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Demonstrações Financeiras
SUMÁRIO
DEMOSNTRÇÕES FINANCEIRAS...................................................................04
Conceito................................................................................................................04
Objetivo................................................................................................................04
Demonstrações Contábeis Obrigatórias................................................................04
Complementação às Demonstrações Contábeis....................................................05
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3.5.4 Ações ou Quotas em Tesouraria.............................................................18
3.5.5 Reservas de Lucros.................................................................................19
3.5.6 Lucros ou Prejuízos Acumulados...........................................................19
9. Relatório da Administração............................................................................36
9.1 Conceito...................................................................................................36
9.2 Composição do Relatório da Administração............................................36
Referências Bibliográficas.................................................................................44
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Conceito
Demonstrações Financeiras é o conjunto de informações que devem ser
obrigatoriamente divulgadas, anualmente, pela administração de uma sociedade por
ações e representa a sua prestação de contas para os sócios e acionistas. Entre as funções
da contabilidade, a de prestar informações ao mercado merece destaque neste trabalho.
As entidades têm necessidades de crédito, de atração de investimentos e de manter bom
relacionamento com seus colaboradores, parceiros comerciais e mercado de forma geral.
O cumprimento dessa função se dá por meio da elaboração e da divulgação das
demonstrações contábeis que, além da obrigatoriedade prevista nas legislações civil,
comercial, societária, fiscal e do mercado de capitais, a que cada entidade esteja sujeita,
deve se pautar pela clareza e transparência das informações e resguardar os interesses
dos diversos usuários da contabilidade.
Objetivo
a) Balanço Patrimonial;
b) Demonstração dos Lucros ou prejuízos acumulados;
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c) Demonstração do Resultado do Exercício;
d) Demonstração do Fluxo de Caixa;
e) Demonstração do Valor Adicionado (se companhia aberta);
Complementação às Demonstrações Contábeis
Como complementações às demonstrações que ajudam na Tomada de decisão
destacam-se:
a) Relatório da Administração;
b) Notas Explicativas;
c) Parecer dos Auditores;
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1.3 Encerramento das contas de resultado
O encerramento das contas de receitas e despesas consiste em fazer um
lançamento em todas as contas envolvidas de modo a deixá-las com saldo igual a zero,
cuja contrapartida seria dada em uma única conta, denominada “Resultado do
exercício”. Conseqüentemente, as receitas serão creditadas e as despesas, debitadas na
conta “Resultado do exercício”. A diferença entre os débitos e créditos da conta
“Resultado do exercício” será:
● lucro, se for credor;
● prejuízo, se for devedor. Naturalmente, se o total das receitas for igual ao das
despesas, a empresa não terá obtido nem lucro nem prejuízo, isto é, obterá resultado
nulo.
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Débito Crédito
Saldo Devedor
Os valores das receitas, quando realizadas, são levados a crédito da conta que representa a
geração do recurso, portanto, no final do exercício, terão sempre saldo credor.
Receitas
Débito Crédito
Saldo Credor
ARE ARE
Receitas 90 Receitas 60
Despesas (48) Despesas (72)
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2. Distribuição do Resultado do Exercício
2.1 Conceito:
Constituem o patrimônio líquido a Distribuição de Dividendos e as Reservas que
podem ser divididas em opcionais, facultativas ou obrigatórias. A formação da reserva
está relacionada às características de cada entidade, e pode ocorrer por iniciativa da
administração no caso das reservas opcionais ou facultativas. As reservas obrigatórias
devem ser constituídas independentemente da vontade da administração.
Os Lucros ou Prejuízos Acumulados do Resultado do Exercício são destinados a
sua respectiva conta até a destinação do Lucro para as Reservas.
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detenha ações representativas de 10% do capital social, receberá 10% dos lucros totais
da empresa. A mesma sociedade pode pertencer a categorias diferentes e conferir
direitos diversos quanto aos dividendos.
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2.3.2 Reserva Estatutária
Representa a parcela do lucro líquido da empresa que poderá ser retirada para
crescimento da empresa quando prevista em orçamento de capital aprovado em
assembléia geral, visando manter tais recursos na companhia para aplicação em projetos
de expansão. Essa reserva é também denominada de Reserva Orçamentária ou Reserva
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de Retenção de Lucros e igualmente às outra. A constituição da reserva de lucros para
expansão não poderá prejudicar a distribuição do dividendo obrigatório. Porém caso
haja dividendos adicionais a serem distribuídos estes darão preferência à constituição
desta reserva. O orçamento que consignar a constituição da reserva de lucros para
expansão deverá justificar os motivos de sua constituição e compreenderá todas as
fontes de recursos e aplicações de capital.
3. Balanço Patrimonial
3.1 Conceito
O Balanço Patrimonial é o mais importante relatório gerado pela Contabilidade.
É, pois, a principal Demonstração Financeira. Através dele pode-se identificar a saúde
financeira e econômica da empresa ao final do Exercício Social ou qualquer outra data
prefixada. O Balanço apresenta aquilo que a empresa tem e que pode utilizar na sua
atividade, e aquilo que a empresa deve num determinado momento; a diferença entre o
que a empresa tem e o que deve representa o seu valor. Aquilo que a empresa tem é
dado o nome de Passivo; a diferença entre o Ativo e o Passivo, ou seja, o valor da
empresa é dado o nome de Capital Próprio. Graficamente, o Balanço é representado
num mapa com dois lados: do lado esquerdo é representado o Ativo e do lado direito é
representado o Passivo e o Capital Próprio.
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Bens (B) + Direitos (D) = Obrigações (O) + Patrimônio Líquido (PL)
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ATIVO PASSIVO
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3.2.2 Disponibilidades
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receber não são pagas no prazo e então o cliente renegocia por troca de Notas
Promissórias com novos vencimentos. Cheques em cobrança são aqueles recebidos até a
data do balanço, Dividendos a receber quando a empresa tem participações em outras
empresas, Juros a receber com relação a terceiros relativos a empréstimos feitos a
terceiros.
3.2.4 Estoques
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As Despesas Antecipadas são as do exercício seguinte e geralmente representa
uma parcela não muito significativa, em comparação com os demais ativos, motivo pelo
qual, no Balanço, são normalmente apresentadas por seu valor total.
3.3.2 Investimentos
São aplicações que nada tem a ver com a atividade principal da empresa, tem
como exemplos: aplicações em títulos mobiliários, investimentos em outras sociedades
que não tenham caráter permanente, inclusive de incentivos fiscais, obras de arte,
terrenos para futura expansão, imóveis para renda.
3.3.3 Imobilizado
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3.3.4 Intangível
Passivo exigível a longo prazo são as dívidas de uma empresa que serão
liquidadas com prazo superior a um ano, financiamentos, títulos a pagar, entre outros. O
passivo exigível trata-se das obrigações com terceiros, como duplicatas a pagar, notas
promissórias a pagar, fornecedores, impostos a recolher, contas a pagar, títulos a pagar,
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contribuições a recolher e outras, que terão seu vencimento 360 dias após a data da
publicação do balanço de que fazem parte.
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3.5.3 Ajustes de Avaliação Patrimonial
Se ocorrer prejuízo, esse valor deverá ser debitado na mesma conta de reserva de capital
que sustentava as quotas/ações em tesouraria.
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(Reservas Estatutárias) e por proposta aprovadas pelos proprietários, sócios e acionistas,
com finalidades específicas (Reserva para Contingências, Reservas para Expansão, etc).
4.1 Conceito
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As demonstrações contábeis são utilizadas pelos administradores para prestar contas
sobre os aspectos públicos de responsabilidades da empresa, perante acionistas,
credores, governo e a comunidade em geral. Tem, portanto por objetivo revelar, a todas
as pessoas interessadas, as informações sobre e os resultados da empresa. Classificam-
se em Receita Operacional Bruta, Deduções, Custo de Vendas, Despesas Operacionais,
Resultado Não Operacional, Imposto de Renda/ CSSL, Participações.
Podem ser conceituados como sendo todo gasto que é consumido dentro
do processo produtivo na fabricação de bens ou prestação de serviços. São, com
isso, incorporados a ser representados na DRE (Demonstração do Resultado do
Exercício) como Custo do Produto empresa a resultado como Custo das
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Mercadorias Vendidas (CMV), Custo do Produto Vendido (CPV) ou Custo do Serviço
Prestado (CSP).
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As despesas e recitas não relacionada diretamente com o objetivo do negócio da
empresa são classificados como Não Operacional. Normalmente, trata-se de ganhos ou
perdas eventuais. Exemplos:
Ganhos: lucro na venda de bens imobilizados (veículos, máquinas, edifícios, etc.).
Perdas: perdas com fenômenos não esperados como incêndio, enchente, etc.
4.7 Participações
● Debêntures: são títulos de crédito emitidos por Sociedades por Ações, que conferem a
seus titulares direitos de créditos junto a elas nas condições constantes das escrituras de
emissão ou dos certificados. Normalmente rendem juros, correção monetária e
participações nos lucros. São garantidas pelo Ativo da empresa emissora e asseguram
preferência no resgate sobre os demais títulos da empresa. Quando a empresa vende
esses títulos, cria para si uma obrigação, geralmente a longo prazo, podendo registrar tal
obrigação através da conta Debêntures a Pagar.
● Partes beneficiárias são títulos negociáveis sem valor nominal e estranhos ao Capital
Social, que podem ser criados pela Sociedade por Ações em qualquer tempo. Esses
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títulos podem ser negociados pela empresa ou cedidos gratuitamente a empregados,
clientes etc., de acordo com a vontade da empresa. O único direito que o detentor desses
títulos tem é a participações nos lucros, que não poderá ser superior a um décimo do
lucro apurado.
A empresa poderá distribuir parte dos lucros a seus empregados e
administradores como prêmio, podendo destinar, também, uma parte para instituições
ou fundos de assistência ou previdência de empregados. A base de cálculo das
participações é o Resultado do Exercício após a Provisão para o Imposto de Renda
diminuído dos Prejuízos Acumulados.
Exemplificação da DRE:
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50,00
(-) Provisão para IR (26.91
2,50)
LUCRO LÍQUIDO 80.73
7,50
5.1 Conceito
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- a parcela correspondente à realização de reavaliação, líquida do efeito dos impostos
correspondentes;
- o resultado líquido do período;
- as compensações de prejuízos;
- as destinações do lucro líquido do período;
- os lucros distribuídos;
- as parcelas de lucros incorporadas ao capital;
- o saldo no final do período.
Os ajustes dos exercícios anteriores são apenas os decorrentes de efeitos da
mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado
exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subseqüentes. A Entidade que
elaborar a demonstração das mutações do patrimônio líquido, nela incluirá a
demonstração de lucros ou prejuízos acumulados.
Discriminará:
a) o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção
monetária do saldo inicial;
b) as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
c) as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao
capital e o saldo ao fim do período.
Passivo e P.L.
2009 2010
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Saldo 2009
Saldo de 2010
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6.2 Importância das Mutações do Patrimônio Líquido
A DMPL é de muita utilidade, pois fornece a movimentação ocorrida durante o
exercício nas diversas contas componentes do Patrimônio Liquido; faz clara indicação
do fluxo de uma conta para outra e indica a origem e o valor de cada acréscimo ou
diminuição no Patrimônio Liquido durante o exercício.
Sua importância torna-se mais acentuada em face dos critérios da Lei, pois a
demonstração indicara claramente a formação e a utilização de todas as reservas, e não
apenas das originadas por lucros. Servira também para melhor compreensão, inclusive
quanto ao calculo dos dividendos obrigatórios.
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3. Adicionar ou subtrair os movimentos ocorridos nas referidas contas, no período,
abrindo linhas para cada natureza de transação, primeiramente as relativas às
transações de capital com os sócios;
4. Adicionar ou subtrair os movimentos ocorridos nas contas próprias relativas aos
resultados abrangentes, começando pelo resultado liquido do período, depois os
demais resultados abrangentes e, finalmente, as reclassificações para o resultado;
5. Adicionar ou subtrair os movimentos das demais mutações internas do
patrimônio liquido;
6. Totalizar, ao final, as colunas, cujos saldos devem coincidir com os saldos do
Balanço Patrimonial, e totalizar também as linhas.
A seguir, temos um modelo de DMPL, onde, na linha horizontal do quadro serão
consignados os elementos componentes do Patrimônio Líquido:
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7. Demonstração do Valor Adicionado
7.1 Conceito
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2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
2.3) Perda/Recuperação de valores ativos
2.4) Outras (especificar)
3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1 - 2)
4 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO
5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA
ENTIDADE (3 - 4)
6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERENCIA
6.1) Resultado de equivalência patrimonial
6.2) Receitas financeiras
6.3) Outras
7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5 + 6)
8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO ( * )
8.1) Pessoal
8.1.1- Remuneração direta
8.1.2- Benefícios
8.1.3- FGTS
8.2) Impostos, taxas e contribuições
8.2.1- Federais
8.2.2- Estaduais
8.2.3- Municipais
8.3) Remuneração de capitais de terceiros
8.3.1- Juros
8.3.2- Aluguéis
8.3.3- Outras
8.4) Remuneração de capitais próprios
8.4.1- Juros sobre o capital próprio
8.4.2- Dividendos
8.4.3- Lucros retidos/Prejuízo do exercício
8.4.4- Participação dos não controladores nos lucros
retidos (só p/ consolidação)
1- RECEITAS:
1.1-Vendas de mercadorias, produtos e serviços: Inclui os valores do ICMS, IPI,
PIS e COFINS incidentes sobre essas receitas.
1.2-Outras receitas:Inclui valores oriundos, principalmente, de baixas por
alienação de ativos não-circulantes.
1.3-Receitas relativas à construção de ativos próprios: Inclui valores relativos à
construção de ativos para uso próprio. Para evitar que a depreciação tenha que
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ser dividida dentre esses diversos componentes do ativo construído, os valores
gastos na construção são reconhecidos como receitas na construção de ativos
próprios. Simultaneamente, os gastos relativos a essa construção devem ser
apropriados na DVA obedecendo-se a natureza de cada um deles.
1.4-Perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa: Inclui os valores
relativos às perdas estimadas apropriadas ao resultado, bem como sua respectiva
reversão.
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6- VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
Corresponde a riqueza gerada por outras empresas, porém recebida em
transferência. E também é a soma dos itens 6.1 e 6.2.
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8.2 Objetivo e benefícios das informações dos Fluxos de Caixa
O objetivo primário da Demonstração dos Fluxos de Caixa é prover informações
relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, de uma empresa, ocorridos
durante um determinado período, e com isso ajudar os usuários das demonstrações
contábeis na analise da capacidade da entidade de gerar caixa e equivalentes de caixa, bem
como suas necessidades para utilizar esses fluxos de caixa.
Um dos benefícios que a DFC pode proporcionar, é que ela fornece informações que
permitem aos investidores, credores e outros usuários avaliarem, por exemplo, a capacidade
de a empresa gerar futuros fluxo líquidos positivos de caixa, e também, a desempenho
operacional de diferentes empresas, por eliminar os efeitos de distintos tratamentos
contábeis para as mesmas transações e eventos.
ENTRADAS:
- Recebimento de juros sobre empréstimos concedidos e sobre aplicações
financeiras em outras entidades;
- qualquer outro recebimento que não se origine de transações definidas como
atividades de investimento ou financiamento, como: recebimentos decorrentes de sentenças
judiciais; reembolso de fornecedores; indenizações por sinistros, exceto aquelas diretamente
relacionadas a atividades de investimento, como o sinistro em uma edificação por exemplo.
SAÍDAS:
- pagamentos aos fornecedores de outros insumos de produção, incluídos os
serviços prestados por terceiros;
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- pagamentos aos governos federal, estadual e municipal, referentes a impostos,
multas, alfândega e outros tributos e taxas, exceto quando especificadamente identificados
com as atividades de financiamento ou de investimento.
b) os fluxos das atividades de financiamento;
São atividades ligadas a empréstimos e financiamentos obtidos e a recursos
captados perante investidores da companhia. Incluem os recebimentos decorrentes de
empréstimos e financiamentos obtidos e o pagamento do principal dessas operações. Nesse
grupo, são apresentados os recursos recebidos dos acionistas ou sócios em realização do
capital e o pagamento do seu eventual reembolso, além dos dividendos pagos.
ENTRADAS:
- venda de ações emitidas;
- empréstimos obtidos no mercado, via emissão de letras hipotecarias, notas
promissórias, debêntures ou outros instrumentos de divida, de curto ou longo prazos.
SAIDAS:
- pagamentos dos empréstimos obtidos (exceto juros);
- pagamento do principal referente imobilizado adquirido a prazo, pagamento do
principal do arrendamento mercantil financeiro.
c) os fluxos das atividades de investimento:
Incluem a concessão e o recebimento de empréstimos, a aquisição e a venda de
instrumentos financeiros e patrimoniais de outras entidades e a aquisição e alienação de
imobilizados e de participações societárias classificadas como investimento. Mas incluem
também todas as aplicações financeiras, inclusive as de curto prazo (exceto as caixa).
ENTRADAS:
- resgates do principal de aplicações financeiras não classificadas como equivalentes de
caixa;
- recebimentos resultantes da venda de imobilizado, intangível e de outros ativos não
circulantes utilizados na produção.
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caixa das atividades operacionais. Os fluxos das atividades de financiamento e investimento
são demonstradas de forma igual nos dois métodos.
1-METODO DIRETO
Esse método explicita as entradas e saídas brutas de dinheiro dos principais
componentes das atividades operacionais. O saldo final das operações expressa o volume
liquido de caixa provido ou consumido pelas operações durante um período. As empresas,
ao utilizarem o método direto, devem detalhar os fluxos das operações, no mínimo, nas
classes seguintes:
- recebimentos de clientes, incluindo os recebimentos de arrendatários,
concessionários e similares;
- recebimentos de juros e dividendos;
- outros recebimentos das operações, se houver;
- pagamentos a empregados e a fornecedores de produtos e serviços, ai incluídos
segurança, propaganda, publicidade e similares;
- juros pagos;
- impostos pagos;
- outros pagamentos das operações, se houver.
2-METODO INDIRETO
Esse método faz conciliação entre o lucro liquido e o caixa gerado pelas
operações, por isso é também chamado método da conciliação. Para tanto, é
necessário:
- remover do lucro liquido os deferimentos de transações que foram caixa no
passado, como gastos antecipados, crédito tributário, etc. e todas as alocações no
resultado de eventos que podem ser caixa no futuro, como as alterações nos saldos
das contas a receber e a pagar do período; e
- remover do lucro liquido as alocações ao período do consumo de ativos não
circulante e aqueles itens cujos efeitos no caixa sejam classificados como atividades
de investimento ou financiamento: depreciação, amortização de intangível e ganhos
ou perdas na venda de imobilizado e/ou em operações em
descontinuidade(atividades de investimento); e ganhos e perdas na baixa de
empréstimos (atividades de financiamento)
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9. Relatório da Administração
9.1 Conceito
As demonstrações contábeis devem mostrar os resultados da gestão, pela
Administração, dos recursos que lhe são confiados. O Relatório da Administração é
um necessário e importante complemento as demonstrações contábeis publicadas por
uma empresa, em termos de permitir o fornecimento de dados e informações
adicionais que sejam úteis aos usuários em seu julgamento e processo de tomada de
decisões.
Uma característica relevante a ser considerada é que o Relatório da
Administração, por ser descritivo e menos técnico que as demonstrações contábeis,
reúne condições de entendimento por uma gama bem maior de usuários, em relação
aquele numero de usuários que conseguirá atender e tirar as conclusões básicas que
necessitem somente das demonstrações contábeis.
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A seguir, alguns dos conteúdos específicos a serem divulgados no Relatório
da Administração:
- Descrição dos negócios, produtos e serviços;
- Comentários sobre a conjuntura econômica geral;
- Recursos Humanos;
- Investimentos;
- Pesquisa e Desenvolvimento;
- Novos produtos e serviços;
- Proteção ao Meio Ambiente;
- Reformulações Administrativas;
- Investimentos em controladas e coligadas;
- Direitos dos acionistas e dados de mercado;
- Perspectivas e planos para o exercício em curso e os futuros;
- Empresas investidoras;
- Fontes de obtenção de recursos;
- Itens fora do Balanço;
- Análise de riscos.
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10.2 Notas Previstas pela Lei
O § 5º do artigo 176 da Lei das Sociedades por Ações menciona, sem esgotar
o assunto, as bases gerais e as notas a serem inclusas nas demonstrações contábeis.
Além disso, a Lei, em seu artigo 177, § 1º, estabelece que devem ser indicados em
Notas Explicativas os efeitos das mudanças de critérios contábeis.
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das
Demonstrações Contábeis, as notas explicativas devem:
1. Apresentar informação acerca da base para elaboração das demonstrações contábeis e
das políticas contábeis especificas utilizadas;
2. Divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos, Orientações e
Interpretações que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis; e
3. Prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações
contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão.
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*ajuste o valor presente;
*arrendamento mercantil (leasing);
*ativo biológico e produto agrícola;
*ativo imobilizado;
*ativo inatingível;
*ativo não circulante mantido para venda e operação descontinuada;
*benefícios a empregados;
*capacidade ociosa;
*capital social autorizado;
*combinação de negócios;
*continuidade normal dos negócios;
*contratos de construção;
*contratos de seguro;
*correção de erros de períodos anteriores;
*créditos Eletrobrás;
*custos de transação e prêmios na emissão de papeis;
*debêntures;
*demonstração intermediaria;
*demonstrações condensadas;
*demonstrações em moeda de capacidade aquisitiva constante;
*demonstrações contábeis consolidadas;
*demonstrações separadas;
*destinação de lucros constantes nos Acordos com Acionistas;
*dividendo por ação;
*dividendos propostos;
*empreendimentos em fase de implantação;
*entidades de propósito especifico (EPEs);
*equivalência patrimonial;
*estoques;
*evento subseqüente;
*Incorporação, fusão e cisão;
*informações por segmento de negócio;
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*informações sobre concessões;
*instrumentos financeiros;
*investimento em coligada e em controlada;
*investimentos societários no exterior;
*juros sobre capital próprio;
*lucro ou prejuízo por ação;
*mudanças em estimativas contábeis;
*paradas programadas;
*perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa;
*programa de desestatização;
*programa de recuperação fiscal (Refis);
*propriedade para investimento;
*provisões, passivos contingentes e ativos contingentes;
*receitas;
*redução ao valor recuperável de ativos;
*remuneração dos administradores;
*reserva de lucros a realizar;
*reservas - detalhamento;
*retenção de lucros;
*seguros;
*subvenção e assistência governamentais;
*transações entre partes relacionadas;
*tributos sobre o lucro;
*variações cambiais e conversão de demonstrações contábeis;
*vendas ou serviços a realizar;
*voto múltiplo;
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11. Parecer dos Auditores
11.1 Conceito
A auditoria das demonstrações contábeis constitui conjunto de procedimentos
técnicos, que tem por objetivo capacitar o auditor a emitir um parecer sobre a adequação
com que estas representam à posição patrimonial e financeira, o resultado das
operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos da
entidade auditada, consoante as Normas Brasileiras de Contabilidade e legislação
específica no que for pertinente.
O produto final da auditoria das demonstrações contábeis é o parecer do
auditor. Sua emissão reflete o entendimento do auditor acerca dos dados que examinou,
de uma forma padrão e resumida, que dê, aos leitores, em geral, uma noção dos
trabalhos que realizou e, principalmente, o que concluiu.
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a) estender os trabalhos até a data do novo evento, de modo a emitir o parecer com
a data mais atual;
b) emitir o parecer com data dupla, ou seja, mantendo a data original para as
demonstrações contábeis, exceto quanto a um assunto específico, adequadamente
divulgado nas notas explicativas. Por exemplo: “13 de fevereiro de 19X0, exceto quanto
à Nota Explicativa 21 às demonstrações contábeis, para a qual a data é 31 de março de
19X0”.
O parecer deve ser datado e assinado pelo contador responsável pelos trabalhos, e
conter seu número de registro no Conselho Regional de Contabilidade.
Caso o trabalho tenha sido realizado por empresa de auditoria, o nome e o número de
registro cadastral no Conselho Regional de Contabilidade também devem constar do
parecer.
a)PARECER SEM RESSALVA;
O parecer sem ressalva é emitido quando o auditor conclui, sobre todos os
aspectos relevantes, que:
- as demonstrações contábeis foram preparadas de acordo com os Princípios
Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade;
- há apropriada divulgação de todos os assuntos relevantes às demonstrações contábeis.
O parecer sem ressalva implica afirmação de que, tendo havido alterações em
procedimentos contábeis, os efeitos delas foram adequadamente determinados e
revelados nas demonstrações contábeis. Nesses casos, não é requerida nenhuma
referência no parecer.
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d)PARECER COM ABSTENÇÃO DE OPINIÃO;
O parecer com a abstenção de opinião é aquele em que o auditor deixa de emitir
sua opinião sobre as demonstrações contábeis, por não ter informações suficientes para
fundamentá-la. Assim, deve o auditor indicar, em parágrafo especial de seu relatório, as
razões que o levaram a negar a opinião sobre as demonstrações contábeis.
Referências Bibliográficas
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MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 15. Ed. São Paulo:
Atlas, 2009.
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