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DO CONTRATO DE TRABALHO

O reclamante foi admitido na reclamada em


21/11/07, onde exerceu a função de Armador, sendo que no dia 30/11/08 foi
vítima de acidente de trabalho tendo como trágica consequência os quatros
dedos da mão esquerda amputados.

Por este motivo ficou cinco meses afastado do


trabalho recebendo auxílio doença acidentário e no dia 01/05/2010, após o
termino da estabilidade provisória, foi dispensado sem justa causa pelo
empregador, o qual pagou corretamente todas as verbas rescisórias.

Não obstante o laudo do INSS, que atestou


redução parcial e permanente da força de trabalho do autor, o reclamado
não pagou qualquer indenização por danos morais e materiais ao obreiro.

DOS DANOS

Antes de tudo cabe ressaltar que a Emenda


Constitucional 45/04 ampliou a competência da Justiça do Trabalho a fim de
dirimir conflitos concernentes a danos morais, materiais, estéticos
decorrentes da relação de trabalho.

Neste caso, como já explicitado, ocorreu o nexo de


causalidade entre a conduta e o dano do autor sendo imprescindível
ressaltar que o evento danoso não ocorreu por culpado obreiro posto que o
empregador nunca lhe forneceu equipamentos de proteção, ou qualquer
treinamento para operar a serra circular que decepou seus quatro dedos.

Ante a inobservância do artigo 166 da CLT que


obriga a empresa a fornecer aos seus empregados equipamento de
proteção individual adequado ocorreu o dano que, repita-se, não houve
culpa alguma por parte do autor.

Assim, como dispõe o artigo 949 do Código Civil


faz jus o reclamante indenização pelas despesas com tratamento,
fisioterapia e medicamentos que são os chamados danos emergentes, sem
prejuízo dos lucros cessantes haja vista que o reclamante ficou
impossibilitado de exercer suas atividades laborativas.

Mas não se deve deixar de pleitear a pensão


correspondente a importância do trabalho para o qual o autor ficou
inabilitado conforme o laudo do INSS, direito este expressamente disposto
no artigo 950 do Código Civil.

Porém, isso não é tudo V. Exa. já que o autor


também sofreu danos psíquicos.

DOS DANOS MORAIS


O sofrimento físico e especialmente psíquicos pelo
qual o autor enfrentou e ainda esta enfrentando é desumano e cruel, fato
este que é inconteste.

Ter os quatro dedos da mão amputados talvez


nunca será uma ideia fácil de lidar ainda mais porque o autor precisa destes
membros para exercer seu trabalho, gerando frustações e insatisfações em
seu ego. A dor na alma não é curada com valores pecuniários, mas ao
menos pode ser amenizada com auxílio financeiro, direito este assegurado
constitucionalmente em seu artigo 5º, inciso V e artigo 114, VI.

DOS PEDIDOS

Pelo exposto, pleiteia:

a) Indenização por danos


materiais________________________________________

_____________________________________________________.

b) Indenização por danos


morais__________________________________________

_____________________________________________________.

c) Benefícios da assistência judiciária


gratuita_________________________________

inestimável.

DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de


prova admitidas em direto, especialmente pelo depoimento pessoal do
reclamado, oitiva de testemunha, prova pericial, sem prejuízo de
eventuais provas cabíveis.

DA NOTIFICAÇÃO

Requer a notificação do reclamado para que


conteste os itens supra arguidos sob pena de serem admitidos como
verdadeiros, o que por certo ao final restará comprovado com a
consequente decretação da TOTAL PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS.

DO VALOR DA CAUSA

Dá-se a presente causa o valor de


R$__________________.

Nesses termos,

Pede deferimento.
Data e Local

Nome e Assinatura do Advogado.

Nº da OAB.

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