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crianças na fase escolar. Estes distúrbios têm vários sintomas, e dentre eles
podemos destacar a Dislexia, que é muito mais comum do que se imagina. Vive-
se hoje em um mundo tão moderno onde há professores que ainda não sabem ou
porém pouco discutida. Pensando neste aspecto, este estudo tem por objetivo
crianças disléxicas.
ensinadas.
cidadão.
caráter bibliográfico.
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que permite o acesso a todos os outros saberes. A leitura e a escrita são formas
que, apesar de ser inteligente, tinha uma incapacidade quase absoluta em relação
“imaturidade”.
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American Psychiatric Association. DSM IV: Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações
Mentais. Climepsi Editores, 1996.
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linguagem.
Essas crianças são incapazes de ler com a mesma facilidade que seus colegas da
Para Luczinski (2002, p. 134) Dislexia, é muito mais do que uma dificuldade
em leitura, embora muitas vezes, ainda lhe seja atribuído este significado
vem do grego e significa imperfeita como disfunção, isto é, uma função anormal ou
significação mais ampla ao termo palavra, isto é, como Linguagem em seu sentido
abrangente.
Luczinski (2002, p. 34) “a definição vem do grego e do latim: Dis, de distúrbio, vem
escrita.
dentro e fora da sala de aula. Portanto, pais e educadores devem saber identificar
os sinais que indicam que uma criança é disléxica - e não preguiçosa pouco
inteligente ou mal-comportada.
que acomete crianças com inteligência dentro dos padrões de normalidade, sem
aprender; reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até
genial, mas que aprende de maneira diferente. Como a criança disléxica aprende
andar;
de palavras;
4 - distúrbios do sono;
5 - enurese noturna;
especialistas que essa criança pode vir a ser avaliada já a partir de cinco anos e
meio, idade ideal para o início de um programa remediativo, que pode trazer as
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percepção imprecisa dos sons básicos que compõem as palavras, acontece, já, a
partir do som da letra e da sílaba. Essas crianças podem expressar um alto nível
extremamente difícil sua soletração de sílabas e palavras. Por isto, sua tendência
informações.
que ela não sofra tanto na escola ou em outras situações nas quais depende da
leitura e escrita.
diferente orientação no espaço, como "b-d", "d-p", "b-q", "d-b", "d-q", "n-u" e
manifestações lingüísticas nas aulas de leitura e escrita, pois, como esta é uma
importante.
para evitar traumas futuros. Porém o que muitas vezes acontece é a falta de
quadro de dificuldade de leitura não tem cura, e acompanha uma pessoa por toda
criativa, tem facilidades assim como de perceber quando tem dificuldades ao ler,
seqüenciações.
Pode ter as mais variadas causas e tem características próprias como por
lembra de nada. Este tipo de Dislexia é incurável, deve ser tratada por uma
seu tratamento, podendo obter cura ou boa melhora, já que sua dislexia
raros por TPM e/ou hipertensão. Se este tipo de Dislexia for diagnosticado,
normal. Dentro destes tipos existem variações que parecem tornar cada
caso um caso, cada disléxico, único. Portanto não dá mais para admitir
generalizações.
parar definitivamente de imaginar que a Dislexia faça trocar letras. O que acontece
com o disléxico é que, na maioria dos casos, ele não identifica sinais
gráficos/letras ou qualquer código que caracterize um texto. Portanto ele não troca
letras porque seu cérebro sequer identifica o que seja letra. Inverte-se
ressalta que, a Dislexia tem sempre como causa primária a relação espacial
Esta equipe tem a função básica de eliminar outras causas responsáveis pelas
e, portanto, uma criança disléxica tem algum pai, avô, tio ou primo que também é
palavras, a dislexia, se tratada nos primeiros anos de vida da criança, pode ser
2.1 A PANLEXIA
assistidas.
Yale University, Leonard BLOOMFIELD, cujo filho era disléxico. Ele formulou o
sido publicados nos Estados Unidos. Luczynski (2007), enfatiza que já na década
de 1960, o Dr. Jesse GRIMES, Ph. D da Harvard University, foi convidado pelas
seria o melhor dentre os três métodos de iniciação à leitura que eram, então,
envolvendo 10 classes em cada uma das três abordagens típicas de leitura, e foi
leitura em séries lingüísticas era mais eficiente em si, e por si mesmo. Porém,
técnicas que ele comprovou serem essenciais para ensinar o disléxico a ler.
consciência fonológica, que somente nos últimos poucos anos têm sido
disléxico.
como Frith (1990) e Morton (1989), descreveram os três estágios pelos quais a
alfabético e ortográfico.
palavras comuns que a criança encontra com grande freqüência, como seu próprio
escolha e a ordenação das letras ainda não estão sob controle dos sons da fala. A
visual e acabaria levando a uma série crescente de erros grosseiros, como trocas
início, tal processo é muito lento e a criança tende a cometer erros na leitura e
escrita, ela vai se tornando cada vez mais rápida e fluente em tais habilidades, e
vai cometendo cada vez menos erros envolvendo as palavras irregulares, desde
que as encontre com uma certa freqüência. Com a prática, a criança não apenas
vez maiores, em vez das letras individuais, chegando a processar palavras inteiras
se estas forem muito comuns e lendo-as de memória. Neste ponto, a criança está
preciso memorizar essas palavras para que possa fazer uma boa pronúncia na
leitura e uma boa produção ortográfica na escrita. Tendo já passado pelo estágio
da sintaxe do texto. Neste ponto, seu sistema de leitura pode ser considerado
completo e maduro, conseguindo ler as palavras familiares com cada vez maior
rapidez e fluência, por meio do reconhecimento visual direto (isto é, pela estratégia
lexical).
criança passa a ser capaz de fazer uso da estratégia lexical, não significa que ela
ficam disponíveis o tempo todo à criança, sendo que ela aprende a fazer uso da
estratégia que se revelar mais eficaz para um ou outro tipo de material de leitura e
escrita.
rota fonológica seja competente, é essencial a consciência de que a fala tem uma
que a fala é segmentável em sons e que esses sons são mapeados pela escrita,
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aprendizagem pelo leitor, pois, ao se deparar com uma palavra nova, ele a lerá
por decodificação fonológica. Tal processo aos poucos contribuirá para criar uma
ortográfica que permite com que tal palavra, daí por diante, possa ser lida pela
competentes.
2003).
palavras.
atraso de linguagem.
palavras.
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aprendizagem e a memorização.
compreensão do texto.
professor deve usar diferentes estratégias até mudar o método de ensino para
compreensão e a parceria são essenciais para garantir esse direito garantido por
lei.
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satisfatória. Para isso é preciso ter sensibilidade em lidar com o educando com
dificuldades de leitura.
levados em conta: ler e compreender o texto. Quem tem dificuldade de leitura, tem
que fiquem atentos aos sintomas da dislexia como dificuldades na leitura e escrita,
Hulme & Roodenrys (1995), Masterson, Hazan & Wijayatilake (1995), Locke
escrita. Para que um texto escrito seja compreendido tem que ser lido primeiro,
formação de conceitos.
palavras. Esta zona está particularmente ativa nos leitores iniciantes e disléxicos.
visual das palavras, onde se realiza a leitura rápida e automática. É a zona para
automaticamente for feita a ativação desta área, mais eficiente é o processo leitor.
A linguagem existe há cerca de 100 mil anos, faz parte do nosso patrimônio
mil anos.
que seja o meio a nível cultural. Para aprender a ler é necessário ter uma boa
formada por palavras, as palavras por sílabas, as sílabas por fonemas e que os
fluência e correção leitora. Todas as competências têm que ser integradas através
alguns sinais que podem indiciar dificuldades futuras. Se esses sinais forem
ensinar.
o leitor produzir matéria-prima para criar mundos para si. São uma aventura que
(1994), sugere uma reflexão que pode contribuir para as práticas pedagógicas. Se
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
que vai além dos níveis atuais. O professor precisa ter consciência da
interpretação textual.
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dos alunos com tais dificuldades visando um bom desempenho dos mesmos em
sua vida escolar, uma vez que, a Dislexia não é causada por fatores ambientais,
crescimento acadêmico.
REFERENCIAS
Byrne, B., & Fielding-Barnsley, R. Phonemic. Awareness and letter knowledge. In:
The child's acquisition of the alphabetic principle. Journal of Educational
Psychology, 81, 313-321. 1989.
ELLIS, A.W. Leitura, escrita e dislexia: uma análise cognitiva. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1995.