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não-linear
Instituto Politécnico da Guarda
Carlos Canelas
genheiros na qual se destacaram os nomes por que fosse possível editar ou montar a
de Charles Ginsberg, Charles Anderson, fita de vídeo como se montava a fita de áu-
Ray Dolby, Fred Pfost, Shelby Herderson dio. No entanto, rapidamente se percebeu
e Alex Maxey. Este equipamento audiovi- que isso não era possível, compreendendo-se
sual cumpria todos os requisitos de qual- que a montagem física da fita de vídeo seria
idade para radiodifusão (broadcast) e uti- a primeira solução (Raimondo Souto, 1993).
lizava o sistema de gravação transversal, A edição de vídeo foi introduzida dois
designando-se por quadroplex, porque us- anos após a invenção do registo magnético
ava quatro cabeças (Martinez Abadía, 1997). de vídeo, ou seja, em 1958, começando por
Meio ano após a sua apresentação, as princi- ser uma edição física, tal como se praticava
pais estações de televisão norte-americanas na montagem cinematográfica (Browne,
possuíam os VTRs como equipamentos in- 1989; 2002; Almeida, 1990; Henriques,
dispensáveis (Almeida, 1990). 1994). Este processo, como lembram
Este sistema de gravação de vídeo revolu- Manuel Faria de Almeida (1990), José Fér-
cionou a indústria da televisão, uma vez que, nandez Casado e Tirso Nohales Escribano
a partir da sua criação, existia a possibili- (2003), era complexo, na medida em que a
dade de registar programas audiovisuais para imagem e o respectivo som eram registados
serem difundidos e retransmitidos a qual- separadamente, o que criava grandes prob-
quer hora, evitando os erros que surgiam lemas aquando da sua sincronização. Para
com alguma frequência nos directos, e até Carlos Alberto Henriques (1994), este pro-
se podia intercambiar e comercializar pro- cesso era muito mais crítico do que na mon-
gramas audiovisuais entre operadores televi- tagem feita em película, porque as imagens
sivos (White, 1988; Martinez Abadía, 1997). não eram vistas a olho nu, pelo que a proba-
bilidade de não se efectuar o corte no ponto
A invenção do primeiro reprodu- certo era muito grande, e, por conseguinte,
tor/gravador de programas televisivos ńa colagem de dois pedaços de programa
permitiu não só reduzir os custos de pro- na zona visível da imagem poderia resul-
dução, como racionalizar melhor os meios tar numa perturbação não admissível em sis-
técnicos e humanos disponíveis (Henriques, temas profissionaisż (Henriques, 1994: 86).
1994). Nos meados da década de 60 do século
passado, a Ampex introduziu o processo de
edição electrónica (Browne, 2002). Este pro-
1 O Surgimento da Edição de
cesso ainda é hoje utilizado, obviamente com
Vídeo as devidas evoluções, nomeadamente pelos
Tal como se viu no ponto anterior, o vídeo editores que utilizam os sistemas de edição
transformou radicalmente a produção tele- linear (os sistemas de edição de vídeo serão
visiva. Todavia, nos primeiros tempos da abordados posteriormente). Este processo de
gravação de vídeo não era possível montar edição de vídeo supôs uma mudança radical
ou editar na fita de vídeo. Os antecedentes na actividade de editar um programa tele-
da gravação magnética do som fizeram su- visivo, visto que, pela primeira vez, o edi-
tor já não estava em contacto físico com o
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de vídeo pode dar asas à sua criatividade e à Zettl (2006), todos os sistemas de edição
sua veia artística. que usam a fita de vídeo são lineares, inde-
O editor, para cumprir as funções anteri- pendentemente do material audiovisual em
ormente descritas, tem de optar por um dos bruto esteja gravado em sinal analógico ou
dois sistemas de edição de vídeo, o linear ou digital. Por sua vez, a edição não-linear
o não-linear. de vídeo está relacionada com os recursos
disponibilizados pelos computadores. Esta
nomeação, não-linear, decorre da possibili-
3 Os Sistemas de Edição de Vídeo
dade de que as imagens têm de serem pro-
Os sistemas de edição de vídeo podem ser cessadas de modo aleatório, já que se encon-
lineares e não-lineares. A designação linear tram gravadas no disco duro do computador
advém, por um lado, da forma como se tem ou em discos ópticos.
acesso ao material audiovisual em bruto e, A grande diferença operativa entre estes
por outro lado, do modo como este vai ser dois sistemas transformou o conceito básico
ordenado na versão final. de como se pratica a edição de vídeo. Zellt
Tal como foi referido no ponto anterior, (2006) destaca que a edição linear de vídeo
o processo técnico da edição de vídeo passa é fundamentalmente uma selecção de planos
pela selecção e ordenação de planos. Desta que são copiados para uma nova fita segundo
forma, o editor de vídeo tem a necessidade uma determinada ordem, sendo o seu princí-
de visionar o material audiovisual em bruto pio operativo a cópia. Ainda para o mesmo
para poder definir quais os planos que vai autor (Zellt, 2006), a edição não-linear de
utilizar, bem como a ordem que estes terão vídeo, não copiando determinados fragmen-
no produto final. Este aspecto, o do acesso tos gravados (como sucede na edição lin-
ao material audiovisual em bruto, é uma das ear de vídeo), possibilita a reorganização de
grandes diferenças entre os dois sistemas de diferentes planos. A edição não-linear de
edição. Enquanto na edição linear de vídeo vídeo permite a selecção de planos através
para se visionar o plano C é necessário pas- de arquivos de imagem organizados por uma
sar, primeiramente, pelos planos A e B, no ordem específica. O princípio operativo da
caso da edição não-linear de vídeo, se o edição não-linear de vídeo é a reorganização
profissional da edição de vídeo tiver conhec- de ficheiros de dados de vídeo e áudio.
imento da localização do plano C, consegue A edição linear de vídeo exige uma maior
localizá-lo de uma forma quase instantânea planificação por parte do editor, na medida
sem ter a necessidade de passar pelos planos em que é mais difícil fazer modificações na
que o antecedem. Ora, na grande parte das versão editada. O trabalho linear significa
situações, a edição em sistema de edição seguir uma ordem (uma linha) do princípio
não-linear de vídeo é muito mais rápida do ao fim. Por seu lado, a edição não-linear de
que se a edição fosse realizada num sistema vídeo tenta romper com essa estrutura ao não
de edição linear de vídeo. seguir uma ordem estabelecida.
A edição electrónica, tendo por base a
fita de vídeo, é o exemplo da edição de lin-
ear vídeo. Tal como nos explica Herbert
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aplicados quando a fita é gravada, nem que tar primeiro as imagens e, só posteriormente,
seja a negro (sem imagem e sem som). O es- o áudio ou vice-versa; por último, permite
clarecimento feito sobre a pista de controlo, fazer um insert, quer dizer, é possível trocar
segundo José Martinez Abadía (1997), é ful- um plano ou uma cena em qualquer ponto da
cral, uma vez que o que diferencia a edição fita sem ter de transcrever a fita inteira e sem
por insert da edição por ensamble é o trata- prejudicar o que já está gravado, desde que as
mento que é dado à referida pista. novas imagens e/ou sons sejam recolocados
Na edição por insert, a pista de con- com a mesma duração das imagens e/ou sons
trolo permanece inalterada, dito por outras que estão a ser substituídos. Por estas razões,
palavras, não se gravam e não se apagam este método de edição é o preferido dos edi-
os impulsos electrónicos nesta pista, respei- tores quando usam o sistema de edição linear
tando os que a fita tinha gravado anterior- de vídeo (Raimondo Souto, 1993).
mente. Por este motivo, quando se usa este A edição por ensamble é recomendada,
método de edição de vídeo, o editor tem de na perspectiva de Mario Raimondo Souto
utilizar uma fita previamente gravada sem in- (1993), quando o editor só tem a intenção
terrupções. Assim, o editor tem de preparar de unir planos. Na mesma linha, Robinson
a fita antes de iniciar a edição de vídeo, efec- e Beards (1981) frisam que o editor pode
tuando uma gravação a negro, isto é, efec- recorrer à edição por ensamble quando pre-
tuando um registo sem sinal de vídeo e de tender acrescentar novas sequências a seguir
áudio. às que já estavam gravadas. Por seu turno,
Enquanto na edição por ensamble, os Peter Rea e David Irving (2001) assinalam
sinais de vídeo e de áudio, o código de tempo que este método de edição pode também ser
e a pista de controlo têm obrigatoriamente usado quando o editor pretender copiar ou
de ser gravados em simultâneo. Peter Rea duplicar o conteúdo de uma fita para outra
e David Irving (2001) explicam que, neste de uma forma directa e sem interrupções.
método de edição de vídeo, o conteúdo de Para além de o profissional de vídeo ter de
uma fita de vídeo é substituído na íntegra, ou escolher qual o método de edição que mel-
seja, o videogravador, quando grava, substi- hor se adapta às exigências do seu trabalho,
tui o sinal registado, vídeo, som, código de terá de ver se a modalidade de edição que
tempo e pista de controlo. tem disponível lhe permite efectuar o tra-
A edição por insert apresenta grandes balho pretendido.
vantagens quando comparada com a edição
por ensamble. Autores como Harris Watts 3.1.2 Modalidades de Edição: Corte e
(1990), Mario Raimondo Souto (1993), Pe- A/B Roll
ter Rea e David Irving (2001), Steven E.
Browne (2002) e Herbert Zellt (2006) desta- As modalidades, utilizadas na edição em fita
cam como principais vantagens: a elimi- de vídeo, são denominadas por edição por
nação de saltos e distorções na imagem, re- Corte e por A/B Roll. Estas duas modali-
sultantes da irregularidade da pista de con- dades diferenciam-se pela forma como o ed-
trolo; a possibilidade de editar imagem e itor de vídeo pode efectuar a ligação entre
som de forma independente, podendo mon-
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planos e, também, pela velocidade a que se de vídeo, convertendo-se, desta forma, num
tem acesso ao material audiovisual em bruto. método mais flexível.
A edição por Corte é um tipo de edição Com o surgimento dos sistemas de edição
simples, uma vez que a ligação entre planos não-linear de vídeo, principalmente da ger-
é feita através de corte, dito de outro modo, ação baseada nos discos magnéticos de
não existe qualquer efeito de transição na lig- computador, as tarefas de edição de vídeo
ação de planos. Nesta modalidade, o editor ficaram mais fáceis de realizar.
necessita de dois equipamentos de vídeo, um
VTR que desempenhe a função de leitor e o 3.1.3 Sistemas de Edição Não-linear de
outro VTR que exerça a função de gravador. Vídeo
A transição ou a passagem de plano, como já
salientámos, é feita somente através de corte. O advento da edição digital não-linear de
Na edição A/B Roll, de acordo com vídeo transformou radicalmente os proces-
Robinson e Beards (1981), o editor precisa sos de produção de cinema, televisão e vídeo
de pelo menos três VTRs: dois como fontes (Browne, 2002; Dancyger, 2006; Harring-
de vídeo e outro como gravador. Com a in- ton et al., 2008). Actualmente, todos os sis-
corporação de um misturador de vídeo en- temas de edição não-linear de vídeo estão
tre VTRs, o editor tem a possibilidade de in- assentes em computadores, quer em hard-
serir efeitos especiais de transição, títulos e ware quer em software, que podem cap-
mistura de áudio entre os dois VTRs de re- turar (digitalizar) material audiovisual em
produção, para ser registado pelo VTR de bruto e armazená-lo em discos magnéticos
gravação. A união de planos pode ser mais de grande capacidade ou em discos ópticos
suave, aplicando, por exemplo, um efeito de (Zellt, 2006). Contudo, como esclarecem
encandeado entre dois planos. Bernardo Cardoso (2003), José Fernández
Para além da modalidade A/B Roll per- Casado e Tirso Nohales Escribano (2003)
mitir aplicar efeitos, possui outra vantagem. e Richard Harrington, Mark Weiser e Rhed
Ainda que este procedimento necessitar Pixel (2008), nem sempre foi assim. Até
geralmente de três VTRs, o tempo de edição chegarmos aos actuais sistemas de edição
pode ser relativamente curto, porque um dos digital não-linear de vídeo, um longo cam-
VTRs de leitura rebobina a fita para um inho foi percorrido.
novo ponto, enquanto o outro leitor repro- O desenvolvimento dos sistemas de
duz o material audiovisual em bruto que edição não-linear de vídeo teve início na dé-
o VTR gravador regista e assim sucessi- cada de 70 do século XX (Ohanian, 1998;
vamente. Não obstante, esta técnica, na Browne, 2002; Fernández Casado e No-
opinião de Robinson e Beards (1981), requer hales Escribano, 2003). Os autores José Fer-
uma organização complexa e cada ponto de nández Casado e Tirso Nohales Escribano
edição deve ser conhecido como precisão. (2003) subdividem a evolução dos sistemas
Para Herbert Zellt (2006), a grande van- de edição não-linear de vídeo em três ger-
tagem de se editar em A/B Roll é que o ed- ações. A primeira geração baseava-se em
itor tem acesso ao material audiovisual em fita de vídeo, a segunda em videodisco ou
bruto proveniente de pelo menos duas fontes laserdisc, e a terceira e a mais recente ger-
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ação no armazenamento de vídeo em disco tavam num processo de busca dos planos
magnético de computador. Cada sistema seguintes e preparavam-se para reproduzir
possuía as suas especificidades, devido so- (Ebersole, 1993). O principal objectivo deste
bretudo à tecnologia utilizada, mas os ob- tipo de sistema passava pela obtenção de
jectivos a alcançar eram similares: obter uma edição não-linear mediante a utilização
acesso aleatório e rápido ao material audio- de várias máquinas, tornando o processo de
visual em bruto; conseguir uma edição não selecção de material audiovisual em bruto
sequencial; permitir efectuar modificações mais rápido (Fernández Casado e Nohales
com mais facilidadee reduzir o tempo de Escribano, 2003).
edição (Ohanian, 1998; Browne, 2002; Fer- Este sistema de edição não-linear de vídeo
nández Casado e Nohales Escribano, 2003; foi apresentado nos meados dos anos de
Harrington et al., 2008). 1970 com o nome de CMX 600 pela empresa
Os primeiros sistemas de edição não- CMX Systems (Ohanian, 1998; Browne,
linear de vídeo produziam um resultado fi- 2002; Damásio, 2002; Fernández Casado e
nal de fraca qualidade e eram usados, essen- Nohales Escribano, 2003; Harrington et al.,
cialmente, para trabalhos em off-line (pré- 2008). Este primeiro possuía grandes lim-
edições de baixa qualidade) (Shufflebottom, itações no que respeitava à sua capacidade
2001). de processamento e à perda de qualidade que
se verificava nas sucessivas cópias. Além do
3.1.4 Sistemas de Edição Não-linear de mais, era um sistema muito caro.
Vídeo baseados em Fita de Vídeo Durante alguns anos, não houve avanços
significativos e já em plena década de 1980,
O primeiro sistema de edição de vídeo não- mais precisamente no ano de 1984, surgiu
linear, baseado em fita de vídeo, era con- a MONTAGE PICTURE PROCESSOR, um
stituído por vários magnetoscópios reprodu- ano depois a EDIFLEX e a TOUCHVI-
tores, nos quais eram inseridos cópias do SION em 1986. Contudo, apesar de cada
original; um computador, funcionando como um dos sistemas apresentar uma interface e
controlador de edição e, por último, um mag- um método de trabalho diferente, todos tin-
netoscópio gravador que registava a edição ham o mesmo objectivo: obter uma edição
final. Após a inserção da lista que continha não-linear perante a utilização de múltiplos
as decisões sobre a edição (EDL3 ), o com- equipamentos, isto é, fazendo uso de várias
putador procurava, nos vários magnetoscó- fontes de imagem e de áudio (Fernández
pios reprodutores, o sinal que estivesse mais Casado e Nohales Escribano, 2003).
próximo. Deste modo, este processo permi- Pese embora os sistemas referidos se-
tia uma procura mais rápida do material au- jam considerados não-lineares, no que con-
diovisual em bruto, visto ser inserida uma cerne à procura das imagens em bruto, não
lista (EDL) no computador. A procura de dispunham de acesso aleatório, visto que se
imagens era feita de forma automática, pois usavam fitas de vídeo. Assim, o acesso ao
enquanto um leitor reproduzia, os outros es- material audiovisual em bruto continuava a
3
EDL – Edit Decision List ser sequencial (Ebersole, 1993). A geração
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vídeo baseados em discos magnéticos se im- cessidade de refazer tudo de novo (ou pelo
puseram no mercado da edição digital de menos uma grande parte), tal como ainda
vídeo. acontece na edição em fita de vídeo; de-
Manuel Damásio (2002: 204) aponta qua- vido sobretudo aos sistemas de edição lin-
tro características que os sistemas de edição ear de vídeo, as fitas de vídeo desgastam-
digital não-linear de vídeo, independente- se com alguma facilidade, visto que estão
mente do fabricante ou tipo, partilham: sujeitas a sucessivos rebobinamentos e re-
primeira característica, estes sistemas estão produções; no sistema de edição de não-
implementados em plataformas digitais; se- linear vídeo baseado em discos magnéticos,
gunda, são sistemas que permitem o acesso o material audiovisual em bruto é transferido
aleatório ao material audiovisual, possibili- para os discos magnéticos e as cassetes fi-
tando, desta forma, o acesso imediato a qual- cam imediatamente disponíveis para registar
quer ponto da gravação; terceira, são sis- novas imagens; estes sistemas são mais fá-
temas de edição não destrutivos, na medida ceis de utilizar do que os seus antecessores
em que o editor não executa nenhuma edição e do que os actuais sistema de edição linear
que afecta fisicamente o material audiovisual de vídeo; por último, o editor tem a possibil-
em bruto. Por exemplo, na edição linear de idade de realizar várias experimentações de
vídeo, o uso constante da fita de vídeo vai, edição antes de alcançar o produto final, po-
por um lado, desgastando o próprio equipa- dendo assim efectuar várias combinações de
mento de reprodução e/ou gravação de vídeo planos sem despender grandes esforços, ao
e, por outro, a própria fita vai-se deterio- contrário do que acontece ainda hoje em sis-
rando em virtude das sucessivas utilizações, temas de edição linear de vídeo.
seja em gravação ou em simples reprodução;
a última particularidade, define-se como um
4 Conclusão
sistema que possui (pelas características dos
seus interfaces) potencialidades híbridas de Neste artigo, após realizarmos uma breve
edição no espaço e no tempo. contextualização da tecnologia vídeo e da
José Férnandez Casado e Tirso Nohales edição de vídeo, propusemo-nos apresentar e
Escribano (2003) assinalam como princi- caracterizar os sistemas de edição de vídeo,
pais vantagens dos sistemas de edição não- desde os sistemas de edição linear de vídeo
linear baseados em discos magnéticos: o até ao advento dos actuais sistemas de edição
acesso aleatório do material audiovisual em digital não-linear de vídeo.
bruto e do editado, pois a procura de ima-
gens e sons é muito mais rápida, quase in-
5 Referências Bibliográficas
stantânea; caso seja necessário fazer mod-
ificações em programas audiovisuais já ed- ALMEIDA, M. F. (1990), Cinema e Tele-
itados, com esta tecnologia torna-se muito visão: princípios básicos, Lisboa:
mais fácil e rápida, uma vez que o editor Edição TV Guia Editora, 2.ł edição.
pode alterar, a qualquer momento, a ordem
dos planos, acrescentar ou retirar planos em BROWNE, S. E. (1989), Videotape Editing:
qualquer ponto do programa, sem ter a ne- A Postproduction Primer, Focal Press.
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Os Sistemas de Edição de Vídeo: linear versus não-linear 11
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