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SENAI – CIMATEC

CARLOS AUGUSTO LIMA


FABRICIO LOBO
IRINEU BALARDIN
RAFAELA MENDES
REYNAN OLIVEIRA
TONY MICHELON

TRABALHO DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DE MANUTENÇÃO:


manutenção moto-bomba

SALVADOR – BA
2010
1. INTRODUÇÃO

Todo equipamento ou instalação necessita de manutenção em algum


momento de sua operação. Aliás, a própria expectativa de vida útil de um
sistema depende, para ser atendida, de trocas, consertos ou reparos rotineiros
ou eventuais. É essencial considerar o grau crítico, ou seja, o quão vital é
determinado equipamento ou sistema para a operação e a segurança globais
de uma planta, e os riscos envolvidos para o processo, o meio ambiente ou os
seres humanos, através dessa analise se terá uma projeção de que tipo de
manutenção será utilizada em determinado equipamento: preditiva, preventiva,
ou corretiva.
Um plano de manutenção preventiva consiste em um conjunto de
atividades planejadas que visam minimizar os impactos das falhas no sistema
produtivo, evitando a utilização de corretivas como manutenção, com isso
diminuir o tempo da máquina parada. A manutenção preditiva faz uma análise
profunda dos equipamentos, avaliando em diversos aspectos (vibração,
temperatura, desgaste, entre outros), através dos resultados a equipe de
manutenção irá traçar um plano de manutenção para a máquina.
O trabalho consiste em fazer uma análise de um conjunto motor-bomba,
demonstrando o funcionamento, as peças que compõem a máquina, exigir as
manutenções necessárias para um bom funcionamento e os equipamentos de
segurança e as ferramentas de trabalho para realização da manutenção.
2. CONJUNTO MOTOR-BOMBA

O motor-bomba é uma máquina que possui a finalidade de transmitir


fluídos de qualquer natureza, para realização de um determinado processo
fabril. Esse equipamento é a junção de outros dois (motor elétrico e bomba
centrífuga); o motor tem a finalidade de alimentar a bomba centrífuga, já que
ele irá transformar a potência elétrica em potência mecânica, enquanto a
bomba centrífuga irá transmitir o fluído para produção. O TAG criado para esse
equipamento foi: SEN-CIM1-AND1-LABM-MTBO2. Esse código é uma
identificação para que se possa fazer uma separação entre os equipamentos,
facilitando a criação de uma ordem de serviço.

3. MOTOR ELÉTRICO

Os motores elétricos usam as forças de atração e repulsão que ocorrem


entre dois campos magnéticos para girar o eixo que está conectado à bomba.
O eixo giratório produz a energia mecânica que a bomba depois converte em
altura manométrica (diferencial de pressão). A altura manométrica criada pela
bomba move o líquido ao longo do oleoduto. Para compreender como os
motores funcionam, você deve estar familiarizado com os campos magnéticos
e com o que ocorre quanto eles interagem.

3.1 Partes do Equipamento

3.1.1 Estator:

Um estator é um grupo de enrolamentos cilíndricos que produz um


campo eletromagnético. O estator consiste em:

3.1.1.1 Carcaça do Estator:


A carcaça do estator é a maior fonte de potência mecânica de todo o motor. Ela
suporta o núcleo do estator, oferecendo apoio para o rotor e o eixo, e é o ponto
de união normal entre o motor e a sua base.

3.1.1.2 Núcleo do Estator:

O núcleo do estator é formado de uma grande quantidade de finas


laminações de aço silício nas quais os enrolamentos do estator estão
enrolados.

3.1.1.3 Enrolamentos do Estator:

Os enrolamentos do estator são bobinas de fio isolado através das quais


a corrente pode passar. Os enrolamentos do estator criam os campos
eletromagnéticos giratórios aos quais o rotor responde.

3.1.1.4 Camisa dos Mancais:

A camisa dos mancais são placas metálicas que ficam em cada


extremidade do motor. A camisa dos mancais abriga os mancais do eixo e
mantém o rotor na posição correta dentro do estator.

3.1.2 Rotor:

Um rotor é um conjunto de enrolamentos que giram dentro do estator.


Um rotor consiste no seguinte:
3.1.2.1 Núcleo do rotor:

O núcleo do rotor reforça o campo eletromagnético gerado pelos


enrolamentos do rotor. O núcleo do rotor consiste em camadas (laminações) de
chapas de aço ajustadas ao eixo do rotor.

3.1.2.2 Enrolamentos do rotor:

Os enrolamentos do rotor são barras sólidas, geralmente de cobre ou


alumínio, sendo curto circuitadas pelos anéis de fechamento do rotor. Quando
a corrente elétrica flui através dos enrolamentos do rotor, é gerado um campo
eletromagnético. O campo eletromagnético interage com o campo
eletromagnético gerado pelos enrolamentos do estator para produzir energia
mecânica.

3.1.3 Ventilador para Refrigeração:

Um ventilador fica acoplado a uma extremidade do rotor. À medida que o


rotor gira, o ventilador faz o ar circular pelo rotor e pelos enrolamentos do
estator para mantê-los frios.

3.1.4 Mancais:

Um mancal é um dispositivo que fica em uma base de montagem fixa


que sustenta o eixo e permite que ele gire.
Os mancais evitam que o eixo do motor faça movimentos axiais
(movimentos ao longo do eixo) ou radiais (movimentos laterais ao eixo). O eixo
gira sobre uma posição fixa.
3.1.5 Carcaça:

A carcaça é o envoltório que envolve o motor, evita a ação do tempo e a


penetração de objetos estranhos, assegurando que nada vai atingir e danificar
as peças girantes do motor, também abriga o sistema de ventilação que resfria
o motor durante o funcionamento.

Ilustração 1: Motor elétrico em corte

3.2 Funcionamento do Motor:

Quando uma corrente elétrica passa por um fio no estator, ela produz
um campo eletromagnético. Da mesma forma há uma corrente elétrica
passando pelo rotor, produzindo um campo eletromagnético. Os campos
magnéticos produzidos pelo estator e pelo rotor possuem um pólo norte e um
pólo sul cada um. Os pólos norte de cada campo se repelem, da mesma forma
que os pólos sul de cada campo. Assim, o pólo norte do estator é atraído pelo
pólo sul do rotor e o pólo sul do estator é atraído pelo pólo norte do rotor.
O motor utilizado no trabalho é da marca WEG e sua placa forneceu os
seguintes dados:

Motor WEG
~ 3 100 m
Motor de Indução Hz 60
KW (HP-cv) 3,7 (5) RPM 3500
FS 1,15 Isol B Ip/In 1,5 IPW 54

220 / 380 V 9,0 / 8,1 A


Tabela 1: Placa do Motor WEG

3.3 Manutenção Preventiva:

A manutenção preventiva em motores tem como objetivo minimizar


falhas no equipamento com a avaliação de parâmetros elétricos e mecânicos
da máquina. Alguns estudos estatísticos têm demonstrado que a causa mais
comum de falhas em motores elétricos está associada a problemas nos
mancais (rolamentos ou "buchas") e áreas correlatas. Após os mancais, é o
bobinado do estator e/ou rotor que são os segundos maiores causadores de
paradas não programadas dos motores.
Qualquer serviço em máquinas elétricas, somente deve ser realizado
quando as mesmas estão completamente paradas e desconectadas da rede de
alimentação.
Inspeção geral (check list):

• Inspecionar o motor periodicamente


• Manter limpo o motor e assegurar o livre fluxo de ar.
• Verifique o estado dos retentores e efetue a troca se for necessário.
• Verifique o ajuste das ligações assim como estado dos parafusos de
sustentação.
• Verifique o estado dos rolamentos observando: Aparecimento de fortes
ruídos, vibrações, temperatura excessiva e condições da graxa.

3.4 Manutenção Preditiva:

3.4.5 Termográfica:

A temperatura é um dos parâmetros de mais fácil compreensão e o


acompanhamento de sua variação permite constatar alteração na condição dos
equipamentos, componentes e do próprio processo produtivo. A seguir estão
listados alguns exemplos clássicos, onde a monitoração da temperatura é
primordial.
A medição de temperatura pode ser feita por uma série de instrumentos:

• Termômetro de contato;
• Pirômetro de radiação ou Pirômetro ótico;
• Radiômetro.

3.5 Materiais para Lubrificação

3.5.1 Motores sem graxeira:

Os motores até a carcaça 200 normalmente são fornecidos sem


graxeira. Nestes casos a relubrificação deverá ser efetuada conforme plano de
manutenção preventiva, observando os seguintes aspectos*:

• Desmontar cuidadosamente os motores;


• Retirar toda a graxa;
• Lavar o rolamento com querosene ou diesel;
• Relubrificar o rolamento imediatamente.

3.5.2 Motores com graxeira:

É aconselhável fazer a relubrificação durante o funcionamento do motor,


de modo a permitir a renovação da graxa no alojamento do rolamento. Se isto
não for possível devido à presença de peças girantes perto da graxeira (polias,
luvas, etc.) que podem por em risco a integridade física do operador, procede-
se da seguinte maneira:

• Limpar as proximidades do orifício da graxeira;


• Injeta-se aproximadamente metade da quantidade total estimada de
graxa e coloca-se o motor a girar durante aproximadamente 1 minuto a
plena rotação; desliga-se o motor e injeta-se o restante da graxa;
• Para a lubrificação, use exclusivamente pistola engraxadeira manual.

3.6 Equipamentos utilizados na manutenção

O técnico necessita de ferramentas e equipamentos para realizar seu ofício,


na área elétrica existe alguns itens que são básicos para realizar a manutenção
de um equipamento elétrico, são os seguintes:

• Multímetro;
• Alicate amperímetro;
• Alicate universal;
• Chave de fenda.
4. BOMBA CENTRÍFUGA

Bomba centrífuga é o equipamento mais utilizado para bombear líquidos


no saneamento básico, na irrigação de lavouras, nos edifícios residenciais, na
indústria em geral, transferindo líquidos de um local para outro.
Ela funciona da seguinte maneira: Uma fonte externa à bomba, como um
motor elétrico, motor a diesel, etc., gira um ou mais rotores dentro do corpo da
bomba, movimentando o líquido e criando a força centrífuga que se transforma
em energia de pressão.
A entrada do líquido na bomba é chamada de sucção, onde a pressão
pode ser inferior à atmosférica (vácuo) ou superior. O local de saída do líquido
da bomba é conhecido como de recalque. A diferença de pressão na sucção e
no recalque da bomba é conhecido com altura manométrica total (Hman)e que
determina a capacidade da bomba em transferir líquido, em função das
pressões que deverá vencer, expressa em energia de pressão.

Ilustração 2: Bomba centrífuga em corte


4.1 Manutenção Preventiva

Diariamente o operador deverá anotar, caso ocorram, variações de


corrente, temperaturas excessivas nos mancais da caixa de gaxetas, vibrações
anormais e ruídos estranhos. O surgimento de alterações como estas, indica a
necessidade imediata de inspeções corretivas. Como procedimentos
preventivos, mensalmente deverão ser verificados o alinhamento do conjunto
motor-bomba, a lubrificação das gaxetas, a temperatura dos mancais e os
níveis do óleo e corrigí-los, se necessário.
Semestralmente o pessoal da manutenção deverá substituir o
engaxetamento, verificar o estado do eixo e das buchas quanto à presença de
estrias e, através da caixa de gaxetas, examinar o alinhamento e nivelamento
dos conjuntos motor-bombas e verificar se as tubulações de sucção ou de
recalque estão forçando indevidamente alguma das bombas e, finalmente,
medir as pressões nas entradas e saídas das bombas.
Independente de correções eventuais, anualmente deve ser
providenciada uma revisão geral no conjunto girante, no rotor e no interior da
carcaça, verificar os intervalos entre os anéis, medir a folga do acoplamento,
substituir as gaxetas, trocar o óleo e relubrificar os mancais.

4.2 Manutenção Preditiva

4.2.1 Ánalise de vibrações

O acompanhamento e a análise de vibração tornaram-se um dos mais


importantes métodos de predição na indústria tendo a sua maior aplicação em
equipamentos rotativos (bombas, turbinas, redutores, ventiladores,
compressores). O estágio atual de desenvolvimento dos instrumentos,
sistemas de monitoração e softwares especialistas é muito avançado, o que
vem permitindo, por exemplo, que outras variáveis, além da vibração, sejam
acompanhadas simultaneamente pelos mesmos instrumentos.
4.2.2 Análise de Óleos lubrificantes ou isolantes

Analisa-se a viscosidade, número de neutralização Acidez ou


basicidade, teor de água insolúvel, contagem de partículas metais por
espectrometria por Infravermelho cromatrografia gasosa, tensão interfacial,
rigidez dielétrica, ponto de Fulgor.

4.2.3 Análise de temperatura – Termometria

Ensaios Elétricos, Corrente, Tensão, Isolação Perdas Dielétricas, Rigidez


Dielétrica, Espectro de corrente ou tensão.

• Medidores de fluxo;
• Indicadores de nível;
• Leituras de carga do motor;
• Detetores de Vazamento;

5. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Conforme Norma Regulamentadora nº. 6, Equipamento de Proteção


Individual – EPI é todo dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde
no trabalho.
Os tipos de EPI´s utilizados podem variar dependendo do tipo de
atividade ou de riscos que poderão ameaçar a segurança e a saúde do
trabalhador e da parte do corpo que se pretende proteger, tais como:

5.1 Proteção de mãos


Luva isolante de borracha, utilizada para proteção das mãos e braços do
empregado contra choque em trabalhos e atividades com circuitos elétricos
energizados.
Manga de proteção isolante de borracha, utilizada para proteção do braço e
ante braço do empregado contra choque elétrico durante os trabalhos em
circuitos elétricos energizados.

5.2 Proteção de pernas e pés

Utilizada para proteção dos pés quando o empregado realiza trabalhos


ao potencial.

5.3 Proteção da cabeça

Capacete de proteção, utilizado para proteção da cabeça do empregado


contra agentes metereológicos (trabalho a céu aberto) e trabalho em local
confinado, impactos provenientes de queda ou projeção de objetos,
queimaduras, choque elétrico e irradiação solar.

5.4 Proteção visual e facial

Óculos de segurança para proteção, utilizado para proteção dos olhos


contra impactos mecânicos, partículas volantes e raios ultravioletas.

5.5 Proteção auditiva

Protetor auditivo tipo inserção, utilizado para proteção dos ouvidos nas
atividades e nos locais que apresentem ruídos excessivos.

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