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5 L5331
Autor Leite, Roberto Basilone
Título Introdução ao direito do consumidor
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BIBLIOTECA
INTRODUÇÃO AO
DIREITO DO CONSUMIDOR
EDITORA
LliÍ
sÃo PAULO
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Bibliografia.
lSBN 85-361-0166-O
(Cód. 2464.8)
ELT~4
EDITORA LTDA.
Fevereiro, 2002
À Beatriz e ao pequeno Rafaet
com todo o meu amor
1
ÍNDICE
Prefácio 13
Introdução 15
1.Evolução do Direito do Consumidor 19
1.1. Em busca do tempo perdido 19
1.2. A Revolução Industrial e o Liberalismo 19
1 .3. A Revolução Tecnológica 22
1.4. O problema do consumo de massa 25
1.5. Vulnerabilidade do consumidor 26
1 .6. O contrato de adesão 27
1.7. Obsolescência dos princípios jurídicos tradicionais 27
1.8. Novos priL4pios jurídicos 29
1 .9. A sociedade de consumo global 30
1.9.1. Odireito norte-americano 30
1.9.2. Organização das Nações Unidas 31
1.9.3. Comunidade Econômica Européia 32
1.9.4. Mercado Comum do Cone Sul 33
1.10. A Evolução da legislação de consumo no Brasil 36
1.10.1. Pré-história do Direito do Consumidor — Até 1980 36
1.10.2. Fase intermediária — 1980-1 988 39
1.10.3. Constituição de 1988— Nasce o Direito do Consumidor 40
2. Noções Introdutórias de Direito do Consumidor 43
2.1. Elementos da relação de consumo 43
2.1.1. Sujeitos da relação de consumo 43
2.1.1.1. Fornecedor 43
2.1.1.1.1. Pessoa física ou jurídica 44
2.1.1.1.2. Entídades sem personalidade jurídica 44
8 ROBERTO BASILONE LEITE
2.1.1.1.3. Produtos comprados no exterior 44
2.1.1.1.4. Fornecedor profissional autônomo 46
2.1.1.1.5. Responsabilidade do comerciante 46
2.1.1.2. Consumidor 49
2.1.1.2.1. Consumidor pessoa jurídica 50
2.1.1.2.2. Pessoa que ganha o produto ou serviço 50
2.1.1.2.3. Produtos e serviços destinados ao insumo 50
2.1.1.2.4. Consumidor coletividade 51
2.1.2. Produto e Serviço 52
2.1.3. Conceito de consumo 53
2.1.4. Conceito de relação 54
2.1.5. Relação de consumo 54
2.2. Código de Defesa do Consumidor 56
2.2.1. Conceito de Código 56
2.2.2. Distinção entre proteção e defesa 57
2.2.3. Código Brasileiro de Defesa do Consumidor 58
2.2.3.1. Direitos de personalidade 59
2.2.3.2. Natureza principiológica do Código 61
2.2.3.3. Hermenêutica jurídica 62
2.3. Direito do Consumidor 62
2.31. Definição de Direito do Consumidor 62
2.3.2. Autonomia do Direito do Consumidor 63
2.3.3. Finalidade do Direito do Consumidor 64
2.3.4. Natureza jurídica do Direito do Consumidor 65
3. Política Nacional das Relações de Consumo 67
3.1. Princípios do Direito do Consumidor 68
3.1.1. Princípio protecionista 69
3.1.2. Principio da intervenção estatal 71
3.1.2.1. A intervenção do Estado na atividade privada 71
3.1.2.2. Estado liberal de Direito — Séculos XVlll-XIX 73
3.1.2.3. Estado social de Direito — Séculos XIX-XX 74
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
(2) LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva. Tradução de Luiz Paulo Rouanet. São Paulo:
Loyola, 1998. p. 30.
‘‘1t JV. 1
A & 3 1 ..~ 1 .1 Si ti
20 ROBERTO BASILONE LEITE
(7) BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho, Rio de
Janeiro: campus, 1992, p. 18.
(8) O cidadão médio a que nos referimos corresponde à Ourchschnittsperson, ou
seja, á pessoa média do direito germânico, que os governos dos países desenvolvi-
dos consideram hoje o principal fator estratégico de todo programa político. Acerca do
tema, o iurista Frik Jayme declarou, numa conferência realizada em 5 de junho de
1997 em Osnabrück, na Alemanha, que “nenhuma ordem jurídica pode sobreviver sem
a figura criada da pessoa média, são as expectativas e visões de mundo desta figura
irreal que ajudam a interpretar e concretizar os conceitos de direito, os conceitos
indeterminados e as cláusulas gerais (JAYME, Erik. “visões para um teoria pés-
moderna do direito comparado. Revista dos Tribunais, São Paulo, Revista dos Tribu-
nais, v. 68, n. 759, jan. 1999, p. 33).
ção estatal; a cláusula pacta suflÊ servanda deu lugar à rebus sic stan-
tibus; a responsabilidade deixou de ser fundada na prova da culpa do
fornecedor, e assim por diante.
En efecto:
ei artículo 1 ro. exige ia armonización de ias legisiaciones de los paí-
ses miembros;
(21) BEvILÃ0UA, Clávis. Código Civil dos Estados Unidos do Brasil comentado. Rio
de Janeiro: Rio, 1969, v. 2, p. 215-220.
2. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS DE
DIREITO DO CONSUMIDOR
2.1.1.1. Fornecedor
1
Aponta, em seguida, diversas situações nas quais, segundo a sua
concepção, o comerciante deveria ser responsabilizado, a saber: quan-
do ele altera o prazo de validade na embalagem; quando substitui o rótulo
da mercadoria pelo de outra mercadoria de melhor qualidade; quando co-
mete erro na instalação de aparelho elétrico que não apresentava defeito.
(25) MARIN, J. Martínez (et ai.) Dicciona rio de términos jurídicos. Granada: Comares,
1995, p. 108.
(26) TOFFLER. AIvin. A terceira onda. 22~ ed. Tradução de João Távora. Rio de
Janeiro: Record, 1997, p. 276.
(27) DANTAS, San Tiago. Programa de direito civil. 3 tir. Rio de Janeiro: Rio, 1979, v. 1,
p. 145.
(28) “Desde a época romana, nos séculos iv e v, a palavra codex foi aplicada espe-
cialmente a coleções de leis, os codíces Cre~ioríanus, l-fermogeníanus, Theodosia-
nus, que foram, em seguida, eclipsados pelo codex de Justiniano, do ano 529, o mais
célebre de todos. Os antigos códigos do Império Romano eram compilações de cons-
tituições imperiais; longe ficavam eles de conter todo o direito, que se acha exposto,
mais abundantemente, nas obras denominadas Pandectae ou Oigesta. Foi na França,
e somente depois do século xvi, que a palavra código adquiriu o seu sentido ampliado
de compilação completa do direitd’ (PLANIOL, Marcel. Traité élémentaire de droit
civil. 4~ ed. Paris: Librairie Générale de Droít et de .Jurisprudence, 1948, tomei, p. 49).
INTRODuÇÃO AO DIREITO DO CONSUMIDOR 57
do pela lei tem seu significado, sua função, seu valor e sua finalidade. Se
o legislador considerasse sinônimos os dois termos — defesa e prote-
ção —, não os teria justaposto; teria utilizado apenas um dos verbetes:
lesada. Esse remédio era a Actio lnjuriarum, sobre a qual Jhering escre-
veu uma monografia clássica. Tudo que se fizesse contra o homem, à
sua moral, ofensas físicas, ataque à liberdade, ou a qualquer outro atri-
buto pessoal, era injuria e o meio de repelir a injuria era a proposição
daquela Actid’.~32~
Data de pouco mais de cem anos a doutrina que criou uma cate-
goria especifica de direitos relativa aos bens imateriais da personalida-
de. Essa doutrina foi severamente combatida pela escola clássica pa-
trimonialista, sob a liderança do jurista austríaco Unger, para quem os
direitos psíquicos e morais são mera conseqüência da personalidade
civil, que consiste na capacidade que tem todo o homem de direitos e
obrigações.
(33) BEVILÁQUA, Clóvis. Código civil dos Estados unidos do Brasil..., cii., p. 215-220.
(34) MIRANDA. Pontes de. Tratado de direito privado. Rio de Janeiro: Borsoi, 1964, t. 45/46.
(35) ARIZA, And. ‘Aspectos contratuaies de ia defensa dei consumidor”. Revista dos
Tribunais, São Paulo, Revista dos Tribunais, v. 85, n. 726, abr. 1996, p. 27.
1
de consumo, cujos objetivos consistem no atendimento das necessida-
des dos consumidores, no respeito à sua dignidade, saúde e segurança, ‘1
Com efeito, a teoria clássica dos contratos era regida por certos
de poder estatal.
O art. S~ prevê instrumentos por meio dos quais o Estado interfere ~“ “‘
nas relações de consumo: a assistência jurídica integral e gratuita para
o consumidor carente; as Promotorias de Justiça de Defesa do Consu-
midor; as Delegacias de Policia especializadas no atendimento de con-
sumidores vítimas de infrações penais de consumo; os Juizados Espe-
ciais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de
litígios de consumo.
O Código ainda manda o Governo Federal “incentivar, inclusive com
recursos financeiros e outros programas especiais, a formação de enti-
dades de defesa do consumidor pela população e pelos órgãos públicos
estaduais e municipais” (art. 106, inciso IX).
(41) ALVIM, Arruda (eta!). Código do consumidor comentado. 2e ed. mv. e ampl. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 1995, p. 46.
superiora ele, à qual estivesse sujeito. Orei tinha poder de vida e morte
sobre seus súditos. Em oposição ao Estado totalitário, surge no século
XVIII o Estado liberal de direito, assentack. ia revolucionária idéia de que ‘LI ti
o poder político do governante.deve estar lintado pelas normas de direi-
to. Foi essa idéia que deu origem às primeiras constituições.
(42) BOBBIO, Norberto (e! ai). Dicionário de política. 9 ed. Tradução de Carmen C.
varriale (ei ai.) Brasília, DE Ed. da Universidade de Brasilia, 1997, v. 1, p. 402.
(43) BARBOSA, Rui. A questão social e política no Brasil. 2~ tir. São Paulo: LTr; Rio de
Janeiro: Fundação casa de Rui Barbosa, 1988. p. 20.
(44) FERRARI, Irany. História do trabalho, do direito do trabalho e da Justiça do
Trabalho. São Paulo: LTr, 1998, p. 48. Em homenagem a Armando casimiro costa.
(45) MARX, KarI: ENGELS, Fríedricn. Manifesto do Paftido Comunista. Tradução de
Pietro Nassettí. São Paulo: Martín claret, 2001, p. 82.
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ROBERTO BASILONE LEITE
Os autores daquele documento propugnavam pela obrigatorie-
dade do trabalho para todos e pela centralização nas mãos do Estado
de todos os meios de produção, de transporte, bancos, educação e
propriedade.
(46) HUGON, Paul. História das doutrinas econômicas. 13 ed. 6 tir. São Paulo: Atlas,
1978. p. 223.
(47) HUGON, Paul. lbidem, p. 227.
Isso tudo faz com que o Estado passe a assumir uma condição
intervencionista. Nasce, assim, no inicio do século XX, o Estado inter-
ventivo, ou Estado social de direito. lnicialmente, a interferência estatal
visava a conceder aos necessitados auxílio nos setores da previdência e
da assistência sociais, que englobam o custeio do tratamento médico
em caso de acidentes, doenças, invalidez e velhice. Com o tempo, o
Estado foi regulamentando praticamente todos os setores da atividade
produtiva, de forma cada vez mais minuciosa.
(48) HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. 2~ ed. l3~
remp. Tradução de Marcos Santarrita. São Paulo: companhia das Letras, 2001, p. 472.
Hobsbawm desenvolve uma teoria de periodização não cronológica da história con-
temporãnea. baseada em ciclos conjunturais. Essa divisão lógica do tempo da história,
a partir da Revolução Francesa, foi por ele apresentada nas obras: A Era das Revo-
luções: 7789-1848; A Era do Capital: 1848-1875; A Era dos Impérios: 1875-1914 e
Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991.
3.1.2.5.1. Neo/iberalismo
(50) LAMAzIÊRE, Georges. ‘O fim da guerra fria, a guerra do Golfo e a noção de nova
ordem mundial”. Política extema, São Paulo, Paz e Terra, v. 4, n. 4, mar/maio 1996, p. 68.
(51) RICUPERO, Rubens. ‘No apagar das luzes’. Folha de são Pauio, São Paulo, 19
dez. 1999, p. 2-2.
conscientiza com mais rapidez dos seus direitos do que dos deveres
correspondentes aos direitos alheios, o que tende a acarretar o aumento
progressivo da quantidade de demandas judiciais, notadamente na área
do consumo.
(57) MARQUES, Cláudia Lima. “OuaI o futuro do Direito do consumidor?’ Revista de Direito
do consumidor São Paulo, Revista dos Tribunais, v. 30, abr./jun. 1999. p. 227-231.
INTRODUÇÃOAO DIREITO DO cONSUMIDOR
89
ArielAriza assevera que “la realidad econ3mica de los países lati-
noamericanos ha levado a que se advierta que uno de los aspectos
esenciales en estas comunidades está constituido por la importante franja
de habitantes que se encuentra excluida de las relaciones de consumo.
Porto tanto se ha sostenido que la premisa fundamental en estas comu-
nidades pasa por garantizar a los ciudadanos ei acceso ao consumo”>581
O Brasil está numa posição de vanguarda em relação aos seus
parceiros latino-americanos, sul-asiáticos e africanos, haja vista já ter
ingressado na fase de consolidação de um sistema de proteção do
consumidor. Mesmo assim, quase um terço da população brasileira
vive em situação de miséria, impossibilitada de participar do mercado
de consumo.
IIi~} sentativasdoconsumidor(arts. 106, inciso lX,40, inciso II. b. es0, inciso V).
bem como a participação obrigatória dos consumidores e fornecedores nas
comissões públicas permanentes instituidas pelo art. 55. § 3~, do Código.
ti111. Nesse ponto, o Código se mantém fiel à tônica constitucional, pois
o principio democrático, isto é, o fomento da participação direta da co-
til 1 munidade nos órgãos estatais, verte da Constituição de 1988 aos cânta-
II[~ ros. Começa por seu ad. l~, que refere explicitamente o principio em
tela: “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito”.
O Direito sempre foi imposto por quem detém o poder, sob a justi-
ficativa de permitir a convivência social, Nesse contexto, a luta contra o
absolutismo passa pelo estabelecimento gradativo de sistemas cada
vez mais aperfeiçoados de freios e contrapesos.
Numa primeira fase do desenvolvimento do Direito, as garantias
dos cidadãos eram outorgadas pelo dono do poder, em número bastante
restrito, sem qualquer participação dos destinatários das normas. Em
outras palavras, havia poucas garantias e o povo não participava direta-
mente do exercício do poder.
Num segundomomento—queestamosatravessandoagora—, as
garantias individuais e sociais foram ampliadas, mas o destinatário aín-
da não participa do exercício do poder, senão de forma indireta através
dos Poderes Legislativos. Assevera, neste ponto, o eminente mestre 1
que “o Direito imposto pelos que detêm o poder para permitira convivên-
cia social, nas democracias modernas, oferta incomensuravelmente mais 1%
garantias ao cidadão do que aquele que vigorava em qualquer Estado no t
passado. Nem por isso a sociedade é condutora de seus destinos, tare-
fada qual se encarregam aqueles que ela elege entre o limitado elenco
de ávidos pelo poder, que são os políticos. O povo sequer participa dire-
tamente da escolha dos que conduzem a maquina administrativa, quase
sempre feita por concursos técnicos, embora seja ainda a melhor forma
de escolha do burocrata.170’
(70) MARTINS, Ives Gandra da Silva (Coordj. O Estado do futuro. São Paulo: Pioneira;
Associação Internacional de Direito e Economia, 1998, p. 18.
lucros.
III
100
ROBERTO BASILONE LEITE
o lote defeituoso — que seria a certeza de algum lucro. O fator psicoló-
gico instaurador da tentação restará bastante enfraquecido, pois seu
objeto principal — a certeza do lucro — terá sido eliminado. Nisso con-
siste o princípio do desestimulo.
d’assurance a été qualifié par certains auteurs de contrat de bonne foi et,
par d’autres, de contrat de droit strict. Au sens romain du mot, tous les
contrats son aujourd’hui des contrats de bonne foi”.t73’
‘III
poderes tais que agravem a situação de inferioridade contratual do con-
sumidor (art. 51, inciso VII a inciso XIII), a que possibilite a violação de
t normas ambientais (ad. 51, inciso XIV) e, enfim, qualquer cláusula que
esteja em desacordo como sistema de proteção ao consumidor (ad. 51,
t inciso XV), a critério do juiz ao qual o litígio for submetido.
3. t6. Princípio da Informação
104
ROBERTO BASILONE LEITE
3.1.6.1.1. Publicidade Enganosa ou Abusiva
(76) ANDRADE, Carlos Drummond de- Amar se aprende amando. Rio de Janeiro:
Record: Altaya, 1989. 186 p. (Mestres da literatura contemporânea: 17)
(77) BARBOSA, Rui. Aos professores e estudantes da Bahia’: discurso da campa-
nha presidencial, proferida na Faculdade de Medicina da Bahia em 14 de abril de 1919.
lo OALVÃO. Wilmar Pereira Nunes (Org.). Antologia de famosos discursos brasilei-
ros. 2 ed. São Paulo: Logos. 1959. p. 128.
(78) NERUDA, Pablo Canto geral Tradução de Paulo Mendes Campos, Rio de Janeiro:
Record, 1995, p. 428.
Li
onerado diretamente o patrimônio do sócio.
No Brasil, a questão era mais grave do que na Europa, porquanto
aqui os donos de empresas, sobretudo pequenas e médias, transferem
com muito mais facilidade a receita da pessoa jurídica para o patrimônio
(80) MIRANDA JR., Darcy Arruda. Curso de direito comercial: sociedades comerci-
ais. 5’ ed. rev., atual, e aunl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1982, v. 2, p. 15-16.
(81) Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Agen-
da 21, cap. 4. Disponível em: http://www.igc.apc.org/habitat’agenda2l/ch-04•html.
Acesso em: 15 jan. 2001.
(82) “PLANETA pode não ver ano 3000,,. Diário Catarinense. Florianópolis, 1 de out.
2000, p. 39.
Para a teoria clássica, não há opor o justo ao contrato, pois por ser
este superior à lei, o que consta do contrato é o que se considera justo.
Ojurista holandês Grdcio, precursor do Direito Internacional, asseverava
que “o respeito da palavra dada é uma regra de direito natural; pacta sunt
setvanda é um principio que deve ser aplicado não apenas entre os indi-
viduos, mas mesmo entre as naçôesfl.(M)
(85) RODRIGUES, SiIvio. Oh-eito civil: dos contratos e das declarações unilaterats de
vontade. 19a ed. atual. São Paulo: Saraiva, 1990, v. 3, p. 79.
Ii
ii’
A
1
4.1.1. Definição e Justificação dos Direitos do Consumidor
ii
legalista, não se estabiliza.
A falta de solidez das normas impossibilita o trabalho de sedimen-
tação da jurisprudência. Mal esta começa a acenar com a uniformização
sobre determinado tema, sobrevém uma nova avalanche de disposições
que o alteram. E notório que a sedimentação da interpretação de um
único artigo de lei exige às vezes dez anos de debates.
No campo das relações de consumo, a edição do Código do Con-
sumidor diminuiu a gravidade desse problema, graças à boa técnica le-
gislativa nele empregada e também em razão de sua relativa solidez, já
que até hoje não sofreu nenhuma alteração significativa.
(86) REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 9 ed. rev. Sâo Paulo: Saraiva,
1981, p. 168.
(88) 808810, Norberto. Estado, governo, sociedade.’ para uma teoria geral da política.
4 ed. Tradução de Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Paz e Terra, 1992, p. 157.
(89) 808810. Norberto (et aO. Dicionário político, cit., p. 711.
(90) ODONNELL, Guillermo. ‘Poliarquias e a (in)efetividade da lei na América Latina’.
Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 51, juI. 1998. p. 55.
(92) RuGGIERO, Roberto de. Instituições de direito civil. Tradução de Ary dos Santos.
São Paulo: Saraiva, 1958, v. 3. p. 145.
4.5.3. Responsabilidade
4.5.3.1. Obrigação
ti inglês implementa uma mudança na lei, por força da qual estabelece que
todo o transporte de mercadorias importadas ou exportadas só podem
liL1
ser realizados em navios de bandeira nacional ou das colônias. Por força
das circunstâncias, os maiores beneficiados com esse monopólio do
Até fins do século XIX, era difícil conseguir mão-de-obra livre, pois
havia muitas terras baratas a serem povoadas nos novos continentes —
América e Austrália — e as pessoas preferiam trabalhar em sua própria
terra a ficar subordinadas a terceiros. Só aquele que não possuia nenhu-
ma terra se sujeitava ao trabalho subordinado.
4.5.3.2. Responsabilidade
(96) MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil: direito das obrigações:
/ pafte. 13 ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva. 1977, p. 8.
(97) MARTON, O. apud DIAS, José de Aguiar. Op. cit., p. 3.
140
ROBERTO BASILONE LEITE
São os seguintes casos:
1 IiJ:
v
ii
individual de consumo, mas fica gravada ao produto ou serviço. Isso sig-
nifica que o fornecedor responde pelos danos ocasionados a todas as
vitimas do acidente de consumo, e não apenas ao adquirente.
(100) “Nem 10% das cidades tém procuradoria do consumidor. Agência Câmara, 29
de novembro de 2000. Disponível em: www.oamara.gov.br Acesso em: 29.nov.2000.
INTRODUÇÃO Ao DIREITO DO CONSUMIDOR 151
160
ROBERTO BASILONE LEITE
sucessores, assim como as entidades legitimadas no ai. 82, ainda que
não hajam intervindo na fase de conhecimento (ai. 97).
(105) SUSSOMANO defende recursos para fundos dos direitos do consumidor’. Jor-
nal da Câmara dos Deputados, Brasília, DF, 4.dez.2000, p. 5.
162
ROBERTO BASILONE LEITE
4.6.3.5.61 Habeas Data
5- A VEZ DO POVO
164
ROBERTO BASILONE LEITE
porque o art. 28, §~ 2~ a 42, decreta a responsabilidade das socieda-
des consorciadas, das coligadas, das integrantes de grupos societári-
os e das controladas.
(107) A professora Cláudia Lima Marques sugere estipular disposições específicas para
as empresas privadas ou privatizadas prestadoras de serviços públicos, com a imple-
mentação de normas que disciplinem o controle das agãncias reguladoras de setores
privatizados e a fixação de penalidades adequadas aos casos envolvendo cláusulas e
atos abusivos, confira-se in Seminário discute agência para regular concorrência e
consumo’. Jornal da Câmara dos Deputados, Brasilia. 0W 4,dez,2000, p. 5.
BIBLIOGRAFIA
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TOFFLER, Alvin. A terceira onda. 22’ ed. Tradução de João Távora. Rio de
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PuÇqAINAS -.
Data
Preço —
Produção Grã fita: IRENE STUBBER PEINJ*DO
Editora ção Eletrónica: IMOS LASER
Capa: FLAVIO A. VIEIRA
Impressão: 900K RJ