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Abstract:
This paper presents and discusses an strategy for quality control and quality assurance in
production lines where the number of attributes to be controlled are high. The proposed
strategy contemplates the use of a few powerful control charts and, thus, has a strong
managerial appeal. The control charts are supplemented with Pareto charts that guide the
action towards continuous improvement. A cost chart, an important tool for the evaluation
of the poor quality costs, is also used.
Área: Qualidade - Controle Estatístico da Qualidade
Key words: Industrial Engineering, Quality, Statistical Quality Control
1. Introdução
As melhorias de qualidade nos processos produtivos têm levado a baixos
percentuais de defeituosos ou número de defeitos. Assim, fica difícil ou mesmo
impossível o controle de atributos usando as cartas tradicionais. As cartas tradicionais são
orientadas para o monitoramento individual de determinado atributo. Quando o número de
defeitos é pequeno, é necessário amostras grandes (np > 5), que tendem a uma inspeção
cem por cento (100%).
A alternativa é trabalhar com postos de controle distribuídos ao longo da linha de
produção, sendo que em cada posto monitora-se cartas de controle que integram vários
atributos. Na medida em que essas cartas aglutinam vários tipos defeitos, elas recuperam
força estatística e, dessa forma, permitem reduzir o tamanho da amostra.
O método que será detalhado a seguir combina uma carta de Média Ponderada de
Defeitos por Unidade, com um gráfico de Pareto. Será apresentada uma aplicação desse
método em uma indústria de calçados. Como será visto a seguir, o método auxilia tanto o
gerente da linha de produção como os operadores em cada posto de trabalho.
Características de
Pesquisa de Qualidade
Matriz da Qualidade
Mercado Características de qualidade
Qualidade Demandada
espessura elastic. umidade Ph
Voz do
Cliente Demanda Intensidade das Bom Visual 50,0 1 1 3 1
Priorizadas na Matriz
daQualidade
Matrizdos processos
Características de Características dequalidade
Qualidade espessura elastic. umidade Ph
Etapas dos processos
Desenvolvimento
de Fornecedores Matriz das ações
Estudos Ações possíveis
Ergonômicos Processos Prior. Treinam CEP Fornec Proj. Exp.
L is ta d e d e feito s G ra v C us
Listadeatributo(s) D e b ru m co m risco s a b e rto s 5 5
Característicasde
aser(em) monitorado(s) P e ça s d e e n feite n a e sp e s e rra d a 4 2
Qualidade noPosto1 L a te rais co m risco s a b e rto s, b ern e 5 3
L a te rais co m a flo r solta 3 3
L a te ria s co rta da s n o sen tid o erra d o 4 3
L a te ral co m risco s fe ch a d o s 4 2
Posto1 T ra seiro co m risco s a be rto s, b e rn e 5 3
T ra seiro co m risco s fe ch a d o 4 2
P e ça d o tra se iro fa lta n d o p e d a ço 4 3
T ra seiro co m a e sp e ssu ra erra da 3 1
Processos G á sp e a co m risco s ab e rto s, 5 3
daLinhade G á sp e a e e sp e lh o co m ca rra p a to s 3 3
G á sp e a e e sp e lh o co rta da d a ba rrig a 5 5
Produção G á sp e a e e sp e lh o co m a flo r solta 5 4
G á sp e a e e sp e lh o co rta da se n t erra d o 5 5
G á sp e a e e sp e lh o falta n d o p e d a ço 4 4
Intensidadedas G á sp e a e e sp e lh o co m a e sp e s e rra d a 3 1
RelaçõesentreasC.Q. G á sp e a e e sp e lh o p elu d a n o ca rn al 5 4
T o n al. d e co re s dif. p e ça s d o pa r 4 2
eosProcessos P o ro sida d e dif. e n tre a s p e ça s d o p a r 4 2
E sta mp a s d if. en tre a s p e ça s d o p a r 4 2
C a mu rça c/ fe lp a s dif. e n tre a s pe ça s 4 2
F o rro a ve sso c/ fu ro s/fa lta n do p e d a ço s 2 2
F o rro a ve sso c/ e sp e ssura erra da 4 2
P e ça s fa lta n d o n o talã o 3 2
P in tu ra d o afio m a n ch a n d o o ca b ed al 4 3
Fig. 7: Localização dos postos de controle Fig. 8: Exemplo Lista de Defeitos para o Posto 1
3. Carta da Média Ponderada de Defeitos por Unidade
A estratégia adotada realiza um monitoramento integrado, usando-se uma única
carta em cada posto de controle: a carta de Média Ponderada de Defeitos por Unidade.
Essa carta aglutina todos os defeitos que podem ser construídos inadvertidamente em um
posto de controle.
Trata-se de uma Média Ponderada, pois é atribuído um peso a cada defeito,
considerando-se os resultados obtidos na Matriz da Qualidade. Ou seja, a ponderação é
feita a partir da voz do cliente, garantindo uma orientação correta para as atividades de
controle da qualidade. Além da importância do defeito, que leva em conta a voz do
cliente, a ponderação também pode incorporar os custos de correção e retrabalho
associados a cada defeito.
Inicialmente calcula-se para cada amostra a média ponderada de defeitos por
unidade:
SP j defeito j, i × peso i
uj = =
n média pesos × n
onde:
uj: média ponderada de defeitos por unidade
SPj: soma ponderada de defeitos
n: tamanho da amostra
defeitosj,i: no de vezes que o defeito i apareceu na amostra
pesoi: importância relativa do defeito i da matriz da qualidade
médias dos pesos: média dos pesos atribuídos aos defeitos i
σ= u n ; LCS = u + 3σ
LCI = u − 3σ
Produto: Calçado 1
Média P.Def.por Par (Posto 1)
1.0
0.5
0.0
10 20 30 40
Fig. 10: Exemplo do Gráfico de Pareto da Soma Ponderada de Defeitos Acumulada para o Posto 1
O gráfico de Pareto revela quais os defeitos que estão contribuindo com maior
força para o sinal fora de controle. Assim, o operador do posto em questão pode dirigir
seus esforços na direção certa, atacando inicialmente os problemas principais.
Produto: Calçado 1
Média P.Def.por Par (Global)
10 20 30 40
Fig. 11: Exemplo da Carta Global da Média Ponderada de Defeitos por Unidade
Isso permite ao gerente da linha ter uma visão geral dos vários postos de controle.
Ele enxerga o desempenho da linha, conforme avaliado em cada posto de controle. E as
suas ações são guiadas pela Média Ponderada de Defeitos por Unidade. Enquanto não
houver um sinal fora do controle, a prioridade é a produção.
0,80
Custo da má Qualidade
0,60
0,40
0,20
0,0
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35
0,80
Custo da má Qualidade
0,60
0,40
0,20
0,0
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35
Bibliografia
1. Montgomery, D.C. (1985), Introduction to Statistical Quality Control. John Wiley and
Sons, New York.
2. Ribeiro & Caten (1997), Controle Estatístico do Processo - Notas de aula - Programa
de Pós-graduação em Engenharia de Produção, Escola de Engenharia –UFRGS
3. Ribeiro & Echeveste (1996), Desdobramento da Qualidade em uma Empresa de
Calçados - Relatório Técnico 03/96 - Programa de Pós-graduação em Engenharia de
Produção, Escola de Engenharia –UFRGS
4. Ribeiro & Caten (1996), Desdobramento dos Processos em uma Empresa de Calçados
- Relatório Técnico 04/96 - Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção,
Escola de Engenharia –UFRGS
5. Ribeiro & Caten (1996), Implantação do Controle Estatístico do Processo em uma
Empresa de Calçados - Relatório Técnico 05/96 - Programa de Pós-graduação em
Engenharia de Produção, Escola de Engenharia –UFRGS