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Formação Geológica da Terra

Diferentes formas de relevo


Geologia do Brasil
Formas e estruturas brasileiras
Formas x Estruturas
• Formas de relevo: são feições
produzidas a partir dos desgates erosivos,
sendo, portanto, mais recente.

• Estruturas de relevo: são formações


litológicas, ou seja, sua origem está
atrelada ao processo de formação do
planeta.
Formas de Relevo Continental
• Planalto: superfície mais ou menos plana e
elevada (> 200m), onde os processos de
erosão predominam. É delimitada por declives
ou escarpas.
• Planície: superfície mais ou menos plana, de
natureza sedimentar, onde predominam os
processos de deposição. Geralmente são baixas
(< 200m).
• Depressão: porção do relevo terrestre mais
baixa em relação ao nível do mar (absoluta) ou
em relação às áreas próximas (relativa).
• Escarpa: declive acentuado que aparece em
bordas de planalto. Pode ser gerada por um
movimento tectônico (escarpas de falha) ou
modelada por agentes externos (escarpas de
erosão).
• Montanhas: formas de relevo que apresentam
maior altitude. Quanto à origem, há montanhas
de dobras, de falhas, vulcânicas e de erosão.
Quanto à idade podem ser antigas e recentes.
Muitas vezes, as montanhas formam cadeias
com quilômetros de extensão que chamam-se
cordilheiras.
• Chapada: tipo de planalto sedimentar, cujo topo
é aplainado e as encostas, escarpadas.
Também é conhecido como planalto tabular.
• Cuesta: forma de relevo dissimétrico
constituída poe sucessão alternada de
camadas rochosas com diferentes
resistências ao desgaste. Delimitada por um
declive abrupto e por um declive suaves.
• Tabuleiro: superfície em contato com o oceano
que possui, geralmente, topo plano. No lado
com contato com o mar apresenta declives
abruptos que formam falésias ou barreiras.
• Serra: designa um conjunto de formas variadas
de relevo. Sua definição e uso não são rígidos,
sofrendo variação de uma região para outra.
Formas de Relevo Submarino

• Plataforma continental: é a continuação do


continente (SIAL), mesmo submerso. Possui
profundidade média de 0 a 200 m, o que
significa que a luz solar infiltra-se na água,
gerando condições propícias à atividade
biológica e ocasiona uma enorme importância
econômica – a pesca. Há também, na
plataforma continental, a ocorrência de petróleo.
• Talude: é o fim do continente, onde há o encontro
da crosta continental com a crosta oceânica,
formando desníveis de profundidade variável, que
chegam a atingir 3 mil metros. As fossas marinhas
são depressões abissais que aparecem abaixo do
talude, em zonas de encontro de placas tectônicas.

• Região pelágica: corresponde à crosta oceânica


(SiMa) propriamente dita, que é geologicamente
distinta da crosta continental. Nela encontramos
depressões, montanhas tectônicas e vulcânicas,
planícies, etc. Na região pelágica, aparecem as
ilhas oceânicas.

• Região abissal: quando ocorre aparece junto ao


talude e corresponde às fossas marinhas.
Formas de Relevo Litorâneo
• Falésia: é um
ressalto não coberto
pela vegetação, com
declividades muito
acentuadas e de
alturas variadas,
localizado na linha de
contato entre terra e
mar.
• Terraço de abrasão: superfície
erodida pelas ondas que, à medida
que a falésia vai recuando para o
continente, amplia-se.
• Restinga: é designada
como barreira ou
cordão litorâneo. É
formada por faixas
arenosas, depositadas
paralelamente à praia,
que se alongam tendo
como ponto de apoio
nos cabos e saliências
do litoral.
• Lagoas litorâneas: parcelas de água
separadas do mar por restingas que,
acima do nível normal da maré alta e, se
estendem paralelamente a costa.
• Praia: é o conjunto de sedimentos,
depositados ao longo do litoral, que se
encontra em constante movimento.
Estrutura Geológica do Brasileira
• A estrutura geológica brasileira não possui
grandes cadeias de montanhas
relacionadas a dobramentos modernos
por estar localizada no centro da placa
Sul-Americana (longe da área de contato
de placas).
• Podemos dividir a estrutura geológica
brasileira em dois segmentos, a saber:
– Bacias sedimentares;
– Escudos cristalinos.
• Bacias sedimentares: são depressões
relativas, preenchidas por detritos ou
sedimentos de áreas próximas.

• Este processo se deu nas eras Paleozóica,


Mesozóica e Cenozóica, contudo ainda
ocorrem nos dias atuais.

• Associam-se à presença de petróleo, carvão,


xisto e gás natural.
• Escudos cristalinos: são blocos imensos
de rochas antigas.

• Estes escudos são constituídos por


rochas cristalinas (magmático-plutônicas),
formadas em eras pré-cambrianas, ou por
rochas metamórficas (material
sedimentar) do Paleozóico, são
resistentes, estáveis, porém bastante
desgastadas.
Classificações do Relevo Brasileiro
• Aroldo de Azevedo (1940):
– Cotas altimétricas como parâmetro:

• Planalto: superfície levemente acidentada com


200m ou mais, correspondendo a 59% do
território brasileiro;

• Planície: superfície plana com menos de 200m,


correspondendo a 41% do território brasileiro.
• Aziz Ab’Sáber (1958):
– Processos geomorfológicos atuantes como
parâmetro:

• Planalto: área mais ou menos plana, onde os


processos erosivos superam a sedimentação,
correspondendo a 75% do território;

• Planície: área mais ou menos plana, onde os


processos de sedimentação superam a erosão,
correspondendo a 25% do território.
• Jurandyr Ross (1989):
– Projeto RadamBrasil (1970 a 1985)
– A nova classificação, com 28 unidades de
relevo, considerou, além das características
morfoestruturais (estruturas geológicas) e
morfoclimáticas, as características
morfoesculturais do relevo, ou seja, a ação
dos agentes externos. E introduz o conceito
de depressão, inexistente nas classificações
anteriores.
• No Brasil, existem 11 depressões e elas
são divididas nos três grupos a seguir:
– Depressão Periférica: estabelecidas nas
regiões de contato entre estruturas
sedimentares e cristalinas.
– Depressão Interplanáltica: estabelecidas em
áreas mais baixas em relação aos planaltos
que as circundam.
– Depressão Marginal: margeiam as bordas de
bacias sedimentares, esculpidas em estruturas
cristalinas.
• No Brasil existem 11 planaltos divididos nos quatro
grupos a seguir:
– Planaltos em Bacias Sedimentares: constituídos por
rochas sedimentares e circundados por depressões
periféricas ou marginais.
– Planaltos dos Cinturões Orogênicos: originados
pela erosão sobre os antigos dobramentos sofridos na
Era Pré-Cambriana pelo território brasileiro.
– Planaltos em Núcleos Cristalinos Arqueados:
estruturas que, embora isoladas e distantes umas das
outras, possuem a mesma forma, ligeiramente
arredondada.
– Planaltos em intrusões e coberturas residuais da
plataforma (escudos): formações antigas da era
Pré-Cambriana que possuem grande parte de sua
extensão recoberta por terrenos sedimentares.
• No Brasil existem 6 planícies divididas
em dois grupos:

– Planícies Costeiras: encontradas no litoral


como as Planícies e Tabuleiros Litorâneos.
– Planícies Continentais: situadas no interior
do país, são consideradas planícies as terras
situadas junto aos rios.
Exercícios
1. Mackenzie-SP Na classificação do relevo brasileiro, feita pelo Prof.
Jurandyr Sanches Ross (1995), são identificados os planaltos em
cinturões orogênicos, resultado de ações tectônicas ocorridas no
passado geológico, causadoras de numerosas falhas na estrutura
rochosa, e, em período geológico mais recente, atacados por
processos de erosão diferencial sob clima quente e úmido. Apresentam
trechos de escarpas e outros de topografia arredondada. Esse tipo de
planalto está presente em trechos:

a) da região Centro-Oeste e são caracterizados pelos chapadões.


b) da região Sudeste, e apresentam “serras” cristalinas e mares-de-
morros.
c) da Amazônia, onde formam tabuleiros e baixos planaltos.
d) do Sertão Nordestino, caracterizando-se pela presença de
chapadas e brejos.
e) da região Sul, onde é marcado pelas “cuestas” basálticas.
2. UFRN Observando o mapa ao
lado, a parte mais escura indica
o Planalto:

a) Central, de formação
essencialmente sedimentar.
b) Atlântico, destacando a
formação de chapadas e serras
cristalinas.
c) Meridional, compondo o relevo
de cuestas.
d) Central, formado de planaltos
cristalinos e chapadões
sedimentares.
3. UEPB Identifique os perfis geomorfológicos a seguir:

a) Planície do Pantanal e Planalto Atlântico.


b) Planalto Meridional e Planície Amazônica.
c) Planície Costeira e Planície do Pantanal.
d) Planalto Meridional e Planalto das Guianas.
e) Planalto Central e Planície Amazônica.
4. UFPR São formações do relevo geralmente de estrutura
sedimentar, delimitadas por declives onde os processos erosivos
superam os acumulativos. O texto refere-se a

a) planaltos.
b) planícies.
c) depressões absolutas.
d) depressões relativas.
e) restingas.
5. U. Uberaba-MG O mapa abaixo apresenta a atual proposta de
identificação das macrounidades do relevo brasileiro, com 3 tipos de
unidades geomorfológicas, que refletem suas gêneses: os planaltos, as
depressões e as planícies.

Correlacione as unidades geomorfológicas aos números


correspondentes e depois assinale a alternativa que contém a ordem
correta:

(05) ( ) Depressão sertaneja do São Francisco.


(10) ( ) Planaltos e chapadas da Bacia do Parnaíba.
(19) ( ) Planalto da Borborema.
(21) ( ) Depressão periférica da borda leste da bacia do Paraná.
(02) ( ) Planaltos residuais norte-amazônicos.

a) 10, 21, 19, 02 e 05. c) 19, 02, 10, 21 e 05.


b) 02, 21, 19, 05 e 02. d) 19, 21, 10, 02 e 05.
6. UFRJ Analisando o mapa ao lado, pode-se inferir que:

a) a área 1 corresponde ao Planalto Meridional, com áreas vulcânicas


e solo fértil, enquanto a área 2 corresponde à Planície Costeira, de
origem sedimentar.

b) a área 1 corresponde ao Planalto Central, com a vegetação do


cerrado, enquanto a área 2 corresponde à área do Planalto Atlântico,
formado por rochas cristalinas.

c) a área 1 é o Planalto Guiano, rico em recursos minerais e a área 2


é a do Planalto Atlântico, com enorme riqueza em minerais ferríferos.

d) as áreas 1 e 2 correspondem a trechos do Planalto Brasileiro, com


derramamentos vulcânicos e ocorrência de minerais ferríferos,
respectivamente.

e) as áreas 1 e 2 correspondem a trechos do Planalto Brasileiro,


ambas de origem sedimentar e com ricos depósitos de carvão e
petróleo.
7. UFPR Considerando a figura abaixo, que representa
esquematicamente aspectos da morfologia e da hidrografia
terrestres, é correto afirmar:
( ) O setor do blocodiagrama assinalado pela letra C caracteriza uma
depressão absoluta.

( ) A letra B indica uma porção da crosta terrestre com relevo pouco


acidentado, limitada por superfícies mais baixas e classificada como
planalto.

( ) O setor indicado pela letra A é típico de uma planície sedimentar


litorânea.

( ) No setor indicado pela letra B são comuns os processos erosivos.

( ) O blocodiagrama expressa formas de relevo que podem ter sua


origem e seu modelado tanto em fenômenos que ocorrem no interior
da crosta como em fenômenos que ocorrem na superfície terrestre.

( ) A rede de drenagem que tem suas nascentes no setor B e se


dirige para o oceano classificase como endorréica.

( ) O setor indicado pela letra D representa um delta.


Gabarito
1. B
2. D
3. B
4. A
5. C
6. D
7. F,V,V,V,V,F,V

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