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COELHO ESPERTO

HISTÓRIAS DO PAI JOÃO

De WALTER DISNEY.

TEMA: ESPERTEZA
Carlinhos e Maria ao voltar da escola passam
pela casa do Pai João, que é um preto velho, que já
foi escravo, no tempo em que havia escravidão no
mundo.

Carlinhos e Maria, gostam muito de Pai João,


porque ele lhes conta bonitas histórias de bichinhos
que pensam e falam como gente.

Hoje os meninos lhe pediram que contasse


algumas do coelho.

Pai João contou...


História 1: O Tronco das gargalhadas

A toca do coelho ficava num lugar oculto por


canteiros de roseiras silvestres. Este coelho era muito
esperto. Sabia disso e não escondia isso. de ninguém.
De vez em quando ele aborrecia alguns com suas
artimanhas. As maiores vitimas de sua esperteza
eram o urso e a raposa. Ambos faziam planos,
conspirando contra o coelho. Até quando dormiam,
sonhavam que o capturavam. As vezes chegavam
bem pertinho de sua presa, mas o coelho os ludibriava
sempre. Certa vez agarrando-o, disseram que iam
fazer dele um guisado.

_É pena ! Disse o coelho, agoira que eu ia


mostrar-lhes "O tronco das Gargalhadas", que fica
num lugar secreto da floresta. Sinto vontade de rir só
de pensar nele. A raposa e o urso pensaram um
pouco. Bem que gostariam de conhecer, O tronco das
Gargalhadas. Resolveram ir lá finalmente. Mas
mantiveram o coelho preso por uma corda, forte e
apertada. Partiram em seguida, indo o coelho a frente,
saltitando e dançando.
_Lá esta ele, gritou, lá está ele, o meu tronco
das gargalhadas! A raposa e o urso olharam para
dentro e de repente ZZZZZUUUU... Um enxame de
abelhas saiu zunindo em perseguição aos dois
curiosos, que fugiram pela floresta uivando de dor com
as ferroadas das abelhas. O coelho riu até não poder
mais. Ah, Ah, Ah, Ah... Eis o meu tronco das
gargalhadas! Em casa, gemendo, o urso e a raposa se
consolavam, pensando que algum dia ainda pegariam
o esperto coelho.

História 2: A armadilha

Estou cansado de ficar em casa! disse o coelho,


certo dia _ Vou para longe.

Assim saiu de casa Blam! Bateu a porta.


Apanhu o martelo. Ba! Pregou bem a porta e depois
saiu saltitando pela estrada. Assobiando e cantando,
passou por uma cerca alta, atrás da qual havia
magnívido milhara.

Hum! - pensou - Aquele milharal é da Raposa.


Parece delicioso. Hum! E lambendo os beiços: Não
posso deixar de prova-lo! começou a se arrastar por
baixo da cerca.

Alguma coisa, envolveu-lhe a cintura.- VUPT! -


E o coelho se viu no ar, preso numa corda que pendia
da extremidade de um galho de árvore. E ali ficou
balançando. OH! OH!.. Gritava: a malvada da raposa
me apanhou em sua armadilha. Enquanto pensava em
um meio de safar-se, viu que o urso se aproximava.
AH! agora havia uma esperança. Sou esperto. Farei
com que esse urso bobo me liberte desta armadilha. E
gritou:
_Olá, amigo urso!

_O urso olhou para cima.

_Olá coelho, o que está fazendo ai em cima?

_Quem...? Eu...? Ora, apenas... trabalhando!

_Trabalhando? O urso coçou a cabeça.

_Que tipo de trabalho é esse?


_Trabalho de 1000 reais por minuto. Explicou o
coelho. Estou afugentando as gralhas do milharal! É
coisa que você não pode fazer e o pagamento de
1000 reais por minuto é bem tentador.

_Porque não posso fazer esse trabalho tão bem


como você? Enquanto os dois conversavam assim, a
raposa despertava do sono em sua casa, no alto do
morro. Olhando em volta, viu o coelho balançando por
cima do milharal, na armadilha que preparara.

Encaminhou-se para lá com passos rápidos.


Mas o coelho vendo-a aproximar-se, compreendeu
que tinha que se livrar da armadilha o mais depressa.

_Pobre urso, disse ele, balançando a cabeça


muito triste. Se seus bolsos não estivessem
recheados de dinheiro, como irá comprar presentes no
natal para sua família? Como comprará o peru... a
torta de abóbora?

O urso pareceu preocupado.

_É verdade, coelho. Tenho que ganhar logo


muito dinheiro. Bem quisera ter esse seu emprego de
1000 reais, por minuto.

_Tire-me daqui, trocaremos de lugar. E assim


fizeram. Quando a raposa chegou, o urso pendia do
galho da árvore e o coelho estava longe, com os
bolsos cheios de grãos de milho, doces e deliciosos. A
raposa mal podia acreditar no que via.

_Que está fazendo urso?


_E... Estou ganhando 1000 por minuto.

_Não está ganhando nada, está é fazendo papel


de bobo. Deixou que o coelho sabidão fugisse. Nisto,
ouviram o coelho rindo...

História 3: O boneco de peixe

Certo dia a raposa e o Urso estavam sentados na


floresta. Em dado momento, a raposa falou: Vou fazer
uma nova espécie de armadilha que com certeza
apanhará o coelho. Arranjando um pouco de piche,
pôs-se a trabalhar. Fez um boneco e o vestiu com as
roupas do urso. Em seguida, levaram o boneco e o
colocaram a beira da estrada. Feito isto, a raposa e o
urso se esconderam até que o coelho apareceu e
curioso, se dirigiu ao boneco de piche.
_Olá? É claro que o boneco não disse nada. O
coelho esperou e se dirigiu a ele com voz mais alta:
Não tem educação? O que custa responder à minha
saudação?

O boneco nada falou e o coelho se enfureceu.


Atingiu o boneco bem no nariz, ficando com a mão
presa. A raposa e o urso de longe viam tudo.

_Solte minha mão!

Para dar uma lição ao boneco o coelho recuou


a outra mão e... POM!... Mas a outra mão também
ficou presa. Zangadíssimo o coelho chutou o boneco
de piche, com ambas as patas.

E agoira, estava tão preso no piche que quase


não podia mais se mexer. A raposa e o urso saíram do
matagal e começaram a dançar em volta do coelho,
rindo e zombando.

_Seu coelho disse a raposa. Por muito tempo


você foi o manda chuva. Agoira sou eu quem manda, e
vou assa-lo.

O coelho teve medo, mas como era muito


inteligente, disse:

_Asse-me mas por favor, não me atire nos


espinhos das rosas silvestres! Esfolem-me, arranquem-
me as orelhas, mas por favor, não me atirem nas
roseiras silvestres.

Mas não há duvida de que ele tem medo dos


espinhos, falou a raposa. E é exatamente para onde
ele vai.

Então a raposa, pegou o coelho e Pimba!


Atirou-o dentro das roseiras. Desta vez o coelho não
nos amolará mais. Mas o que viram. O coelho
assobiando e cantando, tirando o piche dos bigodes
com o espinho da roseira.

_Nasci e me criei no meio das roseiras, ria o


coelho. E rindo e saltando, correu para longe. A
raposa e o urso, continuam procurando-o até hoje.
O nosso coelho é assim mesmo. Com sua
inteligência e safadeza sabe muito bem como se livrar
da raposa e do urso. Então vive sempre descansando
na sombra de uma árvore.

FIM

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