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DJOYETU

“A Nossa Casa”
Jornal do Grupo Missionário da Diocese de Leiria-Fátima
Ondjoyetu | Março de 2011 | Ano VII | N º 26 | Gratuito

“Uma Ilustre Visita”


Nos dias 12 e 13 de Fevereiro o Gungo, À noite a fogueira foi espaço de encon- çar e trabalhar para conseguir ter suces-
e mais concretamente a aldeia do tro para a oração do Rosário e o habitual so na vida. Neste contexto convidou as
Uquende, esteve em festa, graças à visita convívio. É um momento sempre muito pessoas a aproveitarem a presença dos
do Sr. Eng. Coutinho Duarte. marcante para quem visita aquela comu- missionários para conseguirem melho-
A chegada deu-se ao fim da tarde de nidade. rar as suas condições de vida.
sábado, no jipe da missão. A recebê-lo No domingo, logo de manhã, visitou as Ainda antes da despedida, o Sr. Couti-
tinha uma pequena multidão que, bem à obras da nova capela do Uquende e o nho ofereceu mais uma ajuda, desta vez
maneira do Gungo, dançava e cantava de local onde funciona uma pequena moa- para completar o montante que faltava
alegria pela presença de “tão ilustre visi- gem de mós movida com energia de um do “Projecto Grão a Grão” e, assim, per-
ta”, como lhe viria a chamar o catequista gerador eléctrico. mitir a aquisição da moagem de marte-
José Calei nas palavras de boas vindas A celebração da missa dominical foi los, tão desejada pela comunidade.
que lhe dirigiu em nome da comunidade. outro momento alto deste fim-de- A despedida, no fim do almoço e das
Este foi ainda o momento de agradecer a semana. No fim, foi dada a palavra à fotografias, foi feita em ambiente de fes-
grande ajuda que deu para a aquisição nossa visita. Falou dos seus tempos de ta com danças e palmas e um grande
do camião Unimog que está ao serviço infância, dos sacrifícios e dificuldades grupo a acompanhar o jipe até à saída da
da missão do Gungo. que passou e de como teve que se esfor- aldeia.
Jornal do Grupo Missionário da Diocese de Leiria-Fátima

Caminhos de uma Missão Deus também mora aqui


Em finais de Janeiro fui a Ango- Pela 3ª vez regressei a
la para uma visita de trabalho, Angola e à Missão do Gun-
como tem acontecido todos os go! Voltei a esta família que
anos, que teve a duração de qua- me acolheu no coração e
tro semanas. Comigo foi a Maria que aprendi a amar. Logo
Inês Pereira, para mais um ano de que pisei terra de Angola e
missão. que senti aquele bafo quen-
O tempo da minha estadia foi te a dar-me as boas-vindas,
muito frutuoso pois permitiu fazer senti que estava a regressar
alguns balanços da forma como a a casa, de onde havia saído ainda não há três
nossa missão está a caminhar e a meses. Depois, ao chegar à Ondjoyetu na
traçar novas perspectivas para o companhia destes meus filhos, eu estava a
futuro. Além disso, também propor- “Projecto Grão a Grão” e ao Sr. Eng. regressar ao meu lugar; mas voltar a estar no
cionou alguns contactos que se torna- Coutinho Duarte, que completou o Gungo, viver de novo na simplicidade das
ram importantes para os próximos que faltava. nossas casas de adobe, na imensidão das
projectos. Outro ponto que destaco é o traba- montanhas majestosas, foi realmente voltar
Encontrei uma equipa muito ani- lho do Amândio, que formou uma ao local onde passei a pertencer do coração.
mada com o trabalho que tem em equipa à qual transmitiu alguns dos Estar de novo no meio deste povo, é simul-
mãos e uma comunidade do Gungo seus conhecimentos e que muito tem taneamente uma sensação de tranquilidade e
que se nota cada vez mais mobilizada contribuído para a melhoria de algu- inquietação; de bem-estar e frustração.
em torno das actividades e propostas mas instalações físicas no Gungo e Tranquilidade e bem-estar porque me sinto
que saem das reuniões e programa- até no Sumbe. rodeada de Amigos verdadeiros, de gente que
ções feitas em conjunto. A Inês e a Angélica, esta que voltou manifesta a sua alegria e reconhecimento pela
Não sendo possível falar aqui de a Angola em finais de Fevereiro, minha presença aqui no meio deles. Porque
tudo, remeto para o nosso blogue, estão radiantes e bem entusiasmadas deixei para trás a correria da vida e um mun-
cujo endereço se encontra na caixa com o seu regresso e o trabalho que do onde impera «o ter» em vez de «o ser» e
abaixo, onde vamos dando conta das estão a fazer. Ao chegar ao Gungo passei a viver ao ritmo natural das coisas em
actividades e projectos em curso. dizem “voltei a casa e à minha outra que de nada vale forçar os acontecimentos.
É muito gratificante ouvir os teste- família”. Inquietação e frustração porque olho para
munhos dos catequistas e do povo em O P. David continua como o grande este povo e vejo as suas carências, o caminho
geral, que agradece muito tudo o que timoneiro desta barca, que vai que falta percorrer para alcançarem as míni-
os missionários fazem por aquela mudando de tripulação. Quanto lhe mas condições de uma vida digna! Tantas
comunidade: desde a “Pastoral da valem os seus talentos multifacetados crianças que não vão à escola, que não têm
Criança” à formação de catequistas, que tanto lhe permitem fazer o que é direito a quaisquer cuidados de saúde, às
celebração dos sacramentos, passan- próprio de um padre como de um vacinas que as poderiam proteger de doenças
do pelo apoio que é dado com as can- mecânico, engenheiro, construtor, por vezes mortais, a uma alimentação equili-
tinas da missão e o transporte de etc. brada, alguns até, que não têm direito a ser
bens diversos para o Sumbe, contan- Queremos referir ainda o regresso a cidadãos desta terra onde nasceram porque
do, para isso, com a preciosa colabo- Angola da Bernardeth Bernardo, que não têm qualquer documento que os identifi-
ração do nosso camião Elefante Bran- ocorreu no dia 19 de Março. Depois que como tal…
co Mogui Mogui. de ter partilhado 10 anos da sua vida Tantas mamãs que têm filho atrás de filho
Destaco ainda a construção da nova connosco, regressa ao seu país com o para depois os verem adoecer e morrer sem
capela do Uquende, que está a mobi- curso de enfermagem concluído, o meios para fazer seja o que for para os salvar!
lizar as populações em torno deste sonho da sua infância. As habitações sem condições de conforto e
projecto. É interessante sublinhar Isto só foi possível porque esta higiene… A falta de água potável, a alimenta-
que até os sobas, autoridades tradi- jovem soube aproveitar as mãos que ção sem os nutrientes necessários a uma saú-
cionais, apelam à colaboração das se lhe estenderam em apoio e ultra- de equilibrada!...
pessoas para este projecto que “é um passar as dificuldades próprias das Deus, que me ofereceu tantos dons, cha-
bem para toda a gente”. circunstâncias em que viveu. Por mou-me a trabalhar no meio deste povo que
Deram-se passos e já foi comprada, outro lado, também há que sublinhar nada tendo, consegue partilhar a sua vida, a
depois do meu regresso, uma moa- o acolhimento que teve das famílias sua alegria, a sua boa disposição e, até, a sua
gem de martelos que produz 200 a onde esteve, paróquia, professores, pobreza. Ele mostrou-me que também mora
300 quilos de farinha de milho por colegas, escolas por onde passou e aqui nestas pobres casas de adobe ou de
hora, o que irá ser uma grande mais muitos, muitos outros amigos. capim. Por isso aqui estou a partilhar a minha
valia para aquela comunidade. Em Estamos felizes por ti, Bernardeth. vida. Em troca vou recebendo sorrisos e tam-
breve começará a construção do lugar Agora, coragem para esta nova fase bém o amor, a estima, o reconhecimento de
onde vai funcionar. Um grande bem- da tua vida. E não nos esqueças. gente tão simples e de alma tão grande!
haja a todos os que colaboraram no P. Vítor Mira Angélica

Ficha Técnica
Ondjoyetu: Jornal do Grupo Missionário da Diocese de Leiria Fátima.
Contactos: Seminário Diocesano, 2414 - 011 Leiria; Tel.: 926 031 382 / 244 104 111;
E-mail: animissionarialeiria@gmail.com Blog: www.ondjoyetu.blogspot.com
Tiragem: 1.000 exemplares Distribuição: Gratuita
Textos: Angélica Filipe, P. Vítor Mira, Equipa Missionária.

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Adobes – Bloco de Terra Comprimida


Os adobes desta mis- sendo escutado com avi-
são vão-se somando dez, qual massa resse-
uns após outros. Desta quida à espera de água.
vez vamos falar-vos de As homilias e os vários
uma nova técnica de encontros fortaleceram o
construção que esta- laço da geminação e as
mos a iniciar. É o bloco ligações dos vários ele-
de terra comprimida, mentos do projecto em
vulgarmente chamado que estamos inseridos.
“BTC”. Usa-se terra, Esta visita proporcionou
areia, água, um pouco uma outra, a de um dos
de cimento e uma nossos benfeitores, o Sr.
máquina para compri- Coutinho Duarte. Nos
mir os blocos e dar dias 13 e 14 de Fevereiro,
consistência. Esta téc- esteve connosco para lhe
nica permite que as agradecermos o grande
construções continuem apoio dado ao projecto
a ser feitas com mate- do camião. Mas este
riais encontrados pró- benfeitor não se conten-
ximos do local de cons- tou em receber agradeci-
trução e, principalmen- mentos, continuou a
te, sejam mais econó- manifestar a sua sensibi-
micos, duráveis e resis- lidade ao próximo e pro-
tentes. Este “BTC” é parecido com o ticolores e multiformes unidos por um meteu oferecer o que faltava para a aqui-
“tijolo de burro”. mesmo plano pastoral. sição da tão esperada moagem. Só nos
Por falar em blocos e etapas de cons- Todos de novo no Gungo, foi altura de falta dar à máquina e, com cerca de
trução… a missão vai caminhando de deslocar à Chitunda para deixar mais 3.500 “BTC’s”, construir o edifício que
etapa em etapa. No início de Dezembro uns blocos de formação. Uns para os vai albergar a moagem. O “Projecto Grão
estivemos no Uquende para fazer mais líderes da Pastoral da Criança, outros a Grão” em Portugal, este benfeitor e a
umas fiadas da construção da vida do para os jovens do centro, outros a finali- comunidade com a Equipa missionária,
futuro dos nossos jovens. Cimentaram- zar a preparação dos pais para o Baptis- se Deus quiser, alcançaremos um grande
se as ideias sobre os perigos do alcoolis- mo das suas crianças e até se deixaram desafio que não é vistoso como arranha-
mo, formaram-se mais alguns líderes da os primeiros da construção do Conselho céus ou catedral mas será tão útil como
Pastoral da Criança como blocos renova- Económico. Na mesma semana, a equipa estes.
dos das comunidades. O Ondjango da dos tijolos e blocos ia fazendo uns Na véspera da partida do Pe Vítor che-
missão foi chamado a ver a obra que melhoramentos na casa da Donga com a gou a mãezinha Angélica, pronta para
tinha feito e o que está por fazer e nas colocação do telhado numa antiga sala colaborar mais uma temporada na cons-
actividades com as crianças foram cala- de jantar e o terminar de dois pequenos trução de um futuro melhor, principal-
fetadas as juntas da parede das suas telhados da casa principal. mente para as crianças e mamãs. Estan-
vidas, neste tempo de missão. No dia 27 de Janeiro houve grande do a nossa visita a “voar” para Portugal,
Ainda no mês de Dezembro, na Donga, alegria pela chegada do Pe Vítor e da rumámos ao Sumbe para aí cumprir
de 18 a 26, fez-se mais um mural com mana Inês que vieram, respectivamente, uma semana de trabalhos em que o iní-
encontros de preparação para o Natal, por um mês e por um ano. Estávamos cio da cisterna para melhor aproveitar a
mais um turno de reciclagem dos nossos todos na expectativa: que blocos traria água das chuvas foi um passo.
catequistas, alguns trabalhos na lavra da cada um deles para o crescimento da Mas o programa e as montanhas do
Missão e a vivência das festividades do missão? Que desafios, que novas ideias? Gungo fizeram-nos deixar este alicerce
Natal, não esquecendo a festa das famí- Que argamassa para ligar melhor as no Sumbe para subir à Donga, de quatro
lias. várias linhas deste grande projecto? a treze de Março, e continuar as obras de
Entrados no novo ano, manteve-se a Durante a permanência do Pe Vítor foi melhoramentos, iniciar os quarenta blo-
máquina renovando-se a força. De 4 a 15 possível realizar mais alguns trabalhos cos da Quaresma, os acabamentos aos
de Janeiro, no Uquende, o mano Amân- na lavra da missão, lançar desafios aos catecúmenos do terceiro ano, a verifica-
dio acompanhou duas semanas de obras catequistas para ajudar a consolidar os ção da consistência dos líderes da Pasto-
na casa de passagem e na capela com o blocos já colados no passado e preparar ral da Criança, a continuação da planifi-
grupo de formação e a comunidade novas fiadas. O Centro do Uquende, no cação dos trabalhos com a reunião de
local. Nesses dias, apresentámos a seu conjunto de oito bairros, provou ter Ondjango da Missão, o encontro de
máquina de fazer blocos. Vimos muita agarrado o desafio de fazer uma igreja jovens…
gente entusiasmada e a fazer perguntas e de 11.000 blocos de BTC mostrando nos É assim, bloco a bloco, fiada após fia-
a querer ver e até experimentar fazer um alicerces como todos estão empenhados da, que vamos crescendo e fazendo cres-
bloco… Eles querem aprender e usar a no trabalho. Na imagem vemos a “Avó cer, edificando e sendo edificados. Que
nova técnica… Catarina” de 80 anos, que passou dois S. José, o padroeiro que celebramos nes-
Enquanto o alicerce da capela se cava- dias a fazer brita com um martelo. Fize- te dia 19, nos ajude a continuar. Vamos
va e a casa ia ficando mais acolhedora, ram-se os primeiros testes à terra local e fazer mais blocos!
os restantes elementos da Equipa esta- os manípulos da máquina começaram a Donga, 19 de Março de 2011
vam a participar na Assembleia Diocesa- manobrar. A Equipa Missionária
na, uma outra construção de blocos mul- Sempre que o Pe. Vítor ia falando, ia

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Pastoral da Criança:
Uma Caminhada de Amor ao Serviço da Vida e da Esperança
A Pastoral da Criança é um movi- comunidade no final da celebração
mento criado no Brasil em 1983 e cujo dominical, no Chitumalo, um dos
objectivo principal é contribuir para a centros do Gungo.
promoção do desenvolvimento das Mais recentemente, nos dias 7, 8 e 9
crianças desde a sua concepção e, em de Março, realizou-se uma nova
função delas, promover também as acção de formação na Donga. De
suas famílias e comunidades. novo estiveram presentes 16 líderes
Este movimento está disseminado que vieram de diversos centros do
por muitos países do mundo, entre os Gungo. Foi com muita satisfação que
quais Angola, desde há vários anos. pudemos constatar que alguns, ape-
Também no Gungo a Equipa Missio- sar da dificuldade que sentem, já
nária sentiu a grande necessidade de começaram a trabalhar nos seus
desenvolver este movimento. Em bairros e estão a acompanhar algu-
2009, iniciaram-se nos vários bairros mas gestantes e crianças. Trocaram-
algumas formações abertas às mamãs se experiências, apresentaram-se
em geral. No decorrer dessas formações to?» dúvidas e dificuldades, transmitiram-se
fazia-se a divulgação do movimento, A metodologia da Pastoral da Criança ensinamentos. A partilha é sempre enri-
auscultavam-se as maiores necessidades aposta no trabalho das comunidades quecedora para ambas as partes. E os
das mamãs e das crianças e transmi- locais, o que facilita bastante a comuni- laços que se vão criando favorecem a
tiam-se algumas noções básicas de saú- cação e permite chegar onde é preciso. proximidade e a confiança tão importan-
de, higiene e alimentação saudável. Nes- Em cada bairro escolhem-se líderes tes para podermos avançar sem medos.
ses encontros foi-nos possível aperce- que recebem formação e são depois eles Para os próximos tempos temos pre-
bermo-nos dos problemas que mais os responsáveis por acompanhar as ges- visto uma forma diferente de actuar:
afectam as famílias. Com efeito, a taxa tantes e crianças até aos 6 anos de idade, durante duas semanas, entre 28 de Mar-
média de mortalidade infantil atinge os tentando transmitir às mamãs todos os ço e 8 de Abril, iremos nós, a Inês e eu,
40%, o que é extremamente grave. A ensinamentos necessários ao desenvolvi- aos vários centros, passando dois dias
maioria das crianças morre de diarreias, mento integral da criança, isto é: em em cada um deles. Nesse tempo faremos
febre, paludismo… Doenças que, sendo todas as fases da vida dar valor à saúde, encontros com os responsáveis locais e
graves, poderiam, no entanto, ser evita- boa nutrição, educação e ao desenvolvi- os sobas, com os líderes desse centro
das se fossem tidos em conta alguns cui- mento mental, social e espiritual. Cada para saber das principais dificuldades ou
dados básicos. As mamãs simplesmente líder acompanha as gestantes e crianças necessidades; também serão feitas visi-
desconhecem como tratar ou evitar estes de famílias próximas da sua casa e faz tas domiciliares às gestantes acompa-
problemas. É muito frequente um um trabalho voluntário compartilhando nhadas e será verificado o peso das
recém-nascido ser alimentado com fun- os seus conhecimentos, experiências e crianças.
ge (espécie de papa feita de farinha de uma parte do seu tempo. Deste modo se Estamos também a fazer os contactos
milho), dar-se-lhe a beber água do rio… ajuda a cumprir o Projecto de Jesus: necessários para promover uma forma-
Depois claro que aparecem as diarreias e «Eu vim para que todos tenham vida e a ção de líderes com a presença de alguns
infecções intestinais. tenham em abundância.» membros da Comissão Nacional da Pas-
Chegar a estas mamãs, que por vezes Durante o ano de 2010, em quase toral da Criança, prevendo-se que a mes-
mal falam o português, é bastante difícil todos os bairros foram escolhidos alguns ma possa acontecer no início do mês de
se tivermos em conta a extensão geográ- líderes, mamãs e também alguns papás. Maio.
fica do Gungo e a quantidade de aldeias Daí para cá tem sido feito um trabalho É desta forma que, embora com passi-
(cerca de 2.200 km2 e mais de 80 junto desses líderes de forma a capacitá- nhos pequeninos, vamos caminhando.
aldeias). Depois há a questão cultural. los para a tarefa de acompanharem as «Caminha connosco, Senhor, para que
Este povo vive ainda muito agarrado aos grávidas, principalmente as de maior possamos fazer da Pastoral da Criança
seus costumes e tradições. «Se sempre risco, e as crianças. um memorial vivo e permanente da Tua
as crianças foram alimentadas com o No final de Novembro, após uma for- presença e missão junto às crianças e
funge e beberam desta água, porque é mação de três dias, 16 líderes fizeram o aos pobres necessitados.»
que devemos abandonar agora este hábi- seu compromisso solene perante a Angélica

Diogo Salgueiro, Missionário de Corpo Inteiro


O Digo Salgueiro é um adolescente de A partir daí passou a andar com aquela ca. Na caixa esta-
13 anos que vive na Salgueira do Meio, caixa com muita frequência e lá foi ele, vam cerca de
paróquia de Casal dos Bernardos. É, tal- com o seu jeito descontraído e brinca- 830,00 €, uma
vez, o membro mais novo do grupo Ond- lhão, juntando alguns euros a favor do óptima colheita.
joyetu. Há uns meses teve a ideia de, grupo missionário. Pediu de casa em Damos os para-
aproveitando o facto de o pai ter uma casa, em encontros de família e de ami- béns e agradece-
serração, fazer uma caixa em madeira, gos, à saída das igrejas e em vários mos ao Diogo
que transformou num mealheiro. outros lugares. pela iniciativa e
Pintou-a com o nome e até o endereço A caixa tornou-se pesada e decidiu-se coragem que teve
do blogue deste grupo e colou-lhe foto- abri-la no dia 23 de Janeiro, por ocasião em levá-la por
grafias também retiradas do blogue. do envio missionário da Inês e da Angéli- diante.

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