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GERAIS PARA OS TREINOS DE FUTEBOL
Carboidratos são fontes de calorias, combustíveis necessários para os músculos e cérebro. São fontes
rápidas de energia , e devem estar sempre por perto quando você se exercitar muito.
Onde podemos encontrar os carboidratos? Nos pães, massas, grãos ( arroz, feijão ... ) e frutas.
Aproximadamente 60% das calorias devem vir dos carboidratos.
As gorduras são também fontes de calorias para os treinos, porém o organismo demora mais para usá-
las do que aos carboidratos. Portanto, ela só deve ser utilizada como "reserva" de energia, quando o
organismo já tiver usado grande parte dos carboidratos. A quantidade recomendada é de 25% das
calorias diárias, e elas já estão nos alimentos que têm proteínas, nos óleos ( de soja, usado para
preparar as refeições, no azeite ), na margarina e na manteiga.
As proteínas também são importantes para a formação de massa muscular, além da produção de
hormônios. Aproximadamente 15% das calorias diárias devem vir das proteínas. Os alimentos fontes de
proteínas são: Carnes (vermelhas e branca), ovos, leite, queijos, iogurte.
A água também é muito importante, já que 60 a 75% do nosso peso é composto pó ela. Portanto, você
deve beber muito líquido por dia, antes, durante e após os treinos, pois a falta de água pode levar à
desidratação e fadiga muscular, diminuindo seu rendimento nas partidas.
Portanto, para que seu rendimento em campo seja excelente, você deve saturar seus músculos com
carboidratos todos os dias e não apenas na data do jogo. Você pode aumentar sua energia consumindo
a cada hora do treino carboidratos na forma líquida (maltodextrina diluída em água), pois além de
recuperar os estoques de energia você se manterá hidratado, evitando a fadiga por falta de glicogênio
(energia do músculo) ou pela falta de água.
Não se esqueça:
• Alimentos ricos em gordura e proteínas, levam mais tempo para serem digeridos que os ricos
em carboidratos;
• Você não deve estar com o estômago muito cheio durante o treino, portanto, acorde mais cedo
para tomar o café da manhã.
Recordando, você deve comer alimentos ricos em carboidratos, como: Sucos de frutas, frutas frescas,
pães, biscoitos simples, com pouca (ou sem) margarina.
O leite com toddy também é uma boa opção, mas somente se houver um tempo maior entre a refeição
e o treino, pois a digestão de ambos é mais demorada.
DURANTE OS TREINOS:
A cada 30 minutos beba pelo menos um copo de água (150ml) com 1 colher de sopa cheia de
maltodextrina;
APÓS OS TREINOS:
Não se esqueça que nas duas horas após o exercício, os músculos estão mais receptivos à reposição de
energia, portanto esta fase é muito importante para sua recuperação. O que vai fazer você recuperar a
energia perdida? Novamente os carboidratos. O excesso de proteínas e gorduras após os treinos pode
atrapalhar a reposição dos carboidratos, responsáveis pela recuperação do glicogênio muscular (energia
dos músculos ).
Portanto, imediatamente após os treinos, escolha alimentos ou bebidas ricas em carboidratos, vitaminas
e sais minerais, como suco de frutas, frutas ricas em água (laranja, melancia) ou em carboidratos, como
a banana, ou a própria maltodextrina.
OBS: Procure tomar a creatina com água e não com leite, para facilitar a absorção no organismo.
NUTRIÇÃO NO FUTEBOL
O futebol é o esporte mais popular do mundo e vem crescendo a cada dia, até mesmo em regiões onde
há pouco ele era quase desconhecido. É um esporte que implica na prática de exercícios intermitentes,
de intensidade variável. Basicamente 80 a 90% do exercício é de atividades aeróbias e o restante de
atividades anaeróbias de alta intensidade. O sprint representa 12% das atividades, as corridas de baixa
intensidade representam 35% e as de alta intensidade de 8 a 18% do tempo total de uma partida.
Normalmente os jogadores da primeira divisão tem períodos maiores de atividades de alta intensidade
se comparados aos jogadores de outras divisões. Pode-se dizer que os jogadores de futebol apresentam
características fisiológicas diferentes entre si.
Nutrição
Tanto para a manutenção quanto para o aumento dos estoques de glicogênio durante o treinamento é
necessário uma dieta hiperglicídica. A depleção de glicogênio pode ocorrer gradualmente após repetidos
dias de treinamento intenso, quando a degradação de glicogênio muscular excede sua reposição.
A fadiga durante o jogo está associada à depleção dos estoques de glicogênio muscular. Isto pode ser
comprovado devido às baixas concentrações de glicogênio muscular observadas no final de um jogo e
uso maior deste substrato no primeiro tempo comparado ao segundo. Jogadores de futebol, com
concentrações de glicogênio diminuído na segunda metade do jogo, apresentam valores médios de
velocidade e distância percorridas menores do que outros jogadores que iniciam o jogo com níveis
adequados. É comum ocorrer essa situação em jogadores com hábitos alimentares inadequados.
A quantidade e a qualidade dos treinamentos são dois fatores que influenciam o gasto energético diário.
Os jogadores de futebol são considerados atletas que treinam em intensidade, de moderada a alta, e
têm suas necessidades energéticas em torno de 3150 a 4300kcal.
Carboidratos
O carboidrato é a fonte de energia mais importante na dieta de um jogador de futebol, e quantidades
adequadas desse nutriente são essenciais para o desempenho atlético. Os carboidratos são estocados no
fígado e músculos na forma de glicogênio, e suas principais funções são: prover fonte primária de
energia para os músculos em exercício e para o cérebro e ajudar no metabolismo lipídico de forma
eficiente.
O consumo diário de carboidrato na dieta de um jogador de futebol deve ser o equivalente a 60 a 70%
do valor energético total, ou mais especificamente, de 6 a 10g/kg de peso corporal/dia.
A quantidade de carboidrato na dieta é também importante para recuperação dos estoques de glicogênio
muscular após treinos e jogos.
O consumo de carboidratos após o término do exercício deve ser o mais rápido possível para acelerar a
reposição dos estoques de glicogênio.
Nesse período o consumo recomendado de carboidrato para uma ressíntese mais adequada em 24 horas
é de 7 a 10g de carboidrato/kg de peso corporal/dia. O ideal é que se consuma alimentos de alto índice
glicêmico, como pão, batata, arroz, massa, banana e mel, que promovem ressíntese mais eficaz.
Proteínas e aminoácidos
A proteína contribui para o pool energético durante o repouso e o exercício, sendo que durante a
atividade sua oxidação contribui com cerca de 5 a 10% do fornecimento total de energia. Assim, os
aminoácidos servem como fonte auxiliar de combustível durante exercícios intensos e de longa duração
e após sua oxidação, são irreversivelmente perdidos. Caso não sejam repostos, via alimentação, haverá
comprometimento do processo normal de síntese protéica. Isso pode levar à perda da força muscular,
diminuindo então, o desempenho durante uma partida de futebol.
A ingestão de 1,4 a 1,7g de proteína/kg de peso corporal/dia para jogadores de futebol é considerada a
mais adequada.
Gorduras
Juntamente com o carboidrato, a gordura é a principal fonte de energia durante o exercício. O objetivo
da utilização de gordura durante o exercício é poupar o uso do glicogênio muscular.
O consumo elevado de gordura na dieta dos atletas de futebol é um problema muito comum, tornando
mais difícil o consumo das quantidades recomendadas de carboidrato. Entretanto, uma redução muito
severa no consumo de lipídios não é indicado, já que esse nutriente participa do metabolismo da
produção de energia, do transporte de vitaminas lipossolúveis e são componentes das membranas
celulares.
O consumo de lipídios na dieta de um jogador de futebol não deve ser maior do que 30% do valor
energético total diário.
MACRONUTRIENTES RECOMENDAÇÃO
Carboidrato No mínimo 8g/kg de peso corporal
Proteína 1,4 a 1,7g/kg de peso corporal
Lipídio Máximo 30% do valor energético total
PERÍODO RECOMENDAÇÕES
Reposição hidroeletrolítica
A hidratação é um fator importante que deve ser considerado antes, durante e depois de treinos e
partidas. Antes e durante a prática a hidratação parece melhorar o desempenho; líquidos que contêm
carboidrato são mais eficientes durante a atividade.
Algumas limitações no desempenho do atleta de futebol são: 1)o estado crônico de desidratação e 2) o
estresse térmico durante uma partida.
Segundo estudos, o desempenho durantes os jogos pode ser diminuído em até 30%, com perda de até
6% do peso corporal. Nesse caso talvez não seja possível a recuperação das reservas hídrica até
72horas depois do jogo. O atleta de futebol pode perder até 2 litros ou mais de suor a cada hora.
A oferta de líquidos é muito importante, já que o futebol é um esporte com poucos intervalos regulares
que permitam a hidratação correta, e a ingestão de líquidos também é limitada pelo tempo de
esvaziamento gástrico já diminuído devido a alta intensidade.
A bebida hidroeletrolítica adequada deve ter as seguintes características: permitir que os fluídos
cheguem rapidamente aos tecidos; fornecer carboidratos durante o exercício; fornecer baixos níveis de
eletrólitos; ser palatável e refrescante e não causar distúrbios gastrointestinais. Essas bebidas após o
término do jogo ou treinamento ajudam não só na hidratação, mas também na recuperação do
glicogênio muscular.
Vitaminas e Minerais
É de se esperar que a deficiência de um ou mais desses micronutrientes possa trazer algum prejuízo em
relação ao desempenho de jogadores de futebol. Porém, a ingestão de uma ampla variedade de
alimentos, em especial frutas e hortaliças, assegura para o organismo um adequado fornecimento de
micronutrientes.
Jogadores de futebol correm potencial risco de ingestão inadequada de vitaminas e minerais pelo fato de
se exercitarem por muito tempo sob alta intensidade e, também, pelo fato de viajarem bastante e
dependerem de cardápios de restaurantes locais. Além disso, pessoas fisicamente ativas perdem
minerais pelo suor excessivo, pelas fezes e pela urina. Muitas vezes, atletas de futebol dispensam o
consumo de verduras e vegetais e correm maior risco de deficiência.
Portanto, deve-se ter atenção especial em relação ao consumo de frutas e hortaliças na dieta de um
jogador para assegurar ingestão adequada desses nutrientes e assim, não comprometer seu
desempenho.
Referências:
BARROS NETO, T.; GUERRA, Isabela, Ciência do Futebol, Barueri, SP, ed Manole, 2004.
BIESEK, S. Alves; GUERRA, Isabela, Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte. Barueri, SP:
ed. Manole, 2005.
GUERRA, I.P.L.R; SOARES, Eliane de Abreu; BURINI, Roberto Carlos, Aspectos Nutricionais do Futebol
de Competição, Rer. Bras. Med Esporte, São Paulo, SP, v. 7, nº 6, nov/dez. 2001.