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• HUMANIZAÇÃO EM UTI

• PROFESSORA VIVIANE FRANZOI

• HUMANIZAÇÃO

• As UTI’s são ambientes destinados a prestar assistência a pacientes


gravemente enfermos, que se beneficiam de tratamentos de elevado
nível tecnológico e de alta complexidade.

• Somam-se a dimensão individual do paciente e a da família que


vivenciam um processo de adaptação a alterações e perdas de ordem
física, emocional e social.

• O paciente encontra em uma UTI:

1. Capacidades funcionais alteradas, com suas vidas sendo mantidas


por aparelhos;

2. Ambiente barulhento pelos aparelhos (bips), poucas roupas e


pessoas desconhecidas;

3. Procedimentos invasivos que agridem psico e fisiologicamente;

4. Cuidados íntimos sendo feito por terceiros com baldes e panos;

5. Mudanças muitas das vezes de sua alto-imagem e reflexão quanto a


vida e a morte;

• A partir dessa problemática, foi implantado nas UTI’s o Programa de


Humanização.

• HUMANIZAÇÃO

• O conceito de Humanizar foi, então, popularizado, por meio da


concepção de que humanizar é cuidar do paciente como um todo,
englobando o contexto familiar e social, incorporando seus valores,
esperanças, aspectos culturais e as preocupações de cada um.

• Princípios Básicos ou premissas da Humanização:

1. Cada indivíduo é único com necessidades e valores específicos;

2. Não se pode comprometer a segurança do paciente nem deve


transpor as barreiras éticas ou legais;

3. O paciente e sua família são as próprias fontes de conhecimento de


suas necessidades; (SAE)

4. A autonomia do paciente e da família deve ser preservada;

5. A privacidade do paciente e da família deve ser respeitada.

• CUIDADOS COM O AMBIENTE FÍSICO


1. Calmo e silencioso com mínimo de ruído;

2. Luz artificial regulável;

3. Temperatura regulável (24ºC);

4. Paredes e teto com cores claras e harmônicas;

5. Presença de quadros decorativos;

6. Privacidade sem isolamento e descaso;

7. Ambiente limpo e confortável aos colaboradores e familiares;

8. Leitos privativos para pacientes conscientes;

• A qualidade da relação entre pacientes, familiares e equipe de saúde


dependem da compreensão das necessidades e da qualidade de
comunicação.

• PACIENTE:

• Dando atenção e ouvindo o paciente, podemos identificar estressores


passíveis de intervenção pela equipe e melhoria das condições de
internação

• Novaes et al. Identificam quatro dos principais fatores estressores,


segundo a opinião dos pacientes:

1. Dor;

2. Não conseguir dormir;

3. Tubos no nariz ou na boca;

4. Não ter controle de si mesmo.

• FAMÍLIA

• As intervenções direcionam-se para a supressão das necessidades de


informação e segurança e para minimização da ansiedade
estabelecida nas relações entre equipe multiprofissional e familiares.

• Propõem-se para tanto:

1. Favorecer o contato privativo e constante da equipe multiprofissional


com os familiares;

2. Valorizar mais o doente do que a patologia, aprender a “ouvir” o


familiar e ter um local próprio e adequado para que esses encontros
aconteçam.

3. Comunicação clara, falar com calma, mas de maneira segura e


oferecer conforto. As respostas devem ser honestas.
4. Um manual informativo sobre a UTI deve ser entregue à família para
se orientarem quanto ao funcionamento da UTI (horário de visitas,
rotinas, boletins médicos,...)

. EQUIPE DE SAÚDE

Além do papel de cuidadora, ela apresenta importância na manutenção do


vínculo afetivo entre família e o paciente.

A humanização do ambiente de trabalho em uma UTI é de extrema


importância, pois é observado não somente o desenvolvimento de vários
problemas de saúde profissional como também tensões e dificuldades na
relação entre equipe de saúde e pacientes, possibilitando o aparecimento
de iatrogenias.

• Em suma:

• O processo de humanização do cuidado mantém o tratamento focado


no paciente e não na doença. (Holístico)

• Humanizar a UTI significa cuidar do paciente como um todo,


considerando seu contexto familiar e social.

• O enfermeiro cuida hoje na UTI do binômio paciente-família e não


apenas paciente.

• A humanização se faz por pessoas. (Knobel,1999)

• PROCEDIMENTOS E ROTINAS EM UTI

• A assistência de enfermagem na UTI é um aspecto fundamental para


o processo de tratamento e reabilitação do paciente.

• Para que a implementação de uma rotina ou procedimento seja


efetiva, as equipes assistenciais da unidade devem levar em
consideração três aspectos principais:

• Estrutura:recursos humanos(qualificação e número de profissionais),


políticas e procedimentos descritos, recursos materiais
(equipamentos e materiais) e vigilância de indicadores;

• Processo: envolve a qualificação prática dos profissionais,


monitoramento adequado dos processos e condições da área;

• Fatores relacionados ao paciente: envolve comorbidades,


gravidades da doença, necessidade de procedimentos invasivos,
entre outros;

• PROCEDIMENTOS E ROTINAS EM UTI

• Um aspecto importante é a educação continuada dos profissionais


que executam ou supervisionam procedimentos em uma UTI:
• aulas tradicionais;

• leituras individuais;

• gincanas;

• Campanhas;

• São medidas com intuito de motivar a participação dos profissionais e


estimulá-los a utilizar conhecimento adquirido na prática diária,
desencadeando uma mudança contínua de comportamento.

• Higienizar as mãos corretamente antes e após qualquer


procedimento é fundamental para a prevenção da infecção cruzada.

• É importante a participação ativa do enfermeiro no controle de


bactérias multi-resistentes em terapia intensiva.

• PRECAUÇÕES-PADRÃO

• Consiste em medidas para reduzir o risco de contaminação da equipe


de saúde, de outros pacientes e do ambiente com microrganismos
transmitidos de fontes conhecidas ou não.

• Aplicam-se ao contato ou possível contato com sangue, fluido


corporal (secreções e excreções), além de pele não íntegra e mucosa,
devendo ser empregadas a qualquer paciente.

• Indicações:

• Deve ser empregado no cuidado de todos os pacientes por toda a


equipe hospitalar.

• Procedimentos:

• As precauções padrão envolvem uma série de cuidados:

• Higiene das mãos;

• Luvas;

• Máscara, óculos de proteção ou escudo facial;

• Avental

• Equipamentos de assistência ao paciente (limpos, desinfetados ou


esterilizados) ou descartáveis;

• Ambiente (limpeza e desinfecção);

• Roupas

• Cuidados com pérfuro-cortantes


• Precaução para bactérias multirresistentes por contato direto – mãos,
ou indiretos – ambientes ou fômites. Cuidados: EPIs, ambiente,
equipamentos, materiais – esteto, termômetro,...

• Rotinas para prevenção da infecção cruzada em pacientes com uso


de catéter central ou periférico;

• Cuidados com pacientes em uso de cânula orotraqueal (evitar


broncoaspiração – decúbito elevado, cuff insuflado, tração da cânula,
evitar lesão da pele, evitar infecção respiratória – higiene oral.

• Cuidados com traqueostomias;

• Prevenção de broncoaspiração;

• Sondagem vesical

• Balanço-hídrico rigoroso;

• Cuidados com drogas vasoativas;

• Controle da dor;

• Contenção no leito;

• Prevenção de queda;

• Preparo do leito para internação de paciente.

Bibliografia:

• Knobel, Elias

• Terapia Intensiva: enfermagem/Elias Knobel Co autores Claudia


Regina Laselva, Denis Faria Moura Júnior – SP : Ed. Atheneu, 2006

• Cintra, Eliane Araújo

• Assistência de enfermagem ao paciente gravemente


enfermo/Eliane Araújo Cintra, Vera Médice Nishide, Wilma Aparecida
Nunes. SP: Editora Atheneu, 2003

• HudakeGallo

• Cuidados Intensivos de Enfermagem - Uma abordagem


Holística/ Carolyn M. Hudak, Barbara M. Gallo. RJ: Ed: Guanabara
Koogan S.ª 1997

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