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ENDOCRINOLOGIA

Aula 01
Definição de hormônio e os principais mecanismos de ação
Hormônios, sazonalidade, ritmos biologicos

Profa Silvia Mitiko Nishida


Depto de Fisiologia

http://faculty.irsc.edu/FACULTY/TFischer/AP1/AP%201%20resources.htm
História da Ciência “A origem da Endocrinologia”

A remoção de testiculos (gonadectomia) do galo causou: redução da crista, da


vocalização, motivação pelas femeas e redusziu a agressividade.
O reemplante das gônadas devolveu as caracteristicas originais, apesar da não
restituição da inervação. Suspeitou-se de mediadores químicos.

A.A. Berthold (1849)


Willian Bayliss e Ernest H. Starling
descreveram o 1o hormônio: secretina.

Starling (1908): cunhou o termo hormônio (do grego – hormaein – excitar ou colocar em
movimento) que deveria apresentar as seguintes caracteristicas:
1. Ser sintetizado em tecido específico como glândulas;
2. ser secretado na corrente sanguínea para atingir o órgao-alvo;
3. No tecidos-alvo, modificava a sua funçâo.
Revisando conceitos sobre Comunicação Celular ...
HORMÔNIOS ESTERÓIDES
Os esteróides são mediadores químicos derivados do colesterol
São lipossolúveis e agem no citoplasma ou no núcleo (regulação da expressão gênica).

VERTEBRADOS

Mineralocorticóides
Glicocorticóides (cortisol, cortisona e
corticosterona)
Hormônios da reprodução
(Testosterona, estrógeno, progesterona)

INVERTEBRADOS
Ecdiesteróides (regulam a muda dos
artrópodes)
Principais vias de síntese dos
hormônios esteróides
HORMÔNIOS PROTÉICOS
Os hormônios protéicos são
derivados de polímeros de
aminoácidos;
Necessitam de receptores na
superfície da membrana da célula-
alvo (não-lipossolúveis)
Desencadeiam reações em cascata
na celula-alvo.
Exemplos de hormônios peptidicos

Os adipócitos secretam LEPTINA,


(hormônio peptídico) cuja quantidade é
diretamente proporcional ao teor de
gordura do corpo. No hipotálamo a
leptina age inibindo a ingestão alimentar.

Como ele faz isso?


A leptina inibe o neurônio produtor de
NPY (neuropeptideo Y) produzido por
neurônios hipotálamicos que estimula a
ingestão alimentar.

Já a grelina (hormônio peptídico)


produzido durante as “contrações de
fome” pelo estômago, estimula a
ingestão alimentar.
HORMÔNIOS derivados de A.a.
Derivados de tirosina: catecolaminas, hormônios da tireóide

Derivados de triptofano: melatonina


Reflexo neural Reflexo neuro Reflexo endócrino
simples hormonal Reflexos neuro-endocrino simples

Sistemas biológicos de controle


- Nervoso
- Endócrino
- Neuroendócrino
A migração é um movimento de grupos de animais em larga escala
como alternativa para escapar da seca (falta de água e temperatura
elevada) ou do frio. Em ambos os casos há severa escassez de
alimento. Outra alternativa é a estivação ou hibernação.

Como os animais “sabem a hora certa” de migrar, hibernar ou


estivar? Como o ambiente fornece pistas?
a) Fotoperiodo curto : anuncia a chegada do inverno
b) Redução da temperatura: idem

Como se preparar para os longos períodos de jejum?


a) Armazenar energia corpórea e usar durante a viagem
b) Armazenar energia corpórea ou extra-corpórea e reduzir o
metabolismo energético
Andorinha-do-mar-ártica (100g)

Migração: Ártico (da Groelândia onde se reproduz no


verão) para a Antártida (passar o inverno). Distância
percorrida de quase 80.000Km/ano

Em 34 anos equivale a 3x a distância da Lua até a Terra!!


Migração aérea mais longa.

Outono (pós-reprodução;agosto a novembro )


inverno (dezembro a março) O que sinaliza que elas tem que
primavera (retorno; abril a maio) partir ou retornar?
Anualmente, os gnus fazem a migração das
planícies do Serengeti (Tanzania) até Masa
Mara no nordeste do Quênia, perfazendo
1.609 km.

Sinais: falta de água e de pastagens

Monitoramento
Os filhotes nascem quase todos ao mesmo tempo( fevereiro a março).

Poucos minutos após o nascimento, se levantam e começam a mamar.


Dentro de uma semana estão prontos para a grande migração.

Com 10 dias iniciam a dieta de gramíneas e mamam até o 6º mês. Mesmo


depois de desmamado, o filhote fica com a mãe até aproxima estação
reprodutiva.

Como a mãe regula a quantidade de leite que


produz? Como o filhote mama sem nunca ter
feito isso?

Tanto a mãe como o filhote estão aptos para reagir a estímulos que
atentam contra a sobrevivência como a predadores naturais (leões,
cães selvagens, hienas).

As mães são excelente cuidadoras e defendem a prole tenazmente


contra os predadores
lobo

3 milhões de caribus (renas) fazem migrações sazonais e os os


filhotes acompanham.

Por que o lobo prefere caçar o filhote?


As presas necessitam de reações rápidas e eficazes
para tentar escapar ao predador.

Como acionar os músculos


esqueléticos e os órgãos viscerais
para dar conta do recado??
Marcha para
o local de
reprodução

A fêmea vai se
OUTONO alimentar O macho parte para
alimentar-se (6x)
Verão
Acasalamento
A fêmea retorna

INVERNO Os filhotes forma


O macho incuba o creches enquanto os
ovo (65 dias) PRIMAVERA pais buscam
Crescimento do alimento
filhote
O pinguim-imperador
Em abril o grupo migra até uma área de reprodução e acasalam-se em maio. A fêmea põe um único ovo (outono) e deixa
para o macho cuidar enquanto ela passa o inverno se alimentando no mar. O macho incuba o ovo (65 dias) e nesse período perde
quase 20Kg pois fica sem se alimentar. Se a eclosão ocorrer antes da mãe retornar (primavera) alimenta o filhote com uma
secreção glandular do esôfago.

Como o macho sobrevive (~115 dias) sem comer? O que faz ele cuidar da prole?
As respostas para essas perguntas
dependem de conceitos
bioquímicos...
A energia dos alimentos é armazenada na forma de gordura e de glicogênio.

12.000Kcal/dia 2.000Kcal/dia
(Jogos olímpicos 2008) (dona-de-casa)

Cada g de glicose fornece 4Kcal. Para dar os 2.000 Kcal seria necessário 500g de glicose e
que precisam ser dissolvidos em água. A uma concentração de 5% seriam necessários
10L de solução: muito volume para ser ingerido num dia.

Então como resolver o problema?


Carboidratos - Fonte imediata de energia no metabolismo aerobio;
(Glicose) - Sintese de lipoproteina no figado;
- Armazenado como glicogenio no figado e músculo;
- Excesso é convertido em gordura e armazenado
Proteinas - A maioria é usada na biossintese de proteína;
(Aminoácidos) -No jejum prolongado a.a. são usados pelo fígado para
sintetizar CH;
- o excesso é armazenado na forma de gordura
Gordura Armazenado como gordura
(triglicerideos)

1) Fontes de energia armazenados em compostos mais sólidos (glicogênio) e


que não exige solvente (gordura);

2) O encéfalo é comilão e caprichoso: requer aporte de 150g de glicose por


dia e precisa ser constante, se não....

3) A gordura tem outra vantagem: armazena mais energia por grama (9Kcal)
M E T A B OL I S M O é soma de todas as reações químicas do
corpo. Há 3 rotas principais:

1) Extraem energia dos nutrientes;

2) Usam a energia para realizar trabalho (biossíntese, contração muscular,


transporte ativo,etc.)
3) Armazenam energia que sobra para uso futuro (lipogênese, glicogênese)

O metabolismo é basicamente de dois tipos:


1) Estado alimentado (estado absortivo). Fase anabólica
2) Estado de jejum (estado pós-abortivo). Fase catabólica

Depois que as biomoléculas foram absorvidas do trato gastrointestinal


(pool de nutrientes) elas podem ser utilizadas ou armazenadas
Metabolismo Intermediário
DIET

Carbohydrates

Glycogenesis
Glucose
Fat Lipogenesis
stores Excess glucose
Glycogen
stores
Urine
Glycogenolysis
Glucose pool
Range of normal
plasma glucose

Mesmo que o pool fique


baixo, o encéfalo estará com
Metabolism in a sua cota garantida!
most tissues Brain
metabolism

In Fisiologia Humana Silverthorn, DU


Metabolismo Intermediário
DIET

Fats

Free fatty acids + glycerol

Fat
stores
Lipogenesis

Lipolysis

Free fatty
acid pool

Metabolism in
most tissues
Excess nutrients

Figure 22-2 (2 of 4)
Metabolismo Intermediário
DIET

Proteins

Protein
Amino synthesis
acids

Body
protein

Glucose pool
Gluconeogenesis
Range of normal
plasma glucose Amino acid
pool

Figure 22-2 (3 of 4)
Metabolismo Intermediário
DIET

Fats Carbohydrates Proteins

Free fatty acids + glycerol

Protein
Glycogenesis Amino synthesis
Glucose acids
Fat Lipogenesis
stores
Lipogenesis

Excess glucose
Glycogen Body
stores protein
Lipolysis Urine
Glycogenolysis
Glucose pool
Gluconeogenesis
Free fatty
Range of normal
acid pool Amino acid
plasma glucose
pool

Metabolism in
most tissues Brain
Excess nutrients metabolism

Figure 22-2 (4 of 4)
Transições metabólicas entre as
refeições
O estoque de glicogênio e de ácidos graxos
JEJUM AGUDO
dão conta do recado

Acabando o estoque de glicogênio, além de corpos


JELUM PROLONGADO cetônicos a neoglicogênese é estimulada no músculo.
Reflexo neural Reflexo neuro Reflexo endócrino
simples hormonal Reflexos neuro-endocrinos simples

Padrões de Controle
Resposta endócrina (insulina e glucagon)
a redução de glicose no sangue
> 100mg/dL

Sono
75% glicogenolise
25% Gliconeogênese
Pâncreas endócrino regula a Glicemia nos Vertebrados

Células exócrinas

Células endócrinas

Ilhota de Langerhans

Células alfa Secreta Glucagon


Células beta Secreta insulina, amilina
Células delta

Há mais células insulínicas (2/3)


Controle da glicemia
O pancreas secreta dois hormônios que controlam
o nivel de glicose no sangue

Estado alimentado: efeito dominante da insulina

 Oxidação da Glicose

 Síntese de Glicogênio

 Síntese de gorduras

 Síntese de proteínas
Controle da glicemia
O pancreas secreta dois hormônios que controlam
o nivel de glicose no sangue

Estado Jejum: efeito dominante da Glucagon

 Hiperglicemia

 Glicogenólise

 Gliconeogênese

 Cetogênse
Metabolismo do estado de Jejum
O figado converte o
1
FASTED-STATE METABOLISM
Glicogênio em Gli. Os lipidios são
2 convertidos em Triglyceride stores
ácidos graxos livres e
Liver Free fatty
glicerol.
glycogen Free fatty
acids Glycerol
stores acids
Glycogenolysis
Gluconeogenesis

Energy
production Glucose Energy production

Glycogen Proteins

Gluconeogenesis
Pyruvate
or
Lactate
Amino
Glucose acids

Energy production
O muscula degrada Glicogenio e
O encefalo pode 4 pode usar lipidios como fonte
usar apenas Gli ( e alternativa de energia.
4
cetonas)
Figure 22-7 (4 of 5)
 Glicose no
sangue

Captação
de Glicose

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