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Para Além das Palavras As nossas actividades

Para Além das Palavras As nossas actividades

 Visita à Associação de Surdos do Porto

Uma vez que optámos por fazer um Workshop sobre Língua Gestual Portuguesa e
tendo em conta o pouco que sabíamos sobre o nosso próprio tema, era necessário o apoio e
cooperação de alguém que ao contrário de nós percebesse do assunto.

Após algumas pesquisas, acabámos por entrar em contacto com a Associação de


Surdos do Porto que se disponibilizou a ajudar-nos e marcámos uma reunião para o dia 29 de
Outubro às 15h nas instalações da Associação.

Na referida data falámos sobre o nosso projecto e a nossa intenção de realizar um


workshop sobre LGP. Para nossa alegria, a ideia foi bem recebida e aceitaram de imediato
ajudar-nos. Aproveitámos também para fazer algumas questões sobre a vida dos surdos e as
dificuldades que estes sentem no seu dia-a-dia de forma a percebemos melhor esta outra
realidade, bem como em que aspectos poderíamos, se calhar, incidir no nosso trabalho.

No entanto, esta não seria a única visita que faríamos. Agora que sabíamos que a ideia
do workshop era viável, tínhamos que acertar ainda alguns pormenores, marcar uma data e
estabelecer o número de pessoas que poderiam participar.

Assim, voltámos a marcar um novo encontro para o dia 7 de Janeiro. Acordámos uma
data (29 de Abril), a duração (1:30h) e o número de pessoas inscritas (cerca de 15).

Falámos inclusive sobre outra actividade que pretendíamos realizar: a entrevista a um


estudante da nossa idade surdo com o intuito de mostrar à nossa comunidade escolar.
Infelizmente, a Associação não nos pôde ajudar neste aspecto dado que não dispunham de
ninguém com estes requisitos, no entanto, aconselharam-nos a entrar em contacto com a
Escola Secundária Alexandre Herculano, uma escola de referência para alunos surdos na zona
norte do país.

Entre nós discutimos o que ficou estabelecido nesta segunda reunião e chegámos à
conclusão que a Associação de Surdos acabou por limitar-nos muito naquilo que eram as
nossas ideias iniciais… Sendo o nosso objectivo principal a sensibilização da comunidade
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escolar para a problemática da surdez e a divulgação da Língua Gestual Portuguesa, como o


poderíamos fazer com um número tão reduzido de pessoas a participar no workshop?

Voltámos a trocar e-mails com a Associação para chegar a um último consenso. Para
nossa satisfação, a Associação propôs então que a actividade se realizassem das 15h às 16h,
sendo a primeira parte dedicada à apresentação do tema e a partir das 15:30h o grupo inicial
(com 30 pessoas) seria divido em dois grupos que em simultâneo iriam participar numa
actividade mais prática (bases da Língua Gestual Portuguesa).

Uma vez que o Grande Dia se aproxima, iremos voltar a contactar com a Associação
para que tudo corra da melhor forma possível.
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 Actividade “Seminário Convenção Sobre os Direitos das Pessoas


com Deficiência”

O “Seminário Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência” realizou-se


no passado dia 27 de Novembro de 2010, no auditório da Junta de Freguesia de Campanhã.

A nossa participação nesta actividade surgiu de um convite por parte da Associação de


Surdos do Porto, aquando a nossa primeira reunião com um elemento da referida instituição,
no dia 29 de Outubro de 2010.

Infelizmente, por motivos de ordem pessoal, a Daniela não pode participar nesta
actividade, no entanto, os restantes membros do grupo marcaram presença no evento.

Estava previsto que o Prof. Dr. João Teixeira Lopes (professor Catedrático da UP), o
Dr. José Manuel Ribeiro (deputado à Assembleia da República) e o Dr. Hélder Sereno Duarte
(professora da ESECoimbra – cidadão surdo) fossem os oradores do seminário, no entanto,
apenas compareceu o Dr. José Manuel Ribeiro.

O seminário iniciou-se com o discurso do deputado do Partido Socialista (Prof. Dr.


João Teixeira Lopes), que frisou alguns artigos da constituição portuguesa que protegiam as
pessoas portadoras de deficiência.

Ao longo deste discurso, o deputado alertou para um estado de democracia e


igualdade, em que todos os cidadãos têm a mesma dignidade social.

Este discurso findou com um apelo à comunidade surda para que participe mais na
sociedade, com vista a uma mudança de comportamento.

Após este momento, foi altura dos participantes no evento revelarem as suas opiniões
relativamente ao papel dos deficientes auditivos na sociedade e aos seus direitos e deveres
enquanto cidadãos.

Para finalizar, a nossa participação nesta actividade foi muito benéfica, na medida em
que permitiu-nos compreender as dificuldades que uma pessoa com deficiência auditiva
necessita de ultrapassar todos os dias.
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 Comemoração do Dia Europeu da Língua Gestual

A comemoração do Dia Europeu da Língua Gestual foi a nossa primeira mostra à


comunidade escolar. Foi a altura em que saímos do nosso pequeno grupo e mostrámos aos
outros aquilo que sabíamos.

Este Dia Europeu da Língua Gestual foi uma sensibilização para a problemática da
surdez. Foi um culminar em grande de o 1º período.

Optámos por fazer uma comemoração pequena, afixando cartazes feitos por nós e
distribuindo panfletos por locais chave que à partida, chamariam a atenção da maior parte da
comunidade escolar. Aliado a isto, e ideia da professora Margarida Miranda, distribuímos
pelas quinze professoras de Português da escola um conto denominado “Helen, a menina da
noite e do silêncio” com um CD que continha um filme com uma sequência de imagens que
ilustravam a história.

A adesão que obtivemos da comunidade escolar não poderia ter sido a melhor! Foi
muito gratificante para nós, enquanto grupo observar o interesse que vários alunos e também
professores demonstravam pelos cartazes e folhetos. Posso dar especial relevo ao cartaz
enigma que continha uma mensagem em Língua Gestual Portuguesa para descodificar.
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 Um Dia com um Surdo

Uma vez que não foi possível colaborarmos com a Associação de Surdos do Porto para
a realização desta actividade, decidimos, então, contactar a Escola Secundária Alexandre
Herculano como nos fora sugerido.

Contudo, surgiram mais problemas no seu desenrolar: a professora Ana Maria


Meireles disse-nos que era muito pouco provável que nos deixassem filmar um aluno surdo
como era do nosso interesse. Seria necessário pedir autorização à escola, aos pais… Enfim,
tudo muito trabalhoso. Assim, pedimos apenas para visitar a escola para falarmos com algum
representante dos alunos surdos.

Para nossa felicidade e alívio, aceitaram receber-nos e foi-nos dado o contacto da Drª.
Deolinda Ilhéu, a responsável pela comunidade surda da escola, para acertarmos pormenores
da nossa visita. Assim, marcámos um encontro para o dia 4 de Fevereiro, por volta das 11:00h.

Fomos muito bem recebidas pela Dr.ª que respondeu a todas as nossas perguntas e,
depois de lhe explicarmos a situação que nos levou a contactar a Escola, a Dr.ª Deolinda
aceitou de bom grado a nossa proposta para a realização de filmagens no âmbito da
actividade “Um dia com um Surdo”, assegurando-nos que não teríamos problemas com
autorizações como estávamos à espera.

Mencionámos ainda outras actividades que tínhamos planeadas e a Dr.ª sugeriu a


participação dos alunos surdos no Dia das Línguas da nossa escola, dia em que o grupo
tencionava participar com actividades relacionadas com a Língua Gestual.

Começámos então a planear a actividade propriamente dita e cada uma de nós se


ocupou de elaborar um conjunto de questões a colocar ao pessoal docente e não docente da
ESAH.

Chegado o dia 25 de Fevereiro, fomos mais uma vez recebidas pela Dr.ª Deolinda que
afirmou que podíamos ficar à vontade nas instalações da escola. E assim passámos o dia a
entrevistar pessoas, a tirar fotos, a conhecer a escola e a filmar os seus espaços…

E eis que surge um impedimento: quando nos deslocámos ao bufete para entrevistar
uma das funcionárias fomos informadas que a direcção da escola não tinha conhecimento da
nossa presença. Claro que rapidamente explicámos o motivo da nossa presença e, inclusive,
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dissemos que tínhamos autorização da Dr.ª Deolinda, mas salientaram que estávamos
impedidas de realizar filmagens e fotografar os alunos e as instalações da escola.

Esta situação tão constrangedora foi extremamente desmoralizante. Não víamos


como seria possível continuar a realizar a actividade e chegámos mesmo a ponderar ir
embora. No entanto, decidimos ir primeiro falar com a Dr.ª Deolinda que se dirigiu de
imediato à direcção da escola para esclarecer o sucedido. Afinal tudo não passara de um mal
entendido devido à ausência do director da escola naquele dia e, assim, foi-nos permitido
continuar com o nosso trabalho.

Findámos o dia muitíssimo satisfeitas e, devo dizer, cansadas. Foi uma experiência
bastante enriquecedora e que nos deixou com a sensação que todo o esforço, trabalho e
dificuldades sentidas foram compensadas.

Agora é altura de organizarmos toda a informação resultante desta actividade e,


infelizmente, também aqui se fizeram sentir alguns contratempos. Outras disciplinas têm
ocupado grande parte do nosso tempo pelo que a nossa disponibilidade para esta parte da
actividade é diminuta. Assim, surge outro problema: quando é que seria então possível
divulgar à comunidade escolar a actividade “Um dia com um Surdo”?

A nossa solução é apresentarmos, por agora, o vídeo resultante às turmas do 12ºB e


12ªF na quinta-feira, dia 7 de Abril, nas respectivas aulas de Psicologia, uma vez que assim
teremos mais tempo para tratar toda a informação sem negligenciarmos as outras disciplinas.
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 Barraquinha Verde

Esta estratégia para angariação de fundos não estava de todo prevista e aliás, não
chegou inclusive a ser incluída no Anteprojecto. No entanto, para nosso ânimo, foi-nos
concedido uns dias para conseguirmos angariar todo o dinheiro que necessitávamos.

Estivemos na Barraquinha Verde nos dias três, quatro e dezasseis do mês de Março.
Tínhamos à venda produtos alimentares para todos os gostos: desde o mais saudável ao mais
calórico.

Por iniciativa do grupo, decorámos a barraquinha com autocolantes em forma de


mão, onde estavam contidos todos os produtos à venda e respectivo preço.

É com ânimo que vemos o nosso trabalho compensado, uma vez que conseguimos
angariar dinheiro para todas as despesas que temos em mente (por exemplo, a compra do
mais recente dicionário de Língua Gestual Portuguesa para oferecer à biblioteca da nossa
escola).

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