You are on page 1of 7

Azevinho

Descrição:
Características gerais e morfológicas
Porte arbustivo ou arbóreo, podendo alcançar, no segundo caso,
uma altura de 8-10 metros, planta dióica e perene.

Folhas
De consistência coriácea, variáveis, são os ramos novos podem ter folhas
ovadas a lanceoladas, indo até 10 cm desprovidas de espinhos.
de comprimento e 5 de largura,
brilhantes e de cor verde-escura na
página superior, são baças na inferior.
As do tipo juvenil são onduladas e
espinhoso-dentadas e as do tipo adulto
são planas e inteiras.
Têm uma forma oblonga ou ovado-
oblonga e são alternas, muito rígidas e
coriáceas, muito reluzentes. As
margens são onduladas e possuem
dentes espinhosos. Em estados de
desenvolvimento avançados das
árvores, estes espinhos tendem a
desaparece.
A forma das folhas pode variar na
mesma planta entre os ramos mais
velhos e parte baixa com folhas
espinhosas enquanto a parte superior e
Flores
Floração de Abril a Junho. As flores de 6
a 8 mm nascem em pequenos grupos
nas axilas das folhas. O cálice é
constituído por quatro peças soldadas e
uma corola (pétalas) de cor branco-
creme ou rosada com quatro lóbulos
(zona de união das pétalas) levemente
soldados na base ou, então, quase
livres. É uma espécie dióica, pois tem
flores femininas e masculinas
distribuidas por pés diferentes, sendo
por isso as femininas as que aparecem
com as drupas (bagas) globosas, de um
vermelho vivo.

Frutos
Frutifica de Outubro a Dezembro. O
fruto cujo diâmetro oscila entre os 7 e
10 milímetros é vermelho brilhante,
com três a cinco pequenos lóculos no
interior. É uma drupa baciforme(em
forma de baga) globosa e lisa. O fruto
amadurece no Inverno e pela sua cor
torna-se muito vistoso, em contraste
com as folhas verde-escuro.
Os frutos possuem uma substância, a
ilicina, que os torna tóxicos.
Casca  

A casca do caule e dos ramos velhos é, em geral, de cor


cinzenta, clara e lisa. Nos ramos novos a casca é verde.

Distribuição Geográfica
Espontâneo em quase toda a Europa e Ásia Menor. Em
Portugal encontra-se no Norte nas serras de Larouco,
Barroso, Padrela, Alvão, Marão, Montemuro, Lapa e
também em Sintra e Monchique.

Ecologia
É chamada uma "árvore de sombra", pois suporta o
coberto de árvores maiores. Indiferente ao tipo de solo tem a constante de preferir
estações com pluviosidade alta ou média, bem como altitudes não indo além dos
1300 m.
Encontra-se no norte da Península Ibérica em bosques de carvalhos, em companhia
de faias, azinheiras e pinheiros, nas zonas menos degradadas
 Renova bem pelo cepo, podendo viver cerca de 300 anos .

Classificação Científica
Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida
Ordem: Celastrales

Família: Aquifoliaceae

Género: Ilex

Espécie: Ilex Aquifolium

Outras plantas pertencentes ao mesmo género:


Ilex paraguariensis (erva-mate)

Ilex anómala Ilex cassine

Toxicidade:
Os frutos, que aparecem apenas nas plantas femininas,
são pequenas drupas esféricas de 7 a 10 mm de
diâmetro, de um vermelho brilhante, por vezes
amarelas, quando maduras, contendo quatro grainhas
lenhosas.

Não são comestíveis, chegando mesmo a serem tóxicos: 20 a 30 frutinhas podem ser
mortais para um adulto. As folhas também são venenosas.

Utilizações:
É cultivada como planta ornamental, usada principalmente para adornos natalícios. A
sua procura do azevinho para este fim foi tão intensa que acabou por levar à proibição
da sua recolha no nosso país, sendo hoje bastante rara enquanto planta espontânea.
É uma espécie muito utilizada para sebes dado suportar muito bem as podas.

A parte interna do ritidoma, cozida durante 7-8 horas, deixada a fermentar entre 2 a 5
semanas e pulverizada e lavada com água, dá origem a uma goma usada para caçar
pássaros.

Tem também algumas utilizações medicinais. Às suas folhas são atribuídas


propriedades diuréticas. Os frutos são purgantes e provocam o vómito.

Curiosidades:
O Azevinho era uma árvore sagrada para os druidas. No calendário celta, o azevinho
(Tinne em gaélico) corresponde ao período compreendido entre 8 de Julho e 4 de
Agosto. Devido à dureza da sua madeira, os antigos celtas utilizavam esta árvore para
fabricar as pontas de lança. Por essa mesma característica, o azevinho é também um
símbolo de firmeza. Para os celtas, o rei do azevinho regia a metade descendente do
ano e o rei dos carvalhos, a metade ascendente.

Nas lendas Arturianas também se encontram referencias a esta árvore. Existe uma
lenda associada ao mito de Tristão e Isolda em que se conta que a bela dama teve de
tomar uma dura decisão: determinar quanto tempo passaria com o seu marido, Mark
e quanto tempo com o seu amante, Tristão. Podiam escolher entre a primavera, época
durante a qual as árvores se vestem de verdes folhas, ou o Inverno, época em que as
árvores ao carecer de folhas exibem a sua nudez. Mark ao ter prioridade, por ser seu
marido, escolheu o Inverno por este ter as noites mais longas. Diz-se que Isolda
sentenciou: “ Existem três árvores nobres: o azevinho, a hera e o teixo enquanto
estiverem vivos, folhas terão. Enquanto eu estiver viva, pertencerei a Tristão”.

No mito, Tristão adorna-se com folhas de azevinho e segundo o calendário celta, é o


rei do Inverno.

O termo “Ilex” é o nome dado pelos romanos à Azinheira mas que acabou por ser
aplicado ao azevinho pelas semelhanças entre as suas folhas e as da sua antiga
homónima.

Uma das tradições inglesas mais antigas, ritual datado do tempo dos Druidas, é o de
dar um beijo debaixo do visco (uma planta parecida com o azevinho).

Bibliografia:
http://montalvoeascinciasdonossotempo.blogspot.com/2010/11/o-azevinho-os-
ramos-cobertos-de-drupas.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Azevinho

http://arvoresdeportugal.free.fr/IndexArborium/Ficha%20AzevinhoIlexaquifolium.htm

http://www.infopedia.pt/$azevinho

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilex

You might also like