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UNIVERSIDADE DE ITAÚNA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
ENGENHARIA INDUSTRIAL MECÂNICA

Introdução à Engenharia

MÓDULO 2

A ENGENHARIA

PROFESSOR: Rinaldo Antunes Amaral

Revisão 03 – Janeiro 2007


ÍNDICE

1. A ENGENHARIA E SUAS PRINCIPAIS ÁREAS :.............................................................3


1.1 - MÚLTIPLAS ATIVIDADES : .......................................................................................3
2 - PROCESSO DE FORMAÇÃO ..........................................................................................4
2.1 - ESTRUTURA BÁSICA DOS CURSOS DE ENGENHARIA ...................................4
2.2 - FORMAÇÃO BÁSICA............................................................................................7
2.3 - FORMAÇÃO GERAL.............................................................................................8
2.4 - FORMAÇÃO PROFISSIONAL...............................................................................8
2.5 - FORMAÇÃO DO ENGENHEIRO INDUSTRIAL MECÂNICO...............................11
3 - CURRÍCULO DO CURSO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL MECÂNICA - FAEN.........15
A Engenharia e suas Principais Áreas 3

1. A ENGENHARIA E SUAS PRINCIPAIS ÁREAS:

1.1 - MÚLTIPLAS ATIVIDADES:

O campo de atuação da engenharia é muito amplo para que alguém possa dominar,
com excelência, a tecnologia, o embasamento científico específico e as experiências
vinculadas, a todas as suas múltiplas tarefas. Para se ter uma idéia de sua
abrangência, são listadas abaixo algumas atividades de responsabilidade de seus
profissionais. É competência dos engenheiros, por exemplo, projetar, executar,
administrar, verificar, fiscalizar e pesquisar trabalhos como :

• Hidrelétrica - barragem, geração e distribuição de energia, painéis de controle;


• Automóvel - sistemas de suspensão, direção e freio, motor, chassi, perfil
aerodinâmico, painel de instrumentos;
• Jato comercial - sistemas de navegação e de propulsão, trem de pouso,
estrutura da aeronave, aproveitamento interno, perfil aerodinâmico;
• Planta química - reatores, sistema de distribuição dos produtos, vasos
pressurizados, “lay out” da planta, tanques de armazenamento, torre de
fracionamento, processos químicos envolvidos;
• Prédio residencial - fundações, estrutura, efeito dos ventos, planta baixa,
arquitetura da edificação, canteiro de obras, pessoal necessário para a
construção;
• Aeroporto - pista de pouso, torre de observação, hangar, prédio de
administração, sistemas de armazenamento e abastecimento de combustíveis,
sistemas de segurança, vias de acesso, transporte de bagagens;
• Obras de saneamento - barragens, captação, tratamento e distribuição de água,
retificação de canais, serviços de esgoto, levantamentos topográfico.

É impossível que uma pessoa seja capaz de dominar todos assuntos, numa
profundidade tal que a permita trabalhar com desenvoltura em todos eles. Por isso
existem várias engenharias, para que os profissionais formados em cada uma delas
possam dominar adequadamente os conhecimentos de cada área.
A Engenharia e suas Principais Áreas 4

2 - PROCESSO DE FORMAÇÃO

O objetivo do Sistema Educacional é o de aumentar a capacidade do aluno perante


os problemas a ele apresentados. Para que isto aconteça, o processo de ensino
deve ser calçado numa formação básica consistente, com disciplinas teóricas de
bom nível e com informações técnicas atualizadas.

Os cursos de engenharia são planejados de maneira a fornecer um conjunto


conhecimentos que habilitem os profissionais neles formados a dominar em uma
determinada área de atuação. Por exemplo, para atuar na área de extração de
petróleo, o profissional tem que estudar topografia, geologia, petrografia, economia
mineral, etc.

2.1 - ESTRUTURA BÁSICA DOS CURSOS DE ENGENHARIA

A estruturação básica dos cursos de engenharia no Brasil é composta pela matérias


de:

• Formação Básica.
• Formação Geral.
• Formação Profissional Geral.
• Formação Profissional Específica.
• Matérias Complementares.

Idênticas para todas as habilitações do curso de


Matérias Básica Geral
engenharia.

Distintas para cada área em que se subdivide o


De Profissional curso de engenharia.
Geral

Características das habilitações de cada área, sejam


Profissional ecléticas, sejam com ênfases específicas, sejam
Formação Específica especializadas.

Figura 2.1 – Categorias de Matérias – Currículo Mínimo de Engenharia


A Engenharia e suas Principais Áreas 5

A figura 2.1 mostra a caracterização curricular do Engenheiro, como um todo, onde


temos as categorias de matérias que compõem um currículo mínimo de um Curso
de Engenharia.

Matemática
Física
Química
Mecânica
Matérias Básica Processamento de Dados
Desenho
Eletricidade
Resistência dos Materiais
Fenômenos de Transporte

Humanidades e Ciências Sociais


Geral Economia
De Administração
Ciências do Ambiente

Mecânica Aplicada
Fundamentos
Profissional Termodinâmica Aplicada

Materiais Materiais de Construção Mecânica

Geral Sistemas Mecânicos


Sistemas
E Sistemas Térmicos
Mecânica Processos Sistemas Fluidomecânicos
Formação Processo de Fabricação

Desdobramento e aprofundamentos
das matérias de formação
Profissional Específica profissional geral dando origem à
habilitação eclética ou com ênfase
específica.

Estágio Estágio Supervisionado

Figura 2.2 – Matérias do Currículo Mínimo de Engenharia – Área Mecânica

A figura 2.2 mostra um exemplo das principais matérias do currículo mínimo do


Curso de Engenharia Área Mecânica separadas por categorias.

As matérias de formação básica são para a Engenharia Mecânica as mesmas para


todas as outras Engenharias e é um conjunto que tem a parte básica de Matemática
A Engenharia e suas Principais Áreas 6

e Física. As matérias de formação geral constituem também um conjunto idêntico


para todas as habilitações de Engenharia.

Seguem-se as matérias de formação profissional geral da área mecânica, que vão


caracterizar a área. Estas matérias dividem-se em três categorias : as matérias que
constituem os fundamentos, a matéria que carecteriza os materiais da área, e as
matérias correspondentes aos sistemas e processos da área.

Em seguida, vêm as materias de formação profissional específica, que


correspondem a desdobramentos e aprofundamentos das matérias anteriores.

Matérias Básica Matérias idênticas às demais habilitações

Humanidades e Ciências Sociais


Economia
Geral Administração
De Ciências do Ambiente
Piscologia do Trabalho

Profissional
Matérias da área respectiva, com ênfase na
Geral da
tecnologia e nos processos tecnológicos.
Mecânica

Ênfase no atendimento das peculiaridades industriais


Formação
locais ou regionais (manutenção dos equipamentos,
Profissional
normalização, Controle de Qualidade dos materiais e
Específica produtos). Destaque à segurança e à economia na
execução de projetos, e na operação dos sistemas
de Eng. Industrial.

Estágio Estágio Supervisionado com duração maior que a


Engenharia de Concepção.

Figura 2.3 – Caracterização da Habilitações – Engenharia Ind. Mecânicas nas


diversas áreas

Na figura 2.3 tem-se um quadro semelhante ao da figura 2.2, que permite ressaltar
as diferenças existentes entre qualquer habilitação eclética ou com ênfase, e a
habilitação correspondente. Surge nas matérias de formação geral uma matéria a
mais, que passa a ser obrigatória para as habilitações industriais - Psicologia do
Trabalho. As matérias de formação básica e as de formação profissional geral são
A Engenharia e suas Principais Áreas 7

as mesmas da figura 2.2, somente que deverá ser dada maior ênfase a tecnologia
dos materiais e nos processos tecnológicos.

2.2 - FORMAÇÃO BÁSICA

Vários assuntos estudados em sala de aula estão sendo questionados em


laboratórios, centro de pesquisa, congresso ou seminários. Por isso o papel do
ensino universitário não é o de ensinar respostas prontas para problemas já
resolvidos. Deve, sim estimular o questionamento e a reflexão crítica e sobre tudo
as possibilidades e limites das teorias existentes.

As disciplinas de formação básica fornecem a fundamentação básica para os


estudos técnicos, que são vistos mais à frente. Como o trabalho do engenheiro é
fundamentalmente o de resolver problemas, se ele souber os fenômenos básicos
que os compõem, certamente saberá solucioná-los.

As matérias de formação básica cobrem os campos de estudos apresentados


abaixo :

• Matemática - Cálculo vetorial. Cálculo diferencial e integral. Geometria analítica.


Álgebra linear. Cálculo numérico. Probabilidade e estatística.

• Física - Medidas físicas. Fundamentos da mecânica clássica. Teoria cinética.


Termodinâmica. Eletrostática e eletromagnetismo. Física ondulatória. Introdução
a mecânica quântica e relativista. Introdução à física atômica e nuclear.
Atividades de Laboratório.

• Química - Estrutura e propriedades periódicas dos elementos e compostos


químicos. Tópicos básicos da físico-química. Atividades de Laboratório.

• Mecânica - Estática. Cinemática e dinâmica do ponto e do corpo rígido.


Atividades de Laboratório.

• Informática e Computação - Conceitos Básicos de Computação. Editor de


Texto, Planilha e Banco de Dados. Linguagem Básica e Técnica de
Programação. Introdução ao Projeto Assistido por Computador. Atividades de
Laboratório.

• Desenho - Representações de forma e dimensão. Convenções e normalização.


A Engenharia e suas Principais Áreas 8

• Eletricidade - Circuitos. Medidas elétricas e magnéticas. Componentes e


equipamentos elétricos e eletrônicos. Atividades de Lab..

• Resistência dos Materiais - Tensões e deformações nos sólidos. Análise de


peças sujeitas a esforços simples e combinados. Energia de deformação.

• Fenômenos de transporte - Mecânica dos fluidos. Transferência de calor e de


massa.

2.3 - FORMAÇÃO GERAL

As matérias que objetivam fornecer conhecimentos que complementem a sua


formação de uma forma mais ampla. Abrangem matérias de natureza humanística
e de ciências sociais. Também fazem parte da formação do engenheiro matérias
como : Economia, administração e ciência do ambiente.

2.4 - FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Nos diversos países existem áreas de formação distintas para os profissionais da


engenharia, fruto, certamente, de peculiaridades de cada país.

No Brasil, seis grandes áreas de formação profissional são reconhecidas, e que


são estabelecidas pela Resolução no.48/76 CFE (Conselho Federal de Educação).
Estas seis grandes áreas, que englobam as diversas atividades da engenharia no
Brasil são :
• Civil
• Elétrica
• Mecânica
• Metalúrgica
• Minas
• Química

Seguem abaixo relações sucintas dos principais assuntos que objetivam a formação
profissional geral nas grandes áreas da engenharia.

- Área Civil :

• Topografia - Planimetria. Altimetria. Desenho topográfico.


A Engenharia e suas Principais Áreas 9

• Mecânica dos solos - Fundamentos de geologia. Caracterização e


comportamento dos solos.
• Hidrologia aplicada - Ciclo hidrológico. Precipitação. Recursos hídricos
superficiais e subterrâneos. Evaporação.
• Hidráulica - Escoamento em condutos forçados e canais. Hidrometria.
• Teoria das Estruturas - Morfologia das estruturas.
• Materiais de Construção civil - Elementos de ciência dos materiais e
tecnologia.
• Sistemas estruturais - Estruturas de concreto, madeira e metálicas.
• Transportes - Estradas. Técnica e economia dos transportes.
• Saneamento básico - Abastecimento de água. Sistemas de esgotos.
Instalações hidráulicas e sanitárias.
• Construção civil - Tecnologia de construção civil. Planejamento e controle das
construções.

- Área Elétrica :

• Circuitos elétricos - Comportamento permanente e transitório de circuitos .


• Eletromagnetismo - Campos elétricos e magnéticos.
• Eletrônica - Componentes e dispositivos. Circuitos Digitais. Amplificadores, etc.
• Materiais elétricos - Elementos de ciências dos materiais e tecnologias.
• Conversão de energia - Princípios de conversão de energia (eletromecânica,
máquinas e equipamentos).
• Controle e servomecanismos - Análise e síntese de sistemas contínuos e
discretos. Modelos e simulação.

- Área Mecânica :

• Mecânica aplicada - Cinemática e dinâmica das máquinas. Vibrações.


• Termodinâmica aplicada - Princípios. Gases e vapores. Ciclos termodinâmicos.
• Materiais de construção mecânica - Elementos de ciências dos materiais.
Tecnologia dos materiais de construção mecânica. Metalografia. Ensaios
mecânicos.
• Sistemas mecânicos - Elementos de máquinas. Composição de sistemas
mecânicos.
A Engenharia e suas Principais Áreas 10

• Sistemas térmicos - Trocadores de calor. Geração e utilização de vapor.


Máquinas térmicas. Refrigeração. Climatização.
• Sistema fluidomecânicos - Máquinas de fluxo e deslocamentos. Controles
hidráulicos e pneumáticos.
• Processos de fabricação - Metrologia. Conformação. Usinagem. Processos
especiais de fabricação. Tecnologia metalúrgica. Processos de tratamento
térmico.

- Área Metalúrgica :

• Físico-química - Eletroquímica. Termodinânmica metalúrgica. Equilíbrio.


Soluções. Diagramas de estado. Cinética das reações.
• Mineralogia e tratamento de minérios - Propriedades físicas dos minerais.
Processos de concentração e desaguamento.
• Ciências dos materiais - Introdução à física do estado sólido. Cristalografia.
Estruturas e propriedades dos materiais metálicos, cerâmicos.
• Metalúrgica física - Propriedades das ligas ferrosas e não ferrosas.
Endurecimento. Tratamentos térmicos. Metalografia.
• Metalúrgica extratativa - Siderurgia. Metalurgia dos não ferrosos. Equipamentos
e instalações. Fornos.
• Processos de fabricação - Conformação. Usinagem. Processos especiais de
fabricação. Fundição. Soldagem. Metalúrgia do pó.

- Área Minas :

• Topografia - Planimetria. Altimetria. Desenho topográfico.


• Geologia geral - Geologia física. Geologia dinâmica.
• Geologia econômica - Recursos minerais. Minerais metálicos e não metálicos.
Água subterrêneas. Petróleo. Carvão.
• Minerologia e petrologia - Cristalografia. Caracterização tecnológica de
matérias primas minerais.
• Sistemas mecânicos - Mecânica aplicada. Sistemas mecânicos. Sistemas
fluidomecânicos.
• Pesquisa mineral - Pesquisa de jazidas minerais. Prospecção geoquímica e
geofísica. Fotointerpretação e sensoriamento remoto. Sondagens. Trabalhos
sbterrâneos de pesquisa.
A Engenharia e suas Principais Áreas 11

• Lavra de minas - Mecânica das rochas. Abertura de vias. Desmonte de rochas e


transporte. Métodos de lavra a céu aberto e subterrâneo.
• Tratamentos de minérios - Manuseio de materiais e operações
complementares em tratamentos de minérios. Cominuição e classificação.
Principais métodos de concentração: gravitacionais, magnéticos e eletrostáticos,
outros.

- Área Química :

• Química analítica - Métodos analíticos, qualitativos e quantitativos. Análise


instrumental.
• Química descritiva - Química orgânica e inorgânica. Obtenção, estrutura,
propriedades e usos das substâncias simples e compostas, orgânicas e
inorgânicas.
• Físico-química - Gases, líquidos e sólidos. Termodinâmica. Equilíbrio.
Eletroquímica. Cinética.
• Materiais - Elementos de ciências dos materiais. Tecnologia dos materiais
empregados em construções, na indústria química.
• Química industrial - Obtenção, composição, propriedades e aplicações dos
principais produtos químicos de uso ou produção industrial.
• Operações unitárias - Operações unitárias principais. Equipamentos
empregados na industria química. Cálculo de reatores.
• Processos químicos - Principais processos unitários da indústria química.
Balanços material e energético. Otimização, análise e controle e projeto de
instalações químicas.
• Formação complementar - inglês, estágios ( contato - vida profissional).

2.5 - FORMAÇÃO DO ENGENHEIRO INDUSTRIAL MECÂNICO

Ás vezes pensa-se que uma lei, qualquer seja, um decreto, uma postura legislativa
qualquer, surge mais ou menos ao acaso. Não! Há sempre forças que atuam na
sociedade, e que impelem, que levam a essas decisões.

Com o surto industrial crescente, em 1945 quando terminava a Segunda Grande


Guerra se estabeleceu diversas modalidades de Engenharia Industrial. Naquela
época, o Brasil, devido às dificuldades do bloqueio naval, teve que começar a
A Engenharia e suas Principais Áreas 12

desenvolver certas indústrias de base até então incipientes no País. Começaram


então a ser necessárias essas categorias de Engenheiros. O país estava numa fase
de expansão industrial, em que se tornou necessário um tipo de Engenheiro
especial.

Considerando apenas a Engenharia Industrial, podemos dizer que sempre existiu


uma inter-relação muito grande entre o desenvolvimento social e econômico do País
e a formação do tipo de Engenheiro necessário para satisfazer às demandas que
sugiram com esse desenvolvimento.

Assim surgiu o Engenheiro de Operação, que vem a ser em síntese o elemento de


formação profissional tecnológica, de nível superior com formação em curso de
duração de 3 anos.

O Engenheiro de Operação surgiu, devido à demanda da indústria automobilística


em São Paulo pouco antes de 1965. A implantação da indústria automobilística no
Brasil, surgiu de uma das metas do Governo Juscelino, quando resolveu “em 5
anos, dar um salto de 50 anos”.

A razão fundamental pela qual estavam sendo criados aqueles cursos, era atender à
indústria automobilística com um tipo de profissional distinto do Engenheiro criativo,
daquele engenheiro que deveria ser preparado para fazer o projeto do automóvel.

Criou-se um currículo mínimo estabelecido para este novo curso, com um conjunto
de matérias necessárias para formar um Engenheiro de Operação para trabalhar na
indústria automobilística.

Com o decorrer do tempo, começaram a surgir curso de Engenharia de Operação


com outras modalidades (na área civil, elétrica, etc.). Tal currículo mínimo não
estava bom para outras modalidades. Com a implantação destes curso começaram
surgir incompreensões e problemas cada vez maiores, que chegaram a um ponto tal
que a solução não poderia ser outra a não ser a extinção dos cursos de Engenharia
de Operação. Mas por outro lado, continuou sendo necessário um tipo de
engenheiro especial, diferente do engenheiro “pleno”.

O Engenheiro “pleno”, com currículos muito sobrecarregados, que não davam


importância à parte prática, as aplicações, à parte experimental, e que tinham, bem
ou mal, de assumir a posição daqueles Engenheiros de Operação. Com a extinção
do curso de Engenharia de Operação surgiu então a Engenharia Industrial.
A Engenharia e suas Principais Áreas 13

Para melhor caracterizar este novo profissional foi feito um levantamento junto a
uma série bastante grande de indústrias, totalizando cerca de duzentos mil
empregados e dois mil engenheiros, cobrindo as mais variadas áreas, desde a área
civil, até a elétrica, mecânica e química. Procurou-se verificar o que faziam os
Engenheiros de Operação nas indústrias e quais eram as dificuldades que estavam
ocorrendo com o Engenheiro de operação.

Como exemplo dos questionários enviados para as indústrias, a Volkswagen do


Brasil, naquela época eram quase 40.000 empregados; havia 23 Engenheiros pós-
graduados, trabalhando na firma, 58 Engenheiros “plenos” e 201 Engenheiros de
Operação.

Foram feitas as seguintes perguntas na pesquisa : Quais as tarefas


desempenhadas por engenheiros de operação ? Manutenção, operação de
equipamentos, elaboração de projetos( Não era habilitado legalmente a projetar mas
projetava ), administração geral, ensaios de laboratórios, supervisão, etc.

A partir da elaboração e discussão desses dados, foi traçado o perfil que deveria ter
um Engenheiro Industrial e foram estabelecidos critérios para elaboração do novo
currículo mínimo para o Curso de Engenharia Operação.

A partir desses estudos, traçado as linhas básicas, para se estabelecer o currículo


mínimo do Engenheiro Industrial.

A figura 2.4 permite colocar um pouco melhor em termos filosóficos, ou conceituais,


os profissionais da área da Engenharia. Os Engenheiros localizam-se na faixa
intermediária tanto da aplicação crescente dos conhecimentos práticos, como, em
contraposição, do conhecimento crescente das Ciências Matemáticas e Naturais.
A Engenharia e suas Principais Áreas 14

Área Técnica

Tecnólogo

Engenheiro
Área da Engenharia Industrial

Engenheiro
de
Concepção

Engenheiro
Área das Pós-Graduado
Ciências
Matemáticas e Naturais Cientista

Conhecimento crescente das ciências Matemáticas e Naturais

Aplicação crescente de conhecimentos

Figura 2.4 - Colocação dos Profisionais da Área de Engenharai


Currículo do Curso de Engenharia Industrial Mecânica 15

3 - Currículo do Curso de Engenharia Industrial Mecânica - FAEN


CÓDIGO DISCIPLINA C/H CRÉD. PRÉ-REQUISITOS
1º PERÍODO
48/3/A INTRODUÇÃO À MATEMÁTICA SUPERIOR 34 2
49/3/A CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I 102 6
50/3/A GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA VETORIAL 68 4
51/3/A QUÍMICA INSTRUMENTAL 34 2
52/3/A QUÍMICA EXPERIMENTAL 34 2
53/3/A INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 68 4
54/3/A DESENHO MECÂNICO I 34 2
55/3/U INTRODUÇÃO À ENGENHARIA 34 2

48/3/B INTRODUÇÃO À MATEMÁTICA SUPERIOR 34 2


49/3/B CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I 102 6
50/3/B GEOMETRIA ANALÍTICA E ÁLGEBRA VETORIAL 68 4
51/3/B QUÍMICA INSTRUMENTAL 34 2
52/3/B QUÍMICA EXPERIMENTAL 34 2
53/3/B INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 68 4
54/3/B DESENHO MECÂNICO I 34 2
2º PERÍODO
56/3/U CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL II 68 4 CÁLCULO DIFERENCIAL E
INTEGRAL I
57/3/U ÁLGEBRA LINEAR 68 4
58/3/U FÍSICA I 68 4
59/3/U FÍSICA II 68 4
60/3/U FÍSICA EXPERIMENTAL 34 2
61/3/U DESENHO MECÂNICO II 68 4
3º PERÍODO
62/3/U CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL III 68 4 CÁLCULO DIFERENCIAL E
ENTEGRAL II
63/3/U FÍSICA III 68 4 FÍSICA I
64/3/U DESENHO MECÂNICO III 68 4
65/3/U CÁLCULO NUMÉRICO 68 4
66/3/U INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DOS MATERIAIS 34 2
67/3/U ESTADÍSTICA 68 4
68/3/U INTRODUÇÃO A SOCIOLOGIA 34 2
4º PERÍODO
69/3/U MECÂNICA DOS FLUIDOS I 68 4
70/3/U TERMODINÂMICA I 68 4
71/3/U MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA 68 4
72/3/U LABORATÓRIO DE MAT. DE CONSTR. MECÂNICA 34 2
73/3/U MECÂNICA I 68 4
74/3/U ELETROTÉCNICA 68 4
75/3/U ELETROTÉCNICA EXPERIMENTAL 34 2
5º PERÍODO
76/3/U MECÂNICA DOS FLUIDOS II 68 4
77/3/U RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I 68 4 MECÂNICA I
78/3/U TECNOLOGIA MECÂNICA 34 2
79/3/U TECNOLOGIA MECÂNICA PRÁTICA 34 2
80/3/U MECÂNICA II 68 4
81/3/U TERMODINÂMICA II 68 4
82/3/U SEGURANÇA 34 2
83/3/U CIÊNCIAS DO AMBIENTE 34 2
6º PERÍODO
84/3/U RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II 68 4 RESISTÊNCIA DOS
MATERIAIS I
85/3/U ELETRÔNICA 34 2
86/3/U USINAGEM 68 4
87/3/U USINAGEM PRÁTICA 34 2
88/3/U MÁQUIMAS TERMO-HIDRÁULICAS DE FLUXO 68 4
89/3/U PROCESSOS DE FABRICAÇÃO I 68 4
90/3/U SOLDAGEM 34 2
91/3/U LABORATÓRIO DE SOLDAGEM 34 2
92/2/U ESTÁGIO SUPERVISIONADO 200 12

Figura 3.1 – Parte 1 – Currículo do Curso de Engenharia Industrial Mecânica


Currículo do Curso de Engenharia Industrial Mecânica 16

7º PERÍODO
93/3/U ELEMENTOS DE MÁQUINAS I 68 4
94/3/U PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II 68 4
95/3/U HIDRÁULICA PNEUMÁTICA INDUSTRIAL 68 4
96/3/U MÁQUINAS TERMO-HIDRÁULICAS DE 68 4
DESLOCAMENTO
97/3/U AUTOMAÇÃO 68 4
98/3/U GESTÃO EMPRESARIAL I 68 4
8º PERÍODO
99/3/U MANUTENÇÃO 68 4
100/3/U ELEMENTOS DE MÁQUINAS II 68 4
101/3/U MÁQUINAS DE LEVANTAMENTO E TRANSPORTE 68 4
102/3/U TÓPICOS ESP. DE ENGENHARIA MECÂNICA I 68 4
103/3/U GESTÃO DA QUALIDADE 68 4
104/3/U TRANSFERÊNCIA DE CALOR APLICADA 68 4
9º PERÍODO
105/3/U GESTÃO EMPRESARIAL II 68 4 ESTÁGIO SUPERVISIONADO
106/3/U INSTALAÇÕES E PROJETOS INDUSTRIAIS 68 4 ESTÁGIO SUPERVISIONADO
107/3/U PROJETOS MECÂNICOS 68 4 ESTÁGIO SUPERVISIONADO
108/3/U PSICOLOGIA DO TRABALHO 68 4 ESTÁGIO SUPERVISIONADO
109/3/U TÓPICOS ESP. DE ENGENHARIA MECÂNICA II 68 4 ESTÀGIO SUPERVISIONADO

Figura 3.2 – Parte 2 – Currículo do Curso de Engenharia Industrial Mecânica

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