV
SRLVDÀH[mRGRVDUWHOKRVpHVVHQFLDOSDUDD ‡ $X[LOLDU QD KLJLHQH FRUSRUDO H
marcha. PRELOL]DomRVHPSUHTXHQHFHVViULR
Após a cirurgia a enfermeira deve atentar ‡ (VFODUHFHUSRVVtYHLVG~YLGDVH[LVWHQWHV
para a presença de tumefação, avaliar a RX VROLFLWDU D SUHVHQoD GH SUR¿VVLRQDO
função neurovascular (circulação, movimento, HVSHFt¿FR
sensibilidade), dor, estado da ferida e
mobilidade (BRUNNER, 2001). Orientações de alta

• Manter o paciente com o membro ‡ 5HIRUoDUDLPSRUWkQFLDGDPDQXWHQomR


operado elevado no nível do coração, para do membro operado elevado, evitando edema
UHGX]LUHGHPDHGRU HGRU

• Não aplicar medicamentos via • Proteger o membro operado durante


SDUHQWHUDOQRPHPEURRSHUDGR KLJLHQHFRUSRUDO

• Orientar o paciente a iniciar movimentos ‡ ([SOLFDUHHVFODUHFHUDVG~YLGDVVREUH


GHH[WHQVmRHÀH[mRGRVGHGRVGRSpRSHUDGR DPHGLFDomRRTXHFRPRHTXDQGRWRPDU
WmRORJRUHFXSHUHRQtYHOGHFRQVFLrQFLD • Não trocar e/ou abrir o curativo ou
• Observar e registrar condições do LPRELOL]DomRDWpUHWRUQRDJHQGDGR
membro operado, visando detectar algum ‡ ([SOLFDU TXH UHSRXVR QmR VLJQL¿FD
sinal de complicação (edema, rubor, calor, imobilidade total, deve haver a movimentação
FLDQRVHDOWHUDomRGHVHQVLELOLGDGHRXGRU  as articulações livres, prevenindo complicações,
• Observar e registrar presença de como edema e dor, pois permite drenagem
sangramento pelo curativo cirúrgico e as OLQIiWLFDHYHQRVD
FRQGLo}HVGRJHVVR VHIRURFDVR  • Ensinar a avaliar a perfusão periférica,
• Atentar para o uso de muletas, quando edema, sangramento, temperatura e dor
QHFHVViULRSDUDGHDPEXODU TXDQGRQmRFHGHFRPDQDOJpVLFR 
• Troca de curativo, a ser combinado ‡ (QWUHJDUGRFXPHQWDomR
FRPDHTXLSHPpGLFD
• Providenciar transporte adequado
• Atentar para a administração rigorosa junto com serviço social.

Centro de Atenção Especializada em Oncologia Ortopédica


Adriana Alves da Silva Pereira*
*Especialista em Saúde Pública (ENSP-FIOCRUZ).
Residência em Enfermagem Médico-Cirúrgica (HUPE-UERJ)
Membro da ABENTO

Introdução yVVHR DLQGD p SRXFR FRQKHFLGD GL¿FXOWDQGR


a prevenção e sua detecção, uma vez que os
IDWRUHV GH ULVFR LGHQWL¿FDGRV VmR SRXFRV 2
Os tumores ósseos são patologias do diagnóstico precoce permite o maior controle
aparelho locomotor que se manifestam local da doença, favorecendo a realização
frequentemente por dor, aumento do volume de cirurgias com preservação do membro,
local e deformidade. A etiologia do tumor aumentando as chances de cura.

C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 23


2VWXPRUHVyVVHRVSRGHPVHUFODVVL¿FDGRV levantamento no período de 1986 a 1990,
em: mostraram uma freqüência de 0,6% do total
de neoplasias malignas diagnosticadas no
‡ WXPRUHVEHQLJQRV
país (REVISTA BRASILEIRA DE ORTOPEDIA,
• tumores malignos e 1996).
• tumores metastáticos. Os tumores músculo-esqueléticos
FRUUHVSRQGHP D DSUR[LPDGDPHQWH  GDV
Alguns tumores ósseos benignos:
neoplasias em geral. (PARDINI, 2002).No
osteocondroma, condroblastoma,
INTO, grande parte dos pacientes atendidos
encondroma, tumor de células gigantes
são adultos com lesões crônicas malignas.
osteoblastoma e osteoma osteoide.
Os tumores musculoesqueléticos
malignos primários incluem osteossarcoma, 3ULQFLSDLVSURFHGLPHQWRV
condrossarcoma, sarcoma de Ewing e
%LySVLDSHUFXWkQHDDEHUWD : Procedimento
¿EURVVDUFRPD
de investigação que, em geral leva ao
O esqueleto é um local de metástase diagnóstico.
para vários carcinomas (CA), sendo 80%
GDVPHWiVWDVHVyVVHDVVHFXQGiULDVDFkQFHU Ressecção simples de tumor: cura cirúrgica
de mama, pulmão, próstata, rim e tubo produzida pela eliminação completa das
digestivo. FpOXODVGRWXPRU

Os tumores metastáticos localizam-se &XUHWDJHP FRP HQ[HUWLD RX FLPHQWDomR:


com mais freqüência na coluna vertebral, remoção do tumor com reconstrução através
pelve, costelas, calota craniana e ossos GH DXWRHQ[HUWR KRPRHQ[HUWR DORHQ[HUWR
longos, respectivamente. As acrometastases RXFLPHQWRRUWRSpGLFRFLU~UJLFR
DEDL[R GRV FRWRYHORV H MRHOKRV  VmR PHQRV Transposição de fíbula: técnica de
freqüentes. reconstrução através de um segmento da
As lesões pseudotumorais são lesões ItEXOD
ósseas não-neoplásicas que simulam tumores ,Q¿OWUDomR FRP FRUWLFyLGH H FDOFLWRQLQD:
ósseos. São elas: cisto ósseo simples (solitário, tratamento para cisto ósseo aneurismático,
unicameral), cisto ósseo aneurismático, cisto
yVVHR MXVWDFRUWLFDO ¿EURPD QmR RVVL¿FDQWH Reconstrução com endoprótese não
GHIHLWR ¿EURVR PHWD¿ViULR  JUDQXORPD convencional: implantes feitos sob medida
HRVLQy¿OR GLVSODVLD ¿EURVD PLRVLWH para substituição após ressecções de tumores
RVVL¿FDQWH yVVHRV

O cliente oncológico vivencia situações $PSXWDomRHGHVDUWLFXODomR


de medo e angústia, pelo estigma da doença Cuidados de Enfermagem
ou medo da morte. O processo do cuidar
envolve a habilidade de ouvir, compreender, O planejamento das ações de enfermagem
DSRLDUHSURWHJHU'HVWDFDPRVDLPSRUWkQFLD aos pacientes submetidos a tratamento
do atendimento humanizado por toda equipe cirúrgico por tumores ósseos deve prever
multidisciplinar visando o bem estar físico e FRQWUROH GD GRU PHGLGDV HVSHFt¿FDV SDUD
emocional do paciente frente as mudanças promoção da independência, prevenção de
impostas pela situação de doença. complicações como trombose venosa profunda
e fratura patológica, educação ao paciente e
familiar quanto às metas do plano assistencial
3HU¿OGRVSDFLHQWHVDWHQGLGR e promoção de um ambiente acolhedor.

No Brasil, dados acerca da ocorrência dos


Pré-operatório
tumores de ossos e articulações, através do
Registro Nacional de Patologia Tumoral, em • Encorajar o uso de equipamentos e

 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009


adaptações necessárias à locomoção devido • Estimular o uso de equipamentos
DRULVFRGHIUDWXUDSDWSOyJLFD e adaptações necessárias à locomoção de
DFRUGRFRPDFDUJDSHUPLWLGD
• Não realizar venóclise no membro a
VHURSHUDGR ‡ (VWLPXODU D UHDOL]DomR GH H[HUFtFLRV
anti-trombóticos de acordo com a orientação
• Manter e registrar no prontuário todos
GRVHUYLoRGHUHDELOLWDomR
RVH[DPHVGHLPDJHPUHDOL]DGRV
• Utilizar medidas para a prevenção de
‡ 2XYLU H HQFRUDMDU D H[SUHVVmR GH
~OFHUDVSRUSUHVVmR
sentimentos.
• Avaliar perfusão e débito de dreno
hemovac.
Pós-operatório
• Monitorar sinais de fratura patológica
$OWDWHUDSrXWLFD
(deformidade óssea visível, crepitação ao
movimento, dor localizada contínua sem alivio • Reforçar orientações quanto ao uso de
HHGHPDORFDOL]DGR  yUWHVHVHDFDUJDSHUPLWLGD
• Avaliar estado neurovascular da ‡ 7URFDGLiULDGRFXUDWLYR
H[WUHPLGDGH HQFKLPHQWRFDSLODUWHPSHUDWXUD
VHQVLELOLGDGHHPRWULFLGDGH  • Uso correto dos medicamentos
SUHVFULWRV DGPLQLVWUDomRHFRQVHUYDomR 
• Estimular a mobilização ativa no leito,
GHQWURGDOLPLWDomR • Observação quanto aos sinais e
‡ 0DQWHURPHPEURRSHUDGRHOHYDGR VLQWRPDVGHFRPSOLFDo}HV

‡ 0DQWHUFXUDWLYRFRPSUHVVLYR • Retorno ambulatorial.

Centro de Atenção Especializada em Microcirurgia


Reconstrutiva
Bárbara Stohler Sabença de Almeida*
*Especialista em Clínica Médica e Cirurgia Geral (UNIRIO)
Membro da ABENTO / SOBENFeE

Introdução o tratamento de lesões até então insolúveis.

 $0LFURFLUXUJLDSRGHVHUGH¿QLGDFRPR
um conjunto de procedimentos cirúrgicos 3HU¿OGRVSDFLHQWHVDWHQGLGRV
aplicados na manipulação de pequenas
HVWUXWXUDV TXH GHSHQGHP GR DX[tOLR GH O Centro de Atenção especializada em
lentes de aumento- lupas ou microscópio Microcirurgia Reconstrutiva atende os usuários
- (FERREIRA, 2005, p. 3). Foi introduzida vítimas de trauma de etiologia diversa que
no Brasil na década de 60 por cirurgiões DSUHVHQWHP OHV}HVQHUYRVDVSHUGDVyVVHDV
do Hospital das Clínicas de São Paulo que PXVFXODUHVHFXWkQHDVH[WHQVDVDPSXWDo}HV
realizavam reimplantes de membro superior. e outras. A clientela é eminentemente
Sua aplicação não se restringiu somente às PDVFXOLQD FRP LGDGH VLWXDGD QD IDL[D HQWUH
amputações, estendeu-se para áreas como 20-50 anos. Cabe destacar que cerca de
a ortopedia, neurocirurgia, urologia, cirurgia 30% das internações é composta por recém-
GH PmR FLUXUJLD SOiVWLFD HQWUH RXWUDV nascidos e crianças com idade entre 0-12
tornando-se uma importante alternativa para anos. O tempo médio de internação é de
C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 25
três dias podendo estender-se de acordo
com procedimento realizado e a presença de
fatores complicadores (Relatório de Gestão
INTO 2007).
As principais cirurgias realizadas incluem:
HQ[HUWR GH SHOH UHFRQVWUXomR FRP UHWDOKR
PLRFXWkQHR WUDQVSODQWH FRP DQDVWRPRVH
YDVFXODUPLRFXWkQHRHPLFURFLUXUJLDGRSOH[R
EUDTXLDO SDUWLFXODUPHQWHDQHXURHQ[HUWLD 

 2 HQ[HUWR FXWkQHR p R VHJPHQWR


de pele retirado de uma área (doadora) e
transferido para outra (receptora) (ISHIDA,
S eFODVVL¿FDGRGHDFRUGRFRPVXD
espessura, composição, origem e dimensão
sendo amplamente utilizado na restauração e
reparação de feridas. A principal complicação O Plexo Braquial
é a não-integração seguida da distorção (http//:www.paralisiadoplexobraquial.com.br)
tecidual.
Cuidados de Enfermagem
O transplante com anastomose vascular
O enfermeiro no CAEMER é responsável
PLRFXWkQHR p WUDWDPHQWR GH HVFROKD QD
pelo gerenciamento do cuidado prestado
reconstrução de defeitos que requerem
ao usuário desde sua internação até a alta
transposição de grandes quantidades
terapêutica. Suas atividades/ações são
GH WHFLGRV FRP PHOKRUD VLJQL¿FDWLYD GR
UHDOL]DGDV GH DFRUGR FRP R ÀX[R TXH R
prognóstico e redução da morbidade. Pode
usuário segue ao dar entrada na instituição:
VHU FODVVL¿FDGR TXDQWR j IRUPD DR Q~PHUR
internação/pré-operatório, pós-operatório e
de pedículos, à composição, à vascularização,
alta terapêutica.
à localização da área doadora em relação à
receptora e aos métodos de migração. A assistência ao usuário submetido à
microcirurgia reconstrutiva requer cuidados
 2 3OH[R %UDTXLDO ¿JXUD   p XP especiais no planejamento e condutas pré e
conjunto de nervos que partem da medula pós-operatórias que tangem, principalmente,
espinhal e se localiza no pescoço. Responsável à manutenção das lesões reparadas e a serem
pelos movimentos e pela sensibilidade reparadas.
do membro superior. Pode ser lesionado
Os cuidados pré-operatórios com lesões que
diretamente (p.e.: arma de fogo) ou por
VHUmR HQ[HUWDGDV UHIHUHPVH j PDQXWHQomR
estiramento. Este pode ocorrer na hora do
do leito da ferida e da área doadora. Os
parto e é conhecido como Paralisia Obstétrica
cuidados pós-operatórios englobam utilização
GR 3OH[R %UDTXLDO 323%  $V OHV}HV WrP
de curativos compressivo na região receptora
gravidade diferenciada de acordo com o
e acolchoado na doadora, avaliação da “pega”
trauma ocorrido, o que determina o tipo de
GR HQ[HUWR H PDQXWHQomR GDV iUHDV DWp
tratamento cirúrgico. No INTO o tratamento
cicatrização e de seu cuidado posterior.
FLU~UJLFRPDLVIUHTHQWHpDQHXURHQ[HUWLD±
ligação dos nervos lesionados a partir de cabos Para reparação com retalho, os cuidados
nervosos retirados da perna. O prognóstico pré-operatórios incluem a realização de
também está relacionado à gravidade da anamnese (histórico do usuário) – para
lesão e o resultado é lento podendo levar até detecção de fatores que podem ocasionar
quatro anos. A dor é constante com tendência risco de anastomoses vasculares, como:
a desaparecer num período de dois anos tabagismo, hipertensão arterial sistêmica,
devendo ser acompanhada e controlada com diabetes mellitus e doenças vasculares.
o uso de analgésicos. 6HTXHQFLDOPHQWH SURFHGHVH DR H[DPH
26 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009
físico e avaliação do membro afetado. As RSHUDWyULRGDVFLUXUJLDVGRSOH[REUDTXLDOp
lesões devem ser tratadas de acordo com as necessária para determinação da gravidade
características apresentadas até realização da lesão e do prognóstico. A movimentação
de cobertura. No pós-operatório a avaliação GDV DUWLFXODo}HV GR PHPEUR GH  D 
rigorosa da área receptora quanto à coloração, vezes ao dia, e o não uso de tipóia até a
pulso, temperatura é indispensável para cirurgia são recomendadas, pois mantêm as
ciência da viabilidade do retalho, bem como a amplitudes articulares e as articulações do
manutenção do posicionamento adequado no RPEUROXEUL¿FDGDV2SyVRSHUDWyULRFRQVLVWH
leito e o repouso. O curativo deve ser asséptico na avaliação da ferida operatória e troca
para evitar contaminação e infecção. O uso de curativos, manutenção da imobilização
de analgésicos é importante ao conforto do (tipóia – adultos – e Velpeau – para crianças)
usuário. por três semanas, observação do padrão
respiratório (nos casos em que há uso do
A realização da anamnese no pré- nervo frênico).

Centro de Tratamento Ortopédico da Criança e do


Adolescente
Ana Valéria Cezar Schulz*
* Especialista em Programa da Saúde da Família (UCB)
Membro da ABENTO

Introdução A enfermagem do centro infantil atua


desde a internação até a alta, acompanhando
O Centro de Tratamento Ortopédico da
todos os procedimentos durante a internação
Criança e do Adolescente, também chamado
e orientando o paciente e seu familiar quanto
de Centro Infantil, atende crianças que
aos cuidados relativos à cirurgia realizada.
possuem patologias ortopédicas congênitas
RXGHFRUUHQWHVGHWUDXPDRUWRSpGLFR2SHU¿O
GDFOLHQWHODDEUDQJHDIDL[DHWiULDGH]HURD
GH]HQRYHDQRVGHLGDGHGHDPERVRVVH[RV 3HU¿OGRVSDFLHQWHVDWHQGLGRV
A quantidade de atendimentos realizados
Os casos atendidos são bastante variados durante o ano, segundo o relatório
e muitas destas crianças apresentam outras anual de gestão de 2006, contabilizou
patologias de base, como: paralisia cerebral, 8.695 atendimentos ambulatoriais, 2.279
mielomeningocele, outras malformações atendimentos pelo serviço de triagem
congênitas e tuberculose óssea. O grau de HQFDPLQKDPHQWRV H[WHUQRV  
FRPSOH[LGDGHGHSURFHGLPHQWRSURSRVWRYDULD internações para cirurgia, num total de 11.987
muito de acordo com o diagnóstico, o estado atendimentos.
geral da criança e patologias associadas.
No INTO, observa-se que o maior
2V FDVRV PXLWR FRPSOH[RV VmR UDURV H R número de atendimentos é em decorrência
prognóstico das crianças atendidas pelo centro do tratamento das fraturas por acidente de
infantil é favorável. As crianças apresentam WUkQVLWRRXGHFRUUHQWHVGDSUiWLFDGHHVSRUWHV
XPWHPSRGHUHFXSHUDomRUiSLGRHFRPEDL[RV sendo de maior incidência as de úmero, fêmur,
índices de complicações pós-cirúrgicas. tíbia e anel pélvico .

A avaliação inicial das crianças ocorre


no ambulatório que atende uma clientela Tipos de Cirurgia
GLYHUVL¿FDGD HQFDPLQKDGD GH RXWURV
municípios ou da localidade. $VFLUXUJLDVPDLVIUHTHQWHVVmR

C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 27


Tratamento de fratura de úmero No INTO, dispõe-se de uma estrutura distinta
SDUD R VH[R H D LGDGH FRPSRVWD SRU OHLWRV
7UDWDPHQWRGHIUDWXUDGLD¿ViULDGHWtELD
apropriados e de ambiente agradável, com
Tratamento de fratura de fêmur distal e televisão, instrumentos lúdicos e até uma área
SUR[LPDO HVSHFt¿FD SDUD UHFUHDomR D EULQTXHGRWHFD
Em muitos momentos, incluem-se atividades
7UDWDPHQWR GD HSL¿VLyOLVH 'RHQoD yVVHD
com recreadores, contadores de histórias,
rara que consiste no escorregamento da
festas e outros eventos comemorativos.
HSt¿VHSUR[LPDOGRIrPXUSURYRFDQGRQHFURVH
ou infarto da cabeça femoral. É mais comum As ações se distribuem pelos três momentos
QR VH[R PDVFXOLQR QD IDVH GD SXEHUGDGH operatórios (pré, trans e pós – operatório) e
9(//262  a alta hospitalar. Algumas ações aplicam-se
a todos os tipos de diagnósticos, outras são
Tratamento das fraturas decorrentes da
HVSHFt¿FDV (VWDV HVWDEHOHFHP XP FDQDO GH
Osteogênese Imperfeita: Doença genética
comunicação entre os demais membros da
relativamente rara, que causa fragilidade
equipe multidisciplinar.
nos ossos gerando fraturas à manipulação
relativamente simples do paciente ou mesmo
espontaneamente, ocorrendo encurvamento
Pré-operatório
dos ossos devido ao encurtamento. Devido
às fraturas, o tratamento cirúrgico propõe o • Consulta de enfermagem ao paciente
alinhamento ósseo através da colocação de LQWHUQDGR FRP UHDOL]DomR GR H[DPH ItVLFR H
uma haste intramedular, diminuindo os riscos avaliação do risco para desenvolvimento de
de uma nova fratura e a dor de uma fratura. OHV}HVGHSHOH
Este tipo de procedimento é conhecido como
Rodding (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE • Reconhecer os fatores que podem
267(2*Ç1(6(  LQWHUIHULURXLPSHGLURPRPHQWRFLU~UJLFR

Tratamento do pé torto congênito: ‡  9HUL¿FDomR GR SURQWXiULR FKHFDU


SDWRORJLD GH FDXVD DLQGD QmR EHP GH¿QLGD H[DPHVOLEHUDomRGRULVFRFLU~UJLFRH[DPHV
de ocorrência multifatorial. Deformidade que de imagem e diagnóstico e demais documentos
acomete articulações do tornozelo, subtalar GRSURQWXiULR 
H PHVRWiUVLFD $SUHVHQWD ÀH[mR SODQWDU • Registro de todas as atividades no
na articulação do tornozelo e se mantêm SURQWXiULR
aduzido e invertido nas articulações subtalar
e mesotársica. O pé se mantém invertido para • Orientação ao paciente e seu familiar
dentro em relação aos membros inferiores sobre o procedimento proposto e preparo
32(<6  SDUDRSURFHGLPHQWR
Osteossíntese: redução anatômica do osso • Informar ao paciente as possíveis
H¿[DomRGDIUDWXUDFRPRXVRGHPDWHULDOGH alterações e problemas que podem ocorrer
VtQWHVHUtJLGRFRPRSODFDHSDUDIXVR¿RGH no pós – operatório.
.LUVKQHUHKDVWHLQWUDPHGXODU =833< 

Trans – operatório
Cuidados de Enfermagem
• Acompanhar o procedimento para
A criança como todo paciente cirúrgico, compreender a maneira correta de intervir no
apresenta sentimento de medo e ansiedade pós – operatório.
relacionado à cirurgia e a ruptura com seu
ambiente social e familiar, mobilizando
respostas inesperadas, imprevistas e até Pós – operatório
mesmo com diminuição da auto-estima. Neste
momento, o trabalho inicial da enfermagem é • Realizar a visita pós-operatória com
o de apresentar a criança o seu novo ambiente. DYDOLDomRFOtQLFD
28 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009
‡ 9HUL¿FDUDSUHVHQoDHDVFRQGLo}HVGH prontuário.
GLVSRVLWLYRV H[WHUQRV GUHQRV H FDWHWHUHV GH
Alta Hospitalar:
VXFomR HFXUDWLYRV
‡ )RUQHFHUDVRULHQWDo}HVHVSHFt¿FDVHGH
‡ 9HUL¿FDUDSUHVFULomRPpGLFDHUHDOL]DU
FXLGDGRVGRPLFLOLDUHVSDUDDDOWDKRVSLWDODU
DSUHVFULomRGHFXLGDGRVGHHQIHUPDJHP
‡ 9HUL¿FDURSURQWXiULRHDGRFXPHQWDomR
• Posicionar o paciente adequadamente
HVSHFt¿FDGHDOWDKRVSLWDODU
no leito, promover conforto e segurança,
e manter o membro operado elevado ou • Contactar a visita domiciliar, se
FRUUHWDPHQWHSRVLFLRQDGR QHFHVViULR
• Checar os sinais vitais e assegurar a ‡ ,QIRUPDUDGDWDGHUHWRUQR
HVWDELOLGDGHKHPRGLQkPLFDGRSDFLHQWH
• Registrar todas as informações no
• Registrar todas as atividades no prontuário.

Enfermagem na Clínica da Dor


Érika de Almeida Leite da Silva*
*Especialista em Enfermagem Ortopédica (UNIRIO) / Membro da ABENTO

Jamila Ferreira Miranda dos Santos**


* *Especialista em Saúde Pública (UNIRIO) /Membro da ABENTO

Juliane de Macedo Antunes***


***Especialista em Promoção da Saúde (UFF) / Membro da ABENTO

Vera Lúcia Alonso****


****Auxiliar de Enfermagem da Clínica da Dor

Introdução RPi[LPRGHDOtYLRGDGRUHVHXVEHQHItFLRV
A dor ou sensação dolorosa é variável 3HU¿OGRVSDFLHQWHVDWHQGLGRV
entre os indivíduos, e está associada a
diversas condições como: físicas, culturais e São poucos os dados disponíveis sobre
sociais. O limiar de dor varia de um indivíduo R SHU¿O HSLGHPLROyJLFR GD GRU QR %UDVLO
SDUDRRXWURSRGHVHUGH¿QLGRFRPRRSRQWR Contudo, alguns estudos apontam para as
ou momento em que um dado estímulo é afecções do aparelho locomotor como a causa
reconhecido como doloroso. O controle da dor mais frequente de dor entre os brasileiros,
traz benefícios para o paciente, para a equipe GHVWDFDQGRVHDVORPEDJLDVD¿EURPLDOJLDH
e para a instituição. a síndorme dolorosa miofascial (SOCIEDADE
BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA DOR,
O Instituto Nacional de Traumatologia e 2007).
Ortopedia (INTO), desde 1999, através da
criação da Área de Tratamento e Controle No INTO, os pacientes são atendidos no
da Dor (ARDOR), implementa a ação de seu ambulatório, principalmente os pacientes com
registro como 5º Sinal Vital com o objetivo dor crônica, e na unidade de internação, onde
de integrar-se com os Centros de Atenção a prevalência de dor aguda é maior, por se
Especializada e demais equipes favorecendo, tratar de uma instituição cirúrgica, tendo a
uma assistência de qualidade proporcionando dor como quinto sinal vital.
C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 29
Tipos de dor
“O quadro doloroso é recente e bem
A dor aguda é aquela caracterizada por ORFDOL]DGRHDLQÀXrQFLDGHIDWRUHVHPRFLRQDLV
curta duração, em geral menos de 6 meses, é e culturais é, na maioria das vezes, de
um sinal de dano tecidual e, em geral cessa menor magnitude. Devem ser investigados a
quando o estímulo é retirado, como no caso localização, intensidade, início da dor, duração
dos procedimentos cirúrgicos. No INTO, a e periodicidade dos episódios dolorosos,
maior prevalência, devido aos tratamentos TXDOLGDGHVHQVLWLYDSDGUmRHYROXWLYRIDWRUHV
cirúrgicos, é de dor aguda. agravantes ou atenuantes da dor e outros
sintomas associados.” (CALIL, 2005).
A dor aguda inicia-se com uma lesão, e
VXEVWkQFLDV DOJRJrQLFDV VmR VLQWHWL]DGDV QR
local ou ali liberadas, estimulando terminações No INTO, é utilizado como instrumento
de avaliação dos pacientes a Escala Visual
nervosas (nociceptores). O impulso é levado
Analógica – EVA (Figura 1), que foi adaptada
DWUDYpV GHVVDV ¿EUDV SDUD R FRUQR SRVWHULRU
e referendada pela Sociedade Brasileira
da medula ou para os núcleos sensitivos,
do Estudo da Dor (SBED). Esta, enumera a
no caso de nervos cranianos. Nesses locais, LQWHQVLGDGH GD GRU GH  D  SRGHQGR VHU
SRGH RFRUUHU PRGXODomR DPSOL¿FDomR RX utilizada a partir da idade pré-escolar.
supressão) do sinal, antes de ser interpretado.
Ao longo dessas vias de condução da dor
JHUDPVH UHÀH[RV TXH HQYROYHP DOWHUDo}HV
neuroendócrinas. (XAVIER, 2005).
No caso da dor em traumatologia e
ortopedia, observamos que além da dor
Figura 1 - Escala Visual Analógica (EVA)
aguada causada por procedimentos cirúrgicos
há também outros tipos de dor freqüentes
como a dor neuropática e a cefaléia após
raqui-anestesia. Alguns fatores são importantes para
TXDOL¿FDU D DVVLVWrQFLD GH HQIHUPDJHP
Além do tratamento farmacológico, algumas como:
outras terapêuticas também são utilizadas no
• Avaliar a mobilidade física solicitando
controle da dor na intuição como bloqueio ao paciente a localização da dor, assim como,
analgésico via nervo periférico, acunpuntura, estimular a mobilização respeitando os limites
bomba de analgesia controlada pelo paciente GRSDFLHQWH
e introdução de eletrodo medular.
• Proporcionar um ambiente agradável
para o sono (silêncio, temperatura ambiente,
SHQXPEUDKLJLHQHFRUSRUDOHDPELHQWDO 
Cuidados de enfermagem
• Incentivar atividades lúdicas e o
A avaliação da dor é importante para a DFRPSDQKDPHQWRSHODIDPtOLD
humanização da assistência ao paciente, além
• Observar se a medicação prescrita foi
de promover o planejamento das intervenções
DGPLQLVWUDGD
a serem realizadas. Esta deve ser contínua e
VLVWHPDWL]DGDYDORUL]DQGRDTXHL[DYHUEDOGR • Posicionar corretamente o paciente no
paciente, independente da intensidade por OHLWR
ele relatada. • Avaliação diária da intensidade da
GRU
A avaliação da dor aguda é menos
• Estimular e encorajar ao auto cuidado
FRPSOH[DTXHDGDGRUFU{QLFDFRPRGHVFULWR
IDFLOLWDQGRQRDOtYLRDGRU
por Calil:
30 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009
• Ver se o protocolo medicamentoso da Dor caso a dor permaneça.
GRUHVWiVHQGRXVDGRFRUUHWDPHQWH
A Clínica da Dor encontra-se cada vez
• Solicitar avaliação médica e, se possível, PDLV VyOLGD FRP SUR¿VVLRQDLV HQYROYLGRV
GDHTXLSHPXOWLGLVFLSOLQDU e valorizando a relação equipe-paciente e
GHVPLVWL¿FDQGR D LQFLGrQFLD GH GRU 3HOR
• Reavaliar o paciente após 30 minutos
contrário, é possível submeter-se a cirurgias
HPVHJXLGDGHTXDOTXHUFXLGDGRSUHVWDGR 
RUWRSpGLFDV JUDQGHV VHP TXDLVTXHU TXHL[DV
• Solicitar avaliação médica da Clínica da de dor.

3. Diagnósticos de Enfermagem nos Centros de Atenção


Especializada
Os diagnósticos de enfermagem são parte de um julgamento clínico do enfermeiro no qual a
1RUWK$PHULFDQ1XUVLQJ'LDJQRVLV$VVRFLDWLRQ1$1'$IRUPDOL]RXXPVLVWHPDGHFODVVL¿FDomRSDUD
GHVFULomRHGHVHQYROYLPHQWRGHXPDIXQGDPHQWDomRFLHQWt¿FDTXHSURSRUFLRQHDEDVHSDUDVHOHomR
das intervenções de enfermagem (Carpenito, 2002, p.30).
A NANDA internacional desenvolve uma terminologia para descrever os importantes julgamentos
que os enfermeiros fazem quando provêm cuidados para indivíduos, famílias, grupos e comunidades.
Tais julgamentos, ou diagnósticos, são a base para a seleção de resultados e intervenções de
HQIHUPDJHP(VVDUHODomRYDLDRHQFRQWURGDQHFHVVLGDGHGHXPDHVWUXWXUDFRPXPRXWD[RQRPLD
$ FULDomR GD WD[RQRPLD GH 1$1'$ SHUPLWH D SDGURQL]DomR GD OLQJXDJHP HQWUH RV HQIHUPHLURV
(NANDA 2005-2006).
Este julgamento é embasado na investigação de enfermagem (histórico de enfermagem,
DQDPQHVH H H[DPH ItVLFR  RQGH D VLQWRPDWRORJLD GLUHFLRQD R FXLGDGR $VVLP HVWmR GHVFULWRV D
seguir os diagnósticos de enfermagem da NANDA, mais aplicados pelos enfermeiros dos CAE.

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM FATORES RELACIONADOS/RISCOS

Estado emocional intenso, atitudes negativas com relação


$'$37$d­2SUHMXGLFDGD ao comportamento de saúde, falta de motivação para
mudar comportamentos.
(VWUHVVH DPHDoD GH PXGDQoD QR VWDWXV HFRQ{PLFR QD
ANSIEDADE função do papel de provedor, ameaça de mudança no
estado de saúde.
Funcionais (mudanças recentes de ambiente, higiene
tQWLPDLQDGHTXDGDDWLYLGDGHItVLFDLQVX¿FLHQWH 
Psicológicos (tensão emocional, confusão mental,
GHSUHVVmR 
)LVLROyJLFRV LQJHVWmR LQVX¿FLHQWH GH ¿EUDV H OtTXLGRV
5LVFRGH&2167,3$d­2 dentição ou higiene oral inadequadas, motilidade
GLPLQXtGDGRWUDWRJDVWURLQWHVWLQDO 
Farmacológicos
0HFkQLFRV GHVHTXLOtEULR HOHWUROtWLFR KHPRUUyLGDV
prolapso de reto e obesidade).
Repouso prolongado no leito ou imobilidade.
,QWROHUkQFLDj$7,9,'$'(

StQGURPHGRGp¿FLWGR$872&8,'$'2SDUD Ansiedade grave, prejuízo músculo-esquelético, dor,


alimentação, banho/higiene, higiene íntima, prejuízo cognitivo, estado de mobilidade prejudicado,
vestir-se/arrumar-se capacidade de transferência prejudicado.

C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 31


5LVFRGHEDL[D$872(67,0$ Distúrbio na imagem corporal, prejuízo funcional,
VLWXDFLRQDO mudança de papel social, poder/controle sobre o ambiente
diminuído, doença física.
Barreira física, efeitos colaterais de medicamentos, barreira
DPELHQWDODXVrQFLDGHSHVVRDVVLJQL¿FDWLYDVSHUFHSo}HV
&2081,&$d­29(5%$/SUHMXGLFDGD
alteradas, estresse, enfraquecimento do sistema músculo-
esquelético.
Mais de 60 anos de idade, delírio, demência e abuso de
CONFUSÃO aguda
VXEVWkQFLDV
Alimentação por sondas, situações que impedem a
elevação da parte superior do corpo, nível de consciência
reduzido, presença de traqueostomia, administração de
5LVFRGH$63,5$d­2 PHGLFDomR ¿[DomR FLU~UJLFD GRV PD[LODUHV GHJOXWLomR
prejudicada, cirurgia ou trauma facial, oral ou do pescoço,
UHÀH[RV GH WRVVH RX GH Y{PLWR GLPLQXtGRV PRELOLGDGH
gastrointestinal diminuída
Dor, medo, doença física, imobilidade e tipo de cirurgia
'($0%8/$d­2SUHMXGLFDGD
realizada.
Anomalias da via aérea superior, estados com hipotonia
VLJQL¿FDWLYD GLVW~UELRV UHVSLUDWyULRV KLVWyULD GH
'(*/87,d­2SUHMXGLFDGD DOLPHQWDomR SRU VRQGDV REVWUXomR PHFkQLFD WUDXPDV
LQWHUQRV RX H[WHUQRV OHVmR WUDXPiWLFD GD FDEHoD
anormalidades da cavidade oral ou da orofaringe.
+LJLHQH RUDO LQH¿FD] EDUUHLUDV DR DXWRFXLGDGR XVR GH
'(17,d­2SUHMXGLFDGD medicamento, doença física.
Via aérea obstruída (espasmo de via aérea, secreções
'(62%6758d­2LQH¿FD]'(9,$6$e5($6 UHWLGDVPXFRH[FHVVLYRSUHVHQoDGHYLDDpUHDDUWL¿FLDO 
Fisiológicos (disfunção neuro-muscular, infecção).
'RULQWHQVDLPRELOL]DomRPHFkQLFDQtYHOGHFRQVFLrQFLD
5LVFRGHVtQGURPHGR'(6862 alterado, paralisia.
Agentes lesivos (biológicos, químicos, físicos e
DOR aguda psicológicos).
Incapacidade física/ psicossocial crônica.
'25FU{QLFD

Infecção no trato urinário, dano sensório-motor


(/,0,1$d­2XULQiULDSUHMXGLFDGD

Psicossociais, biofísicos, cognitivos/preceptivos, doença,


Distúrbio na IMAGEM CORPORAL trauma ou lesão, cirurgia e tratamento.
Fatores ambientais, estresse, cognição prejudicada,
Gp¿FLW QR DXWRFXLGDGR SDUD KLJLHQH tQWLPD FDSDFLGDGH
INCONTINÊNCIA intestinal/ urinária
reservatória prejudicada, medicações, imobilidade,
disfunção neurológica.
Procedimentos invasivos, trauma, desnutrição, defesas
5LVFRGH,1)(&d­2 SULPiULDVVHFXQGiULDVLQDGHTXDGDVH[SRVLomRDPELHQWDO
a patógenos aumentada.
([WHUQRV XPLGDGHIDWRUHVPHFkQLFRVLPRELOL]DomRItVLFD
H[WUHPRVGHLGDGHHPHGLFDo}HV 
,17(*5,'$'('$3(/(7,668/$5SUHMXGLFDGD Internos (Alteração metabólica, proeminências ósseas,
sensibilidade alterada, estado nutricionallíquido alterados,
circulação alterada).

5LVFRGH/(6­2SHULRSHUDWyULDSRU Desorientação, edema, imobilização, fraqueza muscular,


SRVLFLRQDPHQWR distúrbios sensoriais/preceptivos e obesidade.

Separação do sistema de apoio em situação potencialmente


MEDO estressante (hospitalização) e falta de familiaridade com
H[SHULrQFLDDPELHQWDO

32 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009


Medicamentos, imobilidade, dor, prejuízo sensório-
perceptivo, obesidade, prejuízos músculo-esqueléticos,
LQWROHUkQFLDDDWLYLGDGHSUHMXt]RFRJQLWLYRGLPLQXLomRGD
02%,/,'$'(ItVLFDSUHMXGLFDGD
força, controle e/ou massa muscular, perda da integridade
de estruturas ósseas, enrijecimento das articulações ou
contraturas.
Efeitos colaterais de medicamentos, ausência ou diminuição
08&26$25$/SUHMXGLFDGD da salivação, trauma, desnutrição e desidratação,
PHFkQLFRVSHUGDGHHVWUXWXUDGHVXSRUWH
7UDXPDFLUXUJLDRUWRSpGLFDIUDWXUDFRPSUHVVmRPHFkQLFD
5LVFRGHGLVIXQomR1(8529$6&8/$5SHULIpULFD
e imobilização.
Incapacidade para ingerir ou digerir comida ou absorver
NUTRIÇÃO desequilibrada: menos do que as
nutrientes causada por fatores biológicos, psicológicos ou
QHFHVVLGDGHVFRUSRUDLV
econômicos.
+LSRYROHPLD LQWHUUXSomR GR ÀX[R DUWHULDOYHQRVR
3(5)86­27,668/$5SHULIpULFDLQH¿FD]
concentração diminuída de hemoglobina no sangue.
Em adultos (história de quedas. Uso de cadeira de rodas,
maior de 60 anos, mulher idosa, morar sozinho, prótese
GHPHPEURLQIHULRUXVRGHDSDUHOKRVGHDX[tOLR 
Em crianças (menor de 2 anos, ausência de proteção em
MDQHODFDPDOHLWRIDOWDGHVXSHUYLVmRGDFULDQoD 
Fisiológicos (doença aguda, condições pós-operatórias,
GL¿FXOGDGH DXGLWLYD KLSRWHQVmR RUWRVWiWLFD DQHPLD
5LVFRGH48('$6 IRUoDGLPLQXtGDQDVH[WUHPLGDGHVVXSHULRUHVHLQIHULRUHV
PRELOLGDGH ItVLFD H HTXLOtEULR SUHMXGLFDGRV Gp¿FLWV
SURSULRFHSWLYRV 
&RJQLWLYRV HVWDGRPHQWDOGLPLQXtGR 
Medicações (ansiolíticos, narcóticos, tranqüilizantes).
Ambientais (condições climáticas, ambiente com móveis e
REMHWRVHPH[FHVVRTXDUWRQmRIDPLOLDU 
Ausência de atividades de recreação como em internações
$WLYLGDGHVGH5(&5($d­2GH¿FLHQWHV
de longa duração e tratamentos prolongados freqüentes.
$OWD FRPSOH[LGDGH GDV FLUXUJLDV RUWRSpGLFDV H
RECUPERAÇÃO CIRÚRGICA retardada
complicações.
Ambientais (barulho, iluminação, falta de privacidade,
interrupções para medicações, controles ou coleta
GH PDWHULDO SDUD H[DPHV ODERUDWRULDLV  3VLFROyJLFRV
Padrão de SONO perturbado DQVLHGDGHPHGRGHSUHVVmR 
Fisiológicos (dor, posição, urgência e incontinência, febre,
náusea e dispnéia).

([WHUQRV FDPDV DOWDV XVR GH HVFDGDV RX FDGHLUDV VHP


¿UPH]DMDQHODVVHPSURWHomRGHVHJXUDQoDGHVOL]DUHP
lençóis de tecido áspero ou bater contra as grades das
FDPDVSLVRVHVFRUUHJDGLRV 
5LVFRGH75$80$
Internos (história de trauma prévio, redução da sensação
WiWLO GL¿FXOGDGH GH HTXLOtEULR FRJQLWLYDV RX HPRFLRQDLV
coordenação reduzida de grandes ou pequenos músculos,
fraqueza).

4. Considerações Finais da assistência prestada aos usuários dos


serviços, humanizando-a e promovendo a
A organização dos Centros de Atenção
saúde do usuário, em conformidade com a
Especializada (CAE) no INTO tornou-se
Política Nacional de Humanização (PNH).
fundamental no gerenciamento do cuidado,
uma vez que constitui um atendimento O Serviço de Enfermagem nos CAE facilita
calcado em princípios como a integralidade DLQWHUIDFHHQWUHRVSUR¿VVLRQDLVGHVD~GHH

C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 33


IDYRUHFH R DSULPRUDPHQWR WpFQLFRFLHQWt¿FR 5HIHUrQFLDV%LEOLRJUi¿FDV
através da sistematização da assistência de
enfermagem, cujo planejamento das ações, ARAÚJO, M. J. B. 7pFQLFDV)XQGDPHQWDLV
envolvendo o cuidador, favorece o vínculo de Enfermagem. Rio de Janeiro: M.J. Bezerra
FRP RV SUR¿VVLRQDLV H D FRQ¿DELOLGDGH QD de Araújo Editora LTDA, 9ª ed.: 1996.
instituição.
$ LPSRUWkQFLD H D UHVSRQVDELOLGDGH Associação Brasileira de Osteogênese
do enfermeiro quanto a observação e Imperfecta. Disponível em http://www.aboi.
atendimento das necessidades do paciente org.br. Acessado em 08/02/08.
cirúrgico devem ser dimensionadas, uma vez
TXH SRVVXL IXQomR HVSHFt¿FD QD H¿FiFLD GD BARBOSA, M.L.J, NASCIMENTO, e.FA.
terapêutica de seus pacientes, e, dependendo ,QFLGrQFLDGHLQWHUQDo}HVGHLGRVRVSRU
de sua atitude, pode facilitar ou impedir um motivo de quedas em um hospital geral
programa de recuperação, visto que este de Taubaté. Disponível em http://www.
paciente é invadido por medo do desconhecido unitau.br/prppg/publica/biocienc/. Acessado
QXP DPELHQWH HVWUDQKR =(1  %5876+(5 em 05 de janeiro de 2008.
1986).
%,-26 3 =80,277, $ 9 52&+$
Todo processo assistencial se faz presente - 5 )(55(,5$ 0 & 0LFURFLUXUJLD
com empenho e resolutividade no trabalho 5HFRQVWUXWLYD São Paulo: Atheneu 1ª ed.
GLiULR GHVHQYROYLGR SHORV SUR¿VVLRQDLV GRV 2005.
CAE, conseguindo desse modo atender com
qualidade um grande número de clientes que BRASIL, Ministério da Saúde. Instituto
chegam para realizar tratamento cirúrgico. 1DFLRQDOGR&kQFHU$ERUGDJHP,QLFLDOGRV
2ULHQWDo}HV H FXLGDGRV HVSHFt¿FRV VmR Tumores Ósseos. Brasília, 2000.
prestados como proposta de promover a
recuperação no tempo previsto de cada %5811(5  68''$57+ Tratado de
cirurgia. (QIHUPDJHP 0pGLFR&LU~JLFD10ªed.
Este caderno formaliza a proposta de 5LR GH MDQHLUR (GLWRUD *XDQDEDUD .RRJDQ 
sistematização da assistência de enfermagem 2005.
aos usuários submetidos a cirurgias
RUWRSpGLFDV GH DOWD FRPSOH[LGDGH descreve CAFER, R.C.E. E colbs. 'LDJQyVWLFRV GH
DRV GLYHUVRV SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH D enfermagem e proposta de intervenções
URWLQD DVVLVWHQFLDO DR SDFLHQWH H DPSOL¿FD D SDUD SDFLHQWHV FRP OHVmR PHGXODU
valorização do enfermeiro especializado em $FWD  RXWGH] 'LVSRQtYHO
sua atuação. Esta sistematização constitui-se HPZZZVFLHOREU$FHVVRHPGH]
em importante instrumento de contribuição
para a busca das melhores respostas em &$/,/$03,0(17$&$0Intensidade
cuidados de enfermagem e realçando os da dor e adequação de analgesia. Revista
REMHWLYRV GD H[FHOrQFLD GR VHUYLoR TXH HVWD Latino-Americana de Enfermagem, vol.13, n.
instituição prestadora de cuidados de saúde ,661
oferece aos seus usuários.
CAMPIOTTO, A.R. In:SOUZA,L.C.M(org).
&LUXUJLD 2UWRJQiWLFD H 2UWRGRQWLD, São
Paulo: Santos,1998.

CARPENITO, L. J. 'LDJQyVWLFRV GH


 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009
(QIHUPDJHPDSOLFDomRjSUiWLFDFOtQLFD. Latino-americana de Enfermagem Out. 1998,
8ª ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2003. YROQžS
&+$9(6/'/(­2(5'RU±žVLQDOYLWDO 0$;(< /  0$*186621 - Reabilitação
UHÀH[}HVHLQWHUYHQo}HVGHHQIHUPDJHP. SyVFLU~UJLFDSDUDRSDFLHQWHRUWRSpGLFR.
&XULWLED0DLR Guanabara koogan editora, 2003.

&52&.$5(// -5 $UWURVFRSLD GH -RHOKR MEDEIROS,A.M.C. Motricidade orofacial:


in: Canali. TS. Cirurgia Ortopédica. Tamboré: Inter-relação entre fonoaudiologia e
Manole,2006. odontologia.São Paulo: Lovise,2006.

'21$+22 &ODUD $ ',021 -RVHSK NANDA. 'LDJQyVWLFRVGH(QIHUPDJHPGD


H. Enfermagem em Ortopedia e 1$1'$'H¿QLo}HVHFODVVL¿FDomR
Traumatologia. São Paulo: Editora da . Porto Alegre: Artmed, 2006.
Universidade de São Paulo, 2001.
PARDINI, Jr. e SOUZA, A.G. Tumores do
GARCIA, F. A. Tumores Ósseos. São Paulo: 6LVWHPD 0~VFXORHVTXHOpWLFR. Rio de
Universidade de São Paulo, 1990. -DQHLUR0HGVLY

HEBERT, S. et al. Ortopedia e traumatologia PASCHOAL Fernando Mendes. Tratamento


± SULQFtSLRV H SUiWLFDV. Porto Alegre: &LU~UJLFR GDV )UDWXUDV. Pará: 2002.
Artmed, 2ª ed. 2003. Disponível em http://www.cultura.ufpa.br/
ortraum/tratamento_cirurgico_das_fraturas.
+251&&2/,9(,5$6*5%&(+Revista htm. Acesso em 06/01/2008.
%UDVLOHLUDGH&LrQFLDVGR(QYHOKHFLPHQWR
Humano 3DVVR )XQGR   MXOGH] 3(5(,5$/96286$)$()Mensuração
2005. e avaliação da dor pós-operatória: uma
breve revisão. Revista Latino-Americana
INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMATOLOGIA GH HQIHUPDJHP YRO Q,661
E ORTOPEDIA. 3ROtWLFDGH&RQWUROHGD'RU 1169,1998.
do INTO – Disponível em www.intoline.gov.
br/. Acessado em 12 de dezembro de 2007. POEYS, V. et al. 3e 72572 &21*Ç1,72.
Disponível em http://www.wgate.com.br.
-$&.621:'Cirurgia do Joelho. Rio de Acessado em 08/02/08.
Janeiro: Revinter, 2005.
SANTOS, Iraci dos...[et al.] Enfermagem
.,61(5 &  &2/%< /$ ([HUFtFLRV $VVLVWHQFLDO QR $PELHQWH +RVSLWDODU
WHUDSrXWLFRV±IXQGDPHQWRVHWpFQLFDV. realidade, questões, soluções. São Paulo:
3ª ed. Manole editora, 1998. Editora Atheneu,2005.(Série Atualizada em
(QIHUPDJHPY S
0$/(. 0 0 )$1(//, * -2+1621
' -2+1621 ' Cirurgia de Joelho – 60(/7=(5  %$5( (QIHUPDJHP 0pGLFR
&RPSOLFDo}HV5LVFRVH6ROXo}HV. Rio de &LU~JLFD5LRGH-DQHLUR*XDQDEDUD.RRJDQ
Janeiro: Revinter, 2003. Vol.3,9 ed, 2002.

MANCUSSI, A. C. $VVLVWrQFLD DR ELQ{PLR Sociedade Brasileira Para Estudo da Dor. Dor
SDFLHQWHIDPtOLD QD VLWXDomR GH OHVmR informações gerais. Disponível em www.
WUDXPiWLFD GD PHGXOD HVSLQKDO Revista dor.org.br. Acessado em 12 de dezembro de
C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009 35
2007. ;$9,(5777255(6*952&+$90Dor
Sociedade Brasileira de Traumatologia e SyVRSHUDWyULD FDUDFWHUtVWLFDV TXDQWL
Ortopedia.5HYLVWD%UDVLOHLUDGH2UWRSHGLD. TXDOLWDWLYD UHODFLRQDGDV D WRUDFRWRPLD
Rio de Janeiro, dez. 1996. Disponível em: póstero-lateral e esternotomia. Acta
http//:www. rbo.org. br. Acessado em Cirurgica Brasileira, vol.20, n., ISSN 0102-
08/02/2008. 8650,2005.

SOUSA F.A.E.F. Dor: o quinto sinal vital. =(123%5876+(560+XPDQL]DomR


5HY /DWLQR$P (QIHUPDJHP     HQIHUPHLUD GH FHQWUR FLU~UJLFR H R
2002. SDFLHQWH GH FLUXUJLD. São Paulo, Rev.
(QIRTXHYQžS
63$5.660'LDJQyVWLFRGH(QIHUPDJHP
± 5LR GH -DQHLUR 5HLFKPDQQ  $IIRQVR ZUPPY, G.N. et al. ESTUDOS DAS
2000. OSTEOSSÍNTESES SUPRA E
INTERCONDILIANAS NO FÊMUR.
TASHIRO, Marisa Toshiro Ono. $VVLVWrQFLD Disponível em http://www.inscriçãoonline.
de Enfermagem em Ortopedia e com.br. Acessado em 08/02/08.
Traumatologia.São Paulo: Atheneu.2001.

7$</25&\QWKLD0'<(5-DQLFH*63$5.6
Sheila M. 'LDJQyVWLFR GH (QIHUPDJHP
GD 1$1'$ 'H¿QLo}HV H &ODVVL¿FDo}HV
. Porto Alegre: Artemed, 2006.
312p.

VELLOSO, A.C. EPIFISIÓLISE. Disponível


em http://www.wgate.com.br. Acessado em
08/02/08.

9(1785$0))DUR$&02QRH(.08WLPXUD
M. (QIHUPDJHP 2UWRSpGLFD, São Paulo:
Ícone, 1996.

VERONEZ, F.S. 0RGL¿FDo}HVSVLFRVVRFLDLV


REVHUYDGDV SyV FLUXUJLD RUWRJQiWLFD
HP SDFLHQWHV FRP H VHP ¿VVXUDV
labiopalatinas $UT&6D~GH  
137, jul-set 2005. Disponível em www.
cienciasdasaude.famerp.br .Acesso
em:15dez.2007.

9,$11$ 6HUJLR  9,$11$  9HU{QLFD 


&LUXUJLDGRSpHWRUQR]HOR5LRGH-DQHLUR
Revinter , 2005.

WISS, D. A. Fraturas. Rio de Janeiro:


Revinter, 2003.
36 C. de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009

You might also like