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Cadernos de Educação de Infância

Jul./Set. 2003
Da Direcção

DA DIRECÇÃO

X Encontro Nacional: Pensar Educação de Infância - A Construção de


Práticas de Qualidade

Pressupostos de organização e dinâmica


Num momento de profunda dúvida e necessidade de equacionar o futuro da
Educação de Infância em Portugal, o X Encontro Nacional da Associação
de Profissionais de Educação de Infância, realizado no Porto, no Centro
de Congressos e Exposições da Alfândega, nos dias 8, 9 e 10 de Maio de
2003, foi mais um momento de reflexão e análise, no qual se pretendeu
fazer um debate sério e fundamentado sobre política educativa e práticas de
qualidade. Subordinado ao tema “Pensar Educação de Infância: A
construção de Práticas de Qualidade”, este espaço de partilha pretendeu
debater a actual situação nacional e internacional sobre as práticas
educativas e sociais da Educação de Infância e, contou para isso, com
inúmeros especialistas.

Preparação do Encontro
Partindo das críticas e sugestões apresentadas por participantes em
anteriores encontros, e após discussão e reflexão alargada com todos os
elementos das diferentes delegações, optou-se, em primeiro lugar, por
agendar o X Encontro para a primeira semana de Maio, ou seja, 8, 9 e 10 de
Maio (quinta, sexta e sábado). Em primeiro lugar, porque as alterações ao
calendário escolar deixaram de ser concordantes para todos os
estabelecimentos de ensino e Educadores. Em segundo lugar,
consideramos que a marcação para os últimos dias de uma semana poderia
facilitar as deslocações dos potenciais participantes e, por último,
considerámos ser possível solicitar às entidades superiores, dispensa para
formação.
Em relação ao modelo de organização protagonizado, ou seja,
comunicações temáticas e painéis de debate, foi reflectido que tal dinâmica
poderia promover uma participação mais igualitária de debate e reflexão por
parte de todos os envolvidos, assim como reduzir em tempo e aumentar em

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qualidade as comunicações e pausas evitando, por outro lado, as situações


de desigualdade na participação dos ateliers.
Dada a situação actual da Educação de Infância, particularmente no que se
refere à Educação Pré-Escolar, consideramos que se justificou a escolha do
título/temática, Pensar Educação de Infância – A Construção de Práticas de
Qualidade, passível de promover a discussão e a reflexão partilhada, entre
todos os profissionais de educação interessados e preocupados com o
futuro da Educação no nosso país.

Organização
Após reunião efectuada em Braga, no dia 11 de Novembro, ficou definida a
Comissão Organizadora (Mª Bibiana Magalhães, Henrique Santos – Sede;
Paulo Fernandes, Maria José Freitas, Isabel Roseira, Isabel Beires, Adélia
Carvalho, Filipa Brandão e Leia Pinto - CI Delegação Norte) à qual caberia a
responsabilidade de conjugar esforços e desenvolver as diligências para
que o X Encontro fosse uma realidade.

Realização e Processo (Participantes, colaboradores, conferencistas,


projectos e poster’s)
Ao longo dos meses, que antecederam a realização do X Encontro,
desenvolveram-se inúmeros contactos para que pudéssemos contar com a
presença e participação dos mais ilustres representantes, nacionais e
internacionais, ligados à Educação de Infância. O que se veio a concretizar
através da presença de conferencistas como Tony Bertram, Cris Pascal;
Juan Muliterno, Miguel Zabalza e de comentadores como Isabel Alarcão;
Paulo Cutileiro; José Neves; António Pedro Manique; Maria Teresa
Sarmento; Gabriela Portugal; Teresa Brandão Coutinho; Isabel Rego; Teresa
Roquete; Jorge Lemos; Rui d’Espiney, entre outros.
A par desta situação foram igualmente contactados inúmeros projectos,
instituições e Profissionais de Educação que, através da apresentação das
sua práticas, em diferentes contextos educativos, pudessem servir de
referência a outros profissionais e que, numa discussão alargada, partilhada
e comentada por um especialista na área despertassem uma reflexão crítica
potenciadora de crescimento sustentado e mútuo.

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Em paralelo, e no decorrer deste processo, foi lançado um desafio a todos,


associados e não associados, que pretendessem por em comum os seus
trabalhos de investigação, relatar as suas vivências e práticas ou expressar
as suas opiniões relativamente à Educação de Infância. Desafio este que se
concretizou através da recepção de vinte e um poster´s e que se
destacaram pelo seu rigor científico, pedagógico e educativo. Só alguns
condicionalismos pontuais, que os seus autores não conseguiram
ultrapassar, é que inviabilizou a apresentação de todos eles no decorrer do
Encontro.

Presença do Ministro da Educação


Na continuidade dos contactos que vêm sendo estabelecidos com o
Ministério da Educação e a Secretaria de Estado, no sentido da Associação
conhecer e contribuir criticamente para a definição de uma política
Educativa, de qualidade, para a Infância e seus profissionais,
desenvolveram-se diligências para que contássemos, na sessão de
Encerramento, com a presença do Ministro da Educação, David Justino.
No período que antecedeu o início da Sessão de Encerramento, para além
de darmos a conhecer, de forma sumária, os objectivos e as iniciativas da
Associação, aproveitámos a oportunidade para darmos contas de algumas
das nossas preocupações, partilhadas por muitos dos nossos associados e
que foram reforçadas, no decorrer da Assembleia Extraordinária e para a
qual foi elaborado um documento de reflexão sob o título “Pensar Educação
de Infância – A Construção de Práticas de Qualidade” (ver da Direcção)
Como último orador na sessão de encerramento, o Sr. Ministro não só
reforçou a sua intenção de dar continuidade à política de valorização e
reconhecimento da Educação Pré-Escolar como indicou a necessidade de
se investir num processo de avaliação e definição de competências, para as
crianças, do Pré-Escolar. A este propósito afirmou que esta definição deveria
contar com o contributo imprescindível dos profissionais de educação que
possuem competências técnicas e pedagógicas para a sua concretização,
lançando, a esta Associação, o desafio de uma colaboração mais estreita e
sistemática neste processo.

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Embora aguardássemos uma clarificação em relação à aplicação do


Calendário Escolar, para o próximo ano lectivo, permaneceu a ideia de que
não haverá alterações dado que os Profissionais de Educação não
demonstraram, ainda, que realizam efectivamente uma avaliação do
processo no qual estão implicados. Em relação a este assunto atrevemo-nos
a afirmar que está nas nossas mãos demonstrá-lo!...
Já no espaço pós-encontro, e respondendo a questões levantadas por
diferentes Educadores de Infância relativamente a aspectos como a
igualdade de direitos e oportunidades para todos os profissionais de
educação; o tempo de serviço e progressão na carreira; as possíveis
alterações na tutela dos estabelecimentos de educação pré-escolar, o Sr.
Ministro deu conta da sua vontade para proporcionar situações de igualdade,
laborais e profissionais, para todos os Educadores independentemente do
ministério a que pertencem, assim como sublinhou a intenção de não
introduzir alterações ao que se encontra em vigor quer em relação ao tempo
de serviço/idade da reforma quer relativamente às questões da tutela.
Fazendo eco da participação dos cerca de 400 Profissionais de Educação de
Infância, das comunicações dos diferentes especialistas, das propostas dos
comentadores e das reflexões dos responsáveis por projectos e poster´s,
encontra-se em elaboração um documento síntese sobre os temas e
temáticas debatidas a apresentar, oportunamente, ao Sr. Ministro da
Educação. Este documento pretende, acima de tudo, fazer chegar às
instâncias superiores algumas sugestões e contributos reflectidos e críticos
sobre os caminhos a seguir na definição de uma política de qualidade e de
valorização do Profissional de Educação.

Reflexão final
Dado que aguardamos o tratamento dos resultados do questionário de
avaliação distribuído a todos os participantes, e sobre o qual daremos
oportunamente notícias, só nos é possível efectuar uma apreciação global
sobre o Encontro a partir das opiniões expressas por alguns dos
participantes. Dos aspectos referidos como mais positivos destacam-se a
estrutura do Encontro em grandes conferências e em painéis de debate; o
contributo e o nível científico das conferências; a participação dos

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profissionais de educação em diferentes contextos através da apresentação


de práticas pedagógicas e projectos educativos com o suporte e comentário
de especialistas na área. Dos aspectos menos positivos a considerar em
futuras iniciativas destacam-se o não cumprimento rigoroso dos horários
estabelecidos e os tempos de espera entre as apresentações.
Acontecimentos que lamentamos, mas que não poderemos considerar como
da nossa inteira responsabilidade.

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Ecos da Assembleia Extraordinária tida durante o X Encontro

Na continuidade do que a Associação vem desenvolvendo ao longo destes


dois anos, e dada as alterações que vêm sendo introduzidas ou se advinham
como possíveis no quadro da Educação de Infância, consideramos
pertinente levar à Assembleia Extraordinária (realizada no dia 08/05/2003)
um documento para reflexão e debate sob o título: Pensar Educação de
Infância – A Construção de Práticas de Qualidade. Constavam neste
documento dez pontos que consideramos essenciais para a definição de
uma política educativa intencional de qualidade e que passamos a
transcrever:
1. reforçar a pertinência e a necessidade de ver reconhecida a contagem de
tempo de serviço dos Educadores de Infância a exercer funções na valência
de Creche;
2. dar cumprimento às disposições relativas às componentes educativas e
de apoio à família, assegurada em diferentes locais pelos protocolos de
cooperação e colaboração estabelecidos com entidades locais e outras, na
defesa dos critérios exclusivamente qualitativos e não quantitativos;
3. dignificar o papel e a função do Educador conferindo-lhe o tempo e o
espaço necessário para avaliar, planear e coordenar proporcionando-lhe
autonomia para a criação e definição de estratégias (educativas,
pedagógicas e didácticas) adequadas e diferenciadas segundo os contextos
e as necessidades;

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4. a necessidade de fazer aprovar, para o próximo ano lectivo (2003-2004),


um Calendário Escolar idêntico ao aplicado aos restantes níveis de ensino
dado que a situação de apoio social às famílias é fenómeno transversal que
abarca todas as crianças (e suas famílias) independentemente do grau de
ensino que frequentam;
5. as respostas ao nível social e de apoio às famílias deverão ser pensadas
de forma integrada e contextualizada tendo em conta as realidades de cada
comunidade;
6. promover as situações de igualdade, de direitos e deveres, em relação a
todos os profissionais independentemente do organismo, entidade ou
instituição na qual estes exercem a sua profissão;
7. reforçar com maior evidência, clareza e determinação o papel regulador
da inspecção como entidade que poderá promover o cumprimento dos
critérios que deverão presidir à Qualidade de Educação Pré-Escolar.
8. Desenvolver a rede dos Apoios Educativos numa perspectiva de
inclusão e de promoção da Intervenção Precoce e atempada para a redução
de situações de risco.
9. Rever a situação de desigualdade em relação a este grau de ensino, e
aos seus profissionais que, como promotores da Educação de Infância como
primeira etapa da educação básica subjacente uma intencionalidade própria
e específica; Educação de Infância como primeira etapa da educação básica
subjacente uma intencionalidade própria e específica;
10. Diversificar e qualificar a formação inicial indo de encontro ao Perfil Geral
de Desempenho Profissional.

Conclusões do debate/reflexão da Assembleia

Decorrente da apresentação do documento e da sua posterior apreciação,


os presentes concordaram que os pontos em referência se revestem da
maior importância para que se caminhe efectivamente para a valorização da
Educação de Infância e seus profissionais.
Acrescentaram ainda, que seria de toda a pertinência torná-lo público e
partilhá-lo não só, com um grupo alargado de Profissionais de Educação de
Infância, mas também dá-lo a conhecer às diferentes instâncias com

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responsabilidades na área da Educação nomeadamente: Ministério da


Educação, Ministério da Segurança Social, Escolas de Formação, entre
outras.
Dado tratar-se de um documento em aberto ficou, nessa data combinado
que todos os interessados em melhorá-lo deveriam enviar as suas
propostas, por e-mail, até ao dia 15 de Junho de 2003.
Referenciando especificamente alguns das ideias lançadas a partir dos
pontos em debate subscreveu-se a necessidade de sublinhar com maior
insistência aspectos como:
• a contagem do tempo de serviço para todos os Educadores
independentemente do contexto (creche ou outro);
• a articulação sistemática e uma política comum em todos os Ministérios
e outras entidades com responsabilidades na área da Educação (Ministério
da Educação, Ministério da Solidariedade Social; Ministério da Saúde;
Câmaras Municipais, entre outros);
• a proximidade crescente, nos mais diversificados domínios (condições de
trabalho, remunerações, oportunidades de formação/actualização;
articulação educativa e pedagógica, etc.) entre as instituições do MSST
(Creches) e ME (Jardins de Infância) como vem sendo protagonizado pelas
recomendações da os OCDE;
• as realidades particulares dos estabelecimentos de Educação (Públicos e
Privados) nomeadamente as que já asseguram a Componente à Família
e/ou as que desenvolvem um trabalho articulado com os restantes níveis de
ensino (Agrupamentos) e que no caso da rede pública se encontram
“penalizadas” com a aplicação do calendário escolar em vigor;
• a necessidade crescente de investir em mecanismos de
acompanhamento, supervisão/monitorização e avaliação de desempenho
dos profissionais de educação para que se efective e generalize uma
educação de qualidade;
• a necessidade de efectivar a equiparação do Estatuto da Carreira
Docente em vigor para o público e o Contrato Colectivo de Trabalho aplicado
Privado dado que existe legislação que o protagoniza.

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Na continuidade do debate e discussão ocorrida no decorrer da Assembleia,


desenvolveram-se algumas reuniões pontuais sobre as linhas orientadoras
que deveriam presidir à intervenção da Associação nos próximos tempos.
Resultante desta reflexão conjunta considerou-se possível, como primeira
etapa da intervenção/acção da Associação, a constituição de grupos de
trabalho que dinamizariam, de forma descentralizada, participativa e
articulada, reuniões temáticas sobre aspectos como:
• desenvolvimento Curricular, avaliação e planificação;
• contributo da formação inicial e das Escolas de Formação para a
definição do perfil de competências do Profissional de Educação?;
• a adequação do perfil de competências iniciais à realidade educativa e a
construção de práticas educativas de qualidade, A necessidade de
acompanhamento, supervisão e monitorização;
• a definição e avaliação de competências da criança na Educação Pré-
Escolar.
Através da realização dessas reuniões, pretende-se implicar o maior número
de Profissionais de Educação possíveis no processo de definição e
construção de uma política educativa, na qual se revejam e efectivamente
participem.

Conclusões do debate/reflexão da Assembleia

Decorrente da apresentação do documento e da sua posterior apreciação,


os presentes concordaram que os pontos em referência se revestem da
maior importância para que se caminhe efectivamente para a valorização da
Educação de Infância e seus profissionais.
Acrescentaram ainda, que seria de toda a pertinência torná-lo público e
partilhá-lo não só, com um grupo alargado de Profissionais de Educação de
Infância, mas também dá-lo a conhecer às diferentes instâncias com
responsabilidades na área da Educação nomeadamente: Ministério da
Educação, Ministério da Segurança Social, Escolas de Formação, entre
outras.

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Dado tratar-se de um documento em aberto ficou, nessa data combinado


que todos os interessados em melhorá-lo deveriam enviar as suas
propostas, por e-mail, até ao dia 15 de Junho de 2003.
Referenciando especificamente alguns das ideias lançadas a partir dos
pontos em debate subscreveu-se a necessidade de sublinhar com maior
insistência aspectos como:
• a contagem do tempo de serviço para todos os Educadores
independentemente do contexto (creche ou outro);
• a articulação sistemática e uma política comum em todos os Ministérios
e outras entidades com responsabilidades na área da Educação (Ministério
da Educação, Ministério da Solidariedade Social; Ministério da Saúde;
Câmaras Municipais, entre outros);
• a proximidade crescente, nos mais diversificados domínios (condições de
trabalho, remunerações, oportunidades de formação/actualização;
articulação educativa e pedagógica, etc.) entre as instituições do MSST
(Creches) e ME (Jardins de Infância) como vem sendo protagonizado pelas
recomendações da os OCDE;
• as realidades particulares dos estabelecimentos de Educação (Públicos e
Privados) nomeadamente as que já asseguram a Componente à Família
e/ou as que desenvolvem um trabalho articulado com os restantes níveis de
ensino (Agrupamentos) e que no caso da rede pública se encontram
“penalizadas” com a aplicação do calendário escolar em vigor;
• a necessidade crescente de investir em mecanismos de
acompanhamento, supervisão/monitorização e avaliação de desempenho
dos profissionais de educação para que se efective e generalize uma
educação de qualidade;
• a necessidade de efectivar a equiparação do Estatuto da Carreira
Docente em vigor para o público e o Contrato Colectivo de Trabalho aplicado
Privado dado que existe legislação que o protagoniza.
Na continuidade do debate e discussão ocorrida no decorrer da Assembleia,
desenvolveram-se algumas reuniões pontuais sobre as linhas orientadoras
que deveriam presidir à intervenção da Associação nos próximos tempos.

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Resultante desta reflexão conjunta considerou-se possível, como primeira


etapa da intervenção/acção da Associação, a constituição de grupos de
trabalho que dinamizariam, de forma descentralizada, participativa e
articulada, reuniões temáticas sobre aspectos como:
• desenvolvimento Curricular, avaliação e planificação;
• contributo da formação inicial e das Escolas de Formação para a
definição do perfil de competências do Profissional de Educação?;
• a adequação do perfil de competências iniciais à realidade educativa e a
construção de práticas educativas de qualidade, A necessidade de
acompanhamento, supervisão e monitorização;
• a definição e avaliação de competências da criança na Educação Pré-
Escolar.
Através da realização dessas reuniões, pretende-se implicar o maior número
de Profissionais de Educação possíveis no processo de definição e
construção de uma política educativa, na qual se revejam e efectivamente
participem.

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