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11/02/2008 – 2ª feira/ 1ª aula

DIREITO CONSTITUCIONAL II – JAQUELINE SAITER

Unidades da 1ª PROVA: PROVA 14 DE ABRIL


I) Poder Legislativo (como é a estrutura...)
II) Processo Legislativo (conjunto de atos processuais que devem
ser observados para criar uma norma infraconstitucional)
III) Poder Executivo (responsabilidade do Presidente)

Unidades da 2ª PROVA: PROVA 23 DE JUNHO


IV)Poder Judiciário (Estatuto dos Magistrados)
V) Defesa o Estado
VI) Controle do Estado

Livros:
Alexandre de Moraes
José Afonso da Silva

Emendas Constitucionais: 45 e 51

UNIDADE I – PODER LEGISLATIVO

É correta a expressão TRIPARTIÇÃO DOS PODERES?


Não. O poder é único, o exercício dele é que dividido em funções. O
correto é que existe apenas 1 poder, que é do povo, e a Tripartição
das Funções em Legislativa, Executiva e Judiciária.
O Poder Constituinte é o povo.
O Poder Constituído que são as 3 funções (Leg., Exe. e Jud.).
Quem consolidou a teoria dos 3 poderes foi MONTESQUIEU, mas
ARISTÓTELES já havia mencionado.

FUNÇÃO TÍPICA é aquela que prepondera, não é a função exclusiva.


As Funções Típicas do Legislativo são fiscalizar e legislar. Pode
exercer, também, uma função atípica, como por exemplo: Conceder
férias a um funcionário do legislativo, desta forma, o Legislativo está
exercendo uma função administrativa.

O SISTEMA LEGISLATIVO se divide em 2 tipos:


• UNICAMERALISMO: 1 Legislativo composto apenas por 1
Casa/Câmara Legislativa (REPRESENTAÇÃO POPULAR).
• BICAMERALISMO: 1 Legislativo composto por 2 Casas/
Câmaras Legislativas. Não há hierarquia entre as Casas.
o Uma das Casas representa o povo, REPRESENTAÇÃO
POPULAR, que é a CD (Câmara dos Deputados).
o A outra casa representa os Estados-Membros, a política,
que é a SF (Senado Federal).

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Na INGLATERRA, não é Federação como no Brasil, é
Monarquia:
o Uma das Casas é de Representação Popular, dos Comuns,
como por exemplo a burguesia, pequenos proprietários,
servos...
o A outra casa é de Representação dos Grandes
Proprietários, somente dos ricos

Obs:
o Formas de Estado: Simples
Composto – Federação (Brasil e
EUA adotam)
o Formas de Governo: Monarquia
República
o Sistema de Governo: Parlamentarismo
Presidencialismo
o Regime Político: Democrático
Não Democrático

No Âmbito Federal e Bicameral:


• Nos municípios: Câmara dos Vereadores, os membros são
vereadores (O que vai reger é a Lei Orgânica).
• Nos Estados: Assembléia Legislativa, os membros são
deputados estaduais (O que vai reger é a Constituição Federal).
• No Distrito Federal: Câmara Legislativa, composta por
deputados Distritais (O que vai reger é a Lei Orgânica).
• Nos Territórios (se houvessem): Câmara Territorial, composta
por deputados territoriais.

CÂMARA DOS DEPUTADOS (ART. 45 CF)


- Representação Popular
- Membros: Deputados Federais, 513 membros.
- Sistema Eleitoral Proporcional (limites): com base no número
populacional. No mínimo 8 deputados por Estado (ES possui 10),
máximo 70 deputados por Estado (SP).
- Mandato Eletivo: pode ser reeleito, sem limite de vezes.
- Suplentes: não é vinculado ao candidato, é aquele que ficou na brisa
de ser eleito, e se cadastra junto com o eleito, aquele que não
alcançou, por pouco, os votos necessários.

SENADO FEDERAL (ART. 46 CF)


- Representantes Políticos, Estados-membros (o Distrito Federal
encaminha Senadores).
- Membro: Senador da República. Total de membros: 26 x 3
(senadores por Estado, número fixo) + 1 (DF) = 81 senadores.
- Sistema Eleitoral Majoritário: Simples (vence o que tiver maior
número de votos).

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- Mandato Eletivo: 8 anos, renovação de 4 em 4 anos, 1ª eleição elege
1, 2ª eleição elege 2, e assim por diante, para dar continuidade ao
trabalho do outro, pois se todos saírem juntos, a base do projeto tem
que “ser explicada” novamente, enquanto, se já houver algum
senador ciente dos projetos, os outros só dão continuidade.
- Suplentes: É vinculado ao candidato. Cada Senador possui 2, e ele
se registra junto com os suplentes.

13/02/08 – 4ª feira/2ª aula

4) Deliberações das casas Legislativas e Comissões – analisar


as questões, e aprovar ou não. A função legislativa será exercida por
meio das deliberações. O projeto só pode se tornar Lei se for
deliberado. Quais são as deliberações? Quais os métodos de
deliberação? São 3, maioria simples, absoluta e a qualificada.

4.1) Maioria Absoluta: art. 69 CF/88


• Exceção – a maioria absoluta não é regra, por isso sempre deve
vir expressa no texto. Sempre que o constituinte quiser fazer a
votação por maioria absoluta (também utilizado somente o
termo “maioria”). E se nada for mencionado, é de maioria
simples.
• Conceito – corresponde ao primeiro número inteiro subseqüente
à divisão total dos membros da casa legislativa.

CD (CAMARA DOS DEPUTADOS) – total de membros 513/2 = 256,5 =


257
SF (SENADO FEDERAL) – total de membros 81/2 = 40,5 = 41

4.2) Maioria Simples: art. 47 CF/88


• Regra – não virá expressa.
• Conceito: consiste na maioria absoluta de votos, desde que
presente na sessão a maioria absoluta dos membros da Casa.
Ver se possui na sessão a maioria absoluta de membros (fase
1), se tiver, será iniciada a sessão e votos devem ser da maioria
absoluta (fase 2).
• Necessidade do cumprimento de 2 fases:
o Quorum de instalação da sessão legislativa (fase 1):
Deverá estar presente na sessão a maioria absoluta
dos membros.
CD – 257 membros, no mínimo, para abrir a sessão.
SF – 41 membros, no mínimo, para abrir a sessão.
o Quorum de aprovação da matéria em pauta (fase 2):
Consiste na maioria absoluta dos presentes.
CD – (se têm 257 membros presentes), 257/2 = 129
membros no MÍNIMO sempre fixo.
SF – (se têm 41 membros presentes), 41/2 = 21
membros no MÍNIMO, sempre fixo.
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4.3) Maioria Qualificada:
• Exceção:
• Tem como referência o total de membros da Casa
• Apresenta-se por meios de frações
• Utiliza-se da técnica do arredondamento “pra mais”
o CD (513) – 1/3 = 171
2/3 = 342
3/5 = 308
o SF (81) – 1/3 = 27
2/3 = 54
3/5 = 49

Exemplos:
1/3 - ART. 58, §3º
2/3 - ART. 51, I E ART. 52 §ÚNICO
3/5 - ART. 60, §2º

5) Estrutura do congresso nacional: arts. 57, e Segs.

LEGISLATURA
– período equivalente a 4 anos de duração (quadrênio). Art. 44
§único.

SESSÕES LEGISLATIVAS ORDINÁRIAS (Bloco A)
- tem duração de 1 ano (ano parlamentar 02/02 até 22/12)
Em 1 legislatura, terá 4 sessões legislativas ordinárias, esse período é
obrigatório, o cronograma tem que ser seguido sempre. Art. 57
“caput”.

PERÍODOS LEGISLATIVOS
- cada sessão se divide em períodos legislativos, que têm duração
semestral (02/02 – 17/07 e 01/08 – 22/12). Em 1 legislatura, terá 4
sessões legislativas ordinárias, e em cada sessão ordinária terão 2
períodos legislativos. Art. 58, §4º (um exemplo que menciona, pois
não tem um artigo próprio, específico.)

SESSÕES ORDINÁRIAS parlamentares, dura em média
Diária (de 3ª a 5ª feira), 1 hora e meia) e o ordem do dia
obrigatórias. Equivalente ao (é para a votação das matérias
expediente “normal” de em plenário, dura em média 2
trabalho. Não vêm prevista em horas e meia).
um texto, são regimentadas SESSÕES EXTRAORDINÁRIAS
(regimental). Se divide em 3 Diárias (podem ocorrer de 2ª a
expedientes (sub-sessões): o 6ª feira), são excepcionais,
pequeno (reservado para as ocorrem quando foi iniciado um
solenidades, dura em média 1 trabalho legislativo na sessão
hora), grande (reservado para ordinária, ocorrem fora do
realização das comissões expediente normal de trabalho,
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corresponde as horas extras de
um trabalhador comum, são
remuneradas. É regimental,
como às ordinárias.

BLOCO B

LEGISLATURA

SESSÕES LEGISLATIVAS EXTRAORDINÁRIAS
- Semestral, só podem ocorrer no recesso parlamentar. Exige
convocação, não são obrigatórias, algumas pessoas tem poder para
convocar, que são: Presidente da República, Presidente do Senado,
Presidente da Câmara e os parlamentares (Senadores e Deputados).
Não é remunerada de forma extraordinária (não tem remuneração
extra), e sim ordinária. Art. 57, §6º,7º e 8º.

RECESSO PARLAMENTAR
18/07 – 31/07
23/12 – 01/02
Período de férias parlamentares. Há a necessidade da presença de
uma comissão representativa (vai representar todos os
parlamentares que estão de férias).
Art. 58, §4º.

SESSÃO SOLENE DE POSSE DE COMPROMISSO DO PRESIDENTE E VICE
Sessão legislativa extraordinária, pois ocorre no recesso. Ocorre no
01/01 do 1º ano da Legislatura, mesmo quando é reeleição. Sessão
conjunta domo Congresso Nacional (CN), os novos eleitos, e os que o
mandato está acabando são convocados. Art. 57, §6º, I e §3º, III.

SESSÕES PREPARATÓRIAS
Extraordinária, ocorre dentro do recesso. Para a posse dos
parlamentares eleitos ou reeleitos. Eles ainda não tomaram posse, e
os antigos ainda estão no mandato. Ocorre no 01/02 do 1º Ano da
Legislatura. Para aprovação do regimento interno, e para a eleição da
mesa. Art. 57, §4º.

15/02/2008

6) Comissões Parlamentares, art. 58, CF

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-Conceito: um grupo restrito/pequeno de parlamentares, que se
reúnem cotidianamente para discutir um tema que seja de interesse
público (temas diversos, que tenham relevância para sociedade).
-Espécies (classificação): a) Membros: *isolada – comissão composta
por membros de apenas uma das casas, seja deputados, seja
senadores; e *mista – composta por membros das duas casas, são
senadores e deputados. b) Prazo de duração: *permanentes: tem um
longo prazo de duração, este prazo pode chegar até 1 legislatura (4
anos) e tem que ter mais de 1 ano, ex.: as vinculadas ao ministério,
comissão de constituição e justiça; e *temporária: tem um curto prazo
de duração, tem um limite máximo de sessão legislativa ordinária (1
ano).
-Comissões externas: comissão que acompanha as Missões.
Acompanham o presidente da república, para fiscalizar (não é para
fiscalizar os gastos). Não é externa só quando sai do país, mas
também quando vem de outro país, quando entra no nosso.
-Temáticas: vinculadas aos ministérios. Recebem os ministros de
estado, para prestarem esclarecimentos.
-Especiais: possui uma especialidade. Vai ter uma função muito
específica. Comissão de Constituição e Justiça.
↓ Inquérito: ela tem um objetivo específico, que é a investigação,
ela não julga! Esta investigação tem caráter de fiscalização.
Tem uma denúncia e essa comissão tem que mostrar para
população se a denúncia é verdadeira ou não, “dar explicações
para o povo”.
-Representativa: só funciona no período do recesso parlamentar. É
eleita na sessão ordinária, antes do recesso. Os partidos de grande
representação terão várias pessoas na comissão para representá-los.
É especial e sempre mista. Art. 58, §4º, CF.

6.1) Comissões Parlamentares de inquérito: art. 58, §3º, CF.


-Conceito: um grupo restrito de parlamentares que estão reunidos
com a finalidade de investigar um fato determinado, que seja de
interesse público.
-Poderes: de investigação, próprios das autoridades judiciais. Jamais
será absoluta, tem uma série de restrições (não possuem todos os
poderes próprios das autoridades judiciais), não tem nenhum poder
de julgamento, e sim, fiscalização/investigação pelo poder legislativo.
-Requisitos de formação: que tem que ser avaliadas, se não a CPI
pode ser anulada. *1/3 dos membros da casa: para forma uma CPI é
necessária a assinatura de 1/3 dos membros da casa. *fato
determinado do interesse público: a CF exige isso, que seja um fato, e
que seja de interesse público. *por prazo certo: vai ter que
estabelecer um prazo de duração, início e fim. Toda CPI é temporária,
não existe CPI permanente. Ex.: Regimento Interno da Câmara dos
Deputados tem prazo de 120 dias, podendo ser prorrogado por mais
60 dias.
-Conclusões: é que a CPI elabore um relatório final, pode ser parcial, o
que facilita, pois não recebe todas as informações de uma vez. Tem

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que ser aprovado pela comissão existe um relator, que foi quem
preparou o relatório, que foi exposto para os parlamentares, desta
forma, este relatório pode ser rejeitado (vai ser arquivado), ou
aprovado (será encaminhado ao Ministério Público).
Art. 58, §2º, I
É possível um projeto de lei ser aprovado sem passar pela Câmara,
cabe a comissão e não é de competência do plenário.
-Atos permissivos: são os atos que a CPI pode praticar,
independentemente de ordem/autorização judicial.
a) possibilidade de quebra de sigilo bancário, fiscal e de dados.
Quebra de sigilo=você pode ter acesso às informações;
Interceptação=você vai além da informação, tem acesso ao real/fato.
Está autorizada somente a quebrar o sigilo, caso contrário, seria ato
judicial, e dependeria da ordem/autorização judicial.
b) realização de oitiva de testemunhas com possibilidade de
condução coercitiva. Se a testemunha se negar, a CPI pode pegar a
força. A testemunha não pode ficar em silêncio, nem se auto-acusar.
c) realização de oitiva dos investigados com possibilidade de argüição
do direito ao silêncio. A CPI pode chamar testemunhas, mas também
investigados, e estes podem permanecer calados, não precisam se
auto-acusar. Está previsto no Pacto de São José da Costa Rica.
d) realização de perícias e exames. A CPI pode pedir que exames e
perícias sejam feitas em programas, computadores...
e) determinação de busca e apreensão de documentos
(importantíssimos). Para fazer a busca e apreensão de bens de
particulares, é necessária a autorização para entrar em
estabelecimentos particulares, nos estabelecimentos públicos, pode
entrar e buscar o que for necessário.
-Atos proibidos: são os atos praticados pela CPI mediante ordem
judicial.
1º.Decretar quaisquer tipos de prisão, salvo a prisão em flagrante.
Ex.: prisões cautelares, somente com autorização judicial.
2º. Determinar a aplicação de medidas cautelares, como a
indisponibilidade de bens. São medidas de garantia, de
proteção processual.
3º.Proibir ou restringir a assistência jurídica gratuita. Restrição
absoluta, nem mesmo com ordem judicial a CPI poderá fazer.
Cláusula de reserva jurisdicional, virão gravados em uma cláusula em
que se reserva somente/exclusiva ao Juiz/poder judiciário, pode ser de
3 tipos:
• Ordem judicial
• Autorização judicial
• Determinação judicial
*art. 5º, XI – sigilo domiciliar - consentimento
- desastre
- flagrante
- prestar socorro
- ordem judicial

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*art. 5º, XII – interceptação telefônica - ordem judicial, com
justificativa de inquérito, ou instauração processual.

7) Estatuto dos Congressistas/Parlamentares: Art. 53 e 55


- Conceito – é um conjunto de regras constitucionais, não é
infraconstitucional, que estabelecem prerrogativas aos
parlamentares.
- Regras:
• Imunidade material/inviolabilidade -
• Imunidade Formal – diz respeito à prisão e ao processo,
• Prerrogativa de Foro – diz respeito à função que ele ocupa,
órgão julgador
• Perda do mandato – perda por extinção ou por cassação
7.1) Imunidade Material ou Inviolabilidade: art. 53, caput
- Conceito – estabelece que os parlamentares terão
irresponsabilidade em relação às suas palavras, votos e opiniões.
Para que ele fique isento de qualquer prejuízo no exercício de sua
função. Para que ele possa expressar suas opiniões de uma forma
livre, mas ele não pode exceder, deve ser no âmbito do razoável.
-Características - *Imunidade Funcional (somente terá a imunidade,
caso esteja no exercício de sua função, e em razão da sua função,
não quer dizer que seja somente dentro da casa legislativa. Se, por
exemplo, um falar mal da mãe do outro, ou dizer que é feio, ou coisa
do tipo ele não possui a irresponsabilidade); *Imunidade Absoluta
(não é sem limites, quer dizer que ele será irresponsável em todos os
ramos do direito, Civil, Penal, Administrativo e Disciplinar);
*Imunidade Perpétua (ainda que terminado o mandato eletivo ele seja
imunizado, mas somente em relação aos atos praticados durante o
exercício).
7.2) Imunidade Formal: art. 53, §§2º, 3º, 4º e 5º
7.2.1)Imunidade Formal quanto à prisão: art. 53, §2º
-Regra – Parlamentar não pode ser preso.
-Exceção – salvo se tratar de prisão em flagrante por crime
inafiançável.
↓ Neste caso: a casa legislativa deverá se manifestar sobre a
prisão, se mantém ou relaxa a prisão. A manifestação será pela
maioria absoluta.
• Obs.: Prisão decorrente de decisão judicial condenatória
transitada em julgado? Alexandre de Moraes diz que não cabe
prisão em quanto está em exercício do mandato.
STF diz que ao contrário, haverá prisão (majoritário).
7.2.2) Imunidade Formal quanto ao processo: art. 53, §§3º, 4º e 5º
CRIMINAL
- Antes da EC 35/01 (emenda constitucional) – havia uma exigência
de licença prévia da Casa para que um processo fosse instaurado
contra um parlamentar.
- Após a EC 35/01 (emenda constitucional) – o que mudou?
• Não há mais a exigência da licença prévia.

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• Possibilidade de sustação do andamento do processo pela Casa,
reiniciando o andamento com o fim do mandato.
• Manifestação da Casa se fará por maioria absoluta, pelo prazo
de 45 dias.
• Sustação do processo = suspensão do prazo prescricional.
7.3) Prerrogativa de Foro: art. 53, §1º
- Parlamentares Federais –
• Crime de responsabilidade: serão processados e julgados pela
própria Casa.
• Crime Comum: serão processados e julgados pelo STF.
- Parlamentares Estaduais –
• Crime de responsabilidade: serão processados e julgados pela
própria Casa.
• Crime Comum: serão processados e julgados pelo STJ.
- Parlamentares Municipais –
• Crime de responsabilidade: serão processados e julgados pela
própria Casa.
• Crime Comum: serão processados e julgados pelo Juiz de
Direito.

27/02/08 - quarta-feira

*Análise das prerrogativas parlamentares:


• Crime cometido antes da diplomação:
*prisão *Processo (julgado pelo STF)
*processo comum___________*ele tem direito à uma prerrogativa______
CRIME DIPLOMAÇÃO------Mandato
eletivo------FIM
Será preso de acordo com a corrente do STF
Prisão – Não, somente se for flagrante de crime
inafiançável.
Súmula do STF 394 -> STF – diz que não é competente. Diz que é
competência da justiça comum. Lei 10628/02 – diz que o STF é
competente. Após, veio um ADIN2797/05 – diz que a Justiça comum
que é competente, e vigora até hoje.
• Imunidade Material – sim, a partir da diplomação.
• Imunidade Formal -> prisão – Sim, a partir da diplomação
• Imunidade Formal -> processo – Não, crime anterior
• Prerrogativa o foro – sim (STF), o foro (durante o mandato).
• Crime ocorrido durante o mandato:
Processo (pode ser sustado)
______________________Prisão (somente flagrante de crime
inafiançável__________
DIPLOMAÇÃO CRIME pode ser sustado no
meio FIM

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• Imunidade Material: Sim, a partir da diplomação. Se não houver
sustação pode ser que a decisão acabe antes do mandato. E se
for condenatória (transitada em julgado) ele será preso.
• Imunidade Formal/prisão: Sim
• Imunidade Formal/processo: Sim, após a diplomação.
• Prerrogativa de foro: Sim (STF. Pode começar no STF, mas pode
haver a sustação e após o mandato será julgado normalmente
pela justiça comum). Terminando o processo será julgado na
justiça comum.

Com relação ao Dep. Estadual, também será aplicada a imunidade


material, formal e prerrogativa de foro (art. 27, §1º).
Com relação aos Vereadores, será aplicada somente a imunidade
material, mas possui um limite que é local, dentro da circunscrição do
município (art. 29, VIII).

7.4) Perda do mandato eletivo: art. 54, 55 CF


7.4.1) Cassação do mandato eletivo: art. 55, I, II, VI, §§1º e 2º
*Hipóteses:
• Infringência das proibições do art. 54 (art. 55, I)
• Procedimento incompatível com o decoro (conduta
correta) parlamentar. Art. 55, II; §1º:
*Abuso das prerrogativas
*Percepção de vantagem indevida
• Condenação Criminal Transitada em julgado (VI)

*Procedimento:
• Abertura de procedimento administrativo (interno)
• Por iniciativa da mesa ou partido político (quem vai
provocar)
• Decisão da maioria absoluta dos membros (a casa
pode decidir pela absolvição, assim ele não será
cassado, e sim licenciado, e poderá retomar o
mandato).

Se for a hipótese 1 e/ou 2, ele perderá o mandato, e será inelegível


pelo restante do mandato mais 8 anos (Lei 64/90).

03/03/08 - segunda-feira
7.4.2) Extinção do Mandato eletivo: Art. 55, III a V, CF/88 – não
exige procedimento administrativo, vai ser apenas declarada pela
mesa da casa.

*Hipóteses:
• Não comparecimento a 1/3 das SO (Sessões
Ordinárias) em cada SLO (Sessão Legislativa
Ordinária) (III).
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• Perda e Suspensão dos direitos políticos (IV). O
Próprio parlamentar que vai desencadear a perda e
suspensão. A Ocorrência que vai determinar o fim.
• Determinação da Justiça Eleitoral (V). Não tem nada
haver com a Casa Legislativa, mas precisa da casa
para dar posse ao eleito. Um depende do outro.
• Outras:
*Renúncia – é uma extinção movida por ato de
vontade, basta que a mesa aceite e declare. Obs.:
§4º, uma vez instaurado o processo que vise, ou
possa levar à perda do mandato, a renúncia não
terá efeitos, terá seus efeitos suspensos, caso ele
venha renunciar, até o final do processo referente à
perda.
*Morte – a mesa deve oficializar, pois, o suplente
não pode assumir até que a mesa declare.

*Procedimento: §3º
• Início com pedido de extinção
• Pedido: mesa, membro, partido político
• Declaração da extinção pela mesa

UNIDADE II – PROCESSO LEGISLATIVO


1) Considerações Iniciais:
-Conceito – Conjunto de atos coordenados com a finalidade de
produzir/elaborar normas.
-Espécies Normativas – *Lei Ordinária (produzida por meio do
processo legislativo ordinário, por maioria simples); *Lei
Complementar (produzida por meio do processo legislativo
especial, doutrina, e pela professora, é produzida por meio do
processo legislativo ordinário, e a única diferença dela para a Lei
Ordinária é que esta é por maioria absoluta); *Lei Delegada
(produzida por meio do processo legislativo especial); *Medida
Provisória (produzida por meio do processo legislativo especial);
*Emenda Constitucional (produzida por meio do processo
legislativo especial); estas são as mais importantes. Art. 59 rol
exemplificativo, não é taxativo. Que fala também dos *Decreto
Legislativo; e *Resolução (ficam a cargo do regimento interno,
exclusivo do Legislativo, não serão estudadas a fundo).
Existem 2 ritos, o Ordinário e o Especial. A diferença está na
matéria, o que cada um vai elaborar, além dessa tem outro termo
que é o Sumário, este é o mesmo procedimento do que o
Ordinário, mas com prazo de 100 dias. Só irá valer por projeto de
Lei de iniciativa do Presidente da República.

2) Processo legislativo Ordinário: art. 61, 64, 65, 66, 67

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É o responsável pela produção das leis ordinárias e
complementares. Segundo Alexandre de Moraes é dividido em 3
fases:
• Introdutória – iniciativa das Leis.
• Constitutiva – produção normativa propriamente. Se divide
em 2 sub-fases: *Deliberação Parlamentar (pelos
parlamentares), e *Deliberação Executiva (o Presidente da
República/sansão).
• Complementar – promulgação e publicação da Lei.
2.1) Fase Introdutória:
*Iniciativa das Leis: apresentação de projeto de Lei.
*Modalidades de iniciativa: segundo os membros
• Iniciativa parlamentar – pertence aos:
*deputados e
*senadores (agindo isoladamente ou em comissão)
• Extra parlamentar (fora do parlamento, *Povo (pela iniciativa
popular, 61, §2); pelo *Presidente da República, Art. 61, §1º);
Tribunais Superiores + Supremo; Ministério Público por meio de
Procurador.

Segundo a forma:
• Iniciativa exclusiva – só tem 1 legitimado para iniciar. O
Constituinte utilizou privativa, pois permite delegação, e por
isso se equivocou (Art. 61, §1º).
• Concorrente – vários legitimados, eles podem agir
isoladamente, art. 61 “caput”.
• Conjunta – vários legitimados, só podem agir juntos. Exige
que estejam todos unidos. Hoje, no nosso ordenamento, não
há previsão de iniciativa conjunta, mas já teve até 2003,
vinha prevista no art. 48, inc. XV.

05/03/2008 - quarta-feira
2.2) Fase Constitutiva
• Deliberação Parlamentar – vai ser todas as deliberações e
votações que ocorrerem dentro das Casas Legislativas
• Deliberação Executiva

2.2.1) Deliberação Parlamentar


• Fase da manifestação das casas legislativas
• Necessidade de manifestação da comissão do controle
• A 1ª manifestação será da casa principal e a 2ª manifestação
será da casa revisadora
• As casas irão se manifestar em 1 turno e o segundo os
seguintes quoruns:
o LO (Leis Ordinárias) = MS (Maioria Simples)
o LC (Leis Complementares) = MA (Maioria Absoluta)

CD (Sempre que se iniciar pelo deputado, presidente da republica,


poder judiciário, ministério publico ou povo).
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1º ato será encaminhar para a comissão de controle (CCJ)
2º ato será enviar para o plenário.
• Manifestação da Casa
1) aprovação sem emendas – próximo ato, o proj ira para a casa
revisora.
2) aprovação com emendas – ela pega o projeto do PR. E modifica,
fez emendas, EMENDA PARLAMENTAR. O prj vai pra casa
revisora.
3) A casa pode rejeitar um projeto de Lei – será arquivado

SF (será Principal se for representado pelo Senador).


1º ato será encaminhar para a comissão de controle (CCJ)
2º ato será enviar para o plenário do senado.
• Manifestação da Casa:
1) Aprovação sem emendas – deliberação executiva (será enviado
ao PR.). Se já veio da casa principal com emendas, a casa
revisora pode aprovar sem emendas, ou aprovar com emendas
(volta a casa principal), ou rejeitar (arquivamento).
2) Aprovação com emendas – se veio sem emendas da CD,
retorna à casa principal (pois as duas casas precisam ter ciência
do conteúdo completo). Após voltar para a casa principal, e
obtiver *Aprovação – será enviada ao presidente – deliberação
executiva, e se houver a *Rejeição – arquivamento. E não
poderá existir novas emendas.
3) Rejeição - arquivamento

2.2.2) Deliberação Executiva


• Consiste na Manifestação do PR (Presidente da República) sobre
PL (Projeto de Lei) aprovado nas Casas.
• Envolve 2 atos:
o Sanção
o Veto
→ Sanção – manifestação favorável ao PL
o Expressa – manifestação favorável no prazo de 15 dias.
o Tácita – não manifestação favorável no prazo de 15 dias,
representa o silêncio do PR.

o Total – quando há concordância com todo o projeto,


integral.
o Parcial – quando há concordância de parte do projeto, o
restante foi vetado.

→ Veto – manifestação desfavorável ao PL. Todo veto SEMPRE


será expresso (15 dias).
o Total – Quando ele veta todo o projeto.
o Parcial – Quando ele veta somente parte do projeto, o
restante foi sancionado.
Motivos que o PR deve apresentar para vetar:

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o Político – por ser contrario ao interesse publico. Não
atinge a finalidade de interesse público.
o Jurídico – se motivou na inconstitucionalidade da Lei. É
um controle preventivo.
Após isso, o PR vai encaminhar para o presidente do SF no prazo de
48 horas. Pois, o congresso nacional terá que se manifesta em 30 dias
sobre o veto. E o presidente do senado é o Presidente do congresso.
Em sessão conjunta pelo voto da maioria absoluta e pelo voto
secreto.
O congresso pode decidir:
o Pela manutenção (mantém o veto) – arquivamento.
o Pela rejeição (quebra o veto presidencial) – aprovação do PL.
O PR. acaba sendo um figurante.

Se a Lei for aprovada, o PR tem 48 horas para promulgar e publicar a


Lei, se ele não o fizer, o Presidente do Senado (como presidente do
congresso), pode fazê-lo.

2.3) Fase complementar


• Envolve uma lei já existente (na fase constitutiva) criada na
fase anterior.

2.3.1) Promulgação
• Declaração de existência da lei, feita, via de regra, pelo PR.
declaração expressa de que alei existe por meio da assinatura
do presidente. Precisa da promulgação para virar publica para
todos.
• Prazo de 48 horas

2.3.2) Publicação
• Torna a Lei do conhecimento de todos por meio da sua
reprodução
• Quem promulga manda publicar

PROVA 23 DE ABRIL

10/03/2008 - segunda-feira
3) Processo Legislativo Sumário, art. 64, §§1º, 2º e 3º: no
processo legislativo comum, não possui prazo, corre da
forma que as Casas acharem melhor.
• Consiste no processo legislativo ordinário com prazo
• Somente ocorre quando o PR solicita urgência na deliberação
dos projetos de Lei de sua iniciativa (somente projetos de
iniciativa dele).
• No regime de urgência, as casas legislativas deverão se
manifestar no prazo de 45 dias (cada uma). A Câmara possui
10 dias de emenda caso seja necessário, mais 15 dias de
sanção do PR, e mais 2 para promulgação e publicação (o
tempo máximo que chega a ficar é 117 dias)
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• O não cumprimento do prazo ocasionará a suspensão no
andamento das demais matérias legislativas. Salvo as MP’s.

EXERCÍCIOS:
1) É correto afirmar que todos os atos praticados pelas
autoridades judiciais podem ser exercidos pelas CPI’S?
Não. Existem atos que só são praticados pela CPI mediante ordem
judicial (Atos proibidos). Quais sejam:
1º. Decretar quaisquer tipos de prisão, salvo a prisão em flagrante.
Ex.: prisões cautelares, somente com autorização judicial.
2º. Determinar a aplicação de medidas cautelares, como a
indisponibilidade de bens. São medidas de garantia, de proteção
processual.
3º. Proibir ou restringir a assistência jurídica gratuita. Restrição
absoluta, nem mesmo com ordem judicial a CPI poderá fazer.

2) É correto afirmar que o parlamentar federal está protegido pela


cláusula de irresponsabilidade geral material?
Sim. Ele terão irresponsabilidade em relação às suas palavras,
votos e opiniões. Para que ele fique isento de qualquer prejuízo no
exercício de sua função. Para que ele possa expressar suas
opiniões de uma forma livre, mas ele não pode exceder, deve ser
no âmbito do razoável. *Imunidade Absoluta (geral) (não é sem
limites, quer dizer que ele será irresponsável em todos os ramos do
direito, Civil, Penal, Administrativo e Disciplinar);

3) Por qual motivo o veto é expresso, motivado e superável?


O veto SEMPRE será expresso (deverá haver a manifestação no
prazo de 15 dias), motivado (motivos: políticos, não atingem a
finalidade de interesse público, ou jurídico, inconstitucionalidade do
projeto de Lei), e superável (o veto pode ser derrubado).

4) Estabeleça os critérios para instauração e eventual sustação de


processo judicial em face de parlamentar federal.
Recebida a denúncia contra Senador ou Deputado, por crime
ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará
ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político
nela representado e pelo voto da maioria de seus membros,
poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. O pedido
de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo
improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela
Mesa Diretora. A sustação do processo suspende a prescrição,
enquanto durar o mandato.

OBS: Todas as questões devem ser fundamentadas e conter os


artigos constitucionais referentes.

12/03/2008 - quarta-feira
4) Processo Legislativo Especial - envolve a produção de 3
normas:
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• Emenda Constitucional
• Lei delegada
• Medida provisória
4.1) Emenda Constitucional: art. 60 CF/88 – só é espécie
normativa infraconstitucional enquanto esta sendo produzida,
após ser produzida passa a ser norma constitucional,
Constituição. É especial por que é fruto do poder constituinte
derivado reformador (originário cria nova constituição, e o
derivado que é aquele que altera a constituição vigente, que
nos interessa).
• Instrumento normativo da reforma da Constituição
• Decorre do Poder Constituinte Derivado Reformador
– Legislativo é que detém o poder de constituinte
derivado, representado pelo Congresso Nacional. O
executivo não tem este poder. O poder é exercido
segundo as regras da Constituição.
• Processo Legislativo
→ Fase introdutória – iniciativa restrita ao rol
taxativo do art. 60, I, II, III, que não pode ser
ampliado em hipótese alguma. I – Dois
legitimados, de um terço, no mínimo, dos
membros da câmara dos deputados ou do
senado federal. II – do PR. III – tem que ter
adesão de mais da metade das assembléias
legislativas do país, essas assembléias têm
que ter uma aprovação dentro da casa da
maioria simples.
→ Fase Constitutiva – deliberação parlamentar:
 Discussão e votação da PEC (proposta
de emenda constitucional) em 2 turnos
com aprovação de 3/5. Segue o rito
ordinário, mas, a votação será diferente,
cada casa vai se manifestar e votar 2
vezes – §2º.
→ Fase complementar §3º - promulgação e
publicação pelas mesas das Casas. Não vai ter
deliberação executiva, passa direto pra
promulgação e publicação, e não são feitos
pelo PR.
§1º - limitações circunstanciais, pois são
circunstâncias em que o país está em crise, e
o congresso deve estar preocupado com a
crise e não com emendas.
§4º - limitações materiais - matérias que não
podem ser modificadas, mas, possuem
ressalvas, se for para ampliar e para o bem da
sociedade podem ser modificas, mas para
extinção ou recessão, não. CLÁUSULAS
PÉTREAS.
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IV – o constituinte se equivocou, pois, não
somente garantias individuais, e sim para
toda e qualquer garantia fundamental.
V – diferença em relação ao ordinário, não
possui ressalva com relação à proposta de
emenda.

4.2) Lei Delegada: Art. 68 CF/88


• Ato normativo elaborado/produzida pelo PR por meio
de delegação/autorização da função legiferante pelo
CN. Mas tem condições.
• Possui a mesma natureza jurídica da Lei ordinária, mas
com limitações materiais.
• Processo legislativo:
→ Fase Introdutória: iniciativa solicitadora – feita
pelo PR (O PR deve solicitar formalmente ao
CN, sem apresentar o projeto de Lei, só coloca
um tema, sobre o que será a Lei).
→ Fase Constitutiva – §2º:
o O CN deverá se manifestar sobre o
pedido
o A manifestação far-se-á por MS, maioria
simples, pois, possui natureza ordinária.
o A autorização será por meio da
Resolução (o documento normativo que
vai autorizar o PR a criar a Lei, nele
virão às regras, termos, pode ser que
neste momento depois que o PR criou a
lei, antes de haver a promulgação e
publicação, o CN não teve acesso a Lei,
pode ser que o CN coloque como uma
regra/uma condição que ele possa ter
acesso a Lei para analisar, aprovar ou
rejeitar, não há como emendar, caso ele
aprove será por maioria simples). Possui
um prazo de duração da autorização, se
o PR perder o prazo ele terá que
requerer novamente a Resolução. §3º.
§1º – limitações materiais
o Com a autorização o PR elabora a Lei
→ Fase Complementar: promulgação e
publicação pelo PR.

17/03/2008 - segunda-feira
4.3) Medida Provisória: art. 62 -> EC 32/01 – possui limites
materiais.
• Ato normativo de competência do PR – é uma norma
editada pelo executivo (representada pelo PR), de forma
atípica. Instrumento do poder executivo.
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• Ato normativo com força de Lei – mas, não é Lei e não pode
ser entendido como Lei. Por isso, existe o processo de
conversão em Lei. A sociedade deve cumpri-la, e ela deve ser
exigida como se fosse Lei.
• Pressupostos constitucionais para sua edição – ela deve
ser editada caso haja relevância, ou urgência para sociedade (a
maioria não se baseia nesses preceitos). Exige uma motivação.
o Relevância
o Urgência
• Prazo inicial de duração: 60 dias com prorrogação por mais
60 (pois, é provisória, podendo chegar ao máximo 120 dias, se
não houver manifestação neste prazo, ela perde a vigência).
• Processo legislativo especial: acompanha as fases do
ordinário com algumas mudanças.
→ Fase introdutória: apresentação do projeto de Lei de
conversão (PLC), no ordinário e um projeto de Lei para
apresentar uma Lei nova, e a medida provisória é para
converter uma para Lei.
→ Fase Constitutiva: – Quórum de maioria simples.
 Manifestação da Comissão mista – comissão
formada por deputados e senadores, por isso é do
congresso, e não das câmaras, é uma comissão
parlamentar especial (possui uma técnica que a
qualifica, a análise dos pressupostos de relevância e
urgência), vai analisar se existem os pressupostos,
não analisa o mérito. Pode rejeitar e sugerir a
mudança.
 Manifestação das Casas legislativas – após um
parecer positivo. A câmara será a casa principal, e o
senado será a casa revisora. Mesmo rito do
ordinário. As casas podem:
o Aprovação sem emendas – projeto de Lei
aprovado integralmente.
→ Não são feitas mudanças ao texto
original do PLC.
→ Necessidade de manifestação da
comissão mista
→ Manifestação das casas pela aprovação
integral (MS)
→ Após a aprovação, o PLC seguirá direto
para a fase complementar:
 Promulgação pelo presidente do
STF
 Publicação pelo PR
→ Não há deliberação executiva: não há
necessidade de sanção e veto pelo PR,
pois a iniciativa é do próprio PR
(executivo), isso que diferencia do

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ordinário. Da fase constitutiva vai direto
para a fase complementar.
o Aprovação com emendas
→ São feitas alterações ao texto originário.
→ As emendas feitas pelas Casas deverão
ser analisadas pela comissão mista (a
comissão mista não teve acesso às
emendas feitas).
→ Após aprovação pelas Casas, o PLC
segue para a fase de deliberação
executiva (pois ele não viu o projeto
emendado):
 Sanção -> segue para a fase
seguinte (promulgação e
publicação).
 Veto -> retorna ao CN para
análise.
→ Manifestação sobre o veto (maioria
absoluta):
 Rejeição do veto:
 Promulgação para o
presidente do STF.
 Publicação pelo PR.
 Manutenção do Veto:
arquivamento do PLC e extinção
dos efeitos da MP.
o Rejeição:
→ Expressa:
 Manifestação da discordância do
CN em relação ao PLC, que pode
ocorre pela Comissão Mista ou
pelas Casas. Vai gerar perante a
sociedade o fim da MP.
 A rejeição dentro do prazo de 120
dias produzirá a perda imediata da
eficácia da MP, com efeitos
retroativos (ex tunc – regra),
restando ao CN editar decreto
legislativo para regular as relações
jurídicas decorrentes da vigência
da MP (invalidar todos os atos
passados, por isso o Decreto).
 A não edição do decreto
converterá o efeito ex tunc em ex
nunc (se passar o prazo, 60 dias,
do CN se manifestar com o
decreto, modifica os efeitos).
→ Tácita:

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 Será a não manifestação do CN
sobre o PLC no prazo de 120 dias
(silêncio). Não se pode confundir
com o ordinário, aqui o silêncio
gera rejeição, e no ordinário, na
sanção ou veto, o silêncio gera a
aprovação.
 A rejeição APÓS o prazo de 120
dias produzirá a perda imediata da
eficácia da MP, com efeitos
retroativos (ex tunc – regra),
restando ao CN editar decreto
legislativo para regular as relações
jurídicas decorrentes da vigência
da MP.
 A não edição do decreto
converterá o efeito ex tunc em ex
nunc.

24/03/2008 - segunda-feira
• RU - Regime de urgência das medidas provisórias (bem
semelhante ao processo legislativo sumário que é
aplicado no processo legislativo Ordinário, o PR pede, e
esse já se inicia no regime de urgência): o PLC já se inicia
com um prazo de 60 dias, caso: art. 62, CF
o Caso o PLC não seja apreciado (omissão) pelas
Casas Legislativas no prazo 45 dias, entrará em
regime de urgência.
o As Casas terão o prazo de 15 dias para se
manifestarem.
o Enquanto estiver em regime de urgência, as
matérias legislativas em tramitação ficarão
suspensas (trancamento de pauta onde/na Casa que
estiver tramitando).
o O período de urgência pode se prolongar por mais
60 dias com a prorrogação da MP (prazo total de 75
dias). Se eles não se manifestarem neste prazo será
considerada uma rejeição tácita. Art. 62, §7º.
• As medidas provisórias no recesso parlamentar:
o Regra -> prazo de duração da MP – 60 dias.
o Exceção -> possibilidade de prorrogação – mais 60
dias.
o Recesso parlamentar -> haverá suspensão do
andamento do processo de conversão da MP.
o Possibilidade de duração da MP por período superior
a 120 dias, pois não há como a sociedade parar de
cumprir a MP no período do recesso, então,
enquanto estiver no recesso a MP continua
vigorando e o seu prazo não corre. Mas, se tiver a
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convocação extraordinária os prazos continuam
normais e ela volta para a pauta.

Art. 62, §1º - Prevê os limites materiais (nestas matérias não


poderão ser feitas nenhuma edição via MP).
Art. 62, §2º - É possível haver uma tributação via MP, mas possui
exceções/ressalvas, que são os art. 153, I, II, IV, V e 154, II (não pode
via MP), nesta regra é estabelecida uma condição, de que este tributo
que foi editado, ele só poderá ser exigido pela sociedade no exercício
financeiro seguinte a conversão da MP. Ex.: uma MP só pode ser
convertida em Lei no mesmo ano em que foi criada, se foi criada em
2008, para que o tributo seja cobrado, ela deverá ser convertida em
Lei até o dia 31 de dezembro de 2008.
Art. 62, §3º - Rejeição tácita.
Art. 62, §4º - Como funciona a MP no período do recesso.
Art. 62, §5º - Prevê a necessidade da comissão mista, que é um
juízo prévio.
Art. 62, §6º - Regime de urgência.
Art. 62, §8º - Pois o senado é a Casa revisora, e a MP é de iniciativa
do PR.
Art. 62, §11º - Trazendo os efeitos da rejeição, que gerará os efeitos
ex-tunc, caso haja a omissão do congresso gerará efeitos ex-nunc.

26/03/08 - quarta-feira
UNIDADE III: PODER EXECUTIVO
1) Considerações Iniciais:
→ Sistema de governo adotado: Presidencialismo. Por isso
há um destaque maior, uma preponderância do
executivo.
o PR acumula as funções:
 Chefia do Estado – é uma atuação externa do
presidente. Decisões externas.
 Chefia do Governo – é uma atuação interna do
presidente. Decisões internas do país. (Chefia
do P. Executivo (Federal).
− Vai exercer suas funções com
auxiliares, que são ministros de Estado
(o PR pode escolher quantos quiser)
ART. 76.
→ Eleições Presidenciais: o PR ocupa um cargo eletivo (que
é por meio de eleições). Sempre que um candidato é
eleito, é eleito também o vice, que está vinculado com o
candidato (no momento da candidatura eles se cadastram
já vinculados) ART. 77, §1º.
o Eleição simultânea do PR e vice
o Sistema eleitoral majoritário (vence aquele que
possui o maior número de votos) ART. 77.
 1º turno – maioria absoluta. ART. 77, §2º.

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2º turno – só irão os dois candidatos mais
votados – maioria simples. ART. 77, §3º.
o Eleições:
 Regra: diretas (voto da maioria dos
brasileiros; popular)
 Exceção: indiretas (feitas pelo congresso
nacional; colégio eleitoral)
 Mandato eletivo (4anos): reeleição (mais 4
anos).

2) Posse, vacância e impedimento do cargo presidencial


(ART. 78-80):
→ Posse do PR e vice:
o Realizada em sessão solene no CN no dia 01/01 do
1º ano da Legislatura (sessão solene conjunta, pois
está presente Câmara e Senado).
→ Prazo de tolerância:
o O PR e o vice poderão tomar posse nos 10 dias
seguintes à data marcada para posse.
→ Possibilidade de posse fora dos prazos anteriores:
o Mas há exigência da justificativa de força maior, por
exemplo, se ele viajar de navio, e o navio se perder
e etc., ele não conseguir se comunicar com
ninguém. Se ele não se manifestar por muito
tempo, e quando ele voltar, já tiver sido escolhido o
novo presidente, esse ato será nulo, e ele terá de
volta seu cargo.
→ Em não ocorrendo a posse em nenhuma das situações
anteriores, o cargo presidencial será declarado vago.
2.1) Vacância (no ato da posse; após a posse) do cargo
do PR, mas o vice está presente
→ Ocupação definitiva do cargo: vice.
→ Novo vice: eleições indiretas (feitas no CN).
Nos dois casos serão posses definitivas, por isso se trata de
SUCESSÃO.
2.2) Vacância do cargo de vice, mas PR está presente
→ Novo vice: aquele eleito por meio de eleições indiretas
(CN). Posse definitiva. Sucessão.
2.3) Vacância no caso de PR e vice:
→ Depende do momento da vacância:
o Vacância – ocorrendo nos 2 primeiros anos da
legislatura.
− Eleições populares – ocorrerão no prazo de 90
dias.
− Ocupação DEFINITIVA dos cargos – por isso se
tratará de uma Sucessão (somente pelo
restante do mandato).
− Durante a vacância: ocupação temporária:

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 Presidente da Câmara dos deputados
 Presidente do Senado Federal
 Presidente do Supremo (STF)
o Vacância – ocorrendo nos 2 últimos anos da
legislatura.
− Eleições indiretas (CN): 30 dias
− Ocupação definitiva dos cargos – por isso se
tratará de uma Sucessão (somente pelo
restante do mandato).
− Durante a vacância: ocupação temporária:
 Presidente da Câmara dos deputados
 Presidente do Senado Federal
 Presidente do Supremo (STF)
2.4) Impedimento (está relacionado a uma licença
médica, uma viagem, é apenas um afastamento, é algo
temporário) do PR, mas vice presente:
→ Ocupação temporária do cargo: vice – não será sucessão
e sim SUBSTITUIÇÃO.
2.5) Impedimento do PR e do Vice:
→ Ocupação temporária dos cargos:
 Presidente da Câmara dos deputados
 Presidente do Senado Federal
 Presidente do Supremo (STF)

07/04/08 - segunda-feira

3) Perda do mandato eletivo do PR:


→ Cassação – exigência de uma decisão.
→ Extinção – basta uma declaração.
3.1) Cassação (Vacância que decorre de uma decisão de
perda) – vai ocorrer segundo dois processos:
→ Crimes de responsabilidade
→ Crimes comuns funcionais
3.2) Extinção do mandato eletivo (Vacância que decorre
de uma declaração):
→ Morte
→ Renúncia
o Expressa – quando ele expressa de uma
maneira clara, por meio de uma Carta de
Renúncia.
o Presumida – quando o PR se ausentar no
Brasil, por um período superior a 15 dias sem
autorização do Congresso Nacional.
4) Responsabilidade do PR:
4.1) Pela prática de crime de responsabilidade (estão
previstos em um rol exemplificativo do art. 85, CF/88;
Lei 1.079/50). Crime político-administrativo.

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→ Juízo de admissibilidade (art. 51, I): o cidadão
tem que fazer a denúncia. Uma vez provocada
haverá a manifestação da CD pelo voto de 2/3. Caso
a câmara entenda que há indícios de que o PR,
realmente está cometendo tal crime, a Casa tem
que autorizar a instauração do processo.
→ Processo e julgamento (art. 52, I, §único):
formação de um Tribunal Político (pois, não tem
função jurisdicional, e sim administrativa),
composto por senadores e presidido pelo Presidente
do STF. O processo correrá no SF. Se sair uma
condenação ou absolvição, ela se fará também pelo
voto de 2/3 dos senadores. Se ocorrer a
condenação, os efeitos (sanções) são:
o Perda do cargo
o Inabilitação para o exercício da função
pública, pelo restante do mandato mais 8
anos.
4.1) Pela prática de crime comum:
→ Não funcional: possui uma imunidade formal
quanto ao processo, não responde por atos
estranhos enquanto no exercício de sua função, até
o fim do mandato eletivo. Crimes que não possui
nada haver com a função pública. Art. 86, §4º.
→ Funcional: é aquele decorrente do exercício de
uma função pública (crimes contra a administração
pública, CP). Pode ser praticado por quaisquer
pessoas, desde que em função pública, e o PR
responde normalmente. Passa pelas mesmas fases:
• Juízo de admissibilidade (art. 51, I): necessidade da
manifestação da CD pelo voto de 2/3.
• Processo e julgamento: de competência do STF, que
condenará por meio de decisão judicial, decorrente de
denúncia ou queixa-crime. Embora a CF exija que a
Câmara se manifeste, as etapas vão se inverter em
relação à anterior, a denúncia chega no STF, que
comunica a CD , e a Câmara dá um parecer, sobre o
processo já instaurado, somente para cumprir um
requisito que a CF exige.
→ Os efeitos com a condenação:
o Perda do cargo
o Execução da penalidade prevista no tipo penal
OBS. GERAL (para ambos os processos, crime de
responsabilidade e crime comum funcional): uma vez instaura
o processo o PR ficará suspenso das suas funções pelo prazo
máximo de 180 dias. Se passar os 180 dias e o processo não
estiver concluído ele volta à suas funções sem prejuízo ao
processo, ele continua, até que saia a decisão judicial final
(art. 86, §2º).
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______________________________2º
Bimestre______________________________

23/04/08 - quarta-feira
UNIDADE IV – PODER JUDICIÁRIO
1) Estrutura do Poder
STF (Supremo)
I------------I-----------I------------I-----------I Tribunais
Superiores (3ª instância)
STJ TST TSE STM
I------------I-----------I------------I-----------I Tribunais Regionais
e Estaduais (2ª inst.)
TJ e TRF TRT TRE TM*
I----------------------I----------------I---------------I-----------------I Juízes
e órgãos colegiado (1ª)
TJ - Decisões Juiz de Juiz de Juiz de direito
do Juiz de direito Direito +
Direito de Conselhos de

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TRF – Decisões trabalho Justiça
do Juiz (federal) (Para os militares
federais, forças armadas)
Federal

Superior tribunal de justiça – o maio fluxo de demandas está aqui, é


tudo o que não é trabalhista, eleitoral nem militar, somente militar
estadual. (TJ - estadual)
Tribunal superior do trabalho (TRT - estadual)
Tribunal superior eleitoral (TRE - estadual)
Superior tribunal militar (TM) – só vai existir em tempo de guerra,
raramente ocorre. Militares federais.

I-----------------
I------------------------------------------------------------------------------I
Comum Especializada (3 matérias: trabalhista,
eleitoral e militar)

A comum se divide em Estadual e Federal, de acordo com o


âmbito de atuação:
I-------------------------------------------------------
I------------------------------------------------------I
Estadual (competência do TJ - estadual) Federal
(competência do TRF - regional)

ART. 92 - São órgãos do Poder Judiciário:


I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A. O Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e
Territórios.
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os
Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal.
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm
jurisdição em todo o território nacional.

 O Conselho Nacional de Justiça não entra na estrutura, pois não


exerce função jurusdicional, e apenas, correição (função de
corregedor). Por isso o CNJ não pode entrar na distribuição de
competências. Não vai receber ações, recurso...

1.1) Supremo Tribunal Federal (art. 101)

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• Composição: 11 ministros (não é de Estado, pois
pertencem ao executivo), cargo vitalício (até os 70 anos),
pode ser qualquer cidadão, e que cumpra os seguintes
requisitos:
o maior de 35 anos e menor de 65 anos de idade;
o brasileiro nato art. 12, §3º (pois na falta do PR o
ministro do STF, pode assumir, e isso não pode);
o notável saber jurídico (não há exigência ser
magistrado, advogado, nem mesmo ter curso
superior);
o reputação ilibada (analise da conduta pessoal,
moral, de sua reputação. Não ter antecedentes
criminais, todos os tributos pagos, não ter vícios, e
etc).
• Escolha e nomeação pelo PR -> após aprovação do SF
(MA).

1.2) Superior Tribunal de Justiça: art. 104 e 94 (órgão máximo


da Justiça comum)
• Composição: 33 ministros (mínimo):
o Maior de 35 e menor de 65 anos de idade;
o Notável saber jurídico;
o Reputação ilibada;
• Regra da Composição – segue a estrutura (1- STJ; 1.1- TJ;
1.2- TRF; OAB + MP):
o 1/3 juízes federais dos TRF’s;
o 1/3 desembargadores dos TJ’s;
o 1/3:
 Advogados
 Membro do MPE e MPF (Ministério Público)
• Nomeação pelo PR -> após aprovação do SF (MA) – os
TRF’s de todo o país vão preparar suas listas com 3
nomes de Juízes Federais, e encaminhá-la para o STJ, que
escolherão 1, caso vague uma vaga. O PR não possui total
liberdade, é limitada pela lista. Da mesma forma com o
TJ. E com os advogados quem indica é a OAB, irá uma
lista de 6 (sêxtupla), e após será feita, pelo Tribunal, uma
de 3 (tríplice) nomes, entre os 6 enviados, e aí é enviado
ao PR, para escolher 1 dos 3. As vagas dos advogados e
MP será sempre impar (11), caso vague, a vaga de 1
advogado, será colocado no lugar aquele que possui
menos na composição).

28/04/08 - terça-feira

1.3) Tribunal Superior do Trabalho (art. 111-A)


• Composição – 27 ministros

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o Com membros maiores de 35 anos de idade e
menores de 65.
• Regra da composição:
o 4/5 juízes dos TRTs
o 1/5 advogados e membros do MPT (art. 94)
• Nomeados pelo PR -> após a aprovação do SF (maioria
absoluta).

1.3.1) Tribunal Regional do Trabalho (art. 115)


• Composição – 7 juízes
o Com membros maiores de 30 anos de idade e
menores de 65.
• Regra da composição:
o 4/5 juízes do trabalho -> promoção
o 1/5 advogados e membros do MPT (art. 94)
• Nomeados pelo PR (não há necessidade de aprovação no
SF).

1.4) Tribunal Superior Eleitoral (art. 119) – não possui uma


formação, “pega emprestado” com a Justiça comum. Ela é uma
justiça exercida de forma temporária, por isso, não possui seus
próprios Juízes, somente aqueles eleitos para exercer cargos
temporários. Vão permanecer na função de 2 a 4 anos, e após haverá
uma renovação, um rodízio, para que se evite a influência.
• Composição – 7 ministros escolhidos de 2 formas:
I – Mediante eleição de 5 juízes
 3 ministros do STF (sairá o presidente e o vice
dentre estes).
 2 ministros do STJ (sairá um corregedor, faz a
fiscalização interna do próprio órgãos, função
de correição)
II – Mediante nomeação pelo PR de 2 juízes escolhidos
dentre 6 advogados (lista sêxtupla composta pela OAB,
e a seleção será feita pelo STF) quando acabado este
mandato ele perde as garantias da magistratura, e
após ele continua exercendo a advocacia normalmente
sem as prerrogativas de magistrado:
 Com notável saber jurídico
 E idoneidade moral

1.4.1) Tribunal Regional Eleitoral (art. 120, §1º e art. 121, §§1º
e 2º) – vão permanecer na função de 2 a 4 anos, e após haverá uma
renovação, um rodízio, para que se evite a influência.
• Composição – 7 juízes escolhidos por 3 formas:
I – Mediante eleição de 4 juízes
 2 desembargadores do TJ (o presidente e o
vice saem dos desembargadores do TJ)
 2 juízes de direito

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II – Mediante indicação de 1 Juiz Federal do TRF (da
região)
III – Mediante nomeação pelo PR do 2 juízes escolhidos
dentre 6 advogados (é TJ que determina a lista com os 6
nomes, e o PR vai fazer a escolha de 2):
 Notável saber jurídico
 Idoneidade moral
Art. 121, §1º - no exercício da função, os advogados possuirão as
garantias dos magistrados.

1.5) Tribunal Regional Federal (art. 107)


• Composição – 7 juízes
o Com membros maiores de 30 anos de idade e
menores de 65.
• Regra da composição:
o 4/5 juízes federais -> promoção
o 1/5 advogados e membros do MPF (art. 94, artigo
do quinto constitucional)
• Nomeados pelo PR, deve escolher 1 dentro de uma lista
tríplice (não haverá argüição do Senado Federal).

12/05/08 - segunda-feira – Alexandre de Moraes – direito


constitucional

1.6) Superior Tribunal Militar: Art. 123


• Constitui: 3ª instância da Justiça militar da União.
• Composição: 15 ministros escolhidos pelo PR após
aprovação do SF (MA).
o 4 oficiais – generais do exército
o 3 oficiais – generais da marinha
o 3 oficiais – generais da aeronáutica
o 5 civis: maiores de 35 anos de idade.
 1 juiz-auditor
 3 advogados
 1 membro do MP.
o UNIÃO  Militares federais  forças armadas.
o ESTADOS  militares estaduais  polícia militar (bombeiros)

1.6.1) Justiça Militar da União (Lei 8.457/92):


• Regula os militares federais (forças armadas).
• Formada na 1ª instância pelos conselhos de justiça.
• Conselhos de Justiça (quando há recurso, do Conselho,
irá direto por STM):
o 1ª instância
o Órgão colegiado
o Funcionam junto às auditorias militares
o 2 modalidades:
 Especial – é formado por 5.
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 Permanente – é formado por 5.
• Conselho Especial  processar e julgar oficiais
o 1 juiz-auditor
o 4 juízes militares oficiais
• Conselho permanente  processar e julgar praças
o 1 juiz-auditor
o 1 juiz militar oficial
o 3 juízes militares inferiores (de menor patente), pois
vão julgar praças.

1.6.2) Justiça Militar dos Estados (art. 125, §§3º, 4º e 5º):


• Regula os militares estaduais. Composição igual do
federal.
• Conselhos de Justiça:
o 1ª instância
o Órgão colegiado
o Funcionam nas auditorias militares
 Competência: processar e julgar crime
militar praticado por militar contra militar,
inclusive doloso contra a vida de militar.
• Juiz-auditor:
o 1ª instância
o Age singularmente, como juiz monocrático.
o Funciona nas auditorias militares
 Competência: processar e julgar crime
militar praticado por militar contra civil (salvo,
dolosamente contra vida de civil, que é
julgado na justiça comum estadual, tribunal
do Júri) e ações disciplinares militares.

1.7) Tribunal de Justiça (art. 125):


• Composição: prevista em Lei Estadual (LOJ – Lei de
Organização Judiciária).
o Regra da composição:
 4/5 juízes de direito (promoção)
 1/5 (art. 94)
• Advogados
• Membros do MPE
o Nomeados pelo Governador do Estado

19/05/08 - segunda-feira

1.8) Conselho Nacional de Justiça: art. 103-B


Possui função de controle, fiscalização, não possui função
jurisdicional, não possui tribunal. Mas, está na CF como membro do
Poder Judiciário. Na prática é um órgão de controle interno e não
externo como pretendiam, é o próprio poder judiciário fiscalizando o
poder judiciário. Podem criar atos normativos que vem por meio de
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resoluções, que são regulamentos, regras apenas no âmbito
administrativo (art. 103-B, §4º, I).
• Composição: 15 membros (conselheiros) nomeados pelo
PR após a aprovação pelo SF (MA). Período de 2 anos, é
temporário, podendo chegar até 4 anos. Devem ser
maiores de 35 e menores de 66 anos de idade. O corpo
de serventuários, os juízes, entre outros, também estão
sujeitos ao controle do CNJ.
• Regra da Composição:
o 1 ministro do STF (Presidente, ficando excluído da
distribuição de processos, mas participa do pleno)
o 1 ministro do STJ
o 1 ministro do TST
o 1 juiz do TRT
o 1 juiz do TRF
o 1 desembargador do TJ
o 1 juiz do trabalho
o 1 juiz federal
o 1 juiz de direito
o 2 advogados
o 1 membro do MPF (Ministério Público Federal)
o 1 membro do MPE (Ministério Público Estadual)
o 2 cidadãos:
 Com notável saber jurídico;
 Reputação ilibada;
 1 escolhido pela CD, e 1 pelo SF.

2) Estatuto dos Magistrados (art. 93, 95 CF/88; LOJ/ES (LC


234/02)
2.1) Ingresso na Magistratura (art. 93, I, CF/88; art. 81, 82
LOJ/ES; Res. nº 11/06 CNJ); (Juiz de Direito ou Juiz Federal)
É para 1ª instância (1º Grau)  Juiz substituto (ele não é juiz de
direito, somente após 2 anos, ou seja, o período probatório, ele será
de direito, e assim, será vitalício e só sairá por condenação judicial) 
promoção de entrância para entrância (por antiguidade e
merecimento).

26/05/08 - segunda-feira

• Aprovação em Concurso público (provas escritas e orais e a


pontuação do título. Ex.: ter um curso de pós-graduação);
• Bacharel em Direito;
• 3 anos de “atividade jurídica” (vai ser contado a partir da
obtenção de grau): Res. 11/06 CNJ
4 hipóteses:
1. Atividade exclusiva de bacharel em direito
 Advocacia
 Delegado
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 Escrivão (“chefe de secretaria”)
2. Cargo, emprego, função não exclusiva do bacharel em
direito que exija conhecimento jurídico (preponderante);
3. Magistério superior que exija conhecimento jurídico de
forma preponderante;
4. Aprovação em curso de pós-graduação na área jurídica.

2.2) Promoção: art. 93, II, CF/88 – art. 83-92 LOJ/ES (uma das
garantias do magistrado). O termo promoção é gênero que vai
se dividir em promoção e acesso aos tribunais:
• Deslocamento horizontal dentro da carreira (entre entrâncias)
→ Existem 4 entrâncias no ES:
o Primeira – art. 39-C da LOJ.
o Segunda – art. 39-B da LOJ.
o Terceira – art. 39-A da LOJ.
o Especial (Vitória, Vila Velha, Viana, Serra e
Cariacica) – art. 39, LOJ.
• Critérios (alternados, uma parte das vagas vai para o critério e
a outra para o outro):
o Merecimento (celeridade, presteza, curso feitos...)
o Antiguidade

2.3) Acesso aos Tribunais: art. 93, III, CF/88 – art. 83-92
LOJ/ES
Após, o magistrado chegar à entrância especial, salvo se
aquele Estado só possuir uma, ele poderá ser promovido por
instância.
• Deslocamento vertical dentro da carreira (entre instância).
• Critérios (alternados):
o Merecimento
o Antiguidade

28/05/08 - quarta-feira

2.4) Cursos Oficiais: art. 93, IV, CF/88


Serão oferecidos cursos de:
• Preparação  ingressar
• Aperfeiçoamento
• Promoção  concurso

Obs.: EC 45/04 juiz substituto deverá fazer curso de aperfeiçoamento


para adquirir a vitaliciedade.

2.5) Inatividade
• Aposentadoria (definitiva)  art. 93, VI; art. 40, §1º CF/88; art.
147 LOJ/ES
• Disponibilidade (temporária)  art. 148-149 LOJ/ES

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2.5.1) Aposentadoria
Consiste no afastamento definitivo do cargo, desde que cumprido os
requisitos, de acordo com a modalidade da iniciativa.

 Por invalidez permanente (art. 40, §1º, I, CF/88)


o Regra – com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição.
o Exceção – com proventos integrais (valor que ele
receberia se estivesse na ativa).
 Acidente em serviço
 Moléstia profissional
 Doença grave, incurável, contagiosa
 Por invalidez compulsória (art. 40, §1º, II)
o Ocorre quando magistrado alcança 70 anos e idade,
recebendo proventos proporcionais ao tempo de
contribuição (ele não pode continuar se quiser).
 Por invalidez voluntária/facultativa:
o Ocorre por ato de vontade do magistrado, mas depende
do cumprimento de requisitos mínimos:
 10 anos no serviço público
 5 anos na magistratura
o E das condições do art. 40, §1º, III, da CF/88 (que estão
ligadas à idade e contribuição).
 60 anos de idade e 35 de contribuição (se for
homem)
 55 anos de idade e 30 de contribuição (se for
mulher)
Ou
 65 anos de idade (se for homem), com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição
 60 anos de idade (se for mulher), com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição

2.5.2) Disponibilidade:
Trata-se de afastamento temporário do cargo, que permite o retorno
ao cargo independentemente do cumprimento de requisitos (ele não
pode exercer nenhuma função). Não é uma forma de sanção.
Ocorre nas hipóteses do art. 148 LOJ/ES, não havendo perda dos
vencimentos, do tempo de serviço, nem das promoções. Não está
previsto na CF. Cada Estado define quando vai entrar em
disponibilidade (por não estar previsto na CF).

2.6) Sanções disciplinares: art. 93, VIII, CF/88; art. 158,


LOJ/ES
Aos magistrados é possível a aplicação de sanções em decorrência de
falta funcional segundo gravidade da falta.
Art. 158 da LOJ:

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• Advertência – decorre de falta leve, será aplicada pelo
presidente do Tribunal (ato singular do Presidente), só valerá
para juízes de 1ª instância (de direito ou substituto).
• Censura – decorre de falta leve, será aplicada pelo presidente
do Tribunal (ato singular do Presidente), só valerá para juízes
de 1ª instância (de direito ou substituto).
• Remoção compulsória (ele é deslocado contra a vontade) – trata
de falta grave, mas deve ser justificada, essa justificativa é
estabelecida pela constituição é o interesse público. O TJ por
maioria absoluta irá julgar (art. 93, VIII, CF/88).
• Disponibilidade com proventos proporcionais (não chega a ser
um ilícito, senão cai em demissão; é algo inaceitável, uma
postura escandalosa) – trata de falta grave. Tem que haver uma
justificativa que continua sendo interesse público, e para tanto
que aplicará é o Tribunal de Justiça, por maioria absoluta (art.
93, VIII, CF/88).
• Demissão – decorre de sentença judicial condenatória
transitada em julgado. Não recebe nada.
Obs.: aposentadoria por interesse público (no art. 158 da LOJ não
consta como sanção, mas na CF consta) – julgado pelo Tribunal de
Justiça por maioria absoluta (art. 93, VIII), mas, têm se entendido que
não se pode julgar assim, pois isso não é uma sanção é um benefício.

02/06/2008 – segunda-feira

2.7) Vitaliciedade (art. 95, I, CF/88; art. 164 LOJ/ES)


• Vinculação do magistrado ao seu cargo
• O início da vitaliciedade varia de acordo com o tipo de ingresso
(representa a vinculação que o magistrado tem ao seu cargo)
• Por concurso: 1ª instância (se inicia após o período probatório
de 2 anos), ingresso como Juiz substituto e após 2 anos Juiz de
direito ou federal (qualquer cidadão pode ingressar, nomeação
do Presidente).
• Por lista: 2ª ou 3ª instância (se inicia no momento da posse, não
tem estágio probatório; STF/ todos os tribunais superiores, salvo
o eleitoral/ tribunais regionais/ tribunais de Justiça e advogados
e promotores).
• O juiz vitalício perde o cargo (vai decorrer de):
o Aposentadoria – se tornou inativo/sanção, tribunal defere
ou não. Art. 93, VI e VIII, CF/88.
o Sentença judicial – transitada em julgado; ele perde sua
função imediatamente, sem deferimento do tribunal. Art.
95, I, CF/88.
o Procedimento administrativo – descumprimento das
vedações (proibições) ao exercício da função. LOJ/ES art.
164.
 Juiz substituto (perda) – não sendo aprovado no estágio
probatório, mera decisão do tribunal (mal desempenho/falta).
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2.8) Inamovibilidade (art. 93, VIII, VIII-A , CF/88; 94, 95,
LOJ/ES)
• Garante ao magistrado não ser removido de forma compulsória
e injustificada (magistrado não pode se removido sem motivos,
de forma arbitrária; remoção = deslocamento físico).
• Modalidades da Remoção (só vai ser aplicado a Juiz
vitalício por que o Juiz substituto está em fase de teste,
só é aplicado a juiz de direito/vitalício):
o Remoção a pedido (ele solicita); art. 93, VIII-A –
deslocamento que pressupõe solicitação motivada,
indefere ou não (Presidente do Tribunal); leva em
consideração as regras de merecimento.
o Permuta de magistrado; art. 93, VIII-A – envolvem 2
juízes(voluntária/motivada), ocorre a troca dos juízes
dentro de 1 Estado, entre regiões. Deferimento ou
indeferimento do Presidente do Tribunal.
o Remoção compulsória (obrigatória); art. 93, VIII – não
voluntária, motivação (pela determinação  defere ou
indefere, maior absoluto TJ, interesse público). Natureza
de sanção.
o Remoção em decorrência de promoção (voluntária); art.
93, II – mais comum, não é necessária, mas na maioria
das situações vai ocorrer deslocamento. Critérios:
antiguidade e merecimento (das listas). Tem direito de
recusar a promoção.
Podem ocorrer dentro de uma mesma entrância, dentro de 1 mesmo
tribunal de justiça ou entre entrâncias, entre varas.
Estadual – da forma mais ampla possível. Dentro de um lema, região
ou entre regiões (Federal). Comum quando há permuta.

Exemplos:
1) Quando não se alterou a localização ou quando há curso para
fazer.
2) Difícil ocorrer, há mais possibilidade no âmbito federal.
3) Magistrado por algum ato praticado se torna impossível sua
convivência no local (relacionamento amoroso, amantes,
perseguição jurídica, gostar de beber e etc.)
4) Ordem natural.

LOJ art. 93/94/95

93 – Remoção de Desembargadores
A remoção vai ocorrer entre câmaras, 2 possibilidades:
• A pedido (dentro do mesmo tribunal)
• A permuta

2.9) Vedações (art. 95, §único, CF/88):


• São proibições ao exercício da judicatura:
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o Exercer outro cargo/função Ainda que disponível/inativo,
não pode. Salvo 1 de magistério superior em instituição
pública ou particular, havendo compatibilidade de
horários. Não pode exercer função administrativa só
docência.
o Não pode receber participação/remuneração em
processos.
o Não pode exercer função partidária (pode se filiar a
partido político) ara exercer função partidária tem que
estar aposentado ou deve pedir exoneração.
o Não pode receber “agrado” acima de R$100,00 reais.
o Exercer advocacia somente após 3 anos no juízo que
abdicou, fora isso tem liberdade de advogar somente
após aposentadoria ou exoneração do cargo (abdicação).

04/06/2008 - quarta-feira
UNIDADE V – CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

1) Considerações Iniciais:
• Conceito: é um procedimento para verificar se uma norma
infraconstitucional (todas que estão abaixo da CF, inclusive
portarias, resoluções...) está de acordo com o texto
constitucional Federal. Por causa da supremacia da Constituição
Federal.
• Princípio informador: Princípio da Supremacia da
Constituição (todas as outras Leis estão abaixo dela e devem
ser subordinadas, devem obedecer).
• Objeto do controle: Ato Normativo. Normas
infraconstitucionais (que são todos e quaisquer atos
normativos, envolvendo emendas constitucionais, até
resoluções, portarias... decisões judiciais, que determinem
normas para as partes).
• Tipos de vício: se classificam em dois tipos:
o Material – vício de conteúdo, o que esta inconstitucional
é o conteúdo é o que a norma disciplina.
o Formal – é o procedimento que possui vício. Está
relacionado ao processo legislativo, a todos os atos
processuais que estão ligados à criação da norma. Ex.: o
quórum errado (era pra ser maioria simples, e foi em
maioria absoluta). Pode ser:
 Subjetivo – esta relacionado a quem tem
legitimidade para apresentar o projeto de Lei, é um
vicio de sujeito (quem e o sujeito competente para
apresentar o projeto de Lei? O presidente. E se
outra pessoa o fizer? Há um vício subjetivo. De
sujeito, o competente para o ato que está errado).

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 Objetivo – O ato, em si, está errado. Vício do
próprio ato processual. Ex.: a inversão, a troca dos
quóruns.
• Modalidades do controle (forma de controlar): Qual
momento do controle e quem é o órgão competente para fazer
esse controle.
o Momento:
 Preventivo – ocorre durante o processo legislativo.
Norma em fase de criação. Está sendo feito sobre
uma proposta de lei ou uma PEC (não há Lei ainda).
Quem realiza? Qualquer um dos 3 poderes. Lato
sensu – antecede a promulgação da Lei.
 Repressivo – ocorre após a criação da Lei. É sobre
uma norma já existente, e não em fase de criação.
Quem realiza? Somente o Legislativo e o Judiciário.

2) Modalidades do Controle
2.1) Controle preventivo:
a) realizado pelo Poder Legislativo:
o No momento das Comissões de Controle;
o No momento do Plenário.
b) realizado pelo Poder Executivo:
o No momento da realização do ato presidencial, que é o veto
jurídico (quando há inconstitucionalidade).
c) realizado pelo Poder Judiciário:
o Apenas para propostas de emenda, PEC (não vale para projetos
de Lei); não pode ser feita de ofício. Art. 60, §4º. Ex.: o
parlamentar impetra mandado de segurança alegando o direito
líquido e certo de não ter a PEC inconstitucional sendo
deliberada.

2.2) Controle Repressivo (em regra é feito pelo Judiciário):


a) realizado pelo Poder Legislativo (existem 3 únicas
hipóteses do legislativo atuando de forma repressiva):
 Na hipótese do PR exorbitar o poder regulamentar – Decreto
Regulamentar: uma norma que vai regulamentar uma lei já existente,
deve ficar adstrito a Lei que ele vai regulamentar, à lei que ele estiver
vinculado. Caso não fique adstrito à Lei, ele estará excedendo. Assim
o legislativo vem por meio do congresso e susta os efeitos a execução
daquele decreto regulamentar. Art. 49, V, CF/88.
 Na hipótese do PR exorbitar os limites da delegação – o legislativo
autoriza, por meio de resoluções, o executivo a criar uma Lei
Delegada, e desta forma, o PR exorbita a autorização, fala do que ele
foi autorizado, e fala além do que ele foi autorizado. Art. 49, V, CF/88.
 Na hipótese de rejeição expressa de Medida Provisória (MP) por
inconstitucionalidade – uma medida provisória já está vigorando para
a sociedade, e então foi enviada para o Congresso como um projeto
de lei de conversão (PLC), que é rejeitado pelo Congresso Nacional
expressamente, alegando inconstitucionalidade. art. 62, CF/88.
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b) realizado pelo Poder Judiciário:
 Difuso (via de exceção, defesa ou controle indireto) – é um controle
feito de maneira disseminada e não concentrada e sim diluída,
espalhada. Não tem um órgão específico é competente para realizar
esse controle, qualquer Juiz ou tribunal pode. É feito sobre um acaso
concreto, pois a provocação se deu por causa de um caso concreto,
que é o objeto da ação. A constitucionalidade é incidental. É um
controle incidental e não principal, o objeto da ação é o mérito do
caso concreto e não a análise da constitucionalidade; é uma questão
prejudicial (influi no resultado final). Possui efeito inter partes, pois
está analisando o mérito das partes, e não da Lei.
 Concentrada, abstrata e genérica (via ação direta) – um órgão
competente para o ato, na esfera federal é o Supremo (direta), na
Estadual é o Tribunal de Justiça. A análise da constitucionalidade será
o objeto da ação. É a análise em tese. Possui efeito erga omnes, vão
gerar efeitos para todos que estão submetidos à esta norma, e ex
tunc.

09/06/08 - segunda-feira

b.1) Controle Difuso (ou via de defesa)


 A análise da constitucionalidade é feita por qualquer Juiz ou
Tribunal no momento da análise do caso concreto.
 Essa análise será feita de forma incidental ao processo e é
prejudicial à decisão final sobre o mérito (pode alterar a decisão).
Pode ser chamado de controle difuso (pois está difuso), via de defesa
(pois pode ser alegada na defesa), via de exceção, ou ainda, controle
indireto.
 Efeitos da decisão sobre inconstitucionalidade:
Essa decisão que vai decidir sobre o caso concreto, vai alcançar
apenas as partes processuais, ou todos aqueles que estiverem
embaixo desta norma? Em regra são inter partes e ex-tunc.
• Inter partes – somente aqueles que estão no caso concreto, as
partes processuais.
• Ex-tunc – vai retroagir (somente para as partes).
 Exceções:
• Erga omnes – vai surtir efeitos para todos.
• Ex-nunc – a partir da decisão.
Ex.: a parte recorreu (chegou a STF), se o Supremo mantiver a
decisão (que disse da inconstitucionalidade da Lei) os efeitos serão
inter partes e ex-tunc. Mas ele deve informar ao SF sobre essa
decisão (pois a norma é inconstitucional), o SF poderá suspender a
execução da norma inconstitucional, por meio de uma Resolução
(assim é inevitável encontrar o efeito erga omnes e ex-nunc). Art.
52, X.

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b.2) Controle Concentrado
Pois se concentra em um órgão específico, que poderá fazer o
controle concentrado. Analise da norma in abstrato, sem analisá-la
com base no caso concreto. Não existem litigantes, não há vencido,
nem vencedor, mas pode haver um interessado na decisão, que faz
em nome da sociedade. Não há recurso, o órgão manifesta-se e
acabou.
 A análise da constitucionalidade é feita por um órgão do Poder
Judiciário com competência para o ato:
• No âmbito federal: STF
• No âmbito Estadual: TJ
 Essa análise é feita de forma principal e abstrata por meio das
ações constitucionais do controle (Existem 5 ações que podem ser
utilizadas para o controle):
• ADI (antigamente ADIN) – ação direta de inconstitucionalidade.
Mais de 10 mil.
o Genérica – ADI propriamente dita. A manifestação é por
ação.
o Por omissão – a inconstitucionalidade está na omissão.
o Interventiva – ocorre na hipótese de decretação de
intervenção federal.
• ADC (antigamente ADECON) – ação declaratória de
constitucionalidade. Muito próxima da ADI genérica, pois se
esta for negada o efeito é de uma ADC. 10 no máximo.
• ADPF – argüição de descumprimento de preceito fundamental.
Caso da ação da Lei da bio segurança. 50 no máximo. Ação
muito cobrada, pois, e uma inovação.

11/06/08 - quarta-feira

b.2.1) Ação Direta de Inconstitucionalidade: ADI Genérica


• Objeto da ação: controlar a constitucionalidade da norma em
abstrato (não existem partes processuais).
• Procedimento/previsão:
o Art. 102, I, a CF/88 - STJ
o Art. 125, §2º, CF/88 - TJ
o Art. 103, CF/88 - legitimados
o Artigos da Lei 9.868/99
• Competência: variável de acordo com a norma fiscalizada.
o Norma federal ou estadual  CF  STF (por disposição do
art. 102, I, a, CF/88)
o Norma estadual ou municipal  (violando a CE –
Constituição Estadual)  TJ (Art. 125, §2º, CF/88)
o Norma municipal  (violando a CF)  regra – não há
controle concentrado via ADI, vai existir somente o difuso.
Exceção – que o TJ possa ser órgão concentrado, desde

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que haja repetição na Constituição Estadual da norma
violada na CF.
o Constituição Estadual  CF  STF

Art. 102:
Originariamente – vai direto para o STF (não é recurso).
FEDERAL ou ESTADUAL (grifar)
Art. 125, §2º:
Nome da ADI no âmbito Estadual é “representação de
inconstitucionalidade”.
Art. 103:
Rol taxativo. Essa legitimidade não é ampliada para ninguém.

Efeitos da decisão da inconstitucionalidade: art. 22-28 Lei


9.868/99
• Requisitos:
o Estejam presentes na sessão deliberando aquele assunto
8 ministros (de 11), quorum de 2/3.
o Para aprovar é necessário o voto de 6 ministros (MA); se
estiverem 10 presentes e 5 aprovassem e 5 não
aprovassem, haveria a necessidade de uma nova sessão,
para obter 6 votos.
• Efeitos:
o Regra:
 Erga omnes (para todos) – não tem modificação,
será sempre erga omnes.
 Ex-tunc (efeitos retroativos, suficientes para gerar a
nulidade dos atos pretéritos) – pode ser modificado
em:
Exceção (ponderação dos efeitos da decisão,
que deverá ser motivado):
o Ex nunc – os efeitos vão surtir a partir do
trânsito em julgado.
o Pro futuro – a partir de uma data qualquer do
futuro que o STF estabelecer.
A ponderação dos efeitos da decisão
(modificação dos efeitos) deverá ser motivada
por (aprovada por 2/3 – 8 ministros):
 Segurança jurídica
 Excepcional interesse social
Art. 2º da Lei 9.868/99 está revogado pelo art. 103 da CF que
emendado com a Emenda Constitucional 45/2004.
Art. 22:
Art. 24:
Efeito dúplice – uma mesma ação poderá ter 2 efeitos (vale para a
ADI e para a ADC).
Art. 25:
Art. 26:

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Decisão é irrecorrível nem ação rescisória. Mas, cabe embargos
declaratórios que vão fazer com que o Supremo esclareça sua
decisão (que pode estar obscura, esclarecida...). E o próprio STF pode
mudar seu entendimento.
Art. 27:
Art. 28:
A saída da norma também deve ser publicada, no prazo de 10 dias,
após o trânsito em julgado.

16/06/08 - segunda-feira

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO


(ADI)

Tem o objeto diferente da adi genérica, na genérica a


inconstitucionalidade se dá por ação, aqui se pela omissão. Pois não
existe uma norma infra regulando o direito constitucional.
Só vale para as normas de constitucionalidade limitada
Plena- norma const. Que se aplica de imediato
Contida- norma auto aplicada.
Limitada- é uma norma que tem so um min. De efeito. Precisa de uma
norma infra constitucional para ser aplicada. E ai esta a
inconstitucionalidade, pois precisa de uma norma infra.

Objeto da ação : tornar efetiva norma constitucional de eficácia


limitada, que ainda não foi regulada por norma infraconstitucional.

Competência(art. 103, §2º,CF/88 : Legitimidade (art. 103)

Efeitos da decisão :
*erga omnes: alcança todos q estão sobre o efeito da norma
*ex tunc = retroage,

Poder Legislativo = se o órgão competente é o legislativo a decisão


do STF é dar ciência, o legislativo, pode ser cientificado e continuar
omisso, pois ele não tem q obedecer o judiciário.
Posso propor um mandado de injunção.

Poder Executivo : a CF prevê um prazo de 30 dias para o executivo


elaborar o ato,

AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE : ADC

O q modifica é o objeto da adi genérica , aqui o objeto a declarar e


constitucional. Eu pressuponho q as normas q são criadas são
constitucionais. Mas essa ADI serve para GARANTIR a
constitucionalidade. Não cabe mais ADI,se declarada a ADC.

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SOMENTE ATO NORMATIVO FEDERAL.

NÃO CABE ADC PARA AS NORMAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS.

Art. 13 da lei esta revogada pelo art. 103 da CF

Objeto de ação : declarar a constitucionalidade da norma infra,


tomando a presunção absoluta

Competencia (art. Competencia (art. 102, I, a, CF/88) LEGITIMIDADE


(art. 103, CF)

Alcança apenas as normas federais

Efeitos da decisão
*erga omnes
* ex tunc : pode ser convertido em { ex. nunc ou pro futuro

ARGÜIÇÃO DO DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO


FUNDAMENTAL

Serve para proteger um preceito fundamental, mas o q é o preceito


fundamental ,são os direitos fundamentais , princípios constitucionais,
direitos e garantias fundamentais, cláusulas pétreas, princípios
sensíveis(art. 34, VII, pq autorizam a intervenção federal). Ação
própria para analisar uma norma infra q está na iminência de violar
um preceito, ou já esta causado, ex. células troncos.

A ADPF não tem o objetivo de declarar constitucional ou


inconstitucional, confere os termos da lei, e sim a interpretação da lei.
O objetivo é estabelecer uma interpretação. Características de
difuso.Por fazer por equiparação. O controle por equiparação é
concentrado.
Os efeitos são os mesmos da ADI e da ADC.
Essa ação é capaz de controlar uma lei municipal ou estadual, q
esteja violando um preceito fundamental. Diferente da ADI e da ADC.

Lei 9882 . Caberá reclamação no SUPREMO contra ato de magistrado


Artigos importantes

1º ,lei 9882- ADPF por ação autônoma


Par. Único é por equiparação

Art 2º- 103 da CF

Art 3. Não

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Art. 4º - par. 1º ( não será admita a argüição ... ) A ADPF tem q ser em
última saída, se não for ADPF, o supremo vai declarar como ADI.
Princípio da subsidiariedade.

Art. 8º - são 8 ministros


Art 10º - e o modo de interpretação.

O supremo pode rever os seus próprios atos . Ele pode editar as


sumulas. Pq o direito muda e a sociedade Tb.

Art. 11-
Art. 13 – caberá reclamação contra--- efetivo efeito vinculante
Art.12- a decisão é irrecorrível. Mas cabe embargos de declaração.

Objetivo da ação : Proteção a preceito fundamental

Competência: (art. 102, § 1º , CF/88, legitimidade ( art 103, CF/88);


procedimento ( lei 9882/99)

Hipóteses de ADPF
*ação autônoma { preventiva { repressiva

*por equiparação :quando ocorrer divergência na interpretação


constitucional de ato normativo federal, estadual e municipal

*efeitos decisivos: os mesmos do ADI /ADC.

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