You are on page 1of 7

A morte cerebral é definida por especialistas da saúde como a perda

irreversível das funções neurológicas do cérebro e do tronco cerebral.


Também conhecida como morte encefálica, a morte cerebral acontece
quando o cérebro é submetido à dor, falta de oxigênio e de glicose. Apesar
de comandar todas as funções do organismo, o cérebro não consegue
sobreviver a qualquer dor diretamente relacionada a ele (apesar de
receber as sensações de dor de todo o corpo) e ainda não resiste à falta
ou baixa considerável do fluxo de sangue, pois a partir deste é que se tem
oxigênio e glicose.

Apesar de muitas pessoas confundirem, a morte cerebral não é a mesma


coisa que coma, pois o coma é a perda da consciência com funcionamento
ativo das funções cerebrais. Pode-se dizer que a morte cerebral é um
estado de coma irreversível, já que a perda das funções neurológicas do
cérebro ocorre de maneira definitiva. É curioso que o cérebro apesar de
tão sensível exerça tão importante papel no ser humano. Porém, sensível
como é, consegue permanecer vivo num período de até seis minutos após
o coração parar de bater, pois a partir desse período deixa de receber
oxigênio e glicose e passa a morrer.

A morte cerebral pode ocorrer por traumas na cabeça, falta de


oxigenação, derrame, tumores, overdose e falta de glicose. Tais
ocorrências provocam derramamento de sangue no cérebro, inchaço,
diminuição súbita das atividades nervosas cerebrais e aumento da pressão
intracraniana. Para confirmar a morte cerebral, são avaliados a resposta
do indivíduo aos diversos comandos, o reflexo e a movimentação do
organismo, a resposta das pupilas em face de grande luz, a movimentação
dos olhos em direção contrária à movimentação da cabeça, reflexos na
córnea, respostas a estímulos feitos na sobrancelha, resposta a estímulos
feitos através do ouvido, estímulos que induzem o indivíduo a engasgar e
teste de respiração espontânea.

Por meio de tais avaliações que estudam a reação neurológica de cada


estímulo é que se pode afirmar a presença ou a ausência das funções
neurológicas no organismo. Quando o indivíduo não responde aos
estímulos acima citados, o especialista já detectará a morte cerebral. Em
alguns indivíduos, os reflexos medulares ainda podem estar presentes
mesmo após a morte encefálica.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola

O que é morte cerebral?


Primeiro é preciso esclarecer que todas as pessoas morrem de "morte cerebral". Se uma pessoa
idosa sofre uma parada cardíaca que resulta na falta de oxigênio e nutrientes no cérebro, ou se
uma pessoa mais jovem sofre um ferimento por arma de fogo na cabeça que leva à morte
cerebral, o diagnóstico será o mesmo.
O cérebro controla todas as nossas funções corporais, mas há três coisas que ele não pode
fazer:
• não pode sentir dor, o cérebro pode sentir a dor proveniente de todo o corpo, porém
não pode sentir a dor dentro dele mesmo;
• o cérebro não pode armazenar oxigênio, uma pessoa pode sentir em poucos
segundos que está faltando oxigênio, uma pessoa levanta-se bruscamente e sente tontura, é
um exemplo da diminuição do fluxo de sangue no cérebro;
• o cérebro não pode armazenar glicose (açúcar presente no sangue), diabéticos que
auto-administram insulina em excesso podem fazer baixar o nível de açúcar no sangue e
desmaiar, e se não for feita uma infusão imediata de glicose o cérebro pode morrer.
O cérebro pode sobreviver por até seis minutos após o coração parar de bater. É importante
aprender a realizar a ressuscitação cardiopulmonar (RCP), pois se a RCP for iniciada dentro de
seis minutos após a parada cardíaca, o cérebro poderá sobreviver à falta de oxigênio. Contudo,
após cerca de seis minutos sem a RCP o cérebro começa a morrer. (Veja Como funciona a
ressuscitação cardiopulmonar para aprender mais sobre o procedimento). A pronta
ressuscitação permite ao médico tempo para administrar tratamento ao cérebro danificado.
Medicação e ventilação mecânica permitem a oxigenação do tecido, mas danos graves ao
cérebro ou um longo período sem oxigenação ou glicose, causam a morte cerebral.
Por definição, "morte cerebral" é "quando todo o cérebro, incluindo o tronco cerebral, perde
irreversivelmente todas as suas funções". Em termos legais, a hora da morte é "o momento em
que o médico (ou médicos) determina que o cérebro e o tronco cerebral perderam
irreversivelmente todas as funções neurológicas".

O cérebro lesionado
Quando o cérebro é lesionado, seja por causas naturais ou por traumas, há três resultados
possíveis: sangramento, edema ou ambos. Algumas causas de dano ao cérebro que podem
resultar em "morte cerebral" são:
• trauma
 aberto (ferimentos por arma de fogo, etc.)
 fechado (golpe, etc.)
• anoxia (período de falta de oxigênio causado por afogamento, enforcamento,
inalação de fumaça, envenenamento por monóxido de carbono, etc.)
• derrame
 rompimento de aneurisma
 infecção
 bacteriana
 viral
 por fungos
• tumor
• sem metástase
• com metástase
• overdose de drogas
• baixos níveis de glicose sangüínea
O sangramento no interior do cérebro pode ser catastrófico. Os neurocirurgiões podem abrir o
crânio e tentar controlar o sangramento. Quando o cérebro começa a inchar, os ventrículos se
colapsam e a pressão no interior do crânio aumenta. O aumento da pressão intracraniana
(PIC) precisa ser tratado ou ocorrerão grandes problemas neurológicos. O médico dará ao
paciente corticóides, medicamentos com alta osmolaridade para reduzir o edema e tentará
prover sangue altamente oxigenado fazendo com que o pouco sangue que entra no cérebro
produza o máximo benefício.
Mesmo fazendo o possível para reduzir o sangramento e o edema celular, o tratamento pode
não ser suficiente para controlar a PIC. À medida que a PIC aumenta, o tecido que está
inchando não tem para onde expandir devido à restrição imposta pelos ossos do crânio. Às
vezes o neurocirurgião coloca um parafuso no crânio. Este é aparafusado no interior do crânio e
tem um orifício no meio, ligado a um dreno, que é usado para remover o líquido intracraniano,
dando espaço para o edema e fornecendo uma via para medir a PIC.
Se a PIC não puder ser controlada, a pressão continuará aumentando até que a PIC se iguale à
pressão sangüínea do paciente. Neste momento, não entrará mais sangue no cérebro e o
cérebro morrerá. Em muitos casos, a pressão aumentará empurrando o tronco cerebral para
baixo, para dentro da coluna vertebral. Isso se chama herniação cerebral, e resulta em morte
cerebral instantânea.

Coma vs. morte cerebral


Pacientes que sofrem morte cerebral não estão em coma. Pacientes em coma podem ou não
evoluir para morte cerebral.
O cérebro é um órgão complexo que controla os processos de pensamento, os movimentos
voluntários e involuntários do indivíduo e outras funções corporais vitais, incluindo a
sensibilidade auditiva, olfativa, visual e tátil, a regulação da temperatura corporal, pressão
sangüínea, respiração e freqüência cardíaca (o coração pode continuar a bater sem o cérebro
através de uma "resposta autonômica"). O cérebro também produz hormônios para controlar a
função de cada órgão. Um bom exemplo é a produção de hormônio antidiurético (ADH, ou anti-
diuretic hormone). Este hormônio tem a função de aumentar a absorção de água pelo rim,
concentrando a urina e oferecendo proteção contra a desidratação, que é uma ameaça à vida.
Pacientes em coma podem estar em coma profundo ou podem sobreviver em "estado
vegetativo". A diferença entre estes dois estados é que um paciente em coma profundo requer
hospitalização, enquanto um paciente em estado vegetativo pode receber alta e ser atendido
pela família em casa. O indivíduo em estado vegetativo possui funções cerebrais inferiores e
algumas funções do tronco cerebral superior a mais do que um paciente em coma profundo.
Nos dois casos, o paciente é considerado vivo do ponto de vista legal. Pacientes em coma terão
alguns sinais neurológicos. A quantidade de atividade cerebral é variável e os pacientes são
submetidos a exames clínicos extensos. O médico observa o paciente em busca de qualquer
sinal de atividade elétrica cerebral em resposta a um estímulo externo. Nos pacientes em coma
o cérebro reage aos estímulos externos em maior ou menor grau dependendo da gravidade do
coma. Isso não acontece nos pacientes com morte cerebral.

Examinando a ocorrência de morte cerebral


O exame para detectar a morte cerebral baseia-se na resposta a estímulos externos. O cérebro
é o órgão que sente a dor externa, quando o cérebro está morto o paciente não sente nada.
Antes de realizar o teste, o médico fará um exame toxicológico para certificar-se que o paciente
não tomou algum medicamento que altere o exame neorológico e verificar se a temperatura
corporal não está alterada, situações que podem reduzir a resposta neurológica.
A morte cerebral é detectada quando:
1. o paciente não responde a comandos verbais, visuais ou de outro tipo;
2. o paciente está flácido e sem reflexos nos membros - não apresenta movimentos;
braços e pernas são levantados e soltos para que caiam e observa-se se há algum
movimento adjacente, restrição ou hesitação na queda;
3. as pupilas não reagem (estão fixas) - os olhos do paciente são abertos e coloca-se
uma luz intensa dentro; da pupila, a luz ativará o nervo ótico e enviará uma mensagem ao
cérebro; o cérebro, quando normal, envia um impulso de volta para o olho de modo que
ocorra constrição da pupila; no cérebro não viável nenhum impulso será gerado; este
procedimento é feito nos dois olhos;
4. o paciente não apresenta reflexo oculocefálico - os olhos do paciente são abertos e a
cabeça virada para à direita e à esquerda. O cérebro vivo permitirá que os olhos façam
movimentos contrários a posição da cabeça. Por exemplo, se a cabeça é girada para à
direita os olhos se desviam para à esquerda. Esse movimento se chama olhos de boneca
porque é exatamente o que acontece com as bonecas; os olhos permanecerão fixos;
5. o paciente não apresenta reflexos na córnea - um cotonete é passado na córnea com
o olho aberto; o cérebro vivo faz com que o olho pisque; o cérebro morto, não; isto é feito
nos dois olhos;
6. o paciente não apresenta respostas, intencionais nem posturais à estimulação
supra-orbitária - a saliência da sobrancelha é comprimida com o polegar, no paciente com
cérebro vivo a pressão resultante da estimulação provocará o movimento dos membros,
seja propositalmente ou pelos reflexos posturais primitivos, porém, isto não ocorre no
paciente com morte cerebral;
7. o paciente não apresenta reflexo oculovestibular - o canal auditivo do paciente
é examinado para assegurar que a membrana timpânica está intacta e o ouvido está sem
cera, mantendo os olhos do paciente abertos, injeta-se água gelada no canal auditivo, a
mudança drástica na temperatura do ouvido causará um movimento violento dos olhos pelo
cérebro vivo, porém nenhuma reação ocorrerá no paciente com morte cerebral, isto é feito
nos dois ouvidos;
8. o paciente não apresenta reflexo de engasgar - abaixar a traquéia ou inserir um tubo
dentro dela, isso causará o reflexo de engasgar no paciente em coma, porém, não
desencadeará tal reflexo no paciente com morte cerebral;
9. o paciente não tem respiração espontânea - ele é removido temporariamente do
suporte à vida (o ventilador); quando o aparelho cessa a respiração, o corpo começará a
acumular resíduos metabólicos de dióxido de carbono (CO2) no sangue. Quando o nível de
CO2 atingir a marca de 55 mm Hg (em inglês), o cérebro vivo fará com que o paciente
respire espontaneamente, o cérebro morto não apresentará resposta.
Após um extenso exame clínico, se o paciente não apresentar sinais de função neurológica e a
causa da lesão for conhecida, será declarado "morte cerebral". Em alguns estados americanos,
é necessário que mais de um médico faça uma declaração para que a morte cerebral se torne
legal. No Brasil, basta um médico.
Embora o paciente esteja com o cérebro e o tronco cerebral mortos, os reflexos medulares
podem ser desencadeados (um reflexo patelar, por exemplo). Em alguns pacientes com morte
cerebral, quando a mão ou o pé são tocados, o toque desencadeia um movimento reflexivo
rápido.
Muitos médicos pedem novos exames para confirmar a morte cerebral quando o exame clínico
demonstra que não há função neurológica.

Confirmando a morte cerebral


Muitos médicos solicitam exames adicionais para confirmação antes de declarar a morte
cerebral. Os testes mais comuns são o eletroencefalograma (EEG) e o estudo do fluxo
sangüíneo cerebral.
O EEG mede a voltagem do cérebro em microvolts. Ele é tão sensível que a eletricidade estática
nas roupas de uma pessoa causará um pequeno pico no EEG (resultado). Todas as respostas
positivas sugerem função cerebral. O paciente no coma mais profundo apresentará
alguma atividade elétrica no EEG, enquanto o paciente com morte cerebral não apresentará
nenhuma eletroatividade.

Doação de órgãos
É o paciente com morte cerebral que fornece órgãos viáveis para transplante. Se um membro da
família sabe que o paciente deseja ser doador de órgãos, a melhor maneira de assegurar que o
desejo do paciente seja honrado é informar a equipe médica. No Brasil, a central nacional de
notificação, captação e distribuição de órgãos (ENCDO) orienta o possível doador a assinar em
vida um cartão que informa seu desejo de doar os órgãos que deve ficar junto com os
documentos.
A morte cerebral ocorre em uma de cada 200 mortes nos leitos hospitalares (estudo do CDC
americano, 1986). É um acontecimento raro. Pacientes com morte cerebral são avaliados para
doação e a metade deles é excluída devido a outros problemas médicos (câncer, infecções,
etc.). Dos pacientes com órgãos aceitáveis, metade dos familiares se recusa a autorizar a
doação, resultando em um doador de órgão a cada 800 mortes hospitalares nos EUA. Para
aprender mais sobre doação de órgãos, veja Como funcionam os transplantes de órgãos.

A cirurgia Órgãos estrangeiros


A escassez de órgãos doados é
Quando a família do doador autoriza a remoção dos tão grave nos Estados Unidos
órgãos, diversas equipes cirúrgicas começam que muitos pacientes estão
procurando transplantes em
imediatamente a trabalhar recuperando o órgão. outros países. Em alguns países,
Mesmo com o termo 'colheita' ainda em uso, muitas principalmente na China, os
organizações norte-americanas preferem agora o termo estrangeiros podem comprar os
'recuperação', por ser mais delicado com a família do órgãos ao invés de esperar em
doador. Para entender o que está envolvido nesse casa. Esses órgãos são
geralmente de prisioneiros
processo, vamos abordar uma operação desgastante: o executados que não foram
transplante de coração. voluntários para doação.
O primeiro passo para todas as equipes de retirada é Uma situação dessas é
abrir o tórax do doador. A seguir, um cirurgião serra o extremamente controversa na
esterno, a fim de exibir o coração. Enquanto outras comunidade de transplantes de
órgãos. Pagar por órgãos é
equipes trabalham em outras partes do corpo, a equipe considerado antiético na maioria
do coração pinça os vasos sangüíneos que chegam ao das nações ocidentais, assim
coração e bombeiam uma solução química gelada. como sua retirada, se o doador
Essa solução faz o coração parar de bater e ajuda na não estiver de acordo. Além do
preservação do órgão durante o transporte. mais, existem fortes evidências
de que cronogramas de
Depois, os cirurgiões cortam os vasos e removem o execuções têm sido modificados
coração do corpo, colocando-o em um saco com para coincidir com as
solução salina gelada, que também tem a função de necessidades dos pacientes.
preservar o órgão. Esse saco é embalado em um
refrigerador normal cheio de gelo e é levado rapidamente até o hospital do receptor,
geralmente de avião ou helicóptero.
Enquanto isso, o receptor está totalmente anestesiado e com o tórax depilado. O
paciente é levado para a sala de cirurgia e coberto com panos esterilizados,
deixando exposto apenas o peito. Normalmente, o cirurgião não começará a cirurgia
até que o coração chegue, pois pode ocorrer algum problema com o transporte ou
com o órgão, impossibilitando o transplante.
Quando o coração doado chega, a equipe de transplante inicia a cirurgia. Primeiro
eles injetam anticoagulante na corrente sangüínea do paciente, evitando que o
sangue coagule durante o processo de transplante.
Assim como na cirurgia de retirada, a equipe começa por fazer uma incisão no tórax
do paciente, serrando o esterno. Os médicos então ligam uma máquina de
circulação extracorpórea ao corpo do paciente. O trabalho desse equipamento é
agir temporariamente como o coração e os pulmões do paciente. Os tubos de
plástico da máquina conduzem o sangue que entra e sai do coração. Ao invés de ser
bombeado para os pulmões, para livrar-se do dióxido de carbono e obter oxigênio, o
sangue que retornaria ao coração é desviado para a máquina. Ela leva o sangue
através de diversas câmaras para liberar o dióxido de carbono, obter oxigênio e
voltar para o corpo, a fim de ser circulado novamente.
Além disso, a máquina de circulação extracorpórea pode ser ajustada para aquecer
ou resfriar o sangue. Durante a operação, ela é preparada para resfriar todo o
sangue que passar por ela. Isso esfria o resto do corpo, protegendo os outros
órgãos durante o procedimento. Normalmente, a máquina tem um acessório que
suga o sangue da área da cirurgia e o manda diretamente de volta para a corrente
sangüínea.
Quando o sangue é efetivamente desviado da área do coração e dos pulmões, os
cirurgiões removem o coração doente, cortando-o dos vasos sangüíneos
conectados. As partes de trás do aurículo, as câmaras superiores do coração, são
retiradas totalmente do lugar. Os cirurgiões removem estas partes e suturam o novo
coração ao tecido remanescente do antigo. Então, eles suturam os vasos que eram
do coração doente aos vasos do novo coração.
Logo após o novo coração ter sido colocado no lugar, a equipe gradativamente
aquece o sangue do corpo do paciente. Conforme o corpo aquece um pouco, o
coração pode começar a bater sozinho. Se não, aplica-se um choque elétrico para
dar uma ajuda. A equipe deixa o novo coração e a máquina de circulação dividirem o
serviço de circular o sangue um pouco, dando um tempo para que o coração ganhe
força.
Se tudo estiver certo, a equipe une as metades do esterno novamente e costura o
tórax do paciente utilizando pontos absorvíveis. O paciente é ligado a um respirador
e trazido para a sala de recuperação. Em poucas horas, a maioria dos pacientes
recobra a consciência, podendo sair do hospital em cerca de uma semana.
Normalmente, o processo todo leva apenas cerca de 5 horas. No entanto, os
pacientes precisam se cuidar por toda vida para ter garantia de que o órgão doado
continue a funcionar. Na próxima seção, descobriremos o que está envolvido no
tratamento após o transplante.

Definição:

Morte encefálica

A morte encefálica é a morte do cérebro, incluindo o


tronco cerebral que desempenha funções vitais como o
controle da respiração.

Quando isso ocorre, a parada cardíaca é inevitável.


Embora ainda haja batimentos cardíacos, a pessoa com
morte cerebral não pode respirar sem os aparelhos e o
coração não baterá por mais de algumas poucas horas.
Por isso, a morte encefálica já caracteriza a morte do
indivíduo.

Quando ocorre a morte encefálica, é fundamental que


os órgãos sejam aproveitados para doação enquanto
ainda há a circulação sangüínea irrigando-os, ou seja,
antes que o coração deixe de bater e os aparelhos não
possam mais manter a respiração do paciente.

É importante esclarecer que a morte encefálica, ao


contrário do que muita gente imagina, é muito
diferente do estado de coma. No coma, as células
cerebrais continuam vivas, executando suas funções
vitais; o que ocorre é uma falta de integração entre o
indivíduo e tudo o que o rodeia. Na morte encefálica,
as células nervosas estão sendo rapidamente
destruídas, o que é irreversível.

You might also like