You are on page 1of 131

Automação e Instrumentação

em Análise Química
(Análise em Fluxo)

• Organização: Prof. Dr. Mário César Ugulino


1
Definições na Automação de Processos Analíticos

Mecanização → uso de dispositivos para substituir, refinar ou


suplementar o esforço humano.

Instrumentação → uso de aparelho para comunicar, observar ou


medir uma propriedade em lugar do homem.

Automação → uso da mecanização e/ou instrumentação em dado


um processo, no qual pelo menos uma das principais
operações é controlada sem a intervenção humana.

Automatização → automação com feed-back (realimentação).

Realimentação → processo no qual a saída de um dispositivo é


usada para modificar a operação de um sistema.

OBS: embora exista esta preocupação em diferenciar sistemas


mecanizados, automáticos e automatizados, o uso do termo
“sistema ou processo automático” é amplamente aplicado para
2
definir todos esses sistemas.
Exemplo de Processo Analítico Automático

Titulador Mecanizado ou Automático


Um titulador ácido
- base automático
simplesmente
adiciona reagente
a uma velocidade
constante e
simultaneamente
registra o pH, já
Titulador Automatizado um titulador
automatizado,
controla a
velocidade de
adição do
reagente em
função da taxa de
variação do pH.
3
Justificativas para Automação de Processos Analíticos

Em operações manipulação de substâncias químicas


de risco perigosas (tóxicas ou explosivas);

melhoramento da precisão, exatidão,


Na otimização
velocidade analítica, etc investindo
da performance
menos tempo, recursos e esforços
analítica
humanos;

minimiza o custo de análises, a


Economia de
quantidade de lixos prejudiciais ao
reagentes e
meio ambiente e a exposição do
amostras
analista a reagentes tóxicos;

Execução de processos
analíticos difíceis ou reagentes instáveis.
inviáveis manualmente 4
Analisadores Automáticos

Classificação

Os analisadores automáticos podem ser enquadrados em


três grandes grupos:

1. Analisadores automáticos em batelada (batch);

2. Analisadores automáticos robotizados;

3. Analisadores automáticos em fluxo.

5
Analisadores Automáticos em Batelada (Batch)

Características:

Cada amostra é processada em recipientes próprios e


transportada por esteiras até o detector.

Analisadores Automáticos Robotizados

Características:

Emprega um robô para a execução das operações de um


processo analítico.

Analisadores Automáticos em Fluxo

Características:

A introdução e processamento da amostra, bem como o


processo detecção, ocorrem em fluxo. 6
Conceito e Classificação dos Analisadores em Fluxo

Análise em fluxo é recomendado como o nome genérico para


os métodos analíticos baseados na introdução e processamento de
amostras em fluxo. Em 1994, a IUPAC* estabeleceu a seguinte
classificação:

MFA?
SIA?
FBA?

W. E. van der Linden,


Linden, “Classificaç
Classificação and Definition of Analytical Methods Based on Flowing Media”
Media”, Pure &
Applied Chemistry,
Chemistry, 66 (1994) 2493-
2493-2500. 7
Conceito e Classificação dos Métodos de Análise em Fluxo
Em 2002, a IUPAC* discutiu a introdução dos sistemas MCFA e
SIA como analisadores em fluxo estabelecendo a seguinte
classificação:

* E. A. G. Zagatto et al - “Information Essential for Characterizing a Flow- System”, 8


Flow-Based Analytical System”
Pure & Applied Chemistry,
Chemistry, 74 (2002) 585-
585-592.
Conceito e Classificação dos Métodos de Análise em Fluxo

Introduzimos o sistema FBA na classificação da IUPAC de 2002,


de acordo com o diagrama abaixo.

9
Analisadores Automáticos em Fluxo

Classificação

1. Analisador em fluxo contínuo (não segmentado);

2. Analisador em fluxo segmentado;

3. Analisador por injeção em fluxo;

4. Analisador em fluxo monosegmentado;

5. Analisador por injeção seqüencial;

6. Analisador em fluxo com multicomutação;

7. Analisador Flow-Batch (Fluxo-Batelada?).


10
Analisador Automático com Fluxo Segmentado - SFA

Características:

- Proposto em 1957 por Skeggs* com o nome de Continuous


Flow Analysis – CFA, é conhecido hoje como “Segmented
Flow Analysis - SFA”;

- A amostra é aspirada de seu frasco e bombeada em


direção ao detector segmentada por várias bolhas;

- Tinha-se em mente que os equilíbrios físico e químico


devem ser atingidos em uma análise química.

*SKEGGS Jr., L. T. - An automatic method for colorimetric analysis. American Journal of Clinical
Pathology - 28 (1957) 311. 11
Analisador SFA

Exemplo:

A amostra é bombeada em direção ao detector. Ela é


segmentada por bolhas de ar, que são removidas
antes que a amostra chegue ao detector.

12
Analisador Automático com Injeção em Fluxo - FIA

Características

- Foram Ruzicka e Hansen* que caracterizaram os analisadores


FIA (Flow Injection Analysis - FIA), em 1975, mas já existiam;

- A amostra é injetada em fluido carregador e transportada para


o detector sem segmentação por bolhas de ar;

- A amostra sofre dispersão quando transportada e o equilíbrio


físico e químico da análise não é atingido;

- A sensibilidade do método é sempre menor que a obtida em


um analisador robotizado ou em batelada.

* RUZICKA, J.; HANSEN, E.H. Flow Injection Analysis. Part I. A New


New Concept of Fast Continuous
13
Flow analysis. Analytica Chimica Acta,
Acta, 781 (1975) 145.
Breve Histórico dos Analisadores Automáticos em
Fluxo

J. Ruzicka e E. H. Hansen (Trac, 17(1998) 69-73) relataram que:

“Embora concebido na Dinamarca,


foi no final da década de 70, no
Centro de Energia Nuclear na
Agricultura (CENA) – Brasil, que o
sistema FIA demonstrou ser, pela
primeira vez, uma ferramenta
analítica útil. Em 1978, 50% de todos
os trabalhos publicados em FIA
foram produzidos no CENA ”.

14
Analisadores Automáticos com Fluxo Monosegmentado - MSFA

Características

- Proposto por Pasquini e Oliveira*, em 1985, com o acrônimo


MSFA (MonoSegmented Flow Analysis).

- Podem ser considerados um híbrido dos analisadores SFA e


FIA por aliar as boas características de ambos;

- A amostra é injetada entre duas bolhas de ar e carregada por


um fluido transportador para o detector.

* PASQUINI, C.; OLIVEIRA, W.A. Monosegmented System for Continuous Flow Analysis.
Spectrophotometric Determination of Chromiun(VI),
Chromiun(VI), Ammonia and Phosphorus. Analytical
15
Chemistry,
Chemistry, 57 (1985) 2575.
Analisadores Automáticos com Fluxo Monosegmentado - MSFA

Características

- A dispersão da amostra é desprezível;

- A amostra pode permanecer no analisador por longo tempo


sem prejudicar a velocidade analítica e a sensibilidade.

(importante em análise envolvendo reação lenta).

Exemplo: 120 análises/h com tempo de residência de 5 minutos,


desprezível intercontaminação e perda de sensibilidade.
16
Analisadores Automáticos por injeção Fluxo - SIA

Características

- Propostos por Ruzicka e Marshall, em 1990, como o nome de


Sequential Injection Analysis - SIA.

- Usam uma válvula de multidistribuição (válvula SIA) para


selecionar as soluções (amostra, reagente, padrão...)

- Os fluido são inicialmente aspiradas seqüencialmente para


um reator (bobina) e depois bombeado para o detector.

- Apresentam baixa velocidade analítica se comparados com


outros analisadores usados para o mesmo propósito.

17
* RUZICKA, J.; MARSHALL, G. D. Sequential Injection - A New Concept for Chemical sensors,
Process Analysis and Laboratory Assays, Analytica Chimica Acta, 237 (1990) 329.
Analisadores Automáticos em Fluxo com Multicomutação - MFA

Características

- Propostos por Reis e colaboradores* em 1994 com o nome


“Multicommutation in flow analysis – MFA”);

- Usa válvulas solenóides de três vias para fazer a inserção da


amostra e do reagente em modo de amostragem binária;

- Cada válvula atua como um comutador de cada fluido;

- Os volumes inseridos são definidos pelo tempo de abertura


das válvulas solenóides.

* REIS, B. F; GINÉ, M. F.; ZAGATTO, E. A. G.; LIMA, J. L. F. C.; LAPA, R. A. Multicommutation in Flow
Analysis. Part 1. Binary Sampling: Concepts, Instrumentation and 18
Spectrophotometric
Determination of Iron Plant Digests, Analytica Chimica Acta, 293 (1994) 129.
Analisadores automáticos Flow-Batch - FBA
Características

- Foram M. C. U. Araújo et al* que caracterizaram e propuseram,


em 1999, o analisador Flow-Batch (“Flow-Batch Analysis-FBA”)

- A detecção e a inserção da amostra, reagentes, diluentes, etc


são realizadas em fluxo;

- A mistura, a reação, a diluição, etc são feitas como em um


analisador em batelada;

- Usa também válvulas solenóides como o analisador MFA;

- A principal característica que o diferencia dos outros


analisadores em fluxo é o uso de uma câmara aberta.
* HONORATO, R.S; ARAÚJO, M.C.U; LIMA, R.A.C; ZAGATTO, E.A.G; LAPA, R.A.S; LIMA, J.L.F.C. A
Flow-Batch Titrator Exploiting a One-Dimensional Optimisation Algorithm for end Point Search,
19
Analytica Chimica Acta, 396 (1999) 91.
Analisador Automático com Injeção em Fluxo - FIA
Conceito
A técnica de Análise por Injeção em Fluxo (FIA), consiste na
introdução de um volume reprodutível de amostra ou em um fluido
carregador inerte ou em um reagente não segmentados, que se direciona ao
detector.
Vantagens do FIA
Simplicidade, reprodutibilidade, versatilidade e alta velocidade
analítica (freqüência de amostragem).

RUZICKA, J.; HANSEN, E.H. Flow injection analysis. part I. a new concept 20
of fast continuous flow analysis. Analytica Chimica Acta, 781 (1975) 145.
Analisador Automático com Injeção em Fluxo - FIA

Fiagrama
O detector produz um sinal transiente(fiagrama) proveniente do
processo de dispersão sofrido pela alíquota da amostra.

O intervalo de tempo que decorre entre a intercalação e a


detecção de cada amostra deve ser rigorosamente reprodutível.

Altura
Gráfico Largura
Ilustrativo Área
L 21
Analisador Automático com Injeção em Fluxo - FIA

Parâmetros de um Fiagrama

1 – ta = Tempo de Aparição (Arranque) ; 2 – T = Tempo de Residência ;


3 – T ’ = Tempo de Retorno e 4 – ∆t = Tempo de Banda.
OBS.:
(i) Em geral, T – ta é muito pequeno;
(ii) Dois parâmetros a serem controlados: altura (sensibilidade) e T’ (freqüência
analítica);
22
(iii) Tempo Médio de Residência = tr = Volume do Reator / Vazão = 2πR2 . L / q.
Analisador Automático com Injeção em Fluxo - FIA

Curva Analítica em FIA


A concentração do analito é determinada usando curvas
analíticas nas quais a área, a largura ou a altura do pico (mais
usado) é plotada contra a concentração de soluções padrão. (P =
padrão e A = amostra).

23
Componentes Básicos de um Sistema FIA

- Unidades para propulsão de fluidos


- Dispositivo para introdução das amostras
- Reatores
- Conectores
- Detectores
- Dispositivos para aquisição de dados
- Frasco para descarte

24
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Unidades para Propulsão dos Fluidos
Sua função é gerar o fluxo para os reagentes,
amostras e/ou fluidos transportadores.

- Bomba peristáltica

- Bomba Pistom

- Pressão gasosa

- Pressão atmosférica

- Microbombas de Diafragmas

- Bombas de Diafragmas (bomba de aquário)


25
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Unidades para Propulsão dos Fluidos

Bomba peristáltica
(dispositivo mais comum)

Possui um tambor com um conjunto de roletes que


comprimem tubos flexíveis, no interior dos quais
circulam as soluções, com bombeamento contínuo.

26
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Unidades para Propulsão dos Fluidos

Bomba peristáltica (dispositivo mais comum)


As bombas peristálticas geram um fluxo pulsado e
para contornar este problema usa-se Amortecedores de
Pulsos.

27
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Unidades para Propulsão dos Fluidos
Algumas bombas peristálticas comerciais

28
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Unidades para Propulsão dos Fluidos
Tubos de bombeamento para Bombas peristálticas
Para bombas com velocidades de rotação fixa, o
diâmetro interno deste tubos e a rotação da bomba
determinam a grandeza da vazão.

29
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Unidades para Propulsão dos Fluidos
Diâmetro dos Tubos de bombeamento e Vazões

30
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Unidades para Propulsão dos Fluidos
Tipos Tubos de bombeamento para Bombas peristálticas
A escolha do material do tubo dependem da
natureza do fluido transportador (solventes aquosos
ou orgânicos) e de sua acidez.
MATERIAL DE TUBO ADQUADO
TIPOS
(NOME COMERCIAL)
Soluções aquosas PVC, Tygon
SOLUÇÕES Soluções etanólicas diluídas PVC, Tygon
INORGÂNICAS Ácidos e bases diluídos PVC, Tygon, Goma de silicone
Ácidos e bases concentrados Fluoroplastos(Acidflex da Technicon)

Álcoois PVC modificado(Solvafex da Technicon)


Álcoois de baixo peso molec. Goma de silicone
Formaldeido, acetaldeido PVC, Tygon
SOLUÇÕES Acetona Goma de silicone
ORGÂNICAS Ácidos e anidridos acéticos Goma de silicone
Hidrocarbonetos alifáticos PVC modificado(Solvafex da Technicon)
Hidrocarbonetos aromáticos Fluoroplastos(Acidflex da Technicon)
Clorofôrmio Fluoroplastos(Acidflex da Technicon)
31
Tetracloreto de Carbono PVC modificado(Solvafex da Technicon)
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Unidades para Propulsão dos Fluidos
Materiais dos tubos de bombeamento

32
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Unidades para Propulsão dos Fluidos
Bomba pistom ou seringa
- Uma seringa com movimento é controlado mecanicamente
- Fluxo não pulsado.
- Bombeamento intermitente.

33
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Unidades para Propulsão dos Fluidos
Bombas pistom comerciais

34
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Unidades para Propulsão dos Fluidos
Propulsão por pressão gasosa
- Usam um gás inerte para fazer fluir as soluções
- Produz um fluxo não pulsado
- Devido a solubilidade do gás gera-se bolhas de gás no sistema FIA.

35
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Unidades para Propulsão dos Fluidos

Propulsão por gravidade

36
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Unidades para Propulsão dos Fluidos
Características da Propulsão por gravidade
- São baseados na diferença de nível entre os depósitos
(recipientes) da solução transportadora e os
reagentes
e o sistema FIA.
- Produz fluxo não pulsado.
- É necessário manter o nível das soluções constante, o
que é obtido através de recipientes com grande área
de
superfície.
- Apresenta dificuldade na seleção das vazões dos
canais
e por esta razão é empregada, em geral, a sistemas37
simples com um ou dois canais.
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Unidades para Propulsão dos Fluidos
Microbombas de Diafragma

Serie 150SP Serie 090SP 38


Self-Priming Micro Pump Self-Priming Micro Pump
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Unidades para Propulsão dos Fluidos
Funcionamento das Microbombas de Diafragma

39
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Unidades para Propulsão dos Fluidos
Funcionamento das Microbombas de Diafragma

40
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Unidades para Propulsão dos Fluidos
Sistema com Bomba de Aquário*

Representação esquemática do sistema de análise em fluxo utilizando bomba de


aquário para a propulsão de líquidos.(A) Mini-compressor de ar (~12 x 6 x 6 cm); (B)
Reservatório de eletrólito; (C) Válvula reguladora de vazão; (D) Tubo flexível de Tygon.
* Matos,R.C., Gutz,I.G.R., Angnes,L., Fontenele,R.S., Pedrotti,J.J. - Propulsor Pneumático Versátil e 41
Isento de Pulsação para Sistemas de Análise em Fluxo - Quím. Nova, 24 (2001) 795-798.
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Dispositivos para Introdução das Amostras*
A introdução da amostra em um sistema FIA deve
ocorrer de um maneira completamente reprodutível,
sem que ocorra alterações na vazão.

- Seringa
- Injetor proporcional
- Válvula rotatória
- Válvula solenóide
-Injeção por tempo usando
a válvula solenóide
- Injetor hidrodinâmico
* Reis, B.F. e Bergamin Fo
Fo, H. - "Evoluç
"Evolução dos Injetores Empregados em Sistemas de Aná
Análise Quí
Química por
Injeç
Injeção em Fluxo", Quí
Quím. Nova, 16 (1993) 570 42
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Dispositivo para Introdução das Amostras
Seringa
- Apresenta apenas um interesse histórico
(pioneirismo).
- Gera alteração momentânea e indesejável da
vazão.

43
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Dispositivo para Introdução das Amostras


Injetor proporcional*
É constituído de dois blocos fixos e um móvel, que pode ocupar
duas posições. Nestas posições os canais das partes fixas se
emparelham com os da parte móvel. A alíquota da amostra é
determinada por uma alça (“loop”) de amostragem. O volume mínimo
de amostra que um injetor consegue injetar situa-se em torno de 20 µl.

* Bergamin Fo, H.; Zagatto, E.A.G.; Krug, F.J. e Reis, B.F. - "Merging Zones in Flow Injection Analysis.
44
Part 1: Double Proportional Injector and Reagent Consumption", Anal. Chim. Acta, 101 (1978) 17.
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Dispositivo para Introdução das Amostras
Válvula rotatória
- É mais utilizada no exterior.
- Possui seis orifícios, três de entrada e três de saída.
- Apresenta também duas posições (loop de
amostragem e loop de injeção).

Posiç
Posição de tomada de amostra Posiç
Posição de injeç
injeção Válvula rotató
rotatória
45
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Dispositivo para Introdução das Amostras

Válvulas solenóides
Necessita-se de pelo menos três válvulas
solenóides para a montagem do sistema de introdução
da amostra.

1- Posiç
Posição de tomada da amostra

46
2- Posiç
Posição de injeç
injeção
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Dispositivo para Introdução das Amostras
Injeção por tempo usando a válvula solenóide

Fluxo em
Bomba direção ao
Peristáltica detector

Amostra

47
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Dispositivo para Introdução das Amostras
Injeção por tempo usando a válvula solenóide

Fluxo em
Bomba direção ao
Peristáltica detector

Amostra

48
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Dispositivo para Introdução das Amostras
Injeção hidrodinâmica com duas bombas peristálticas.
Não necessita de dispositivos para introdução das
amostras, os quais são substituídos por conexões T.

49
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Dispositivo para Introdução das Amostras
Injeção hidrodinâmica com uma bomba peristáltica.
Zagatto e colaboradores propuseram um sistema de injeção
hidrodinâmica que emprega apenas uma bomba e explora a
versatilidade do injetor proporcional.

50
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Reatores
Componente onde ocorre praticamente toda a
mistura e reação entre a amostra, fluido carregador e
reagentes.
OBS: do reator selecionado, dependem o tempo de residência e as
condições de mistura entre a amostra, fluido carregador e
reagentes (se existir).

Tipos de Reatores
- Tubo aberto
- Bobina de reação
- Reator empacotado
- Reator de esferas em cadeia simples
- Câmara de mistura
51
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Reatores
- Tubo aberto → tubo reto de diâmetro e comprimento constante ou
não, que se encontra entre o sistema de injeção e o de detecção.

- Bobina de reação → Consiste em um tubo enrolado helicoidalmente


em torno de um cilindro rígido.

OBS: permite uma melhor mistura com uma menor dispersão da amostra.

52
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Reatores
- Reator empacotado → Tubo preenchido com material inerte ou
químicamente ativo (reagentes, redox, enzimáticos, indicadores
colorimétricos, trocadores iônicos, pré-concentradores, etc.).

OBS: gera uma grande pressão hidrodinâmica no sistema.

- Reator empacotado com esferas em cadeia única (“Single bead


string reactor”) → reator empacotado com material esférico de
diâmetro entre 60 e 80% do diâmetro interno do tubo, de tal forma
que em qualquer seção do mesmo exista apenas uma esfera.

OBS: - também permite uma melhor mistura com uma menor dispersão,
porém, também gera uma grande pressão no sistema; 53
- produz ainda uma diminuição na pulsação do fluxo.
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Reatores
- Câmara de mistura → é utilizada quando se necessita de um maior
grau de mistura e/ou dispersão e quando existem diferenças
significativas de viscosidade, temperatura, polaridade, etc entre a
amostra, fluido transportador e/ou reagentes.

OBS: são empregadas principalmente em sistemas FIA que exploram


54
gradientes de concentração (titulação, adições de padrão, etc).
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Conectores
Existe um grande variedade de conectores
disponíveis comercialmente. Estes podem ser duplos,
triplos, quádruplos, etc.

55
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
O detector para sistemas FIA necessitam
apresentar as seguintes características:

- Baixo limite de detecção.

- Alta sensibilidade.

- Baixo ruído.
- Linearidade em uma ampla faixa de concentração.

- Pequeno volume morto.

- Sinal independente da vazão.

- Resposta rápida.
56
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Detectores
Detectores relacionados com várias técnicas instrumentais têm
sido empregadas em sistemas FIA, dentre elas:

Técnicas Espectroanalíticas
- Absorção molecular. - Infravermelho.
- Absorção/Emissão Atômica. - Fluorimetria.
- refratometria. - Luminescência.

Técnicas Eletroanalíticas
- Condutometria. - Voltametria (Polarografia).
- Capacitometria. - Coulometria.
- Amperometria. - Potenciometria.

Técnicas Termoanalíticas
- Entalpimetria, etc 57
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Detectores
Celas de Fluxo para espectrometria UV-Visível
Alguns detectores precisam de celas de fluxo (espectrometria UV-
VIS), outros não (espectrometria de emissão/absorção atômica). A mais
utilizada tem a forma de U (Figura abaixo). Sua desvantagem é a
retenção de bolhas de ar.

Cela comercial Hellma


58
OBS: Caminho Óptico é a distância entre a fonte de radiação e o detector.
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Celas de Fluxo para espectrometria UV-Visível
M.C.U. Araújo et al (Q. Nova, 19 (1996) 86) propuseram um
cela de fluxo constituída de um tubo de vidro, montado dentro de
um bloco retangular de madeira com dimensões 1,0 x 1,0 x 3,3cm.

OBS: - grande vantagem desta cela de fluxo é não reter bolhas de ar; 59
- a desvantagem é o pequeno caminho ótico.
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores

Celas de Fluxo
fotométricas a
base de LED’s.

60
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores

Geração animada de Fiagrama em um fotometro de LED

61
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Formas das celas de fluxo para eletroanalítica
- Anular → a parte sensível do eletrodo está na forma de um anel.
- Tubular → a parte sensível está na forma cilíndrica de um tubo.
- Disco → a parte sensível está na forma de um disco.
- Gota → a parte sensível está em forma de uma gota (mercúrio)
- Barra ou Fio → barra ou um fio de um eletrodo inerte (aço inox, Pt,
Ag, etc) adaptado ao caminho percorrido pelo fluxo.

Tipo de choque do fluxo na superfície sensível da cela eletroanalítica


- Cascata
- Tangencial
- Frontal (wall jet) 62
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Exemplo de celas de fluxo para Detecção
Potenciométrica

63
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Exemplo de celas de fluxo para Detecção
Potenciométrica
Sistema FIA com eletrodo tubular de vidro.

64
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Exemplo de celas de fluxo para Detecção
Potenciométrica
Outro Tipo de Eletrodo tubular Usado em Sistemas FIA

65
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Exemplo de celas de fluxo para Detecção
Potenciométrica
Eletrodo de vidro com choque em cascata do fluxo.

66
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Exemplo de celas de fluxo para Detecção
Potenciométrica
Eletrodo de vidro com choque frontal (wall-jet) do fluxo

67
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Celas de Fluxo para Detecção Amperométrica
Cela de fluxo com choque tangencial do fluxo

68
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Celas de Fluxo para Detecção Amperométrica
Cela de fluxo com choque wall-jet e eletrodos dispostos em T

69
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Celas de Fluxo para Detecção Amperométrica
Cela de fluxo com choque wall-jet e eletrodos dispostos em V

70
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Celas de Fluxo para Detecção Amperométrica
Cela de fluxo em forma de um fio

OBS: usada na determinação de cianeto, tendo como eletrodo de trabalho um


fio de prata que atravessa um tubo de aço ou níquel (eletrodo auxiliar),
montada sobre suporte de Teflon. Um eletrodo de calomelano é usado
como referência. 71
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Celas de Fluxo para Detecção Condutimétrica

72
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Celas de Fluxo para Detecção Voltamétrica
Eletrodo em forma de gota em posição vertical e fluxo tangencial

Dimensões da gota

73
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Celas de Fluxo para Detecção Voltamétrica
Eletrodo em forma de gota em posição horizontal e fluxo tangencial

74
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Celas de Fluxo para Detecção Voltamétrica
Eletrodo em forma de gota em posição vertical e fluxo frontal

75
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Cela de Fluxo para PSA (potentiometric stripping
analysis)

76
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Cela de Fluxo para PSA (potentiometric stripping
analysis)

77
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Detectores
Cela de Fluxo para Detecção Entalpimétrica

A – Bomba Peristáltica / B – Caixa de Isopor / C –


Agitador / D e E – Termistor / F – Injetor
Proporcional / G – Fonte de Alimentação / H – 78
Circuito Eletrônico / I – Registrador Potenciômetro
Componentes Básicos de um Sistema FIA

Dispositivos para a Aquisição de Dados


Os primeiros sistemas FIA usavam registradores
potenciométricos para a aquisição de dados. Os sinais
eram registrado e, posteriormente, eram feitas as
medidas da altura ou largura dos picos.
Atualmente, os microcomputadores são mais
utilizados, devido, principalmente, a sua versatilidade
no tratamento dos dados.

79
Componentes Básicos de um Sistema FIA
Frasco para Descarte
- É importante ter sempre um frasco apropriado para receber os
fluidos que são eliminados do sistema FIA.
- Apesar do volume de reagentes de mostras no sistema FIA ser
muito
menor que no sistema manual é importante não descartar o material
diretamente no esgoto para evitar a contaminação do meio ambiente.

- Um frasco devidamente rotulado, descrevendo todos as espécies


químicas que serão coletadas, facilita o tratamento dos resíduos.

80
Dispersão em um Sistema FIA
Regimes de escoamento: laminar e turbulento
Para definir o regime de escoamento utiliza-se um parâmetro
conhecido como Nº de Reynolds (Re), dado por:

Re = 2 r V / ν
onde : r = raio do tubo; V = velocidade média das camadas do
fluido e ν = viscosidade cinemática.
OBS: quando Re < 2000, observa-se que o escoamento é laminar

Para sistemas FIA de linha única:


Vazão Comprimento Diâmetro
Re
(mL/min) do tubo (m) do tubo (mm)
1,0 0,80 1,0 21
1,5 2,00 0,5 63
4,0 0,85 1,0 84
10,0 2,50 1,0 212
81
18,0 2,50 1,0 350
Dispersão em um Sistema FIA

Dispersão Conveccional e Difusional

82
Dispersão em um Sistema FIA

Zonas e fiagramas a diferentes graus de dispersão

83
Dispersão em um Sistema FIA

Coeficiente de dispersão (D)


É definido como:
D = C0 / Cp = S0 / Sp (Lei de Beer)
onde C0 é a concentração do analito não diluído ( não há dispersão) e
Cp é a concentração do analito diluído (há dispersão).

Segundo a IUPAC*, D retrata a diluição ocorrida em um sistema


84
FIA, e não a dispersão como sugere Ruzicka.
Dispersão em um Sistema FIA

Dispersão global
A dispersão global de um sistema FIA é a soma das dispersões
produzidas nas partes mais importantes do sistema:

D = Dinjetor + Dreator (mais significativa) + Ddetector

Fatores que afetam a dispersão:


- volume da amostra (mais significativo);
FATORES - vazão do transportador;
FÍSICOS
- diâmetro e comprimento do reator.

FATOR
- cinética.
QUÍMICO
85
Dispersão em um Sistema FIA

Fatores Físicos que afetam a dispersão


Efeito do Volume injetado na dispersão (v1 < v2 < v3 < v4
...)

Sistema FIA de linha única

OBS: um volume maior que V4 implica em um efeito de saturação do


86
sinal para o sistema FIA de linha única
Dispersão em um Sistema FIA

Fatores Físicos que afetam a dispersão


Efeito da Vazão na dispersão (q4 > q3 > q2 > q1 ...)

87
Dispersão em um Sistema FIA

Fatores Físicos que afetam a dispersão

Efeito do Comprimento do Reator na dispersão.

88
Dispersão em um Sistema FIA

Fatores Físicos que afetam a dispersão


Efeito do Diâmetro do Reator na dispersão ( φ 1 > φ 2 > φ 3
...)

89
Dispersão em um Sistema FIA

Fator Químico que afeta a dispersão


Efeito da Cinética na dispersão
Quando ocorre reação química, a dispersão passa a depender
não só de fatores físicos como também de fatores químicos, ou seja:

DF+Q = DF + DQ

Uma vez que no sistema FIA, de um modo geral, o equilíbrio


químico não é necessariamente alcançado, nos casos em que há
reação e a cinética passa a exercer influência significativa na
dispersão, tem-se que:

A + B ↔ C (analito) → Velocidade α CC α 1/D

- A (analito) + B ↔ C → Velocidade α 1/CC α D 90


Dispersão em um Sistema FIA
Fator Químico que afeta a dispersão
Dispersão devido à Cinética Química (DQ)*

91
* PAINTON. C C. y MOTTOLA. H. A.. Chemical kinetic contributions to practical dispersion in flow
injection analysis, Anal. Chem., 53 (1981) 1713.
Técnicas de Exploração de Gradientes em FIA
Modelo Teórico1,2 da Dispersão em câmara de
gradiente
Considerações:
- a introdução da amostra se faz em fluxo pistom;

- a mistura na câmara é perfeita e instantânea;

- as distâncias ponto de injeção-câmara de gradiente


detector são extremamente curtas, de modo que
não
haja dispersão nestes trechos.

1 - Pardue, H.L. e Fields, B., Anal. Chim. Acta, 124 (1981) 39.
2 - Pardue, H.L. e Fields, B., Anal. Chim. Acta, 124 (1981) 65.
92
Técnicas de Exploração de Gradientes em FIA
Modelo teórico da dispersão na câmara de gradiente

93
Técnicas de Exploração de Gradientes em FIA
Modelo teórico da dispersão na câmara de gradiente
Equações:

Primeiro estágio:

Segundo estágio:

C(t) = concentração da solução injetada na câmara; Co =


concentração da solução injetada no recipiente; qtr = vazão do fluido
transportador; q = vazão total na saída da câmara; VCM = volume da
94
câmara; VL = volume do loop
Configurações de Sistemas FIA (Manifolds)

Sistema de linha única

95
Configurações de Sistemas FIA

Sistema com reagente em confluência*

96
*Bergamin Fs, H.; Reis, B. F.; Zagatto, E. A. C.; Anal.Chim. Acta. 97, (1978) 427.
Configurações de Sistemas FIA

Sistema com Fluxo Intermitente (“Intermitent Flow”)

É usada para duas finalidades:

- aumentar a velocidade de limpeza do sistema, ou seja, diminuir o


tempo de retorno do sinal FIA à linha de base;

- minimizar o consumo de reagente durante a etapa de amostragem.

Pode ser implementado com:

- uma bomba peristáltica;


- duas bombas peristálticas.
97
Configurações de Sistemas FIA
Sistema com Fluxo Intermitente com 2 bombas
peristáltica

Usado para aumentar a velocidade de limpeza:


BOMB-INTER2

98
*Ruzicka J. y Hansen E.H.,Flow injection analysis, Wiley and Sons, New York, pp. 65, 1981.
Configurações de Sistemas FIA

Sistema usando Fluxo Intermitente e 1 bomba peristáltica*

Usado para aumentar a velocidade de limpeza:

Posição de
Amostragem :

Posição de
Injeção :

99
*Ruzicka J. y Hansen E.H.,Flow injection analysis, Wiley and Sons, New York, pp. 65, 1981.
Configurações de Sistemas FIA

Sistema usando Fluxo Intermitente e 1 bomba peristáltica*

Usado para aumentar a velocidade de limpeza:

100
*Ruzicka J. y Hansen E.H.,Flow injection analysis, Wiley and Sons, New York, pp. 65, 1981.
Configurações de Sistemas FIA
Sistema usando Fluxo Intermitente e 1 bomba peristáltica*
Usado para diminuir consumo de reagente:

Posição de
Amostragem :

Posição de
Injeção :

101
Configurações de Sistemas FIA
Sistema usando Fluxo Intermitente e 1 bomba peristáltica*
Usado para diminuir consumo de reagente:

102
Configurações de Sistemas FIA
Sistema usando Fluxo Intermitente e 1 bomba peristáltica*
Usado para diminuir consumo de reagente e aumentar a velocidade
De limpeza:

Posição de
Amostragem :

Posição de
Injeção :

103
Configurações de Sistemas FIA
Sistema usando Fluxo Intermitente e 1 bomba peristáltica*
Usado para diminuir consumo de reagente e aumentar a velocidade
De limpeza:

104
Configurações de Sistemas FIA
Sistema de zonas coalescentes (“merging zones”) em Canal Duplo*

Posição de
Amostragem :

Posição de
Injeção :

105
*Bergamin Fs, H.; Zagatto, E. A G.; Krug, F. J.; Reis, B.F.; Anal. Chim. Acta. 101 (1978) 17.
Configurações de Sistemas FIA
Sistema de zonas coalescentes (“merging zones”) em Canal Duplo*

106
*Bergamin Fs, H.; Zagatto, E. A G.; Krug, F. J.; Reis, B.F.; Anal. Chim. Acta. 101 (1978) 17.
Configurações de Sistemas FIA

Zonas coalescentes em Linha Única (“chasing zones”)*

*Jacintho, A. O.; Zagatto, E. A. G.; Reis, B. F.; Pessenda,L. C. R.; Krug, F. J.; Anal. Chim. Acta. 130 (1981)107
361.
Configurações de Sistemas FIA

Zonas coalescentes em Linha Única (“chasing zones”)*

*Jacintho, A. O.; Zagatto, E. A. G.; Reis, B. F.; Pessenda,L. C. R.; Krug, F. J.; Anal. Chim. Acta. 130 (1981)108
361.
Configurações de Sistemas FIA
Sistema de reamostragem de zonas (“Zone-
sampling’)*
Uma pequena porção de uma zona dispersada é selecionada e
introduzida em outro fluido transportador.

*Reis, B. F. et al, Anal. Chim. Acta. 123 (1981) 221.


109
Configurações de Sistemas FIA
Sistema de reamostragem de zonas (“Zone-
sampling’)*

Posição de
Amostragem :

Posição de
Injeção :

110
*Reis, B. F. et al, Anal. Chim. Acta. 123 (1981) 221.
Configurações de Sistemas FIA

Armazenamento de zonas (“Zone-trapping”)


Uma porção selecionada da zona da amostra dispersada é
removida do fluido transportador principal e aprisionada. Após um tempo
pré-determinado, é re-introduzida no mesmo fluido transportador.

111
Krug e colab. Analytica Chimica Acta, 151 (1983) 39.
Configurações de Sistemas FIA
Armazenamento de zonas (“Zone-trapping”)

Krug e colab. Analytica Chimica Acta, 151 (1983) 39. 112


Configurações de Sistemas FIA
Diagramas de fluxo simplificados das configurações FIA

(a) linha única; (b) reagente em confluência; (c) e (d) zonas coalescentes em
linha única e em duplo canal; (e) fluxo intermitente; (f) armazenamento 113
de
zonas; (g) reamostragem de zonas; (h) fluxo interrompido.
STOPPED-FLOW

114
Modalidades de Sistemas FIA

Sistemas FIA normal, FIA invertido e FIA com fluxo reverso

115
Modalidades de Sistemas FIA
FIA Miniaturizado.
Sistema, patenteado por Ruzicka, que apresenta dimensões internas
muito pequenas em relação aos sistemas FIA normais.

**Ruzicka,
116
J. Flow Injection Analysis. From test tube to integrated microconduits, Anal. Chem, 55 (1983) 1040A.
Modalidades de Sistemas FIA
Técnicas de Exploração de Gradientes em FIA
Em geral, os sistemas FIA usam medidas da altura do pico ou da
largura do sinal. As técnicas de exploração de gradientes usam medidas ao
longo dos fiagramas, principalmente, na região descendente onde o
gradiente é mais suave o que aumenta a precisão das medidas.

117
Modalidades de Sistemas FIA
Técnicas de Exploração de Gradientes em FIA
Diluição por Gradiente ou Diluição Eletrônica

Ruzicka, J. y Hansen E.H., Recent development in flow injection analysis: Gradient techniques and hydrodinamic
118
injection, Anal. Chim. Acta, 1 (1983) 145.
Modalidades de Sistemas FIA
Técnicas de Exploração de Gradientes em FIA
Calibração Eletrônica
Baseia-se no estabelecimento, na descida do perfil, de uma relação
empírica entre a altura, o tempo e a concentração. Uma única injeção da
solução padrão mais concentrada é suficiente para um nova calibração.

Olsen S., Ruzicka, J. y Hansen E.H., Gradients techniques in flow injection analysis. Stopped flow measurement of the
119
activily of lactate deshydrogenase with electronic dilution, Anal. Chim. Acta, 136 (1982) 101.
Modalidades de Sistemas FIA
Sistemas FIA com Detector Multilocalizado (Multisite)
A quantificação de duas ou mais espécies numa mesma
amostra em diferentes pontos de um sistema FIA pode ocorrer com
o uso de um único detector ou de um conjunto deles, posicionados
em série ou em paralelo.

Um espectrofotômetro com 2 cubetas em Série*

* Dahl, J.H, Persen, D; Jensen, A. Differencial Kinetic Analysis and Flow Injection Analysis, Anal. Chim. Acta,
105 (1979) 327-333.. 120
Modalidades de Sistemas FIA
Sistemas FIA com Detector Multilocalizado (Multisite)

Um espectrofotômetro com 2 cubetas em Paralelo*

*Stewart,J.W.B; Ruzicka, J. Flow Injection Analysis-Part V. Simultaneous Determination of Nitrogen and


Phosphorus in Acid Digests of Plant Material with a Single Spectrophotometer, Anal. Chim. Acta, 82 (1976) 137.

121
Modalidades de Sistemas FIA
Sistemas FIA com Detectores Multilocalizados (Multisite)
Vários Detectores Multilocalizados em Série

Determinação potenciométrica de Na, K, Ca e Cl com eletrodo seletivo*

*Hansen, E.H.; Ruzicka, J.; Ghose, A.K., Analytica Chimica Acta, 100 (1978) 151. 122
Modalidades de Sistemas FIA
Sistemas FIA com Detectores Multilocalizados (Multisite)
Dois Detectores Multilocalizados em Paralelo

Determinação simultânea de nitrato e nitrito pelo método Griess modificado*

*Anderson L., Anal Chim.


Chim. Acta,
Acta, 110 (1979) 123. 123
Modalidades de Sistemas FIA
Sistemas FIA com Detectores Multilocalizados (Multisite)
Dois Detectores Multilocalizados em Paralelo

Determinação espectrofotométrica de cloreto e turbidimétrica de sulfato*

Basson,
Basson, W.D.; van Staden,
Staden, J.F., Water Research,
Research, 15 (1981) 133. 124
Modalidades de Sistemas FIA
Sistemas FIA com Detectores Multilocalizados (Multisite)
Dois Detectores Multilocalizados em Paralelo
Determinação de Na, K, Mg e Ca por absorção/emissão atômica*

Basson, W.D.; van Staden, J.F., Z. Analytical Chemistry, 302 (1980) 370.
125
Modalidades de Sistemas FIA
Detectores Multilocalizados (em paralelo) e reamostragem de zonas
Determinação simultânea de Al e Fe

Posição de
Injeção

Posição de
Amostragem

126
Zagatto,
Zagatto, E.A.G..; Jacintho,
Jacintho, A., Analytica Chimica Acta,
Acta, 125 (1981) 37.
Modalidades de Sistemas FIA
Sistemas FIA com Detectores Multilocalizados tipo Leaping Detector*
Zagatto et al propuseram um modo de deslocar o detector para
diferentes pontos do módulo FIA (“leaping detector”) com um injetor
proporcional.

“Leaping Detector” em série:

*Zagatto,
Zagatto, E.A.G.; Bergamin,
Bergamin, F.; Brienza,
Brienza, S.M.B.; Arruda,
Arruda, M.A.Z.; Nogueira,
Nogueira, A.R.A.; Lima, J.L.F.C. Multi-
Multi-site Detection in
Flow
Flow Analysis - Part 1. Relocation of Spectrophotometric Detector,
Detector, Anal. Chim.
Chim. Acta,
Acta, 261 (1992) 59-
59-65. 127
Modalidades de Sistemas FIA
Sistema com Detectores Multilocalizados
“Leaping Detector” em paralelo:

Posição de Injeção Posição de Amostragem


OBS: Os sistemas FIA “Leaping detector”apresentam problemas de efeito Schlieren ou
efeito de memória (carryover).
Zagatto, E.A.G et al Multi-site Detection in Flow Analysis - Part 1. Relocation of Spectrophotometric Detector, Anal.
128Chim.
Acta, 261 (1992) 59-65.
Modalidades de Sistemas FIA
Determinação multicomponente com um único detector

Posição de
Injeção
e
Amostragem 1

129
Reis, B.F.; Zagatto,
Zagatto, E.A.G.; Jacintho,
Jacintho, A.; Krug, F.J.; Bergamin,
Bergamin, Analytica Chimica Acta,
Acta, 119 (1980) 305.
Modalidades de Sistemas FIA
Determinação multicomponente com um único detector

Posição de Injeção
e
Amostragem 2

130
Reis, B.F.; Zagatto,
Zagatto, E.A.G.; Jacintho,
Jacintho, A.; Krug, F.J.; Bergamin,
Bergamin, Analytica Chimica Acta,
Acta, 119 (1980) 305.
Modalidades de Sistemas FIA
Determinação multicomponente com 2 detectores em paralelo

Stewart, J.W.B.; Ruzicka,


Ruzicka, J., Analytica Chimica Acta,
Acta, 82 (1976) 137.

131

You might also like