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Conversão: Efeitos do Vento

A variação do vento com a altura ao solo (rugosidade), turbulência ou a presença de obstáculos,


etc., são outros factores que influenciam o aproveitamento desta fonte de energia:

Rugosidade: só a partir dos mil metros de altura é que a superfície terrestre deixa de ter
influência significativa sobre o vento. Nas camadas mais baixas a velocidade do vento é afectada
pela fricção com a superfície terrestre. Em geral, quanto maior a rugosidade do terreno maior o
abrandamento do vento. Um bosque ou uma grande cidade abrandam muito o vento, classe de
rugosidade 3 a 4 (definição utilizada pela industria eólica para classificar a rugosidade), uma pista
de um aeroporto, ou planície abrandam apenas ligeiramente o vento, classe 0,5-1, em quanto que
a superfície do mar ou de um lago tem uma influência quase nula, classe 0.

Variabilidade do vento: a velocidade do vento está sempre a flutuar, pelo que o seu conteúdo
energético varia continuamente. A magnitude destas flutuações dependem das condições
climatéricas e das condições locais (objectos e superfície). A produção energética da turbina varia
com este fenómeno, no entanto pequenas variações rápidas podem ser compensadas pela inércia
do rotor. Na maior parte dos locais do planeta o vento sopra mais intensamente durante o dia que
durante a noite, devido essencialmente a que as diferenças de temperaturas entre a superfície do
mar e a superfície da terras são maiores durante o dia que durante a noite, no entanto é mais
turbulento e sujeito a variações de sentido durante o dia. A maior produção diurna pode ser
vantajoso do ponto de vista comercial uma vez que os períodos de cheia registam-se durante o
dia.

Turbulência: a turbulência pode estar associada a fenómenos naturais como tempestades com
rajadas de vento m várias direcções, ou em áreas em que a superfície é muito acidentada (grande
rugosidade), e por detrás de obstáculos como edifícios onde ocorre muita turbulência com fluxos
de ar irregulares, remoinhos e vórtices. A turbulência reduz a possibilidade de utilizar o vento de
forma efectiva num aerogerador, assim como maior desgaste e possibilidades de rupturas (fadiga
estrutural). As torres eólicas são normalmente suficientemente altas para evitar as turbulências do
vento ao nível do solo.

Obstáculos: os obstáculos ao vento tais como edifícios, árvores, formações rochosas, etc.,
podem diminuir a velocidade do vento de forma significativa e normalmente criar turbulência ao
redor deles. Grande parte da turbulência é gerada na região por detrás do obstáculo, e pode
propagar-se até 3 vezes a dimensão do objecto, pelo que é de evitar grandes obstáculos perto das
turbinas eólicas, e em particular nas direcções do vento dominante.

Efeito da esteira: o vento que abandona a turbina tem um conteúdo energético inferior, criando
um “abrigo” na direcção a favor do vento. De facto, existe uma esteira por trás da turbina, i.e.,
uma “cauda” de vento muito turbulenta e abrandada, em comparação com o vento que chega a
turbina (expressão com origem na esteira produzida pelos barcos). Nos parques eólico, por forma
a evitar a turbulência ao redor das turbinas, a distância mínima equivalente entre cada turbina é
de três diâmetros de rotor. Nas direcções do vento dominante esta separação deve ser ainda
maior.

Efeito do Parque: como referido no efeito esteira, cada aerogerador irá travar o vento ao extrair
energia. O Ideal seria poder separar as turbinas o máximo possível na direcção dominante do
vento. No entanto os custos do terreno e ligação à rede aconselha instalar as turbinas o mais
próximo umas das outras. Como norma, a separação entre aerogeradores é de 5 a 9 diâmetros de
rotor na direcção dos ventos dominantes, e de 3 a 5 diâmetros nas direcções perpendiculares dos
ventos dominantes. As perdas típicas de energia devida e este efeito situam-se em 5%, já tendo
em conta as formas de minimizar este tipo de efeitos.

Efeito Túnel: o vento que passa entre dois edifícios altos ou entre uma passagem estreita dentre
duas montanhas é comprimido na parte exposta ao vento e a sua velocidade cresce
consideravelmente entre os dois obstáculos. Este efeito tem o nome de “efeito túnel” ou “venturi”.
Assim seria possível, na teoria, obter velocidades de vento 1/3 superiores. A colocação de uma
turbina eólica entre duas colinas, no entanto em colinas muito acidentadas pode haver efeitos da
turbulência que poderão anular as eventuais vantagens do efeito túnel e criar problemas de fadiga
nos materiais.

Efeito Colina: correntemente os aerogeradores são instalados perto do topo de colinas uma vez
que a velocidade do vento nestes locais é superior ao das áreas circundantes. Isto deve-se à
compressão que o vento sofre na zona onde sopra, e que, ao chegar ao topo da colina, pode voltar
a expandir-se pela ladeira a sotavento da colina. Caso a colina seja muito acidentada, pode ser
originada turbulência significativa, que pode anular a vantagem do efeito colina.

Condições marítimas: as condições de rugosidade são algo variáveis, devido a produção de


ondas, no entanto, em geral, pode-se considerar que a rugosidade da superfície da água é muito
baixa e os obstáculos ao vento são pouco, devendo nos cálculos ter em conta ilhas, faróis, etc., tal
como se faz com os obstáculos y a variação da rugosidade em terra. Uma menor rugosidade
traduz-se num perfil de velocidade mais estável (menos descolamento CL), pelo que o vento não
experimenta grande mudanças em altura, sendo possível torres mais baixas, com cerca de 0,75 x
diâmetro do rotor (normalmente, em terra, as torres tem uma altura de um diâmetro de rotor ou
mais). Também, no mar, a turbulência é menor do que em terra, devido às menores diferenças de
temperatura a diferentes alturas (no mar a radiação solar penetra vários metros de profundidade,
em quanto na terra a radiação concentra-se na camada superficial, aquecendo-a muito mais), pelo
que é de esperar um maior tempo de vida dos aerogeradores.

(tudo em http://www.energiasrenovaveis.com/Area.asp?ID_area=3 )

GAMESA

http://www.horizonwindfarms.com/northeast-region/documents/under-dev/marble-
river/Permit-Application-Clinton/Exhibit%2011.1R%20Drawings,%20Specifications,
%20and%20Preliminary%20Transportation%20Plan%20for%20Gamesa%20Eolica
%20G90%20Turbine.pdf

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