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INTERNACIONAIS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
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§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm
aplicação imediata.
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais
em que a República Federativa do Brasil seja parte.
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respeitando os requisitos de aprovação qual sejam, quórum especial e votação
em dois turnos.
Aspecto de extrema relevância, a ratificação dos tratados,
constitui fato imprescindível para a determinação do inicio da vigência,
vinculando o Estado brasileiro ao plano internacional. Somente a Presidência
da Republica tem o poder de celebrar tratados, comunicando aos demais
países a aceitação interna.
Essa prerrogativa não se coaduna com a separação de poderes,
fato da essencialidade do estado de direito. Nesse prisma, a EC 45 deixa um
ponto em aberto, vez que, o Congresso não tem essa função e, muito menos,
se faz representar diplomaticamente no exterior.
Como bem leciona Professor Antônio Celso Alves Pereira:
(...) “do prisma internacional, sem promulgação
não há ratificação, pois este é o modo formal de se dar notícia aos
demais países quanto a ter sido o tratado internacionalizado”.
2 - Monista ou Dualista?
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Ao estudarmos o assunto em tela, podemos trazer à tona o
conhecido caso do italiano Cesare Battisti, condenado à revelia por quatro
homicídios em seu país. Ele recebeu pena de prisão perpétua pelo assassinato de
quatro pessoas entre 1977 e 1979. Na época, Battisti, que alega inocência,
integrava a organização Proletários Armados Pelo Comunismo.
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Em maio de 2004, Cesare Battisti é detido em Paris a pedido da
justiça italiana, em meio a protestos de intelectuais, artistas e personalidades
políticas francesas de esquerda. É libertado, mas mantido sob vigilância. A câmara
de instrução da corte de apelações de Paris se declara favorável à extradição.
Battisti recorre. O italiano não se apresenta à polícia como exige o sistema de
vigilância judicial, e passa para a clandestinidade. A promotoria da corte de
apelações de Paris expede uma ordem de detenção. O recurso de Battisti é
rejeitado, e a extradição para a Itália torna-se definitiva. O primeiro-ministro francês
Jean Pierre Raffarin assina o decreto de extradição. Nesse espaço de tempo,
Battisti foge.
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nunca ocorreu porque nem a lei nem a Constituição autoriza tal procedimento.
Em Estado de Direito, tudo se faz de conformidade com a lei.
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Todavia se comprovado por laudo médico que o extraditado
sofre de moléstia grave, a sua entrega poderá ser adiada. (artigo 89, parágrafo
único, da lei 6.815/80).