Professional Documents
Culture Documents
BELÉM
2009
EXPEDIENTE
MANUAL PARA ELABORAÇÃO DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PARÁ
ÁREA DE CIENCIAS AMBIENTAIS, BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA
REITORIA:
Dr.João Paulo do Vale Mendes
VICE-REITORIA:
MSc. Sergio Fiuza de Mello Mendes
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA:
Dr.João Paulo Mendes Filho
COORDENADORIA DE GRADUAÇÃO
MSc Sílvia Mendes Pessoa
COORDENADORIA DE PESQUISA
Dr. Adolfo Henrique Muller
COORDENADORIA DE EXTENSÃO
MSc Sílvia Mendes Pessoa
http://www.cesupa.br
APRESENTAÇÃO
Deste modo, o objetivo deste manual é tentar fornecer normas, diretrizes básicas de
raciocínio e metodologia científica que possibilitem a realização e publicação dos trabalhos
científicos elaborados neste Centro Universitário, sendo este um instrumento facilitador para a
realização de tais trabalhos. Mas é importante mencionar que este manual não é definitivo
podendo passar por revisões e alterações de acordo com as normas vigentes de Trabalhos Ci-
entíficos. Poderá também haver inclusão de normas, quando houver demanda do curso , que
não foram aqui contempladas.
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................... 6
2 APRESENTAÇÃO GRÁFICA ..................................................................................... 7
2.1 FORMATO DO PAPEL................................................................................................ 7
2.2 TAMANHO DA FONTE............................................................................................... 7
2.3 ESPAÇAMENTO.......................................................................................................... 7
2.4 MARGEM...................................................................................................................... 8
2.5 PAGINAÇÃO................................................................................................................ 8
2.6 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA.................................................................................. 8
3 ESTRUTURA DE PROJETO DE PESQUISA............................................................ 10
3.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS................................................................................... 10
3.1.1 Capa............................................................................................................................ 10
3.1.2 Folha de rosto............................................................................................................ 11
3.1.3 Sumário...................................................................................................................... 12
3.2 ELEMENTOS TEXTUAIS........................................................................................... 13
3.2.1 Introdução.................................................................................................................. 13
3.2.2 Objetivos.................................................................................................................... 14
3.2.3 Metodologia............................................................................................................... 14
3.2.4 Orçamento................................................................................................................. 15
3.2.5 Cronograma............................................................................................................... 16
3.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS................................................................................... 17
3.3.1 Referências................................................................................................................. 17
3.3.2 Apêndices................................................................................................................... 17
3.3.3 Anexos........................................................................................................................ 17
4 ESTRUTURA DOS TRABALHOS DE CURSO......................................................... 18
4.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS................................................................................... 19
4.1.1 Capa............................................................................................................................ 19
4.1.2 Folha de Rosto e Ficha Catalográfica......................................................................... 19
4.1.3 Errata........................................................................................................................... 20
4.1.4 Dedicatória ................................................................................................................ 21
4.1.5 Agradecimento............................................................................................................ 21
4.1.6 Epígrafe....................................................................................................................... 21
4.1.7 Resumo em português ................................................................................................ 22
4.1.8 Resumo em Inglês (Abstract)...................................................................................... 22
4.1.9 Listas de Ilustrações.................................................................................................... 23
4.1.10 Lista de tabelas.......................................................................................................... 23
4.1.11 Lista de abreviaturas e siglas.................................................................................... 23
4.1.12 Lista de símbolos...................................................................................................... 23
4.1.13 Sumário..................................................................................................................... 25
4.2 ELEMENTOS TEXTUAIS........................................................................................... 26
4.2.1 Introdução.................................................................................................................. 26
4.2.2 Objetivos.................................................................................................................... 26
4.2.3 Referencial Teórico................................................................................................... 26
4.2.4 Metodologia............................................................................................................... 26
4.2.5 Resultados e Discussão.............................................................................................. 40
4.2.6 Conclusões.................................................................................................................. 41
4.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS................................................................................... 41
4.3.1 Referências................................................................................................................. 41
4.3.2 Apêndices................................................................................................................... 41
4.3.3 Anexos........................................................................................................................ 41
5 REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA E METANÁLISE......................... 42
5.1 ROTEIRO PARA A ELABORAÇÃO.......................................................................... 43
6 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA..................................................................................... 46
6.1 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO....................................................................... 46
7 CITAÇÕES EM DOCUMENTOS................................................................................ 56
7.1 CITAÇÃO DIRETA...................................................................................................... 56
7.1.1 Citação até três linhas............................................................................................... 56
7.1.2 Citação com mais de três linhas............................................................................... 56
7.2 CITAÇÃO INDIRETA.................................................................................................. 57
7.2.1 Ao final do parágrafo................................................................................................ 57
7.2.1 Incluído no texto........................................................................................................ 57
7.2.2 Citação de citação...................................................................................................... 58
8 ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS.......................................................................... 59
8.1) LIVROS E/OU FOLHETOS IMPRESSOS................................................................. 59
8.2) ARTIGOS DE PERIÓDICOS IMPRESSOS............................................................... 60
8.3) MONOGRAFIAS, DISSERTAÇÕES E TESES IMPRESSAS................................... 61
8.4) TRABALHOS APRESENTADO EM EVENTOS CIENTÍFICOS IMPRESSOS...... 62
8.5) HOMEPAGE (online).................................................................................................. 63
8.6) DOCUMENTOS JURÍDICOS..................................................................................... 63
9 FORMATAÇÃO DE ILUSTRAÇÕES, QUADROS E TABELAS............................ 64
9.1 FIGURAS....................................................................................................................... 64
9.2 QUADROS.................................................................................................................... 65
9.3 TABELAS...................................................................................................................... 66
10. COMO ELABORAR UM ARTIGO.......................................................................... 68
10.1 CONCEITO................................................................................................................. 68
10.2 TIPOS DE ARTIGOS.................................................................................................. 68
10.3 QUAL A ESTRUTURA RECOMENDADA PARA OS ARTIGOS?........................ 68
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 70
APÊNDICES....................................................................................................................... 72
ANEXOS............................................................................................................................. 77
1 INTRODUÇÃO
As normas consultadas para a elaboração deste manual foram: a NBR 15287/2005 que
especifica os princípios gerais para a elaboração do projeto de pesquisa; a NBR 14724/2005
que especifica os princípios gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos; NBR
6023/2002 que especifica os elementos a serem incluídos em referências de material utilizado
para a produção de documentos e para inclusão no capítulo de Referências; a NBR
10520/2002 especifica as características exigíveis para apresentação de citações em documen-
tos; NBR 6024/2003 que estabelece a numeração progressiva das seções de documentos escri-
tos; NBR 6027/2003 que estabelece os requisitos para a apresentação de sumário de documen-
tos; NBR 6028/2003 que estabelece os requisitos para a redação e apresentação de resumos; a
NBR 6022/2003 que estabelece um sistema para a apresentação dos elementos que constituem
o artigo em publicação periódica científica impressa; e finalmente a NBR15437/2006 que
estabelece um sistema para a apresentação de Pôsteres técnicos e científicos.
2 APRESENTAÇÃO GRÁFICA (NBR 14724/2005)
Neste tópico serão dadas instruções de como configurar o editor de texto “Word”. Se-
gundo norma NBR 14724 – dez. 2005.
2.3 ESPAÇAMENTO
O texto deve ser configurado com margem superior e esquerda 3 cm, e inferior e direi-
ta 2 cm. O parágrafo recomendado por este manual deve estar endentado a 1,25 cm a partir da
margem esquerda e justificado.
2.5 PAGINAÇÃO
As páginas são contadas a partir da folha de rosto, mas não são numeradas. As nume-
rações começam a partir do inicio do texto, ou seja, da Introdução Os números da paginação
ficam no canto superior do lado direito da folha em algarismos arábicos, a parir da Introdução.
As referências, glossário, apêndices e anexos devem ser incluídos na numeração seqüencial
das páginas do texto principal.
2.6.1 Seções:
São as partes em que se divide o texto de um documento. O indicativo numérico de
uma seção deve ser separado de um espaço de caractere de seu título. As seções são classifi-
cadas como:
2.6.1.1. Seções primárias:
São as principais divisões de um texto (denominadas “capítulos”) e são formatadas em
caixa alta (maiúsculo). Negritadas. Por serem as principais divisões de um texto, devem ini-
ciar em páginas diferentes.
As seções primárias podem ser divididas em seções secundárias; as secundárias, em
terciárias; as terciárias, em quaternária, etc.
1 SEÇÃO PRIMÁRIA
Neste tópico serão dadas instruções de como estruturar um projeto de pesquisa cientí-
fica de acordo com a norma NBR 15287/2005, detalhando cada um dos elementos, quanto aos
seus itens indispensáveis e sua forma de apresentação.
Seqüência dos Elementos do Projeto de Pesquisa :
I – ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS:
1. Capa
2. Folha de rosto
3. Sumário (ABNT NBR 6027:2003)
II – ELEMENTOS TEXTUAIS:
1. Introdução
2. Objetivos
2.1 Geral
2.2 Específicos
3. Metodologia
4. Orçamento
5. Cronograma
II – ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS:
1. Referências (ABNT NBR 6023:2002)
2. Apêndices (quando couber)
3. Anexos (quando couber)
3.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
3.1.1 Capa
É um elemento obrigatório e suas informações devem ser transcritas na seguinte or-
dem:
- nome da instituição (obrigatório)
- nome do autor (obrigatório);
- título (obrigatório) deve ser claro e preciso, ou seja, deve identificar o conteúdo do trabalho;
- subtítulo, se houver (obrigatório), deve ser claro e evidenciar sua subordinação ao título
principal;
- local (cidade onde se localiza a instituição que o trabalho será apresentado);
- ano da apresentação do trabalho (obrigatório).
MODELO DE CAPA:
BELÉM
2007
(cidade e ano centralizados)
BELÉM
2007
(cidade e ano centralizados)
3.1.3 Sumário
Elemento obrigatório. Elaborado conforme a ABNT NBR 6027. As regras de apresen-
tação do sumário são:
- a palavra sumário deve ser centralizada, em negrito e todas as letras em maiúsculo;
- os itens do sumário devem ser destacados pela mesma apresentação utilizada no texto;
- os elementos pré-textuais não devem constar no sumário;
- os indicativos das seções devem ser alinhados a esquerda.
MODELO DE SUMÁRIO (PROJETO DE TC)
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................3
2 OBJETIVOS.............................................................12
2.1 OBJETIVO GERAL...............................................12
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................12
3. METODOLOGIA...................................................13
4. ORÇAMENTO .......................................................20
5. CRONOGRAMA....................................................21
REFERÊNCIAS..........................................................22
APÊNDICES................................................................25
ANEXOS......................................................................28
3.2 ELEMENTOS TEXTUAIS
Seus capítulos devem iniciar sempre em uma nova página, com os títulos em maiúscu-
lo e negrito.
3.2.1 Introdução
É a apresentação do projeto, na qual devem ser expostos o tema do projeto, o proble-
ma a ser abordado/pergunta do estudo, a revisão da literatura e a justificativa do estudo.
No que tange ao tema do estudo:
• Deve ser escolhido o mais precocemente possível e partir das dúvidas do próprio alu-
no, dentre assuntos de seu interesse;
• Procure um assunto de seu interesse, na área da fisioterapia que mais lhe agrada;
• Direcione nas linhas de pesquisa:
• Experimental:Validação de métodos e técnicas em Fisioterapia
• Observacional: Pesquisa em Saúde Pública e Comunidade
• Busque na biblioteca livros texto e trabalhos sobre este assunto: revisão bibliográfica
inicial;
• Identifique nestes textos, quais as dúvidas e curiosidades que lhe ocorrem sobre o te-
ma;
• Escolha dentre as dúvidas, qual você quer responder;
• Monte seu trabalho de forma a responder somente esta dúvida. É natural durante o tra-
balho outras e outras dúvidas surgirem. NÃO SE DESVIE DE SUA META que é res-
ponder somente a dúvida inicial;
• Procure sempre simplificar ao máximo sua dúvida, de modo que ela apresente o menor
número de variáveis possível;
• Identifique o melhor tipo de trabalho para responder sua dúvida ou esclarecer sua cu-
riosidade.
Em relação ao problema/pergunta do estudo:
• A “pergunta” é na realidade a dúvida a qual se quer responder. Dela decorre direta-
mente o objetivo do trabalho;
• Deve sempre ser elaborada, para que na mente do pesquisador possa ficar bem claro
qual objetivo pretende atingir;
• De acordo com a dúvida, várias perguntas podem ser elaboradas segundo o objetivo a
ser alcançado;
• Cada uma das perguntas elaboradas é uma dúvida a ser respondida. Cada uma delas
gera um trabalho.
Considerando a revisão da literatura:
• Procure Trabalhos Científicos, Artigos, “sites” de pesquisa na Internet e mesmo livros
sobre o assunto a ser estudado;
• Iniciar o texto com uma “frase de impacto”;
• Aprenda sobre o assunto, situe-se no atual estado das pesquisas internacionais, nacio-
nais e regionais;
• Justifica o estudo;
• Geral → Particular → Direciona para o Objetivo.
A justificativa do estudo deve estar implícita nos parágrafos finais da Introdução, e
deve levar em consideração os seguintes aspectos:
• Qual a importância do estudo?
• O que levou a fazer este estudo?
• Quais os benefícios que irá trazer para a sociedade?
3.2.2 Objetivos
Mostra clara e objetivamente ao leitor, o que se pretende verificar com o presente traba-
lho, devendo ser desmembrados em geral e específico.
3.2.3 Metodologia:
Mostra e caracteriza onde, em quem, quando, como e com o que será realizado no
trabalho (colocar os tempos verbais no futuro). Deve conter os seguintes elementos:
3.3.2 Apêndices
Elemento opcional. Texto ou documento elaborado pelo autor a fim de complementar
o texto principal. Os dados mais freqüentemente encontrados neste capítulo são as fichas de
avaliação e protocolos utilizados no trabalho.
3.3.3 Anexos
Elemento opcional. Texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fun-
damentação, comprovação ou ilustração.
Nota 2 : Os apêndices e os anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas, tra-
vessão e respectivos títulos.
Exemplos: APÊNDICE A - Título do apêndice
APÊNDICE B - Título do apêndice
ANEXO A - Título do anexo
ANEXO B - Título do anexo
OBS: A referência aos apêndices e anexos no corpo do texto deve ser feita entre parênteses e
em caixa alta (maiúsculo).
Ex: ...Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A)
...Escala de esforço de Borg (ANEXO A).
4 ESTRUTURA DOS TRABALHOS DE CURSO (NBR 14724/2005)
Neste tópico serão dadas instruções de como estruturar o trabalho de curso de acordo
com a norma NBR 14724/2005, detalhando cada um dos elementos, quanto aos seus itens
indispensáveis e sua forma de apresentação. Seqüência dos Elementos do Trabalho de Curso:
I - ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
1 - Capa
2 – Folha de rosto
2.1 – Ficha catalográfica
3 – Errata (opcional)
4 – Dedicatória (opcional)
5 – Agradecimentos (opcional)
6 – Epígrafe (opcional)
7 – Resumo em português
8 – Resumo em inglês
9 – Lista de ilustrações
10 – Lista de tabelas
11 – Lista de abreviaturas e siglas
12 – Lista de símbolos
13 – Sumário (ABNT NBR 6027:2003)
II – ELEMENTOS TEXTUAIS
1- Introdução
2 – Objetivos
2.1 – Geral
2.2 – Específicos
3 – Referencial Teórico ou subdivisões em capítulos
4 – Metodologia
5 – Resultados e Discussão
6 – Conclusão
III – ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
1 – Referências (ABNT NBR 6023:2002) Ver capítulo 8: Elaboração de Referências.
2 – Apêndices (quando couber)
3 – Anexos (quando couber)
32 3 publiação publicação
Onde se lê:
“A Incontinência Urinária de Urgência (IUU), acompanhada ou não de urge-incontinência, o-
corre na presença da contração vesical durante a fase de enchimento, desencadeada espontane-
amente ou em resposta a estímulos a Incontinência Urinária de Urgência (IUU), acompanhada
ou não de urge-incontinência.”
Leia-se:
“A Incontinência Urinária de Urgência (IUU), acompanhada ou não de urge-incontinência, o-
corre na presença da contração vesical durante a fase de enchimento, desencadeada espontane-
amente ou em resposta a estímulos.”
4.1.4 Dedicatória
Elemento opcional, onde o autor presta homenagem ou dedica seu trabalho.
4.1.5 Agradecimento
Elemento opcional, dirigido àqueles que contribuíram de maneira relevante à elabora-
ção do trabalho.
4.1.6 Epígrafe
Elemento opcional, onde o autor apresenta uma citação, seguida de indicação de autoria.
MODELO DE DEDICATÓRIA MODELO DE AGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOS
Ao professor....
Aos amigos...
MODELO DE EPÍGRAFE
RESUMO
(dois espaços 1,5 entre a palavra e o texto)
(resumo escrito em fonte 12, espaço simples, parágrafo centralizado sem recuo)
Este trabalho irá analisar as variáveis relacionadas à iniciação do tabagismo entre adolescentes estudantes de nível
médio de uma escola particular e outra pública, na cidade de Belém-PA, em 2005. Para a coleta de dados foi utili-
zado um questionário, não identificado, de auto-preenchimento, com 27 questões fechadas, perguntando sobre
experimentação de cigarro, fumo habitual, acesso à compra de cigarros, por qual motivo começou a fumar, percep-
ção dos estudantes sobre o seu rendimento escolar, diálogo sobre tabagismo no ambiente familiar e nível sócio-
econômico. Participaram do estudo 1520 estudantes, sendo 724 (47,6%) da rede particular e 796 (52,4%) da rede
pública. A média de idade dos estudantes foi de 16,5 anos. Dos estudantes, referiram ter experimentado cigarro
44,0% e fazer uso habitual de cigarros 11,0%. A proporção de experimentadores na escola pública foi de 51,2% e
na particular foi de 36,7% (p=0,000) e de fumantes habituais foi 14,6% na escola pública e 7,0% na particular
(p=0,000). As associações encontradas para iniciação e uso atual de cigarro que em ambas as escolas foram: a
curiosidade, presença de pessoas fumantes no convívio social do adolescente, não ter sido elogiado por não fumar,
e se considerar um aluno regular ou ruim. Não houve associação entre experimentação e fumo atual com classes
sociais nas duas escolas, exceto para experimentadores das classes A e B. A variável mais importante para fumo
nos estudantes foi a curiosidade, e a experimentação e uso habitual de cigarro foram mais freqüentes na escola
pública que na particular.
ABSTRACT
(dois espaços 1,5 entre a palavra e o texto)
(abstract escrito em fonte 12, espaço simples, parágrafo centralizado sem recuo)
This work will study the variables related to smoking initiation among teenagers students from high school at two schools, one
public and other private, in the city of Belém, Pará State, Brazil, 2005. An anonymous, self-administered questionnaire with 27
closed questions, asking about contact with tobacco and tobacco smoking, facilities to buy cigarettes, variables related to smoking
initiation, school performance, talks about tobacco smoking in the familiar group and social economic level. An intentional
sample of 1520 students participated, 724 (47.6%) from public school and 796 (52.4%) from private school. The mean age of the
students was 16.5 years-old. The proportion of smoking initiation was 44.0% and current smoking 11.0%. The proportion of
smoking initiation in the public school was 51.2% and in the private 36.7% (p=0.000) and of current smokers was 14.6% in the
public school and 7.0% in the private (p=0.000). The variables significantly related to smoking initiation and current smoking
between the adolescents were: curiosity, contact with smokers in their social life, had never been complimented about being a
non-smoker and had had a regular or bad self reported school performance. There was no association between smoking initiation
and current smoking with socioeconomic levels in the two schools, except for those who had just experimented cigarettes from
levels A and B of the private school. The most important variable to tobacco smoking in the students was curiosity and the smok-
ing initiation and current smoking were more frequent in public than in private school.
MODELOS DE SUMÁRIO
SUMÁRIO SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................3 1 INTRODUÇÃO.................................................3
2 OBJETIVOS......................................................5 2 OBJETIVOS......................................................5
2.1 OBJETIVO GERAL........................................5 2.1 OBJETIVO GERAL........................................5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..........................5 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...........................5
3. REFERENCIAL TEÓRICO...........................6 3 TABAGISMO....................................................6
4. METODOLOGIA..........................................20 4 ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS.............10
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO....................25 5. METODOLOGIA..........................................20
6. CONCLUSÃO................................................31 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO....................25
REFERÊNCIAS.................................................32 7. CONCLUSÃO................................................31
APÊNDICES.......................................................35 REFERÊNCIAS.................................................32
ANEXOS.............................................................40 APÊNDICES.......................................................35
ANEXOS.............................................................40
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................3
2 OBJETIVOS...............................................................5
2.1 OBJETIVO GERAL.................................................5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................5
3 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................6
3.1 TABAGISMO...........................................................6
3.2 ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS.......................10
5. METODOLOGIA...................................................20
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................25
7 CONCLUSÃO..........................................................31
REFERÊNCIAS..........................................................32
APÊNDICES................................................................35
ANEXOS......................................................................40
4.2 ELEMENTOS TEXTUAIS
Seus capítulos devem iniciar sempre em uma nova página, com os títulos em maiúscu-
lo e negrito, precedidos da numeração progressiva.
4.2.1 Introdução
É a apresentação da monografia, na qual devem ser expostos os seguintes elementos:
ESTRUTURA
Frase de impacto.
Conceituação e classificação se necessária.
Importância mundial, nacional e regional.
Desenvolvimento do tema 1.
Desenvolvimento do tema 2.
Interligação dos temas 1 e 2. (como se fosse um resumo de tudo)
Justificativa do trabalho.
4.2.2 Objetivos:
Mostra clara e objetivamente ao leitor, o que se pretende verificar com o presente traba-
lho, devendo ser desmembrados em geral e específico.
4.2.4 Metodologia:
Mostra e caracteriza onde, em quem, quando, como e com o que foi realizado no tra-
balho (colocar os tempos verbais no passado). Deve conter os seguintes elementos:
Aspectos éticos (CEP, Autorizações, TCLE)
Tipo de estudo (delineamento)
População alvo/amostra (quem? Nº? grupos?)
Critérios de inclusão e exclusão
Local/Tempo do estudo (Onde? Quando?)
Procedimentos/Coleta de dados (Como?/Com o quê? grupo intervenção e controle?)
Análise Estatística e/ou Qualitativa dos dados
B) EM PESQUISA ANIMAL
TIPO DE ESTUDO
Informar se foi realizado um estudo do tipo observacional ou experimental/de inter-
venção. Se foi observacional: descritivo e/ou analítico; retrospectivo (longitudinal), transver-
sal ou prospectivo (longitudinal); coorte retrospectiva/histórica, caso-controle, ecológico,
transversal/seccional, coorte prospectiva. Se experimental/de intervenção: ensaio clínico;
randomizado/aleatorizado, não-randomizado/aleatorizado ou pareado; cego, duplo-cego ou
aberto. Se qualitativo ou quali-quantitativo, ver metodologia e classificações apropriadas.
Grupos e subgrupos:
“Os 1356 prontuários que constituíram a amostra do estudo foram distribuídos segun-
do ao ano de admissão, em 03 grupos de estudo e cada grupo dividido em dois subgrupos de
acordo com o semestre da admissão do paciente no hospital, primeiro ou segundo.
Para a análise estatística final dos dados encontrados, é necessário que seja feita uma
apuração das informações com a montagem de um banco de dados, de modo a facilitar a or-
ganização dos dados para aplicação de possíveis testes estatísticos e apresentação dos resulta-
dos encontrados em tabelas e gráficos. Esta apuração deve ser feita com a ajuda de “pacotes
estatísticos” (programas de computador) que já contêm as diversas ferramentas estatísticas
necessárias.
A análise estatística dos dados pode ser feita através da ESTATÍSTICA DESCRITI-
VA, ou através da ESTATÍSTICA INFERENCIAL, ou ainda com a união das duas.
Procura somente descrever e analisar um grupo (amostra), sem tirar quaisquer conclu-
sões sobre um grupo maior de onde veio a amostra (universo).
Ex: Variáveis relacionadas à iniciação do tabagismo entre estudantes do ensino médio na ci-
dade de Belém-PA.
Três características importantes do seu estudo devem ser observadas na escolha do tes-
te estatístico a ser aplicado, para que este atenda ao objetivo do trabalho:
2ª – Número de Variáveis:
-- Binomial
-- Kolmogorov Smirnov
B) Dados numéricos:
-- Teste t (Student)
-- Teste Z
-- Coeficiente de Contingência C
-- Correlação de Kendall
-- Correlação de Spearman
B) Dados numéricos:
-- Regressão Linear
1.3 – K Variáveis:
A) Dados Numéricos e Categóricos:
-- Componente Principal
-- Correlação Parcial
-- Regressão Múltipla
-- Qui-quadrado
-- Kolmogorov Smirnov
-- Mann-Whitney
B) Dados numéricos:
-- Teste Z
-- Teste t (Student)
-- Kappa
-- McNemar
-- Wilcoxon
B) Dados numéricos:
-- ANOVA
-- Teste t (Student)
-- Kruskall-Wallis
-- Qui-Quadrado (Mantel-Haenszel)
B) Dados numéricos:
1.7 - K variáveis:
A) Dados categóricos:
-- Concordância de Kendall
B) Dados numéricos:
-- Distância Euclidiana
-- Teste de Barllett
-- Teste de Cochram
-- Teste de Friedman
B) ANÁLISE QUALITATIVA DOS DADOS:
1.1 ÁREA DA SAÚDE: Qualquer profissional desta área poderá desenvolver uma pesquisa
qualitativa, basta que utilize como pressupostos básicos o estreitamento com o seu paci-
ente ou cliente, de forma a garantir a fidelidade das informações a serem consideradas a
partir dos depoimentos dos pacientes, ou seja, de quem está sendo investigado, também
chamado de “objeto de estudo”
1.2 QUAIS AS TÉCNICAS QUE PODERÃO SER UTILIZADAS: Se tratando de Pesquisa
Qualitativa, deve-se sempre utilizar a entrevista como um instrumento de coleta de dados
que possibilita uma abertura às respostas de quem está sendo investigado. O Pesquisador
Poderá também utilizar a OBSERVAÇÃO DIRETA; trata-se de uma técnica onde o pes-
quisador faz descrições minuciosas do espaço físico, das condições do hospital, da rotina
do hospital, da relação médico e paciente, analisam os relatórios expedidos pelos médi-
cos, enfermeiros, fisioterapeutas, psiquiatras, etc. Essas observações poderão ser anotadas
em uma CADERNETA DE CAMPO. Neste sentido, o SIGNIFICADO que os entrevis-
tados dão sentidos, através das definições ou conceitos por eles mesmos elaborados tem
muito valor científico para o pesquisador. Ao considerar os diferentes pontos de vistas
dos participantes, os estudos qualitativos permitem esclarecer aspectos até então inacessí-
veis ao observador externo e ao próprio pesquisador.
1.3 COMO SE TORNA CIENTÍFICO AS FALAS DOS ENTREVISTADOS: Basta o pes-
quisador reproduzir essas falas em textos, ou seja, citações e depois relacionar essas idéi-
as empíricas com as teorias que abordam sobre o mesmo assunto. Ou seja, relacione ou
compare a fala dos entrevistados (conhecimento empírico), com as teorias dos autores e-
xistentes que falam sobre o mesmo assunto (teorias científicas).
1.4 O QUE É UMA PESQUISA QUALITATIVA: Trata-se de um processo INDUTIVO (ci-
entífico). A indução pressupõe experiências. O exemplo, as experiências laboratoriais,
assim como as experiências subjetivas dos entrevistados, o que pensam e o que sabem
sobre o assunto a partir de práticas cotidianas no hospital que acabam se revelando como
científicas, visto acontecerem da mesma forma na maior parte das vezes. Uma doença
experimentada através de sintomas que quase sempre se repetem identifica um diagnósti-
co quase que da mesma forma quando experimentado outras vezes pelo paciente. Esta
comprovação se torna científica, portanto INDUTIVA. Foi induzida, experimentada pelo
pesquisador, pelo fisioterapeuta na prática da sua profissão como sendo verdadeira aque-
las experiências.
1.5 ANÁLISE DOS DADOS: Tenta seguir um processo INDUTIVO. Pesquisadores (Fisio-
terapeutas) não se preocupam em buscar evidências que comprovem uma hipótese ante-
cipadamente, antes do início dos estudos, mas no decorrer da pesquisa, a partir do contato
direto do pesquisador com o objeto que está sendo investigado, em um processo de baixo
para cima, ou seja do EMPÍRICO (entrevistados) para o CIENTÍFICO (autores, através
dos seus escritos).
1.6 O QUE ENVOLVE A PESQUISA QUALITATIVA: A sensibilidade do pesquisador em
considerar a fala do outro, a descrição minuciosa detalhada pelo pesquisador sobre o ob-
jeto que está investigando, a fidelidade nas informações obtidas em campo, um maior
tempo possível com o local estudado (hospital) ou (paciente), o pesquisador deve dar ên-
fase mais ao PROCESSO, ou seja, o durante a pesquisa o que conseguiu observar, captar,
do que ao produto, ou seja, os resultados finais da pesquisa de forma positivista, exata.
1) Pesquisa Etnográfica:
2) A história de vida:
Não se trata de uma autobiografia convencional, ainda que possamos considerar na sua
forma narrativa.
A autobiografia de um profissional da saúde que acumula experiência por ter vivenciado e
experimentado a loucura, por exemplo, em um setor psiquiátrico de um hospital, o entrevis-
tado acaba que se comprometendo em contar uma parte da história de sua vida, que selecio-
nou com o objetivo de apresentá-la como um retrato de si, que prefere que conheçamos, mas
poderá esconder a outra parte de grande interesse para o pesquisador.
Portanto, é importante que a interpretação do sujeito seja apresentada honestamente, e o
pesquisador perceba também se está sendo contada desta forma.
O pesquisar, portanto, deve se antecipar e levantar os registros oficiais e os materiais for-
necidos por outras pessoas familiarizadas com os indivíduos que fazem parte da “história de
vida”, para que desta forma possa questioná-lo sobre os acontecimentos, na tentativa de fazer
com que a história contada sobre a loucura experimentada pelo entrevistado no hospital a-
companhe os assuntos dos registros oficiais.
Esse tipo de estudo surge no Departamento de Sociologia da Universidade de Chicago
durante a década de 20, baseado na Teoria da Psicologia de Mead. Desenvolveu-se a partir de
estudos sobre as cidades, sobre a vida urbana em Chicago. Por volta de 1916 (guetos, gangs),
também sobre estudos ecológicos, grupos étnicos, distribuição da delinqüência juvenil, doen-
ça mental e outras formas de patologias.
O autor considera a imagem de um mosaico, com o objetivo de compreender-mos melhor
um empreendimento científico. Cada peça apresentada em um mosaico contribui um pouco
para nossa compreensão do quadro como um todo.
Ou seja, estudos individuais (a partir de quem está contando a história de vida), podem ser
como peças de um mosaico.
A finalidade é fazer um estudo do local (hospital psiquiátrico por exemplo), através da
etnografia local, do acumulo de conhecimento sobre um único local, suas partes e conexões.
Ajuda a compreendermos como era o estudo e as práticas utilizadas pela psiquiatria na década
de 80 e após 25 anos, como ele se apresenta para nós. Partiremos do confinamento do louco
(década de 80) ao espaço social compartilhado (nos tempos atuais). Este seria o mosaico de
grande complexidade e detalhes que o pesquisador deve montar, testando uma grande varie-
dade de teorias, através de métodos, como a “história da vida” contada por alguém com gran-
de vivência experimentada sobre o assunto.
Esse tipo de estudo está mais presente em comunidades de bairros. A história de vida
parte de um fragmento para compreender um todo. Seria como entender a origem das teorias
sobre o comportamento psicológico do delinqüente. O mesmo estudo poderia se aplicar à Es-
quizofrenia.
Uma história de vida propicia uma base sobre a qual estas pressuposições podem ser feitas
de modo realista, como uma aproximação na direção da verdade.
Embora as próprias tórias se interessem mais pela ação das instituições do que pela
experiência individual, se presume ser importante o uso da “historia de vida” como método
investigativo, com o objetivo de conhecer como as pessoas experimentam esses processos no
interior das instituições. A historia de vida é rica em detalhes e importante em áreas que se
tornaram estagnada.
3) Estudo de Caso:
4.2.6 Conclusão:
É o capítulo que fecha o trabalho e responde diretamente aos objetivos, sendo restrita
aos principais resultados encontrados. Uma conclusão bem elaborada demonstra a capacidade
de coerência do autor.
A RSL é conduzida por diretrizes metodológicas de pesquisa nas bases de dados bi-
bliográficas. Recupera trabalhos selecionados e estudos originais importantes, avaliados criti-
camente, e os resultados respondem à questões específicas, anteriormente levantada por ou-
tros trabalhos da literatura. O revisor, neste caso, mostra como empreenderá a pesquisa (mé-
todo de trabalho) e apresenta sistematicamente todos os resultados de todos os trabalhos en-
contrados.
Para se evitar erros de análise na RSL, os métodos de seleção dos estudos e análise
dos dados são estabelecidos antes da revisão ser conduzida, num processo rigoroso e bem
definido. Inicia-se com a elaboração da questão principal do estudo, ou seja, a dúvida princi-
pal do pesquisador, o que vai dar origem ao projeto de pesquisa da revisão. A seguir é realiza-
da uma ampla busca da literatura com o objetivo de se identificar o maior número possível de
estudos relacionados à questão.
Uma vez selecionados os estudos para a revisão, aplicam-se critérios para avaliação da
qualidade metodológica conforme o delineamento do estudo original. Quando os estudos fo-
rem semelhantes, os resultados podem ser finalmente sintetizados numa Metanálise, caso esta
se torne necessária para responder os objetivos do estudo.
O preparo de uma RSL deve ser iniciado com o desenvolvimento do projeto de pes-
quisa. No projeto deve conter uma descrição detalhada e clara dos sete passos:
f. Interpretação dos dados – discussão dos resultados, a aplicabilidade dos resultados, in-
formações sobre custo e a prática corrente que sejam relevantes e determinar clara-
mente os limites entre os benefícios e os riscos, conclusão, conforme quadro abaixo:
Estrutura da Discussão de uma RSL e Metanálise
1 Enunciado dos principais achados da revisão
2 Forças e fraquezas da revisão
2.1 Apreciação da qualidade da revisão
2.2 Relação com outras revisões, particularmente, qualquer diferença na qualidade e
nos resultados.
3 Significado dos achados da revisão
3.1 Forças e fraquezas dos estudos incluídos
3.2 Direção e magnitude dos efeitos observados na metanálise
3.3 Aplicabilidade dos achados da revisão
4 Recomendações
4.1 Implicações práticas para clínicos e administradores de saúde
4.2 Perguntas não respondidas e implicações para pesquisas futuras
O pesquisador que deseja realizar este tipo de estudo deve ter claro em sua mente que
a Metanálise é o método estatístico; RSL é o processo planejado que compreende: formula-
ção de uma pergunta, identificação, seleção e avaliação crítica dos estudos, coleta de dados,
avaliação e apresentação dos dados, e interpretação dos resultados.
6 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Características da pesquisa
Quanto ao estilo, a redação dos documentos pode ser literária ou científica. Esta preo-
cupa-se com a objetividade e a exatidão para comunicar racionalmente informações e julga-
mentos; aquela preocupa-se com a subjetividade e a elegância.
Quanto à sua natureza, os documentos podem ser primários ou de primeira mão e se-
cundários ou de segunda mão e secundários ou de segunda mão. Em se tratando de pesquisa
bibliográfica, entende-se por documento primário a própria fonte original. Chama-se sim-
plesmente fonte, isto é, todo e qualquer documento ligado diretamente ao objeto estudado. Os
documentos secundários são os que trazem informações que eles mesmos colheram em fontes.
Chamam-se trabalhos, ou seja, todo e qualquer estudo científico elaborado a partir das fontes.
Sempre que possível, deve-se lançar mão dos documentos primários. A documentação
secundária só pode ser usada quando não se dispõe de fontes ou elas nos são inacessíveis. Um
estudo feito sobre trabalhos em nada contribui para o progresso das ciências, porquanto limi-
ta-se a repetir os resultados alcançados. São meros estudos recapitulativos.
Livros
Os livros de leitura corrente compreendem, além das obras literárias, designadas pelos
seus gêneros (romance, poesia, teatro, etc...), as obras de divulgação, isto é, as que objetivam
fazer chegar ao conhecimento do público informações científicas e técnicas.
B.Livros de referência
Os livros de referência ou de consulta são os livros que nos mantém atualizados sobre
as obras que se escrevem e se publicam. Os livros de consulta podem ser classificados em
dois tipos principais: os de referência informativa, que contêm a informação que se busca, e
os de referência remissiva, que remetem a outras fontes. Os principais livros de referência
infomativa são dicionários, enciclopédias, anuários e almanaques. A principal referência re-
missiva é o catálogo. As mais importantes espécies de catálogo são: sistemático ou metódico,
no qual os livros estão dispostos segundo as relações científicas e lógicas de seu conteúdo;
alfabético por autores; alfabético por assunto e dicionário, que é uma combinação de todos os
catálogos alfabéticos.
Periódicos
A. Jornal
B. Revistas
O artigo, estudo menos extenso que um livro, é o meio mais indicado na descrição de
investigações em curso e apresentação de seus resultados, para propor uma teoria, provocar
uma troca de impressões, etc.
A recensão anuncia uma obra recentemente aparecida, com indicação de seu conteúdo
e importância, acompanhada de uma motivada apreciação. Às vezes toma a forma de estudos
críticos nos quais se analisa o conteúdo da obra apresentada.
Ao entrar numa biblioteca o livro é tombado, ou seja, são registradas todas as informa-
ções a ele referentes. O livro recebe o número de tombo, que corresponde ao número de or-
dem de chegada, e o número de chamada, conjunto constituído do número de classificação e
da identificação. Em seguida o livro é classificado, individualizado e catalogado.
Para atingir seus objetivos a leitura informativa científica deve ser realizada em fases
complementares:
• leitura de reconhecimento
• leitura exploratória
• leitura seletiva
• leitura reflexiva
• leitura interpretativa
A leitura exploratória serve para que, depois da certificação da existência das informa-
ções procuradas, saiba-se onde elas estão e se correspondem ao que prometem. A leitura sele-
tiva é feita para que, dentre o material coletado, seja escolhido o melhor, de acordo com o
propósito do trabalho e os critérios do pesquisador.
3. Tomada de apontamentos
Ordem de procedimentos:
Distingui-se dois tipos de fichas: a ficha bibliográfica ou recensão, para anotar as refe-
rências bibliográficas, e ficha de documentação ou de apontamentos, para recolher a exposi-
ção de idéias, hipóteses, doutrinas, cópias de textos, etc.
Cabeçalho ou titulação
Compreende o título genérico próximo, o título específico e o número de classificação
da ficha. Estes elementos são escritos na parte superior da ficha em três quadros: no quadro à
esquerda coloca-se o título genérico; no quadro do centro, o título específico; e no da direita,
o número de classificação.
Referências bibliográficas
É a transcrição da ficha matriz encontrada nas bibliotecas.
- A citação formal é uma transcrição do pensamento do autor com todas as palavras e erros
gramaticais, se houver, e deve vir sempre entre aspas.
- O resumo é uma expressão abreviada do pensamento do autor e pode assumir a forma de
esboço (esquema) e de sumário (sinopse). Um esboço é um resumo que acompanha a mesma
estrutura de exposição seguido pelo autor. Um sumário é um resumo de um texto sem obede-
cer à sua estrutura original, é a ordenação sucinta das idéias principais esparsas pelo texto.
- Anotações pessoais são idéias e comentários próprios sugeridos por uma leitura ou resulta-
dos de uma reflexão pessoal. Essas anotações aparecem sempre entre parênteses.
Indicação de páginas
- Cada ficha de apontamento deve constituir-se numa unidade intelectual e física autônoma
que seja manejável dentro do conjunto do material. Em cada ficha anotam-se as informações
sobre um único assunto completo, de um único autor, encontradas em um único livro. Um
assunto não deve ocupar várias fichas e uma ficha não deve comportar vários assuntos.
- A ficha de apontamentos deve ser íntegra, contendo o texto e o contexto de um dado com-
pleto, com todos os elementos necessários para a conservação de seu autêntico sentido.
- A ficha de apontamentos deve ser exata, a transcrição de documentos deve ser fiel.
Sistemas de classificação
Segundo a ABNT (NBR: 10520, agosto de 2002, p. 1) citação é a “menção de uma in-
formação extraída de outra fonte”. Encontram-se três tipos de citação: direta, indireta e cita-
ção de citação. O tamanho da citação determina a forma de apresentação e a localização no
texto. Destaca-se que a inclusão de números de páginas é obrigatória apenas nas citações dire-
tas e nas indiretas é opcional.
Dentre as opções apresentadas pela ABNT para indicação da fonte de citação, este
manual recomenda o sistema autor-data,, conforme exemplos de citações a seguir.
8.1) LIVROS E/OU FOLHETOS IMPRESSOS (manual, guia, catálogo, dicionários, enciclopédias,
normas, etc):
a) Um autor:
SHEPHERD, R. B. Fisioterapia em pediatria. 3. ed. São Paulo: Santos, 2006. 421 p.
b) Dois autores:
GREVE, J. M. D.; AMATUZZI, M. M. Medicina de reabilitação aplicada à ortopedia e
traumatologia. São Paulo: Roca, 1999. 444 p.
c) Três autores:
SCANLAN, C. L.; WILKINS, R. L.; STOLLER, J. K. Fundamentos da terapia respirató-
ria de Egan. 7. ed. São Paulo: Manole, 2000. 1284 p.
IRWIN, S.; TECKLIN, J. S. (Ed.). Fisioterapia cardiopulmonar. 3. ed. São Paulo: Manole,
2003. 620 p.
MARCONDES, E.; LIMA, I. N. de (Coord.). Dietas em pediatria clínica. 4. ed. São Paulo:
Sarvier, 1993. 500 p.
g) Capítulo de livro:
MODERNO, L. F.; MODERNO, E. V. Repercussões clínicas das valvopatias e sua interfe-
rência no atendimento fisioterápico. In: REGENGA, M. M. Fisioterapia em cardiologia: da
U.T.I à reabilitação. São Paulo: Roca, 2000. p. 199-216.
8.1.1) LIVROS E/OU FOLHETOS EM MEIO ELETRÔNICO (manual, guia, catálogo, di-
cionários, enciclopédias, normas, etc):
a) Internet (online):
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde. O
SUS de A a Z. Brasília: Ministério da Saúde/CONASEMS, 2005. Disponível em:
<http://dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/genero/sus.htm>. Acesso em: 10 mar.
2007.
b) CD-ROM:
VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia humana. São Paulo: Manole, 2003. 2 CD-ROM.
a) Um autor:
GOSSELINK, R. Fisioterapia em adultos com distúrbios respiratórios: onde estamos? Revista
Brasileira de Fisioterapia, São Paulo, v. 10, n. 4, p. 361-372, out./dez. 2006
b) Dois autores:
BARELE, A. M. F.; ALMEIDA, G. L. Controle de movimentos voluntários no membro supe-
rior não plégico de portadores de paralisia cerebral hemiplégica espástica. Revista Brasileira
de Fisioterapia, São Carlos, v. 10, n. 3, p.325-332, jul./set. 2006.
c) Três autores:
FARIA, C. D. C. M.; LIMA, F. F. P.; TEIXEIRA-SALMELA, L. F. Estudo da relação entre o
comprimento da banda iliotibial e o desalinhamento pélvico. Revista Brasileira de Fisiote-
rapia, São Carlos, v. 10, n. 4, p.373-379, out./dez. 2006.
a) Internet (online):
GUIMARAES, C. Q. et al. Fatores associados à adesão ao uso de palmilhas biomecânicas.
Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v. 10, n. 3, jul./set. 2006. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141335552006000300004&lng=pt
&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 30 fev. 2007.
b) CD-ROM:
VIEIRA, C. L.; LOPES, M. A queda do cometa. Neo Interativa, Rio de Janeiro, n. 2, jun.
1994. 1 CD-ROM.
a) Internet (online):
BEZERRA, W. S. Caracterização da ativação de músculos selecionados do membro infe-
rior em exercícios de extensão do quadril. 2006. 90f. Dissertação (Mestrado em Biodinâmi-
ca do Movimento Humano) – Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Pau-
lo, São Paulo, 2006. Disponível em: < http://www.teses.usp.br/> Acessado em: 20 mar. 2007.
b) CD-ROM:
ABDALLAH, A. J. Validação de testes de flexibilidade da coluna lombar. 2006. 150f.
Tese (Doutorado em Biodinâmica do Movimento Humano) – Escola de Educação Física e
Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. 2 CD-ROM.
a) Internet (online):
FELÍCIO, D.C.; VIEIRA, R. S.; D’AGOSTO, T. C. Epidemiologia das entorses do tornozelo
em individuos não atletas. In: CONGRESSO DE FISIOTERAPIA DA UNIFENAS, 4.,2005,
Alfenas. Anais eletrônicos...Alfenas: UNIFENAS, 2005. Painel. Disponível em: <
http://www.unifenas.br/internafisioterapiaal.php>. Acesso em: 13 jul. 2006.
b) CD-ROM:
PINTO, D. S. Variáveis relacionadas à iniciação do tabagismo entre estudantes do ensino mé-
dio de escola pública e particular na cidade de Belém – PA. In: Simpósio Brasileiro de Vigi-
lância Sanitária, 3., 2006, Florianópolis, Anais...São Paulo: Editora da Faculdade de Saúde
Pública da USP, 2006. 1 CD-ROM.
8.5) HOMEPAGE (online):
REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO. Paralisia Cerebral. Disponível em:
< http://www.sarah.br/>. Acesso em: 10 mar. 2007.
c) Resoluções:
CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL. Dispõe sobre o
exercício ilegal de atividade regulamentada por portadores de certificados de técnico em rea-
bilitação e/ou fisioterapia e dá outras providências. Resolução n. 241, de 23 de maio de 2002.
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 05 dez.
2002. Seção 1, p. 156.
9 FORMATAÇÃO DE ILUSTRAÇÕES, QUADROS E TABELAS
Entende-se por figuras, quaisquer ilustrações do texto. Dentre elas temos as fotografi-
as, desenhos, gráficos, quadros, esquemas, diagramas, etc.
Logo, quando presentes no texto, todos estes elementos são considerados como FI-
GURAS, devendo receber uma única numeração.
9.1 FIGURAS
Exemplos
9.2 QUADROS
Exemplo
Exemplo
Tabela 1 – Distribuição dos estudantes (N=1520) quanto à ocorrência do fumo atual e a mé-
dia de idade dos fumantes por tipo de escola – Belém do Pará - 2005
Características Pública Particular P-valor
Fuma Atualmente
Não 680 (85,4%) 673 (93,0%)
0,000*
Sim 116 (14,6%) 51 (7,0%)
10.1 CONCEITO
Artigo, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994, p.1), é um “texto com
autoria declarada, que apresenta e discute idéias, métodos, processos, técnicas e resultados nas
diversas áreas do conhecimento”.
B) Elementos textuais
Texto: composto basicamente de três partes: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Se
for divido em Seções, deverá seguir o Sistema de Numeração Progressiva (NBR 6024(NB69)
da ABNT).
A Introdução expõe o objetivo do autor, a finalidade do artigo e a metodologia usada na sua
elaboração.
O Desenvolvimento mostra os tópicos abordados para atingir o objetivo proposto. Nos arti-
gos originais, quando relatam resultados de pesquisa, o desenvolvimento mostra a análise e a
discussão dos resultados.
A Conclusão sintetiza os resultados obtidos e destaca a reflexão conclusiva do autor. São
considerados elementos de apoio ao texto notas, citações, quadros, fórmulas e ilustrações. As
citações devem ser apresentadas de acordo com a NBR10520:2001 da ABNT.
Referências: lista de documentos citados nos artigos de acordo com a NBR 6023:2000 da
ABNT.
C) Elementos pós-textuais
Apêndice: documento que complementa o artigo.
Anexo: documento que serve de ilustração, comprovação ou fundamentação.
Tradução do Resumo: apresentação do resumo, precedido do título, em língua diferente da-
quela na qual foi escrito o artigo.
Nota Editorial: currículo do autor, endereço para contato, agradecimentos e data de entrega
dos originais.
REFERÊNCIAS
AYRES, M. et al. BioEstat 4.0 : aplicações estatísticas nas áreas das ciências bio-
médicas. 4. ed. Belém: Sociedade Civil Mamirauá/MCT/Imprensa Oficial do Estado do
Pará; 2005.
ATALLAH, AN; CASTRO, AA. Revisão Sistemática e Metanálises: evidências para melhores deci-
sões clínicas. São Paulo: Lemos Editorial; 1998. Disponível em
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Centro de Documentação e
Disseminação de Informações. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro: IB-
GE, 1993. 62 p.
GIL, A C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed., São Paulo, Atlas, 2007.
DECLARAÇÃO :
___________________________ __________________
Assinatura e carimbo Telefone
Nome do orientador
APÊNDICE B - - DECLARAÇÃO DE ACEITE DA INSTITUIÇÃO.
DECLARAÇÃO :
______________________
Nome do responsável pela Instituição.
Cargo que o responsável ocupa na Instituição
APÊNDICE C – ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO TERMO DE CONSENTI-
MENTO LIVRE E ESCLARECIDO
1 – Título do projeto;
2 – Desenho do estudo e objetivo(s) “essas informações estão sendo fornecidas para sua parti-
cipação voluntária neste estudo, que visa.......”; ou “o objetivo deste estudo é.....”;
3 – Descrição dos procedimentos que serão realizados, com seus propósitos e identificação
dos que forem experimentais e não rotineiros;
4 – Relação dos procedimentos rotineiros e como são realizados – coleta de dados , exames
radiológicos;
5 – Descrição dos desconfortos e riscos esperados nos procedimentos dos itens 3 e 4;
6 – Benefícios para o participante (Por exemplo: Não há benefício direto para o participante...
Trata-se de estudo experimental testando a hipótese de que....... Somente no final do estudo
poderemos concluir a presença de algum benefício...;
7 – Relação de procedimentos alternativos que possam ser vantajosos, pelos quais o paciente
pode optar;
8 – Garantia de acesso: em qualquer etapa do estudo, você terá acesso aos profissionais res-
ponsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. O principal investigador é
o Dr (preencher o nome do pesquisador principal). que pode ser encontrado no endereço
(institucional) Telefone(s) .............
-------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------
Ao
Comitê de Ética em Pesquisa
Centro Universitário do Para
Belém – PA.
Senhor Coordenador,
Atenciosamente,
____________________________
Pesquisador Responsável
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE - Conselho Nacional de Saúde - Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP
FOLHA DE ROSTO PARA PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS
1. Projeto de Pesquisa:
SUJEITOS DA PESQUISA
9. Número de sujeitos 10. Grupos Especiais : <18 anos ( ) Portador de Deficiência Mental ( ) Embrião /Feto ( ) Relação
No Centro : de Dependência (Estudantes , Militares, Presidiários, etc ) ( ) Outros ( ) Não se aplica (
Total: )
PESQUISADOR RESPONSÁVEL
11. Nome:
14. Nacionalidade: 15. Profissão: 20. CEP: 21. Cidade: 22. U.F.
Termo de Compromisso: Declaro que conheço e cumprirei os requisitos da Res. CNS 196/96 e suas complementares. Comprome-
to-me a utilizar os materiais e dados coletados exclusivamente para os fins previstos no protocolo e a publicar os resultados sejam
eles favoráveis ou não. Aceito as responsabilidades pela condução científica do projeto acima.
Data: _______/_______/_______
______________________________________
Assinatura
55. Processo :
58. Observações:
ANEXO B - RESOLUÇÃO 196/96 DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE
revisão específica ou solicita uma modificação ou informação relevante, que deverá ser atendida
em 60 (sessenta) dias pelos pesquisadores;
d) prover normas específicas no campo da ética em pesquisa, inclusive nas áreas temáti-
cas especiais, bem como recomendações para aplicação das mesmas;
e) funcionar como instância final de recursos, a partir de informações fornecidas sistema-
ticamente, em caráter ex-ofício ou a partir de denúncias ou de solicitação de partes interessadas,
devendo manifestar-se em um prazo não superior a 60 (sessenta) dias;
f) rever responsabilidades, proibir ou interromper pesquisas, definitiva ou temporaria-
mente, podendo requisitar protocolos para revisão ética inclusive, os já aprovados pelo CEP;
g) constituir um sistema de informação e acompanhamento dos aspectos éticos das pes-
quisas envolvendo seres humanos em todo o território nacional, mantendo atualizados os bancos
de dados;
h) informar e assessorar o MS, o CNS e outras instâncias do SUS, bem como do governo
e da sociedade, sobre questões éticas relativas à pesquisa em seres humanos;
i) divulgar esta e outras normas relativas à ética em pesquisa envolvendo seres humanos;
j) a CONEP juntamente com outros setores do Ministério da Saúde, estabelecerá normas
e critérios para o credenciamento de Centros de Pesquisa. Este credenciamento deverá ser propos-
to pelos setores do Ministério da Saúde, de acordo com suas necessidades, e aprovado pelo Con-
selho Nacional de Saúde; e
l) estabelecer suas próprias normas de funcionamento.
VIII.5 - A CONEP submeterá ao CNS para sua deliberação:
a) propostas de normas gerais a serem aplicadas às pesquisas envolvendo seres humanos,
inclusive modificações desta norma;
b) plano de trabalho anual;
c) relatório anual de suas atividades, incluindo sumário dos CEP estabelecidos e dos pro-
jetos analisados.
IX - OPERACIONALIZAÇÃO
IX.1 - Todo e qualquer projeto de pesquisa envolvendo seres humanos deverá obedecer
às recomendações desta Resolução e dos documentos endossados em seu preâmbulo. A responsa-
bilidade do pesquisador é indelegável, indeclinável e compreende os aspectos éticos e leagis.
IX.2 - Ao pesquisador cabe:
a) apresentar o protocolo, devidamente instruido ao CEP, aguardando o pronunciamento
deste, antes de iniciar a pesquisa;
b) desenvolver o projeto conforme delineado;
c) elaborar e apresentar os relatórios parciais e final;
d) apresentar dados solicitados pelo CEP, a qualquer momento;
e) manter em arquivo, sob sua guarda, por 5 anos, os dados da pesquisa, contendo fichas
individuais e todos os demais documentos recomendados pelo CEP;
f) encaminhar os resultados para publicação, com os devidos créditos aos pesquisadores
associados e ao pessoal técnico participante do projeto;
g) justificar, perante o CEP, interrupção do projeto ou a não publicação dos resultados.
IX.3 - O Comitê de Ética em Pesquisa institucional deverá estar registrado junto à CO-
NEP/MS.
IX.4 - Uma vez aprovado o projeto, o CEP passa a ser co-responsável no que se refere
aos aspectos éticos da pesquisa.
IX.5 - Consideram-se autorizados para execução, os projetos aprovados pelo CEP, exce-
to os que se enquadrarem nas áreas temáticas especiais, os quais, após aprovação pelo CEP insti-
tucional deverão ser enviados à CONEP/MS, que dará o devido encaminhamento.
IX.6 - Pesquisas com novos medicamentos, vacinas, testes diagnósticos, equipamentos e
dispositivos para a saúde deverão ser encaminhados do CEP à CONEP/MS e desta, após parecer,
à Secretaria de Vigilância Sanitária.
IX.7 - As agências de fomento à pesquisa e o corpo editorial das revistas científicas de-
verão exigir documentação comprobatória de aprovação do projeto pelo CEP e/ou CONEP, quan-
do for o caso.
IX.8 - Os CEP institucionais deverão encaminhar trimestralmente à CONEP/MS a rela-
ção dos projetos de pesquisa analisados, aprovados e concluídos, bem como dos projetos em an-
damento e, imediatamente, aqueles suspensos.
X. DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
X.1 - O Grupo Executivo de Trabalho-GET, constituido através da Resolução CNS
170/95, assumirá as atribuições da CONEP até a sua constituição, responsabilizando-se por:
a) tomar as medidas necessárias ao processo de criação da CONEP/MS;
b) estabelecer normas para registro dos CEP institucionais;
X.2 - O GET terá 180 dias para finalizar as suas tarefas.
X.3 - Os CEP das instituições devem proceder, no prazo de 90 (noventa) dias, ao levan-
tamento e análise, se for o caso, dos projetos de pesquisa em seres humanos já em andamento,
devendo encaminhar à CONEP/MS, a relação dos mesmos.
X4 - Fica revogada a Resolução 01/88.
ADIB D. JATENE
Presidente do Conselho Nacional de Saúde
Homologo a Resolução CNS nº 196, de 10 de outubro de 1996, nos termos do Decreto
de Delegação de Competência de 12 de novembro de 1991.
ADIB D. JATENE
Ministro de Estado da Saúde