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Belgo 50 e Belgo 60
Introdução
A segurança de uma edificação está
diretamente ligada à qualidade dos
produtos utilizados e à sua correta
aplicação pela mão-de-obra contra-
tada.
Aciaria 2
Laminação 5
CA50 Soldável 8
Trefilação 9
Especificações e Características 10
Massa linear 11
Características Mecânicas
Ensaio de tração 13
Características Mecânicas
Dobramento 16
Especificações
1. ABNT NBR 7480 – Barras e fios de aço destinados a armaduras de concreto armado.
3. ABNT NBR 6152 - Materiais metálicos – Determinação das propriedades mecânicas à tração – Método
de ensaio.
4. ABNT NBR 6153 – Produtos metálicos – ensaio de dobramento semiguiado – Método de ensaio.
Matéria-prima Matéria-prima
Existem vários tipos de matérias-primas • Ferroligas: (ferro manganês, ferro
disponíveis para a fabricação do aço. silício-manganês, ferro silício etc.)
Todavia, devido ao seu menor custo, utilizados para ajuste da composição
maior disponibilidade, e por ser reci- química do aço e conferir as caracterís-
clável, a matéria-prima básica para a ticas mecânicas necessárias.
produção de barras e fios de aço para • Cal: atua como escorificante,
armadura de concreto é a sucata. retendo as impurezas do metal e
Esta sucata, rigorosamente seleciona- formando a escória, e também atuan-
da, é constituída por retalhos de cha- do na proteção do refratário do forno
pas metálicas, cavacos de usinagem, contra ataques químicos.
latarias de carros usados, peças • Oxigênio: utilizado para reduzir
de aço e ferro de equipamentos em o teor de carbono do aço e diminuir
desuso, e outros. o tempo de fusão, sendo esta uma
fonte de calor para o processo.
A utilização de sucata gera um produto
final de melhor desempenho na Em todo o mundo o processo de fa-
construção civil. Os elementos químicos bricação de aços para a construção
residuais normalmente existentes em civil é similar. Esta similaridade é
maior porcentagem na sucata, tais referente a:
como níquel, cromo e estanho, entre
outros, fazem com que se obtenham • Processos de fabricação
materiais com características mecânicas • Matérias-primas utilizadas (sucata,
mais altas quando comparados com gusa e outros)
aços provenientes da matéria-prima • Equipamentos de Aciaria,
minério de ferro. Laminação e Trefilação.
1 Sucata
2 Colocação no Cestão e Pesagem
3 Carregamento do Forno
4 Vazamento de Aço
5 Forno Panela
6 Ligotamento Contínuo
7 Tesoura
8 Leito de Resfriamento
Lingotamento Contínuo
1. Forno de Reaquecimento
2. Laminador
3. Leito de Resfriamento
4. Corte Final
5. Passagem/Embalagem
6. Produto Acabado
7. Bobinadeira
8. Rolo
Forno de Reaquecimento
Boca de Entrada
Paredes Refratárias
Tarugo Queimadores
Empurrador
5
Laminação
Para a fabricação do Belgo 25 e Belgo É, entretanto, no trem acabador que é
50 os tarugos são colocados no forno dada a forma final da barra laminada.
de reaquecimento e aquecidos a uma No último passe, ao passar pela
temperatura de aproximadamente pressão de dois cilindros, a barra
1.200 ºC. No interior do forno de recebe a marcação das nervuras e as
reaquecimento um êmbolo empurrador gravações da bitola nominal e do
os direciona através da boca de entrada nome "BELGO 50", dando origem ao
para dentro do forno. CA50. Para o CA25, no último passe
No caminho em direção à boca é dado o acabamento liso na barra, já
de saída, os tarugos recebem calor dos que normalmente este material é ofer-
queimadores. O tempo de permanência tado liso ao mercado.
dentro do forno varia de 30 minutos a A laminação pode dar origem a
1 hora, dependendo do tarugo ter sido produtos em barras e em rolos. As barras
enfornado a quente ou a frio. são cortadas por uma tesoura mecânica,
Ao atingirem a boca de saída, um ou seguem para uma bobinadeira
êmbolo lateral empurra o tarugo para formação dos rolos.
aquecido para fora do forno e uma Os rolos podem ser comercializados
calha transportadora o direciona ao neste formato, ou destinados às endi-
laminador. reitadeiras, onde são transformados
O processo de laminação é dividido em barras retas que são poste-
em três etapas: desbaste, preparação riormente comercializadas em feixes
e acabamento. retos ou dobrados. No caso de barras
Os tarugos entram no trem desbastador de aço, estas seguem para o leito de
onde são pressionados, sucessivamente, resfriamento, onde perdem o calor
entre cilindros, sofrendo redução naturalmente, em contato com o ar do
em sua seção, com o conseqüente ambiente.
aumento de comprimento. Do desbaste
o tarugo segue para o trem preparador
através de uma calha transportadora.
No trem preparador novos desbastes
são realizados e o tarugo começa a
adquirir o formato de barra laminada.
Esquema de Laminação
6
Laminação Controle de Qualidade
7
CA50 Soldável CA50 Soldável
Esquema de Trefilação
Barra Trefilada
Entalhador 9
Especificações
e Características Especificações
e Características
A norma que regulamenta e especifica 1996 eliminou as classes A e B cons-
a produção de barras e fios de aço é tantes da versão de 1985. Portanto,
a ABNT NBR 7480 – Barras e Fios de atualmente, além de tecnicamente
Aço destinados a Armaduras para incorreto, não faz sentido classificar
Concreto Armado: versão 1996. um vergalhão por classe.
Antes de entrarmos nestas especifi-
cações de normas, é importante que Antes da revisão as classes A e B já
sejam feitas algumas observações: causavam polêmica pois alguns técni-
cos defendiam erroneamente que o
Qual a diferença entre aço e material sem escoamento nítido era
ferro? obrigatoriamente classe B e material
A principal diferença entre o Aço e com escoamento nítido era classe A.
o Ferro é o teor de carbono, ou seja, Na verdade, na norma, a separação
o Aço possui um teor de Carbono em classes era definida pelo processo
inferior a 2,04%, enquanto o Ferro de fabricação das barras ou fios; para
possui um teor de carbono de 2,04 a processo a quente (laminação a
6,7%. Como as barras e fios destinados quente) o produto era denominado
a Armaduras para Concreto Armado classe A e para o processo a frio
(CA25, CA50 e CA60) possuem, (laminação a frio ou trefilação) era
normalmente, um teor de Carbono classe B.
entre 0,08% e 0,50%, a denominação
técnica correta a utilizar é Aço. É claro Poderia ocorrer de um material classe
que o termo "ferro" é tão popular que A ter composição química e caracterís-
todos entendem e aceitam quando ticas mecânicas mais altas e, portanto,
o usamos. um escoamento não-nítido e mesmo
assim, em termos de norma, o materi-
O que são barras e fios? Qual a al obter classificação de classe A.
principal diferença entre
ambos? Na versão de 1996 a separação em
Na norma, barras são produtos classes foi eliminada e todo o mate-
obtidos por Laminação a Quente, com rial do tipo barra, caso do CA25 e
diâmetro nominal de 5,0 mm ou CA50, deve ser fabricado obrigatori-
superior. Portanto, CA25 e CA50 amente por laminação a quente, e
são denominados BARRAS. Os fios todo fio, caso do CA60, deve ser
são produtos de diâmetro nominal fabricado por trefilação ou processo
inferior a 10 mm obtidos por equivalente (estiramento ou lami-
Trefilação ou Laminação a frio. Todo nação a frio).
o CA60 é denominado FIO.
As principais características das barras
O que significa CA na denomi- e fios de aço definidas em norma e
nação CA50? tratadas aqui são:
O termo CA é uma abreviatura de
Concreto Armado. • Massa linear
• Propriedades mecânicas
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Massa Linear Determinação das Bitolas
CA25 e CA50
Bitola
(mm) Pesos Lineares (kg/m)
mínimo nominal máximo
-10% 0% +10%
6,3 0.220 0.245 0.269
8 0.355 0.395 0.434
-6% 0% +6%
10 0.580 0.617 0.654
12,5 0.906 0.963 1.021
16 1.484 1.578 1.673
20 2.318 2.466 2.614
25 3.622 3.853 4.084
32 5.935 6.313 6.692
CA60
Bitola
Pesos Lineares (kg/m)
(mm)
mínimo nominal máximo
-6% 0% +6%
4,2 0.102 0.109 0.115
5,0 0.145 0.154 0.163
6,0 0.209 0.222 0.235
7,0 0.284 0.302 0.320
8,0 0.371 0.395 0.418
9,5 0.523 0.558 0.589
12 Usual em
Polegada
1/4 5/16 3/8 1/2 5/8 3/4 1 1.1/4
Características Mecânicas
Ensaio de Tração Características Mecânicas
Ensaio de Tração
Determinação da Categoria
Limite de
Limite de Alongamento
Categoria escoamento
resistência (em 10ø)
kgf/mm2 (MPA)
CA25 25 (250) 1.20 x L.E. 18
CA50 50 (500) 1.10 x L.E. 8
CA60 60 (600) 1.05 x L.E. 5
Mínimos exigidos pela norma.
Norma ABNT NBR 7480 (anexo B/Tab. 2)
14
Características Mecânicas
Ensaio de Tração
Apresentamos ao lado um gráfico tensão Gráfico Tensão x Deformação
versus deformação, que representa o
ensaio de tração de um aço (Gráfico 1).
Alguns aços, normalmente o CA60,
apresentam um gráfico com patamar
de escoamento não definido e a deter-
minação do mesmo deve ser feita cal-
culando-se a partir de deformação de
0,2% parcial ou 0,5% total (Gráfico 2).
Alongamento é o percentual que o aço
se alonga. Isto é, se estica quando
submetido a uma carga que ultrapasse
o seu limite de escoamento. A determi-
nação do alongamento é feita pela
comparação entre o valor marcado no Gráfico 1
corpo de prova antes do ensaio,
denominado comprimento inicial L0, e
este mesmo valor obtido após a ruptura
do corpo de prova, denominado de Gráfico Tensão x Deformação
comprimento final L1. Para os materiais sem patamar definido
especificados pela NBR 7480 o com- e indicação de 0,2 e 0,5%
primento inicial utilizado é de 10 vezes
o diâmetro nominal. Por exemplo, se o
material ensaiado é um 10 mm o L0
será de 100 mm. No caso de um 12,5
mm o L0 será de 125 mm.
O ensaio de tração é realizado
conforme Norma NBR 6152 "Material
Metálico - Determinação das Propri-
edades Mecânicas à Tração - Método
de Ensaio", e as propriedades mecânicas
exigíveis para as barras e fios estão
indicadas na tabela 2 do anexo B da
NBR 7480.
Gráfico 2
Determinação do alongamento
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Características Mecânicas
Dobramento Características Mecânicas
Dobramento
Neste ensaio um corpo de prova do
material é submetido a um dobramento
de 180º em pino de diâmetro
padronizado, sendo considerado
aprovado quando não apresenta quebra
ou fissura na região dobrada. Este
ensaio tenta reproduzir as condições
em que os materiais serão utilizados
nas obras.
Os diâmetros dos pinos exigidos pelo
ensaio são indicados na tabela 2 do
Anexo B da NBR 7480 e são:
Bitola a dobrar CA 25 CA 50 CA 60
- menor que 20 mm 2Ø 4Ø 5Ø
- igual ou maior que 20 mm 4Ø 6Ø -
Ø = Diâmetro Nominal
CA 50 32 mm e maior, diâmetro do pino de 8 Ø
Bitola a dobrar CA 25 CA 50 CA 60
- menor que 20 mm 4Ø 5Ø 6Ø
- igual ou maior que 20 mm 5Ø 8Ø -
Ø = Diâmetro Nominal
No caso de estribos de bitola não superior a 10 mm, o diâmetro do pino será de 3ø.
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