brasileiro, casado, bancário/advogado, portador da Carteira de Identidade nº 8911003007207 SSPCe, residente e domiciliado na rua José Lourenço, 2434 – Aldeota – Fortaleza, Estado do Ceará, advogando em causa própria, ou de seu procurador judicial in fine assinado, conforme instrumento de procuração anexa(doc 1), vem respeitosamente perante Vossa Excelência, apresentar a sua CONTESTAÇÃO nos autos da AÇÃO DE ALIMENTÍCIOS que lhe promove seus filhos: IASKÁRA ARAGÃO GOMES, FRANCISCO RONCALLI ARAGÃO GOMES E RILKA ARAGÃO GOMES, todos brasileiros, solteiros e estudantes, no ato assistida por sua genitora MARIA DE FÁTIMA ARAGÃO GOMES, assaz qualificada no processo em tela, o que faz mediante os motivos fáticos e de direito, a seguir expostos, para ao final requer: 2
I - PRELIMINARMENTE
Aduz a mãe dos requerentes pelos
benefícios da gratuidade da justiça, por serem pobres na forma da lei, ocorre Excelência que a genitora, jamais poderia evocar este privilégio, pois trata-se de empresária, bancária, agiota e detentora de grande patrimônio.
II - DOS FATOS ]
O Sr. Francisco José Gomes da Costa
casou-se com a Sra. Maria de Fátima Aragão Gomes, em 11.06.82, deste matrimônio de 21 anos, nasceram os filhos mencionados anteriormente e conforme atesta as certidões nos autos.
Ocorre que a Autora faltou com a verdade,
pois está longe de ser um exemplo de esposa e mãe, cumpridora dos seus deveres matrimoniais, contrariando assim, o art. 5º da Lei 6.515/77, como se demonstrará a seguir.
Na verdade, a Autora passou, no decorrer
da vida conjugal, sem motivo aparente, a negar-se a cumprir seus deveres de esposa, fato que levou o Réu a desconfiar da sua fidelidade, pois a mesma não demonstrava nenhum interesse diante das inúmeras tentativas de reconciliação para a retomada da vida em comum proposta pelo marido.
Cabe ressaltar que os desentendimentos
havidos entre o casal, cingiam-se nas tentativas de reconciliação, pois era notório que a Autora as desprezava, e sobretudo no fato da Autora não cuidar, apropriadamente,de seus deveres como mãe e esposa, 3
tendo em vista que ausentava-se do lar por várias horas,
sob pretexto que estava a serviço da indústria de confecção, quase que diariamente, sem apresentar ou mesmo justificar o motivo. Diante do abandono do lar e do comportamento da Autora, passou a reclamar das atitudes levianas e nefasta, revoltada, a autora instruída pelos seus advogados, passou a fazer BOs, no sentido de retirá-lo do lar, que na verdade era suas intenções bem como ajuizar pensão.
Após ajuizamento da cautelar de separação
de corpos, em 28.01.2003, a REVELIA , apenas saí de casa sem levar nada, imediatamente ingressei com Ação de Separação Judicial, justamente no período mais difícil de minha vida quando acabava de terminar o curso de Direito, e com muita dívida para pagá-la que até hoje me recomponho.
Atualmente a Autora está em situação
privilegiada, não paga aluguel, desfruta de uma bela mansão na Aldeota, feita pelo Hércule trabalho do marido, funcionária do Banco do Brasil,com assistência medico- hospitalar, empresária do ramos de confecção, exerce atividade financeiras, alugueis, recebe vales alimentação do banco, carro importados etc.conf. anexo 02.
O Progenitor, por sua vez, paga de
empréstimos ao Banco do Brasil, em torno R$ 600,00, aluguel/condomínio R$ 800,00, sem falar de gasolina, empregada, energia elétrica, mercantil etc, fazendo milagre do mísero e exclusive salário que recebe de R$ 1.800,00 do Banco do Brasil, conforme anexos, 03, 04, 05 e 06.
Ocorre excelência, que a Autora
descabidamente alega meu ganho salarial em R$ 2.853,28, não sei onde ela encontrou o referido ganho, só sei que passei a receber parte de pequenos alugueis, antes 4
recebido pela Autora, em torno de R$ 240,00 reais, deste
faço doação ao meio, aos meus genitores com idades aproximadamente de 100 anos.
Com relação a necessidades dos filhos,
existe dois maiores civilmente aptos ao trabalho, já universitária que pode prestar serviços na área de saúde, o outro na iminência de ingressar também, a terceira a filha menor cursa a 8ª série que realmente precisa ser assistida em parte conforme minhas possibilidades, bem como na sua maioria pela genitora, uma vez que ficou com a indústria, fonte da maior renda e não paga aluguel.
Com relação da possibilidade de prestar
alimentos, no presente momento não tenho condições financeiras, pois com o que pago atualmente com aluguel, condomínio e empregada era o que poderia dar como pensão, no entanto, acredito no mais breve possível se resolva a dissolução dos bens em ação já proposta, desta forma espero a contribuir no que for possível.
Ocorre Excelência, que tenho o maior
prazer em contribuir com ajuda aos meus filhos, entretanto, estabelecer alimentos provisionais, no momento, seria um verdadeiro martírio, por que não após a partilha de bens.
Excelência, diante dos fatos acima narrados,
é de indagar-se por qual motivo a mãe dos requerentes não se contenta com o que ganha, uma vez que tais condições foi beneficiada pela ajuda do marido,ou simplesmente e pretexto para postular um provimento judicial a fim de imputar ao promovido o pretenso direito à pensão alimentícia que a seus filhos faz jus;
Ora, se a mãe dos requerentes salienta, em
sua exordial, que os frutos percebidos por ela, de atividades industriais, bancárias, fianceiras, alugueis etc são insuficientes para mantença, educação e saúde de seus filhos, certamente que, para o atendimento dessas 5
necessidades, teria que contar com a ajuda do pai da
requerente;
DAS ALEGAÇÕES DE MÉRITO
Em síntese, no mérito aduz a mãe dosa
Requerentes que o ato ensejador da vertente postulação, provem do fato de não restarem dúvidas quanto a possibilidade do promovido em prestar alimentos aos filhos, já que o Requerido é um simples bancário, percebe rendimentos fixos e vive muito com dificuldades, em imóvel não próprio. Já os filhos e mãe, desfrutam de luxo e bonança e não passa dificuldades financeiras, pois com o que ganha justifica plenamente que não há necessidades de ajuda ou pela omissão de seu genitor;
Excelência, não bastassem às afirmações do
Requerido acima explanadas, as alegações meritórias, também, não procedem, senão vejamos:
A uma, porque, hoje, os vencimentos de um
Bancário, diante da crise econômica que assola o país e, conseqüentemente o arrocho salarial, não chega a tanto, capaz de atender todas as necessidades básicas de uma família;
Ressalte-se, Excelência, que é dever do pai e
da mãe de prover a subsistência da filha. As responsabilidades pelos estudos da menor, mensalidades escolares, também devem ficar a cargo de ambos.
Como é cediço, a fixação do valor de
pensão alimentícia deve adequar-se à possibilidade econômica do alimentante dentro da necessidade do alimentando, ou seja, que satisfaça as partes dentro de 6
suas reais possibilidades, sem desfalcar um ou outro, são
portanto os pressupostos e parâmetros para o julgador;
Analisando os pressupostos para a fixação
do pensionamento, tem-se que levar em consideração que o Requerido pretende constituir família, e desta forma jamais poderá te-la.
ALIMENTOS - ALIMENTANTE COM NOVA
FAMÍLIA - NASCIMENTO DE FILHO – REDUÇÃO.
A constituição de nova família, com
nascimento de filho, por si só, não enseja motivo para a exoneração dos alimentos até então devidos, mas permite a redução dos mesmos, vez que tal circunstância vem diminuir, inevitavelmente, a capacidade financeira do alimentante, mantida, porém, igualdade de assistência entre todos os filhos menores, independentemente da natureza da filiação (TJ-MG - Ac. unân. da 3.ª Câm. Cív. publ. no DJ de 5-6-99 - Ap. 126.362/3-Capital - Rel. Des. Monteiro de Barros.
Por outro lado a mãe da Requerente aufere
rendimentos próprios altíssimo, embora informal. Também nada há que comprove ser, mãe e filhos, incapacitadas para qualquer atividade produtiva.
Na fixação da pensão, esse juízo, concedeu
liminarmente, alimentos provisórios na base de 30% dos vencimento e demais vantagem do promovido, no entanto, é perfeitamente compreensível, pelo menos em um primeiro momento, que essa fixação provisória, baseada apenas na versão da autora, nem sempre acompanhada de documentos comprobatórios, seja o parâmetro ideal para que, em definitivo, seja, arbitrado o 7
valor da pensão, caso assim fosse, restava por prejudicado
os requisitos do art. 1.694, § 1º do Código Civil, sem se falar nos danos irreparáveis para o alimentante, dada a irrestituibilidade dos alimentos;
Da Proposta do Pensionamento
O Requerido, após analisados os
pressupostos de que trata o artigo acima, oferece, na presente demanda 10% (dez por cento) de seus vencimentos líquidos mais o Custeio do Plano de Saúde, atualmente vinculado a CASSI – Caixa de Assistência do Funcionários do Banco do Brasil, inclusive os benefícios da Pensão Bancária, que, na falta do pai, ficará recebendo seus vencimento integrais pelo resto da vida, juntamente com seus filhos. requerido;
Portanto, Excelência, o que ora se oferece,
a título de pensionamento, pelo Requerido, se afigura suficiente para o custeio das despesas de seus filhos, se adequando, no momento, aos parâmetros que limitam a necessidade do alimentando e a possibilidade do alimentante, é o que, de logo requer;
DO PEDIDO
Diante de toda a argumentação aqui
expendida, REQUER seja acatada a proposta do Requerido acima aludida, julgando improcedente o pedido da Requerente, condenando-a nas custas e demais cominações de estilo Por último, suplica que seja pago as custar processuais e não a concessão dos benefícios da Justiça gratuita, com esteio no art. 4º da Lei 1.060/50, com a nova redação implementada pelo art. lº da Lei 7.410/86, pois tem o Requerido condições de patrocinar despesas, custas processuais, assumir risco e/ou suportar ônus de eventual 8
sucumbência, sem comprometer seu sustento pessoal e de
seus familiares;
Protesta provar o alegado por todos os
meios de prova em direito admitido, notadamente, depoimentos pessoais, pena de confesso, oitiva das testemunhas que serão oportunamente arroladas, juntada posterior de novos documentos, tudo, desde logo requerido.