Professional Documents
Culture Documents
1 - INTRODUÇÃO
2 - ASPECTOS HISTÓRICOS
• fermentação
A secagem é uma das técnicas mais antigas. É utilizada em regiões de clima seco e árido.
Além da carne seca, podemos ter figo, pêssegos, uvas secas ao ar.
Fermentação: utilizada inicialmente para fabricação de bebidas, através da cevada.
Baixas temperaturas: conservação de carnes e peixes.
Engenharia: área que fornece os conhecimentos necessários das operações unitárias e princípios
de transferência de calor, filtração, destilação, frio, etc... necessários ao tecnologista de
alimentos para que possa compreender as fases de processamento da matéria-prima.
4 - ASPECTOS ECONÔMICOS
5.1 - CONCEITOS:
B) Alimento “in natura” (Fresco) : todo alimento de origem vegetal ou animal, para
cujo consumo imediato se exija apenas a remoção da parte não comestível e os tratamentos
indicados para a sua perfeita higienização e conservação.
Alimento diet: fundamenta-se no conceito de que não engorda pois não tem gorduras.
Alimento light: sugere a redução calórica sem vinculação da presença do açúcar ou
não.
G) Alimento de fantasia ou artificial: todo alimento preparado com o objetivo de
imitar o alimento natural em cuja composição entre preponderantemente substâncias não
encontradas no alimento a ser imitado. Ex. Guaraná.
Carbono (C), Hidrogênio (H), Nitrogênio (N), Oxigênio (O2) entre outros.
5.6 - Nutrientes
Funções gerais:
*0 suprir ou fornecer energia
*1 promover crescimento e reparação dos tecidos
*2 regular processos orgânicos.
1) Glicídeos ou Carboidratos
Funções: Fonte de energia para os processos vitais, fornecem o calor necessário à manutenção
da vida e energia para o trabalho. Quando há excesso em gorduras, favorece a cárie
dentária e destrói apetite de outro alimento.
2) Lipídeos - Gorduras
5
Fontes: espinafre (25% de ácido linolênico, 50% de ácido linolêico, 25% de, chocolates,
gorduras animais, leite, ácido oleico), óleo de oliva (rico em ácido oleico), óleos de
algodão, soja e girassol (ácidos graxos essenciais), óleo de germe de trigo (75% de
ácido linoleico), margarinas vegetais, nozes peixes, fígado, rins, etc.
3) Protídeos - Proteínas
São substâncias orgânicas de grande importância para nossa vida pois elas são
indispensáveis ao nosso desenvolvimento físico, mental e a nossa sobrevivência. As proteínas
constituem cerca de 18% do nosso peso corporal: pele, músculos, cartilagens, tendões, cabelos e
unhas, são formadas quase inteiramente por proteínas.
Fontes: proteínas completas (de boa qualidade ou de alto valor biológico) leite e derivados,
carne, peixe e ovos.
Proteínas incompletas (de pobre qualidade ou baixo valor biológico (proteínas
vegetais, cereais e nozes).
4) Minerais
5) Vitaminas
Sugestões: Ao ferver alimentos, fazê-lo com a menor quantidade possível de líquido e o mais
rapidamente possível. Quanto maior o tempo de cozimento, maior a perda de valores nutritivos.
As vitaminas agem como coenzimas influenciando na formação de ácidos nucleicos,
aminoácidos, etc.
Participam do metabolismo de protídeos, lipídeos e glicídeos.
6) Água
7
6 - RAÇÃO ALIMENTAR
sexo.
Valor energético:
é medido em unidades de calor, “calorias”.
é normalmente medida pela combustão dos alimentos
varia conforme o alimento
necessidade de calorias que variam conforme sexo, trabalho, idade, devem ser adaptados
ao clima e tipo genético inerente ao país e região.
Dieta adequada:
quando conserva o peso corporal ideal
mantém plena capacidade de trabalho
proporciona sensação de bem-estar.
Cadeia Alimentar
Desvios por causa de fatores sócios-econômicos, políticos e culturais.
armazenamento
Colheita do ⇒ processamento ⇒ Tecnologia de
produto distribuição Alimentos
tratamento
Programas de Nutrição
Só poderá ser feito se houver alimentos disponíveis nas quantidades desejadas.
Misturas proteicas
É a mistura de 2 produtos que se completam em termos nutricionais. Ex. trigo + feijão.
Desnutrição:
está relacionada com a dieta
desequilíbrio de nutrientes na dieta
9
2 – SELEÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA
Tem por finalidade separar o material inferior, como defeituoso, verde, manchado e de
coloração diferentes.
Importância da seleção:
• obter uma matéria de boa qualidade
• garantir uma demarcação rigorosa do binômio: tempo/temperatura nas operações
industriais
Matéria prima para industrialização: deve apresentar as características desejáveis para a
finalidade a que se destina. A qualidade da matéria prima é fator preponderante no preparo de
alimentos industrializados.
A utilização da matéria prima inadequada na indústria proporciona:
• produtos de baixa qualidade
• perda da confiabilidade
• falta de uniformidade e qualidade inferior do produto industrializado
• desconfiança por parte do consumidor
• problemas de mercado externo, pois não se enquadram dentro dos padrões
10
internacionais.
• tamanho e peso
Padrão: características inerentes da matéria-prima
Padrão A : mantém as características da matéria prima ou melhora
Produtos são caracterizados por uma série de atributos quantitativos e/ou qualitativos
A – Padrões internacionais
• são estabelecidos de comum acordo entre países
• países que realizam exportações são os que mais se preocupam com o estabelecimento de
padrões de qualidade
Brasil: as normas e padrões para exportações são elaboradas pelo Departamento Nacional de
Serviços da Comercialização (Divisão de Inspeção, Padronização e Classificação) do Ministério
da Agricultura.
B – Padrões nacionais
Os países em desenvolvimento quase não utilizam padrões de qualidade para frutas e
hortaliças para o mercado interno.
Mercado interno: os produtos são normalmente separados ou selecionados regionalmente em
função da abundância ou escassez de oferta.
Os padrões são feitos por:
• produtores: tamanho e coloração
• cooperativas: classes e tipos.
3.2 – Classificação
4.2.2 – Setor de Conservação e Preservação: visa aumentar o tempo de vida útil dos
alimentos em geral
Vantagens:
- oferta de produtos na entressafra;
12
- Formulação;
- Operações de elaboração: envelhecimento e maturação,
clarificação e filtração,
cristalização,
envelhecimento e defumação,
secagem
processamento pelo calor,
agitação e mistura dos ingredientes,
tratamento pelo frio (refrigeração e congelamento),
moldagem,
- Embalagem e distribuição: embalagem,
empacotamento,
armazenamento,
transporte para o mercado.
5.1 – Coadjuvantes:
São substâncias que, embora utilizadas em pequenas quantidades, são muito empregadas
pela indústria de alimentos, tanto na fase de obtenção, manuseio e conservação de alimentos.
Algumas substâncias são desprovidas de valor nutritivo ou calórico. Ex. manteiga,
glicose.
Os coadjuvantes podem ser classificados em:
a) de origem vegetal: papaína, sacarose, glicose, condimentos vegetais, vinagre de
vinho, amido ou fécula, pectinas.
b) De origem animal: fermentos láticos, manteiga, estearina de banha, lecitina de ovo e
mono e diglicerídios
c) De origem mineral: soda, bicarbonatos alcalinos, níquel, gelo, água, bicarbonato de
sódio.
Enzimas: coadjuvantes denominadas de catalizadores, organismos específicos de natureza
proteica, utilizados na obtenção de queijo, pão.
A água é uma substância importantíssima na Indústria de Alimentos, já qu ela é
indispensável:
- à obtenção de todos os alimentos “in natura”;
- a todos os processos de hiegiene e esterilização;
- como fonte de energia;
- como veículo ou solvente de diversas substâncias empregadas pela indústria;
- como meio de cocção (fervura, vapor d’água e banho-maria);
- na elaboração, como constituinte principal, de diversos produtos, especialmente
bebidas;
- como meio de transporte (fluvial, marítimo e lacustre)
- na reconstituição de alimentos dessecados e, principalmente, dos desidratados.
- na aplicação de muitos métodos de conservação;
- como coadjuvante propriamente dito, sob a forma líquida ou sólida, agindo como
homogenizador e como triturador, respectivamente.
5.2 – Aditivos
15
A legislação considera:
a) o nível aproximado do consumo do alimento;
b) a faixa etária que provocam alterações significativas no comportamento dos animais
de laboratório;
c) os níveis mínimos que provocam desvios significativos no comportamento dos
animais de laboratório;
d) o estabelecimento de uma margem de segurança;
e) a capacidade do aditivo de acumular-se no organismo.
5.2.2.1 – Conservadores
a) Antifúngicos ou antibactérias: ácido propiônico e seus sais de Na e de Ca; ácido
acético e o acetato de sódio, ácido peracético, ácido benzóico e o benzoato de sódio, ácido
caprílico, ésteres do ácido parahidróxibenzóico, ácido dietilpirocarbônico, pirocarbonato de
dietila, ácido sórbico e os sorbatos de sódio e de potássio, anidrido sulfuroso, anidrido
carbônico, defenil, clorofenato de sódio, água clorada, etc.
b) Antioxidantes: ácido nordihidroguaiarético, butilhidroxidiasol – BHA,
butilhidróxidtolueno – BHT, galato de propila, tocoferóis
Podem ser devidas a combinação das substâncias existentes no alimento entre si ou com
outras substâncias estranhas, tal como Oxigênio do ar, luz, calor, acelerando essas reações.
A causa química mais importante é a denominada de "hidrogen swell", que ocorre com
os alimentos ácidos que são enlatados e quando passa muito tempo na lata, o ácido afeta a resina
provocando o estufamento da lata.
A tendência atual é a substituição total dos alimentos ácidos enlatados por caixinhas.
Outros defeitos que podem ocorrer da combinação de aço mais alimento são:
descoloração, sabores e aromas estranhos, turbidez, corrosão e perda do valor nutritivo.
Entre as reações químicas que ocorrem nos alimentos, temos as alterações químico-
enzímicas e químico não-enzímicas.
Alterações Químico-enzímicas: são aquelas que ocorrem em certas frutas tais como
pera, banana, maçã e em certas verduras e legumes como a batatinha.
Consiste na transformação, ou seja, na oxidação enzímica de compostos derivados do
catecol em ortoquinonas - escurecimento enzímico.
a) Perecíveis: são aqueles que contém elevado teor de água alterando-se rapidamente durante o
armazenamento. Para evitar que esses alimentos se deteriorem rapidamente devemos empregar
métodos de conservação: fermentação, refrigeração. Ex: carnes, pescados, aves, várias frutas e
verduras, leite.
b) Semi-perecíveis: são aqueles em que temos um alto teor de água. Está protegida, retida no
interior do alimento. É o caso de frutas e hortaliças que tem textura firme. Ex. maçã, batata,
nabo.
c) Estáveis ou não-perecíveis: baixo teor de água. Ex: cereais, açúcares
C D
B
A
Tempo em horas
ml
4.1 – Associações
4.2.4 - Temperatura
5.1. Mofos
5.2 – Leveduras
São os fungos não filamentosos, unicelulares, de forma variada (esférica, periforme), que
se reproduzem principalmente por brotamento. Seus efeitos nos alimentos podem ser benéficos
ou prejudiciais. As benéficas são usadas como alimento ou na elaboração de vinhos, cervejas,
aguardentes, pão, maturação superficial de queijos. As prejudiciais podem alterar sucos de
frutas, xaropes, chucrute, carnes e outros alimentos. Os principais representantes são:
Gênero Saccharomyces – é o gênero mais importante e aplicado em várias indústrias
alimentícias.
S. cerevisiae – é utilizada em panificação, produção de álcool, bebidas, glicerina,
inverase (enzima).
S. cerevisiae var. ellipsoideus – é uma variedade altamente produtora de álcool e usada
na fabricação de vinhos.
S. carlbergensis tem seu uso em cervejarias (cerveja de baixa fermentação)
Gênero Kluyveromyces – K. fragilis tem poder fermentativo sobre a lactose e, portanto,
com importância em laticínios como agente de deterioração. Pode ser empregada na produção de
22
5.3 – Bactérias
São protistas procarióticos, microscópicos, com a forma de bastonetes ou arredondadas
(cocos), podendo apresentar-se isoladamente ou formando grupamentos.
Assim como os fungos, devido ao grande número de espécies com ação variada, podem
ser úteis ou prejudiciais ao homem, ou mesmo sem nenhuma importância.
Os principais representantes são:
Pseudomonas – são importantes na deterioração de produtos de laticínios e de pescado.
Acetobacter – oxidam o álcool etílico a ácido acético. As bactérias acéticas são úteis na
fabricação de vinagre e indesejáveis na conservação de vinhos.
Escherichia e Enterobacter – são bactérias que formam o grupo coliformes ou
coliaerogenes, podendo fermentar um açúcar produzindo ácidos, álcool, gás carbônico e
hidrogênio. E. coli é de origem intestinal, não sobrevivendo por muito tempo em outros habitats
Salmonella – o tifo e o paratifo são doenças causadas por espécies deste gênero. S.
typhimurium e S. enteritidis são responsáveis por infecções alimentares, hoje em dia
relativamente freqüentes.
Staphylococcus – certas espécies, como S. aureus, podem produzir intoxicações pela
elaboração de toxinas antes do alimento ser ingerido.
Streptococcus – são úteis na fabricação de queijos, manteiaga.
Lactobacillus – utilizadas na elaboração de produtos derivados do leite (manteiga, queijo,
leites fermentados) e na fermentação lática de produtos vegetais (picles, chucrute, azeitona). L.
plantarum é a espécie predominante na fabricação de picles e pode ser importante na fementação
malolática dos vinhos. L. casei é utilizada na maturação do queijo “Cheddar”. L. acidophilus é
utilizada na elaboração do leite acidófilo e L. bulgaricus é utilizada na elaboração da coalhada
búlgara.
Bacillus – os membros mais importantes em alimentos enlatados são facultativos,
mesófilos ou termófilos.
Clostridium – é um gênero anaeróbio, catalase-negativo, largamente encontrado no solo,
plantas em decomposição e trato intestinal dos animais. C. botulinum e C. parabotulinum podem
produzir intoxicações alimentares. C. butyricum, C. multifermentans e C. pasteurianum podem
produzir grande quantidade de gás, principalmente em alimentos que contenham grande
quantidade de açúcar. C. perfringens provoca intoxicação alimentar
3.1.1 - Botulismo
3.1.2 – Estafilocócica
3.1.3 – Aflatoxina
a) Antes da colheita: Fazer rotação de cultura, combater doenças e pragas e evitar danos
mecânicos.
b) Na colheita: - embandeirar as plantas, com as folhas para baixo e vagens para cima;
ensacar quando bem seco
c) No transporte: - proteger contra a chuva
d) No armazenamento:
• não fazer pilhas muito grandes;
• não deixar o produto em contato com o chão ou encostado nas paredes ou sob goteiras
• não guardar o amendoim no campo;
• quando estiver bem seco (menos de 9%) protegê-lo com lona plástica ou encerado;
• armazenar em casa, só descascar quando for negociado;
• combater insetos roedores sempre que necessário;
• inspecionar sempre o armazém
3.2.1 - Salmonelose
Agente causal: Salmonella typhimurium
Sintomas: náuseas, vômitos, diarréia e febre Aparecem 12 a 24 horas após a
ingestão.
Alimentos: Ovos, aves, carnes e derivados, saladas.
Controle: pasteurização e higiene.
3.2.2- Estreptocose
Agente causal: Streptococcus sp
Sintomas: náuseas, vômitos e diarréia
Alimentos: carnes assadas, croquetes.
1.1 - Contaminação:
2.1 – Pré-lavagem
A água é assim o solvente usado na lavagem dos equipamento de alimentos e para isso
deve ser quimicamente pura.
O fornecimento de água de boa qualidade é essencial ao funcionamento da indústria de
alimentos, sendo usada não só na operação de limpeza e sanitização, mas também no
processamento, transferência de calor, produção de vapor, etc.
Dependendo da sua utilização, a água deve Ter certas características como potabilidade
(própria para consumo humano), dureza, teor de metais tóxicos, contagem microbiológica dentro
de certos padrões, ausência de odor e sabor indesejáveis, etc. Em função da fonte fornecedora
(água de subsolo, rios, lagos, reservatórios, água já tratado do município, etc.) e do uso final da
água (limpeza, processamento, etc.) é recomendável que a indústria de alimentos, sempre que
possível, tenha o seu próprio tratamento de água.
Princípios para o tratamento de água:
- armazenamento em reservatório por período longo,
- filtração lenta em areia,
- coagulação química e filtração rápida em areia,
- combinação da remoção de dureza e ferro da água seguida de coagulação química
e filtração rápida,
- remoção da dureza,
- remoção de manganês e ferro,
- desinfecção.
Na água de limpeza, a sua dureza é muito importante, podendo ser uma dureza
temporária ou permanente. A dureza temporária, devida à presença de carbonatos e bicarbonatos
de cálcio e magnésio, é eliminada pelo aquecimento (ebulição), transformando em carbonatos
insolúveis que precipitam e são removidos. Já a dureza permanente é devida a presença de
cloretos, sulfatos e nitratos de cálcio e magnésio, que necessitam de outros tratamentos para
serem eliminados.
Uma classificação de dureza de água é a seguinte:
- água mole – 0 a 60 ppm,
- água moderadamente dura – 60 a 120 ppm,
- água dura – 120 a 180 ppm
- água muito dura – mais que 180 ppm.
A diminuição da dureza da água pode ser feita por tratamento térmico, soda, agentes
seqüestrantes e troca iônica (zeólitos e resinas trocadoras de ions).
Métodos de tratamento de água:
- aeração,
- sanitização,
- tratamento com cal,
- coagulação (com sulfato de alumínio),
- sedimentação,
- filtração por areia.
- atóxico,
- econômico,
- estável durante o armazenamento.
2.2.4.1 – Polifosfatos
São estáveis ao calor e compatíveis com compostos de amônio quaternário. Ex. ácido
tetra-acético (EDTA). Promovem o amolecimento da água, o controle de depósitos minerais, a
peptização e evita a redeposição.
A lavagem final, é feita para eliminar os resíduos de detergentes, podendo ser feita com
água fria ou quente.
2.4 – Sanitização
28
2.4.1.1 – Calor
a) Vapor: jatos de vapor a 770C durante 15 minutos ou a 930C durante 5 minutos ou ainda
1 minuto pelo uso do vapor direto.
b) Água quente: recomenda-se uma exposição de 2 minutos a 770C no caso de xícaras e
utensílios e de 5 minutos a 770C no caso de equipamentos de processamento de alimentos.
d) Ar quente: exposição durante 20 minutos à temperatura de 820C.
Radiações com comprimento de onda na faixa de 240 a 280 nanômetros são germicidas e
podem, após um tempo de 2 minutos, destruir microrganismos supeficiais.
O cloro é o sanitizante mais usado devendo sua atividade germicida à combinação com
radicais oxidáveis, principalmente – SH das enzimas.
O ácido hipocloroso (HclO) é a forma ativa como germicida, produzido pela reação do
cloro com a água.
Alguns dos principais compostos de cloro empregados como germicidas são: cloro
gasoso, hipoclorito de cálcio, hipoclorito de sódio e cloramina T.
Desvantagens:
- é corrosivo;
- é afetado pela matéria orgânica;
- pode provocar irritações na pele;
- pode causar alterações de sabor.
São bastante germicidas, sendo sua atividade ocasionada pela ação do iodo moleculara
(I2) que se combina com as proteínas das células microbianas.
Vantagens do uso do iodo:
- iodo livre tem coloração marrom, indicativo da sua presença;
- não é muito afetado pela matéria orgânica;
- menos irritante e corrosivo que o cloro.
Desvantagens:
- sua atividade bactericida decresce com o aumento do pH. Mais ativo em pH 3,0 e muito
29
pouco em pH 7,0;
- não deve ser empregado em temperaturas maiores que 470C;
- menos eficiente que o cloro contra esporos bacterianos.
São compostos tensoativos, catiônicos que apresentam pouca atividade como detergentes
mas boa atividade germicida.
3 - ENZIMAS
3.1 – Introdução
3.2 – Classificação
3.3.1 – Amilases
São enzimas que atuam sobre a ligação α - 1,4 de polímeros da glucose como o amido,
glicogênio, transformando-o em moléculas de menor peso molecular. Entre as mias importantes
temos a alfa-amilase e a beta-amilase. Podem ser obtidas por microrganismos; mas normalmente
o são através do malte (cevada ou outro cereal germinado). A α amilase é produzida no processo
de germinação. São enzimas importantes na fabricação de bebidas obtidas a partir de cereais e na
panificação.
3.3.2 – Invertases
30
São enzimas que atuam sobre a sacarose, transformando-a em uma mistura de açúcares
redutores (glucose e frutose). Existem 2 tipos de invertases: a β-frutofuranosidase e a α-
glucosidase.
A maioria das invertases de plantas são β-frutofuranosidase. As leveduras caracterizam-
se por possuírem estas enzimas e são utilizadas na fermentação alcoólica ou produção industrial
de invertases.
3.3.3 – Lactase
São utilizadas para facilitar a filtração e a clarificação de sucos de frutas (maçã, uva) e na
produção de pectinas de baixa metoxilação ou ácidos galacturônicos. Elas são indesejáveis
quando podem ocasionar o excessivo amolecimento (abrandamento) de muitas frutas e
hortaliças; na formação de precipitados nos sucos de laranja e tomate e na diminuição da
consistênia de massas de tomate.
De uma maneira geral, podemos dizer da existência de 3 tipos diferentes de enzimas
pécticas: pectinesterase, poligalacturonase e pectina-transeliminase. As transeliminases não são
importantes nos vegetais e caracterizam-se por quebrarem a ligação glicosídica pela remoção do
hidrogênio 5, formando assim uma dupla ligação.
A pectinesterase catalisa a remoção de grupos metoxílicos da molécula de pectina e de
ácido pectínico para dar ácido péctico. Ocorre no tecido da maioria das plantas (tomate, laranja)
e pode ser produzida por microrganismos.
A poligalacturonase ocasiona a quebra das ligações glicosídicas das substâncias pécticas
para dar finalmente o ácido galacturônico. Também é encontrada nos vegetais superiores e pode
ser produzida por microrganismos.
3.3.5.1 – Papaína
3.3.5.2 – Renina
3.3.5.3 – Ficina
3.3.5.5 – Pepsina
3.3.6 – Glucose-oxidase
É uma enzima obtida principalmente de Aspergillus niger que oxida a glucose para ácido
glucônico, com a produção de água oxigenada. É utilizada para remoção de glucose. Ex. ovos
desidratados.
3.3.7 – Peroxidase
3.3.8 – Catalase
É uma enzima que contém o núcleo ferro-porfirina. A mais conhecida das reações da
catalase envolve uma oxidação-redução bimolecular, onde uma molécula de H2O2 é oxidada para
O2 e a outra é reduzida para H2º
3.3.9 – Polifeno-oxidases
3.3.10 – Lipoxidase
4.1 – Introdução
Desvantagens:
- peso excessivo;
- preço mais elevado;
- índice de quebra elevado;
- dificuldades de manipulação;
- pouca resistência a altas temperaturas.
4.4.1 – Papel
4.4.2 – Plásticos
4.4.2.1 – Polietileno
pressão de 1.200 atmosferas na presença de traços de oxigênio, ao passo que o polietileno de alta
densidade (0,941 a 0,965) é obtido a uma pressão de 40 atm e temperaturas entre 600 e 1600C, na
presença de metais alcoilados.
As propriedades do polietileno estão na sua resistência, baixo custo, disponibilidade,
transparência, facilidade de termossoldagem e excelente barreira à água. Não é uma barreira ao
oxigênio e às gorduras. O polietileno de alta densidade oferece melhores propriedades de
barreira às gorduras e é três vezes melhor como barreira ao oxigênio e duas vezes melhor como
barreira à umidade. Seu preço é mais alto.
O polietileno de baixa densidade é o plástico mais usado no Brasil, destancando-se o seu
uso na embalagem de leite, cereais, alimentos em pó, balas, etc. Já o polietileno de alta
densidade é indicado para produtos gordurosos e úmidos como manteiga, margarina, banha,
“hamburgers” e produtos sólidos com alto teor de gordura.
4.4.2.2 – Polipropileno
Obtido pela polimerização do propileno . É mais rígido, resistente e mais leve que o
polietileno. É melhor barreira ao oxigênio e à umidade do que o polietileno de baixa densidade
mas somente o dobro. Não é uma boa barreira ao oxigênio. Possui alta claridade e brilho. São
utilizados como envoltórios para doces e pães.
4.4.5 – Poliéster
4.4.6 – Nylon
4.5 - Alumínio
Embalagens fabricadas com folhas de alumínio podem ter diferentes graus de rigidez,
dependendo da espessura, têmpera, liga e formato. Alguns tipos de embalagens são muito
convenientes no preparo e serviço de alimentos, pois resistem a altas temperaturas. Os alimentos
poderão ser congelados ou cozidos na própria embalagem.
35
4.6 – Laminados
4.6.1 – Papel/polietileno
4.6.2 – Celofane/polietileno
4.6.3 – Nylon/polietileno
Possui boa barreira contra umidade e gases, sendo bastante resistente. Indicado para
carnes preparadas e para carnes cortadas, fechados a vácuo sendo que a propriedade de barreira a
gases é essencial para manter o vácuo.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BARBOSA, J.J. Introdução à Tecnologia de Alimentos. Rio de Janeiro: Livraria Kosmos, 1976.
118p.