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PERFIL NUTRICIONAL DOS PACIENTES DE PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA


BARIÁTRICA

NUTRITIONAL PROFILE OF PATIENTS POST-BARIATRIC SURGERY

GIULIA SARAH GOMES


Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-MG
E-mail: sarahgomes738@hotmail.com

MICHELLE DE ASSIS ROSA


Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-MG
E-mail: michelle.deassis@yahoo.com.br

HELENISE RAMOS MENDES FARIA


Docente do Curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-
MG
E-mail: helenfaria@terra.com.br

RESUMO
O objetivo deste trabalho foi traçar o perfil nutricional de indivíduos após o tratamento
cirúrgico (técnica Fobi-Capella) no período de 6 meses a 1 ano. Foram avaliados 18 pacientes,
de ambos os sexos, pacientes do ambulatório de Nutrição do Centro Universitário do Leste de
Minas Gerais. A perda de peso mostrou-se efetiva, com redução do índice de massa corporal
(IMC) de 42,2 ± 6,1kg/m² para 29,6 ± 4,7kg/m², a perda média de peso foi de 32,8 ± 12,1kg
após 6 a 9 meses e de 38,2 ± 10,0kg após 10 a 12 meses. Houve melhora das complicações
associadas à obesidade. De acordo com o percentual de gordura corporal (%GC) encontrado,
7 (87,5%) mulheres e 7 (87,5%) homens estavam obesos. Em relação à ingestão alimentar
diária, os pacientes com o pós-cirúrgico de 6 a 9 meses consumiam em média 999,8 ±
364,2kcal/dia, com taxa de metabolismo basal (TMB) de 1922,3 ± 364,2kcal/dia, dos 10 a 12
meses de pós-operatório a média consumida foi de 1153,4 ± 488,7kcal, tendo a TMB de
1671,8 ± 290,6kcal/dia. A baixa ingestão alimentar desses pacientes garantiu a desejada perda
de peso. Os alimentos mais consumidos foram: feijão, arroz e pães, houve também um grande
consumo de alimentos gordurosos e açúcares simples, o que poderia levar ao insucesso do
tratamento. Com esse estudo verificou-se a necessidade de um acompanhamento do estado
nutricional desses pacientes a curto e longo prazo para a manutenção de perda de peso e
reeducação alimentar, garantindo o sucesso do tratamento.

Palavras-chave: obesidade, cirurgia bariátrica, perfil nutricional.

ABSTRACT
This work aims to identify the nutritional profile of individuals who experienced bariatric
surgery (fobi - Capella technique), with post-surgery period from six months to 1 year. 18
patients, of both sexes, were assessed in the nutritional evaluation ambulatory at Centro
Universitário do Leste de Minas Gerais. For the nutritional profile of these patients, it can be
seen that the weight loss was effective, with reduction of BMI 42,2 ± 6,1 kg/m2 to 29,6 ± 4,7
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kg/m², the average loss of 32,8 ± 12,1 kg weight in post-surgery period of 6 to 9 months and
38,2 ± 10,0 kg from 10 to 12 months. There was reduction of symptoms of obesity co-
morbities presented previously to the surgery, once these results are similar to the specialized
literature. In accordance with the %GC found in 7 (87,5%) women and 7 (87,5%) men were
obese. About the daily dietary intake, patients with post surgical period from 6 to 9 months
consume on average 999,8 ± 364,2 kcal / day and has BMT 1922, 3 ± 364,2 kcal per day, of
10 to 12 months of post-operative average consumed is 1153, 4 ± 488,7 kcal, taking the BMT
of 1671,8 ± 290,6 kcal per day. The low dietary intake of these patients ensures the desired
weight loss. The consumed food were: bean, rice and bread, and there was also a large
consumption of food and simple sugars, what could lead to treatment failure. In this study
there is a need for monitoring the nutritional status of patients in the short and long-term
maintenance of weight loss and food education, ensuring the success of treatment.

Key words: obesity, bariatric surgery, nutritional profile.

INTRODUÇÃO

A obesidade mórbida é uma doença multifatorial sendo definida pelo excesso de


tecido adiposo no organismo classificada por índice de massa corporal (IMC) acima de 40
kg/m², e tem tomado grandes proporções dentro da população. A cirurgia bariátrica tem sido a
melhor opção como tratamento eficaz para indivíduos que sofrem da obesidade mórbida, com
resultados mais rápidos e duradouros, dentre as demais terapias existentes (SEGAL;
FANDIÑO, 2002).
Além do sucesso na perda de peso, a cirurgia traz uma melhor qualidade de vida para
esses pacientes, ajudando nos aspectos psicológicos e sociais. Estudos têm relatado uma
redução ou até mesmo cura de comorbidades existentes, acrescentando maiores benefícios ao
tratamento (FARIA et al., 2002; VALEZI et al., 2004).
Dentre as diversas técnicas cirúrgicas o bypass Gástrico em Y de Roux (Fobi-Capella)
é considerado padrão-ouro e atualmente a mais realizada, devido aos resultados expressivos
com menor reincidência da obesidade e aceitáveis índices de morbimortalidade (FARIA et al.,
2002; GARRIDO JÚNIOR et al., 2006).
Para efetivar melhores resultados no pós-cirúrgico, é necessário que haja harmonia
entre os profissionais da saúde envolvidos. A equipe que irá acompanhar o paciente deve ser
composta por médicos, psicólogos e nutricionistas. Nesta equipe, o nutricionista tem a função
de garantir a manutenção da perda de peso com saúde por meio do acompanhamento pessoal e
ininterrupto (FARIA et al., 2002; QUADROS et al., 2005).

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Alguns dados antropométricos são essenciais para a avaliação do resultado do
processo cirúrgico como aferição da altura, peso, massa muscular, dentre outros. O teste de
bioimpedância é usado para estimar o percentual de água corporal total, massa livre de
gordura e a massa gorda.
Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi traçar o perfil nutricional de indivíduos que
realizaram cirurgia bariátrica, com pós-operatório no período de seis meses a um ano.

MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo consistiu em delineamento transversal e quantitativo. Foi realizado


um levantamento prévio de 50 pacientes, porém devido aos critérios de exclusão e a não
adesão, participaram da pesquisa 18 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, técnica Fobi-
Capella. Os pacientes foram atendidos em ambulatório de nutrição do laboratório de avaliação
nutricional do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG), no período de
13 de março a 30 de abril de 2009 após terem assinado o termo de consentimento livre
esclarecido.
Foram incluídos no estudo pacientes com pós-operatório de seis meses a um ano e que
se dispuseram a participar da pesquisa. Foram excluídos os indivíduos que apresentaram
marcapasso ou outro dispositivo que impossibilitasse a realização do exame de bioimpedância
e gestantes devido às alterações fisiológicas que ocorrem nessa fase.
Os resultados foram analisados e dispostos por meio de tabelas e gráficos pelo
programa Microsoft Office Excel 2003.
Foi elaborado um protocolo pelas pesquisadoras para a avaliação dos pacientes e com
a aplicação do mesmo, obtiveram-se informações sociodemográficas (nome completo, idade,
sexo, profissão e data da cirurgia); história pregressa de patologias através do relato do
paciente (dislipidemia, diabetes, apneia do sono e hipertensão); sintomas pós-cirúrgico
(edema, síndrome de dumping, anorexia, diarreia, constipação intestinal, náuseas, vômitos,
estomatite, mucosite, pele ressecada, unhas quebradiças e enfraquecidas, cabelo
quebradiço/alopécia, dormência e câimbras musculares - membros inferiores e superiores,
fraqueza, desanimo, ansiedade, fadiga, insônia, depressão e perda de memória); história
patológica atual.

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Obtiveram-se também dados antropométrico e clínico, com peso atual, aferido através
da balança antropométrica mecânica adulto 150 kg Welmy; peso pré-cirúrgico, recolhido
através do relato do paciente; altura, por meio da balança antropométrica mecânica adulto 150
kg Welmy; IMC (peso/altura²) atual e pré-cirúrgico; e análise corporal pelo método de
bioimpedância elétrica utilizando o monitor Biodynamics modelo 450, fornecendo os
resultados de taxa metabólica basal (TMB), percentual de massa magra (MM) percentual de
massa gorda (%GC) e água corporal total em relação à massa magra (ACT/MM).
A análise da composição corporal pela bioimpedância elétrica fundamenta-se nos
diferentes níveis de condutibilidade elétrica dos tecidos corpóreos expostos. Por ter grande
quantidade de água e eletrólitos, os tecidos magros são potentes condutores de corrente
elétrica (RODRIGUES et al., 2001; GUEDES; GUEDES, 2003; CUPPARI, 2005).
A água corporal é disposta nos espaços intra e extracelular, sendo que em indivíduos
não obesos, a água intracelular contém maior volume, de 50 a 60%, e o líquido extracelular
tem os índices de 40 a 50% do peso corporal total. A desidratação e a hiperidratação
significam, respectivamente, a diminuição ou o aumento do volume hídrico corpóreo. Devido
à taxa da razão de líquido extracelular por intracelular (3 ou 4:1) ser aumentada no tecido
adiposo, os obesos apresentam o líquido corporal total expressivamente elevado em relação
aos não obesos (MARQUEZE; LANCHA JUNIOR, 1998; CEZAR, 2002).
Para classificação do %GC foi considerado os parâmetros de acordo com Lohman
(1992), sendo adequado de 9 a 22% para o sexo feminino e 6 a 14% para masculino. O teste
foi realizado com o paciente deitado em decúbito dorsal com as pernas afastadas e os braços
em paralelo afastados do tronco; sendo os eletrodos pletismógrafos colocados em superfície
dorsal da mão e do pé do lado direito. Foi necessária uma preparação para realização do
exame, assim, os pacientes foram aconselhados a não ingerir bebida alcoólica 48 horas antes,
não realizar atividades físicas intensas em 24 ou 04 horas anteriormente e urinar pelo menos
30 minutos antes do teste.
Houve aplicação de dois métodos de inquérito alimentar, o recordatório 24 horas de
um dia para a verificação da ingestão calórica diária e questionário de frequência do consumo
alimentar (QFCA) para avaliar as possíveis tolerâncias alimentares no pós-operatório.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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Dentre os 18 pacientes avaliados, oito eram do sexo masculino (44,5%) e 10 do
feminino (55,5%). A idade variou entre 19 a 57 anos com média de 34,6 ± 11,0 anos. A média
de peso dos pacientes no pré-operatório foi de 118,3 ± 20,8kg, variando de 88 a 155 kg e a
média de IMC foi de 42,2 ± 6,1kg/m² (mín: 34,8; máx: 53,7kg/m²), sendo classificado como
obesidade classe III com risco de comorbidades muito graves de acordo com a tabela da
Organização Mundial da Saúde (OMS) (1998). Faria et al. (2002) apresentaram em seu
estudo 160 pacientes avaliados com média de peso no pré-operatório de 125,9 ± 25,3kg e
IMC de 45,8 ± 6,0kg/m², onde 19 destes pacientes apresentaram pelo menos uma
comorbidade grave relacionada com a obesidade e possuíam um IMC de 35 a 40kg/m² no pré-
operatório.
Encontram-se na Tabela 1 os dados antropométricos do pré e pós-operatório. A média
de perda de peso no período pós-operatório de 6 a 9 meses foi de 32,8 ± 12,1kg (mín: 19;
máx: 58kg), correspondendo a 26,9% da perda e IMC de 32,2 ± 4,5kg/m². Quanto ao pós-
cirúrgico de 10 a 12 meses, a média de perda de peso foi de 38,2 ± 10,0kg (mín: 29; máx:
56kg), correspondendo a 33,2% da perda e IMC de 27,0 ± 3,3kg/m².

Tabela 1 - Valores médios e desvio padrão de peso e IMC dos pacientes avaliados no pré e pós-operatório,
Ipatinga, 2009.

6 A 9 MESES 10 A 12 MESES
PRÉ PÓS PRÉ PÓS
n = 11 n = 11 n=7 n=7

PESO (kg) 121,8 ± 23,5 89,0 ± 16,4 114,9 ± 16,5 76,7 ± 12,5

IMC (kg/m²) 44,0 ± 6,9 32,2 ± 4,5 40,5 ± 4,1 27,0 ± 3,3

Anderi Júnior et al. (2007) verificaram a perda de peso na cirurgia by pass em Y de


Roux no período de um ano após a cirurgia e encontraram uma média de perda de peso,
variando entre 32,31 para os indivíduos do sexo feminino e de 42,53 kg para os indivíduos do
sexo masculino. Ferraz et al. (2003) encontraram uma porcentagem de perda de peso de
29,4% para 6 meses de pós-operatório e de 40 a 41% de perda de peso com 1 ano de pós-
operatório classificando-as como excelente. De acordo com Carvalho et al. (2007), a média
de diminuição de IMC de 49,4 kg/m² para 32,9 kg/m² com um ano de pós-operatório. No
estudo de Faria et al. (2002) houve a diminuição do IMC de 45,8kg/m² para 33,9kg/m² em 7,2
meses de pós-operatório.

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O índice de água corporal total/massa magra (ACT/MM) indica normalidade quando
está entre os valores de 69 a 75% (CEZAR, 2002). Nos pacientes avaliados, 16 (88,9%)
estavam adequados e 2 (11,1%) foram excluídos da avaliação de composição corporal por
estarem com os valores de ACT/MM alterados (Tabela 2).
Através da avaliação do %GC é possível diagnosticar as prováveis anormalidades
nutricionais, além de identificar precocemente os riscos à saúde associados aos níveis altos de
gordura corporal (CEZAR, 2002).
No presente estudo, de acordo com o %GC encontrado, 7 (87,5%) pacientes do sexo
feminino e 7 (87,5%) do masculino foram classificados como obesos. Nesses pacientes,
mesmo no pós-operatório de um ano, o percentual de massa gorda, tanto no sexo feminino
quanto no masculino, continuava elevado, porém mesmo esses pacientes encontravam-se em
descendência de peso (Tabela 2).

Tabela 2 - Avaliação dos resultados do teste de bioimpedância, contendo as médias dos resultados dos pacientes
avaliados, Ipatinga, 2009.
HOMEM MULHER
6 a 9 meses 10 a 12 meses 6 a 9 meses 10 a 12 meses
n=4 n=3 n=5 n=4
Massa Magra (%) 73,3 ± 7,2 73,0 ± 11,9 63,8 ± 6,2 68,0 ± 4,0
Massa Gorda (%) 26,7 ± 7,2 27,0 ± 11,9 36,2 ± 6,2 32,0 ± 4,0
Água Intracelular (%) 57,1 ± 2,4 50,6 ± 9,9 51,7 ± 1,9 51,0 ± 1,8
Água Extracelular (%) 42,7 ± 2,3 49,3 ± 9,9 48,2 ± 1,9 48,9 ± 1,8
ACT/MM (%) 73,3 ± 1,1 72,1 ± 0,5 72,1 ± 1,4 71,6 ± 0,5

Entre os pacientes que participaram da amostra, alguns relataram possuir antes da


cirurgia algumas doenças. Apenas 5 (27,8%) dos pacientes não relataram nenhuma das
patologias citadas (Figura 1).

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HISTÓRIA
HistóriaPREGRESSA
pregressa

18
15
12 50%
44,4% 38,9%
9
27,8%
6
3
0
Dislipidemia Diabetes Apneia Hipertensão
Mellitus
Tipo 2

Figura 1 – Co-morbidades relatadas pelos pacientes antes da cirurgia bariátrica, Ipatinga, 2009.

Todos os pacientes que relataram apresentar a apneia do sono antes da cirurgia


descreveram o desaparecimento dos sintomas no pós-operatório. Ceneviva et al. (2006)
encontraram em seu estudo 83,6% dos pacientes com apneia obstrutiva do sono, solucionado
após a cirurgia. A apneia é uma doença crônica e progressiva que ocorre associada à
obesidade devido a deposição de gordura nas vias aéreas, sendo sua incidência mais comum
em obesos que possuem maior acúmulo de gordura na porção alta do abdome (MANCINI et
al., 2000; GONZAGA et al., 2005).
Dos pacientes que apresentaram dislipidemias no pré-operatório, 8 (44,5%) relataram
uma melhora no perfil lipídico. A incidência de dislipidemia está associada a pacientes obesos
no pré-operatório e é encontrada com valores variáveis de 21 a 28,7% (FARIA et al., 2002;
FERRAZ et al., 2003).
Silva e Sanches (2006) e Carvalho et al. (2007) mostraram que no pós-cirúrgico os
valores lipídicos (triglicerídeos e LDL-colesterol) tiveram uma redução significativa no
período de até 12 meses.
Nos pacientes avaliados houve relato da diminuição significativa da glicemia, sendo
que o controle da glicemia estava sendo feito apenas com a alimentação. Na literatura, a
presença do diabetes mellitus tipo 2 foi de 6,9 a 23,8% dos pacientes no pré-operatório.
Estudos mostram a completa remissão de doença entre 82 a 98% dos operados, havendo uma
adequação dos valores glicêmicos no período mais próximo dos 12 meses após a cirurgia

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(FARIA et al., 2002; FERRAZ et al., 2003; MARTINS; SOUZA, 2007; DINIZ et al., 2008;
LIMA et al., 2008).
Quanto a hipertensão arterial sistêmica (HAS), três (16,6%) pacientes relataram uma
melhora dos níveis pressóricos, 1 (5,5%) paciente suspendeu o uso dos medicamentos anti-
hipertensivos e 3 (16,6%) mantêm a medicação prescrita antes da cirurgia. Estudos mostram
que a hipertensão arterial atinge grande parte de obesos, acometendo aproximadamente 63%
no pré-operatório, havendo melhora significativa dos níveis pressóricos no pós-cirúrgico
(FARIA et al., 2002; FERRAZ et al., 2003; CUNHA et al., 2006; DINIZ et al., 2008).
É comum o paciente apresentar várias intercorrências no pós-cirúrgico, tendo
complicações como: unhas quebradiças; secura da pele; queda de cabelo (alopécia); síndrome
de dumping; anemia megaloblástica; náuseas; vômitos; diarreia; constipação; e refluxo
gastroesofágico (CLAUDINO; ZANELLA, 2005; FRANCISCO et al., 2007). No presente
estudo os sintomas mais apresentados pelos pacientes estão apresentados na Figura 2.
De acordo com Mafra e Cozzolino (2004), a alopécia ocorre devido à deficiência de
zinco, proteínas e ácidos graxos essenciais. Anderi Júnior et al. (2007) relataram uma
porcentagem de 23,1% de queixas quanto à queda de cabelo.

Desanimo

Pele ressecada

Dormência e cãimbras musculares

Ansiedade

Unhas quebradiças/Enfraquecidas

Diarréia

Sídrome de Dumping

Náuseas

Vômitos

Fraqueza

Cabelo quebradiço/Alopécia

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Figura 2 - Principais sintomas apresentados pelos pacientes no pós-cirúrgico, Ipatinga 2009.

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A diarreia foi descrita como sintoma inicial do pós-cirúrgico, persistindo por pouco
tempo, durante a dieta líquida ou ingestão de alimentos muito gordurosos. Isto faz relação
com a osmolaridade estomacal e absorção dos nutrientes, que ficam em defasagem pela
pequena porção do estômago atual no paciente (ELLIOT, 2003; GARRIDO JÚNIOR et al.,
2006; VALEZI et al., 2008).
Dentre os sintomas clínicos, a síndrome de dumping é um sintoma muito característico
no pós-cirúrgico da técnica Fobi-Capella, sendo um aliado para proporcionar a perda de peso.
A síndrome de dumping é o conjunto de sintomas ocorridos após as refeições como
desconforto abdominal, fraqueza e tremores, sudorese, palidez, vertigem e taquicardia surgido
devido ao rápido esvaziamento gástrico em virtude da nova capacidade estomacal
desproporcional a quantidade de alimentos ingeridos, ocorrendo principalmente após a
ingestão de carboidratos simples (FANDIÑO et al., 2004; LEMKE; CORREIA, 2007;
SANCHES et al., 2007).
A fraqueza pode ocorrer devido à baixa ingestão alimentar, que geralmente é menor
que a taxa metabólica basal (TMB), e/ou pela má digestão dos alimentos, que vão para o
jejuno de 10 a 15 minutos após a ingestão, provocando queda do volume sanguíneo
(MONTEIRO; ANGELIS, 2007).
A TMB é a energia gasta pelo corpo para manter as funções fisiológicas básicas como
batimento cardíaco, contração e função muscular e respiração (GIBNEY et al., 2005).
Com relação à ingestão alimentar, a análise do recordatório alimentar de 24h para os
pacientes de seis a nove meses foi em média 999,8 ± 360,0 kcal/dia e a TMB com média de
1922,3 ±3 64,2kcal/dia. Os pacientes de 10 a 12 meses tiveram a ingestão média de 1153,4 ±
488,7kcal e TMB de valor médio de 1671,8 ± 290,6kcal/dia. De acordo com Gibney et al.
(2005), a baixa ingestão alimentar em longo prazo pode desencadear a deficiência de
vitaminas e minerais e de sintomas como fraqueza, desânimo e fadiga.
O sucesso da perda de peso nos pacientes que passaram pela cirurgia é alcançado por
essa baixa ingestão alimentar, devido ao volume gástrico reduzido e a má absorção de
nutrientes (GARRIDO JÚNIOR et al., 2006).
Valezi et al. (2008) mencionam que nos pacientes de pós-operatório de um ano que
operaram pela técnica bypass gástrico em Y de ROUX, os alimentos mais tolerados foram os
vegetais (fonte de fibras, vitaminas e minerais) quando bem cozidos, o feijão amassado, caldo

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ou inteiro e os pães. Já os alimentos menos aceitos foram os vegetais crus, arroz e carne de
boi. Também em outros estudos citados por esses mesmos autores, os alimentos menos
tolerados são os de consistência fibrosa, seca e gordurosa, arroz, vegetais crus e carnes.
Com a aplicação do questionário de frequência do consumo alimentar (QFCA) pode-
se perceber que a tolerância dos alimentos é muito variável (Figura 3). De acordo com este
inquérito alimentar, os alimentos menos consumidos foram: leite desnatado, refresco em pó,
mel, aveia e preparações grelhadas. Este resultado foi influenciado pelo hábito alimentar e não
pela intolerância aos alimentos, não podendo relatar os alimentos menos tolerados em virtude
do procedimento cirúrgico.

Figura 3 - Alimentos com maior consumo diário relatados pelos pacientes, de acordo com o QFCA, Ipatinga,
2009.

Ainda em relação ao QFCA, foi notado que dentre os pacientes de seis a nove meses
de pós-operatório, o consumo de alimentos ricos em açúcares simples e gordurosos era
considerável, mostrando que mesmo após o tratamento cirúrgico, os hábitos alimentares
mantiveram-se inadequados (Figura 4).

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Alimentos Ricos em Gorduras e Açúcares

Chips ou Similares

Doces

Salgados (Coxinha, Pastel)

Frituras

Embutidos

Refrigerantes

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Figura 4 – Alimentos consumidos semanalmente ricos em gorduras e açúcares simples relatados pelos pacientes
de acordo com o QFCA. Ipatinga, 2009.

No presente estudo, dois (11,1%) pacientes continuaram o acompanhamento


nutricional. Ressalta-se que a falta de mudança de hábitos alimentares e a reincidência da
obesidade nos pacientes que passam por esse tratamento são fatores que podem ocorrer
devido à ausência de um acompanhamento nutricional (GARRIDO JÚNIOR et al., 2006).
Para perder mais peso e conseguir manter uma menor ingestão calórica é necessária a
manutenção de uma dieta equilibrada contendo alimentos ricos em vitaminas e minerais,
pequena quantidade de gorduras e quantidades moderadas de carboidratos e proteínas. A
inserção precoce de açúcares simples e gorduras e em grande quantidade pode levar ao
insucesso desse tratamento, por isso a reeducação alimentar se torna fundamental (GARRIDO
JÚNIOR et al., 2006).

CONCLUSÃO

A perda de peso foi efetiva, com redução do IMC e diminuição dos sintomas das
comorbidades relacionadas à obesidade apresentadas no pré-operatório. A %GC mostrou-se
elevada, resultado da não adesão a hábitos mais saudáveis. Deve-se buscar uma perda de peso

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de qualidade, e não apenas uma redução ponderal total independente da qualidade de peso, já
que a %GC manteve-se elevada.
A ingestão alimentar diária foi inferior a TMB, o que garantiu a desejada perda de
peso nos pacientes. Os alimentos mais consumidos foram: feijão, arroz, pães, biscoitos,
folhosos, legumes, banana, leite integral, queijo e iogurte, houve também um grande consumo
de alimentos gordurosos e açúcares simples, o que poderia levar ao insucesso do tratamento.
Com esse estudo, verificou-se a necessidade de um acompanhamento do estado
nutricional desses pacientes no pré e pós-cirúrgico, a curto e longo prazo, para a manutenção
de perda de peso e reeducação alimentar, garantindo o sucesso do tratamento.

REFERÊNCIAS

ANDERI JÚNIOR, E.; ARAÚJO, L. G. C.; FUHRO, F. E.; GODINHO, C. A.; HERINQUES,
A. C. Experiência inicial do serviço de cirurgia bariátrica da Faculdade de Medicina do ABC.
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Recebido em: 03/06/2009


Revisado em: 30/10/2009
Aprovado em: 10/11/2009

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