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Artigo

Validação e estimativa da incerteza do


método de determinação de fósforo por
ESPECTROFOTOMETRIA UV-VIS

Resumo Alaíde Aline Xavier Leal1,2,


Cristiane Assumpção
Henriques1 e
A determinação do fósforo em polissacarídeos por espectrofotometria baseia-se na re- Aderval S. Luna1*
ação do fosfato com o molibdato de amônio, em meio fortemente ácido, para formar
um complexo de fosfomolibdato de amônio, que é reduzido a azul de molibdênio, cuja 1
Programa de Pós-Graduação
intensidade de cor é proporcional à concentração de íons fósforo presentes na amostra. em Engenharia Química,
Universidade do Estado do
No caso de laboratórios que apresentam grande demanda de análises, torna-se necessário Rio de Janeiro
validar um método em que a determinação de fósforo na amostra de polissacarídeo seja
rápida e precisa. 2
FIOCRUZ, Bio-Manguinhos,
Laboratório de Metrologia,
Palavras-chave: determinação de fósforo, espectrofotometria UV-VIS, polissacarídeos Setor de Validação Analítica

*Autor para correspondência:


Summary Universidade do Estado do
Rio de Janeiro
In the determination of phosphorus in polysaccharides by UV-VIS spectrophotometry, the Instituto de Química /
Programa de Pós-Graduação
analyte reacts with ammonium molibdate, in strongly acidic media, to form an ammonium
em Engenharia Química
phosphomolibdate complex that is lately reduced to molibdenium blue which its colour is R. São Francisco Xavier, 524
proportional to the phosphate concentration in the sample. For laboratories that posses a – Pavilhão Haroldo Lisboa da
the great demand of analyses to determine phosphorus in polysaccharide samples, it beco- Cunha - Sala 427. Maracanã
mes necessary to validate a method in which the determination is carried out quickly and CEP: 20559-013
Rio de Janeiro. RJ
accurately. Fone: (21) 2587-7631. Ramal 46
Fax: (21) 2587-7227
Keywords: determination of phosphorus, UV-VIS spectrophotometry, polysaccharides E-mail: asluna@uerj.br

Introdução
A espectrofotometria de absorção molecular no UV/VIS é A intensidade da absorção não é diretamente mensurável,
um método analítico baseado na propriedade que tem muitas mas ela determina uma atenuação da radiação que incide na
espécies iônicas ou moleculares de absorver determinados amostra que pode ser medida e relacionada com a concentra-
comprimentos de onda da radiação ultravioleta/visível (UV/ ção da espécie absorvente. Quando um feixe de radiação mo-
VIS). No processo de absorção no UV/VIS, a energia dos fó- nocromática atravessa uma solução contendo uma espécie
tons é transferida para as moléculas do meio material provo- absorvente, uma parte da energia radiante é absorvida, a par-
cando transições eletrônicas associadas a transições vibracio- te restante atravessa o meio. Chama-se de potência radiante,
nais e rotacionais. Tendo em vista que os níveis energéticos a quantidade de energia transportada por segundo através de
das moléculas são quantizados, apenas aqueles comprimentos uma unidade de seção transversal. A razão entre potência da
de onda cujos fótons têm energia idêntica à de uma transi- radiação transmitida (P) e a potencia da radiação incidente
ção permitida são absorvidos. Assim, a absorção pode ser (P0) é denominada de transmitância (T), equação (1), que re-
considerada como um processo específico relacionado com presenta, portanto, a fração da potência da radiação incidente
a estrutura da espécie absorvente, que determina a energia que é transmitida pela solução.
envolvida na transição, e com a probabilidade de que a tran-
sição ocorra. T = P / Po (1)

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Em geral, os métodos absorciométricos são mais simples e matéria-prima que confirmam a qualidade da vacina produzi-
rápidos do que os métodos gravimétricos e volumétricos, além da, de acordo com seu registro (3).
de apresentarem níveis de sensibilidade muito superiores. As- No método de determinação de fósforo em polissacarí-
sim, são muito convenientes para determinações de amostras deo por espectrofotometria UV-VIS, o fosfato reage com o
contendo concentrações de analito relativamente baixas (1). molibdato de amônio, em meio fortemente ácido, para for-
A lei que rege o processo de absorção de radiação é a Lei mar o complexo fosfomolibdato de amônio, que é reduzido a
de Lambert-Beer, que estabelece a relação entre a absorvân- azul de molibdênio, cuja intensidade da cor é proporcional à
cia (A), que corresponde ao inverso do logaritmo decimal da concentração de íons fósforo presentes na amostra (3).
transmitância, e a concentração da espécie absorvente. A concentração do analito na amostra é determinada
através de uma curva analítica – absorvância x concentração
log Po / P = log (1/T) = A = ε.b.c (2) – construída com soluções padrão de fósforo e medida em
820 nm. A concentração de fósforo, em percentagem mássi-
onde: ε é a absortividade molar do analito, b é o compri- ca, é expressa com base na massa do polissacarídeo seco.
mento do percurso ótico e c a concentração da substância Em virtude da complexidade do método, que envolve o
absorvente. preparo de soluções (meio ácido, reativo de coloração, solu-
A colorimetria é uma técnica analítica que é aplicada à de- ção padrão de fósforo de 80 µg/mL, soluções teste), conten-
terminação da concentração de substâncias coradas, a partir do etapas com medidas de massa e diluições, vários fatores
da comparação entre a coloração de uma solução de concen- podem interferir na determinação, tais como: o treinamento
tração desconhecida desta substância corada e a coloração do analista, o uso de micropipetas, a calibração da vidraria e
de uma solução com concentração conhecida desta mesma os equipamentos envolvidos: balança analítica, termobloco e
substância. Na colorimetria visual usa-se luz branca natural ou espectrofotômetro Beckman, modelo DU530.
artificial como fonte de radiação e as determinações são feitas
com instrumentos simples, chamados colorímetros ou com- O papel da validação analítica
paradores de cor. Quando se substitui o olho humano por
uma célula fotoelétrica como transdutor (eliminando-se, assim, Um laboratório, ao empregar métodos de controle de qua-
os erros devidos às características individuais de cada obser- lidade de qualquer matéria-prima, produto intermediário ou
vador), o instrumento passa ser designado como colorímetro produto final, deve se basear em regulamentações emitidas por
fotoelétrico. Neste caso, usualmente emprega-se radiação cor- organismos de normatização, que são organizações reconheci-
respondente a um intervalo relativamente estreito de compri- das na sua área de atuação, ou em periódicos. Conseqüente-
mentos de onda obtido pela passagem de luz branca através de mente, ele deve demonstrar que tem condições de executar
filtros (absorção ou interferência) que transmitem somente a de maneira adequada estes métodos normatizados, dentro das
região espectral limitada de interesse; o nome fotômetro de condições específicas de suas instalações, antes de implantá-
filtro é utilizado para designar estes aparelhos. Quando o ins- los. O presente trabalho exemplifica a avaliação de dados para
trumento é capaz de fornecer informação sobre a intensidade verificação da capacidade do laboratório em reproduzir um
da radiação em função do comprimento de onda ele é denomi- método analítico, ilustrando-a com a demonstração da seqüên-
nado espectrômetro, enquanto um espectrofotômetro é um cia do planejamento e parâmetros necessários à validação.
espectrômetro no qual a seleção do comprimento de onda de Validar um resultado significa garantir que o procedimen-
trabalho é feita por meio de monocromadores, equipados com to, que inclui desde as condições de operação do equipamen-
uma ou mais fendas de saída e detectores fotoelétricos que to até toda a seqüência analítica, seja aceito como correto.
permitem a determinação da razão entre a potência de dois Além disso, é importante enfatizar que qualquer alteração em
feixes em função do comprimento de onda, fundamental para métodos normatizados, publicados ou transferidos implica na
as medidas absorciométricas (2). necessidade de revalidar o método, para que o laboratório
demonstre que os novos métodos utilizados por eles condu-
Determinação de fósforo por zem a resultados confiáveis, que garantam qualidade, idonei-
espectrofotometria UV-VIS dade e credibilidade de seus produtos ou serviços.

A determinação espectrofotométrica do fósforo é um Objetivos


método quantitativo empregado para estimar este analito em
amostras de polissacarídeos provenientes de extrações em O presente trabalho trata da validação da estimação da
proteínas. Em laboratórios que produzem vacinas, esse en- incerteza da determinação de fósforo em amostras de polis-
saio faz parte do grupo de métodos analíticos executados em sacarídeos por espectrofotometria utilizando o equipamen-

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to Beckman, modelo DU 350. Para a validação foi elaborado Avaliação da exatidão


o plano de ensaio e, a seguir, foram verificadas as caracte-
rísticas de desempenho do equipamento e dos analistas, a Prepararam-se, em triplicata, cinco soluções com concen-
compatibilidade do equipamento ao método e a estimativa trações de 1, 2, 3, 4 e 5 µg mL-1 de fósforo. Das mesmas,
de incerteza. Foram aplicados critérios de aceitação de vali- separaram-se três alíquotas para as medidas no espectrofo-
dação e considerações para estimativa de incerteza. Como tômetro.
foi empregado um método normatizado já validado, não foi
necessário realizar o processo completo de validação, já Resultados e Discussão
que não ocorreram alterações significativas no procedimen-
to do mesmo. A validação desse ensaio consistiu na verificação da
especificidade, linearidade, precisão – repetitividade e re-
Materiais e Métodos produtibilidade intralaboratorial, limite de quantificação e
exatidão, conforme a categoria II preconizada pela USP
Metodologia experimental 27, 2003(5).
A avaliação de equivalência entre as determinações
Método analítico empregado foi realizada, principalmente, para verificar o treinamento
dos analistas no método, já que as condições de análise
BIO-MANGUINHOS-POP 106040.574 (4) foram idênticas e foram usados as mesmas micropipetas,
os mesmos reagentes e o mesmo lote de vacina.
Avaliação da precisão e da equivalência entre dias e analistas Para a estimativa de incerteza, foram separados todos
os certificados envolvendo o método: calibração dos equi-
Foram preparadas seis replicatas de polissacarídeo (so- pamentos, calibração de vidraria, calibração de micropi-
lução teste). De cada réplica foram retiradas três alíquotas petas, pureza de material. A metodologia de cálculo foi a
para execução de uma medida no espectrofotômetro. O clássica, retirada do INMETRO/ABNT, 2003(6). Todas as
analista 1 repetiu essa mesma seqüência, no dia seguinte, fontes de incerteza foram levadas em consideração com
com três lotes de polissacarídeo, para verificação da avalia- um nível de confiança de 95% de intervalo de confiança.
ção da equivalência entre dias e entre lotes. Para avaliação A Tabela 1 apresenta os resultados de precisão e de
da equivalência entre analistas, os quatro analistas restan- equivalência entre dias e analistas. De acordo com os re-
tes executaram esse ensaio uma vez, no mesmo dia, com o sultados, todos os coeficientes de variação ficaram abaixo
mesmo lote e reagentes. do limite estabelecido pela AOAC, 2000(7), mostrados na
Tabela 2 (< 2% para a repetitividade e < 4% para a repro-
Avaliação da linearidade da curva de calibração do método dutibilidade), ou seja, o método é repetitivo para todos
os analistas e reprodutível por cada analista. No entanto,
Foram preparadas, em triplicata, cinco soluções com con- pela análise da variância, os analistas não foram equivalen-
centrações de 1,25; 2,50; 3,75; 5,0 e 10,0 µg mL-1 de fósforo, a tes. Houve equivalência entre dias, avaliada pelos testes
partir de uma solução-estoque de 80 µg mL-1, além da solução F e t, pois existiram somente dois conjuntos de dados,
branco, contendo todas as soluções – meio ácido, reativo de variando-se apenas o dia da determinação.
coloração e água – menos a amostra. As medidas foram rea- Os resultados correspondentes à verificação da linea-
lizadas com três alíquotas de cada solução. ridade do método são mostrados na Tabela 3. Observa-se
que o método confirmou a linearidade na faixa propos-
Avaliação do limite de quantificação ta, pois os coeficientes de correlação foram superiores
a 0,99 e o zero ficou contido nos intervalos de confiança
Tendo em vista que, de acordo com o método emprega- dos coeficientes lineares.
do (4), a solução branco deve ser usada para ajustar o equi- O resultado do limite de quantificação encontra-se na
pamento, o limite de quantificação foi calculado a partir da Tabela 4. Considerando-se que o limite de especificação
solução mais diluída da curva de calibração – 1,25 µg mL-1 de da análise é de até 9% de fósforo em massa seca de polis-
fósforo. Preparou-se, em triplicata, sete soluções de fósforo sacarídeo, o limite de quantificação (LQ) está aceitável.
contendo: 0,05; 0,10; 0,20; 0,40; 0,60; 0,80 e 1,0 µg mL-1 mais Como não havia rotina nesse ensaio, optou-se por
o branco de solução. Das mesmas, retiraram-se três alíquotas uma faixa de quantidade de fósforo dentro do limite de
para efetuar as medidas no espectrofotômetro e três curvas especificação para verificar a exatidão. Pelos resultados
analíticas foram construídas. apresentados na Tabela 5, além da recuperação por con-

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Tabela 1. Resultados de precisão e equivalência do caso estudado (8)


Repetitividade
Analista 1 2 3
Lote I III I III I III
Fósforo % 8,18 7,56 8,46 7,03 8,20 7,30
S (%) 0,066 0,082 0,018 0,010 0,032 0,055
CV (%) 0,81 1,1 0,21 0,14 0,38 0,76
r (%) 0,18 0,22 0,049 0,027 0,087 0,15
Analista 4 5 ---
Lote I III I III --- ---
Fósforo % 8,59 7,40 8,50 7,10 --- ---
S (%) 0,028 0,030 0,0039 0,0039 --- ---
CV (%) 0,32 0,40 0,046 0,055 --- ---
r (%) 0,076 0,082 0,011 0,11 --- ---
Reprodutibilidade Intralaboratorial
Lote I Lote III
Fósforo % 8,39 Fósforo % 7,27
S (%) / CV% 0,016 / 0,19 S (%) / CV% 0,033 / 0,46
R (%) 0,070 R (%) 0,15
Equivalência
Entre Dias – Analista 1 Sim
Entre Lotes Não
Entre Analistas Não
S (%) = desvio padrão; CV (%) = coeficiente de variação; R (%) = reprodutibilidade; r (%) = repetitividade

Tabela 2. Critério de aceitação para precisão (7)


Concentração Concentração Fracional CVr % CVR %
100% 1,0 1,0 2,0
10% 0,1 1,5 2,8
1% 0,01 2,0 4,0
0,1% 0,001 3,0 5,7
0,01% 0,0001 5,0 8,0
1 mg/L 0,000001 10 16
10 µg/L 0,00000001 20 32
CVr % – coeficiente de variação de repetitividade; CVR % – coeficiente de variação de reprodutibilidade

Tabela 3. Resultado de linearidade do caso estudado (8)


Linearidade
Curva I II III
R 0,9999 0,9997 0,9999
a 0,0051 0,0027 0,0063
b 0,2141 0,2182 0,2026
ICa -0,0122 a 0,0226 -0,0317 a 0,0225 -0,1631 a 0,2253
R = coeficiente de correlação; a = coeficiente linear da curva de trabalho;
b = coeficiente angular da curva de trabalho; ICa = intervalo de confiança do coeficiente linear

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centração, a exatidão foi avaliada através de uma curva de Conclusões
calibração – concentração nominal x concentração obtida.
Os resultados obtidos foram bastante satisfatórios, tendo O estudo realizado evidenciou a importância da elaboração
em vista que a recuperação foi de 100%, dentro do crité- de um procedimento para uniformizar as etapas da determina-
rio estabelecido apresentado na Tabela 6, de 97 a 103%, ção, a fim de que os analistas executem o ensaio segundo o mes-
e o zero ficou contido nos intervalos de confiança dos mo procedimento, ou seja, enfatizou a importância da verificação
coeficientes lineares das curvas de calibração. da performance de cada analista antes da participação na ativi-
No teste de especificidade, foram aproveitados os dade em questão. Isto porque, para a avaliação da precisão, os
dados dos ensaios de limite de quantificação, com a solu- ensaios foram executados repetidas vezes, tendo sido observada
ção branco e uma solução com concentração conhecida uma reprodutibilidade satisfatória para cada analista, apesar dos
de fósforo, e de repetitividade, com uma solução teste. resultados não satisfatórios observados para a reprodutibilidade
A finalidade desses resultados foi evidenciar, como mos- intralaboratorial. Já na estimativa de incerteza do método, ficou
trado na Tabela 7, que não há interferência significativa evidenciada a importância das análises dos certificados de cali-
da solução branco e da solução teste na determinação bração dos instrumentos e, consequentemente, da correção dos
do fósforo. erros associados, a fim de diminuir a incerteza do método.

Tabela 4. Resultados do limite de quantificação do caso em estudo (8)


Limite de Quantificação
Curva I II III
R 0,9991 0,9992 0,9988
a -0,0060 -0,0055 -0,0069
b 0,2101 0,2104 0,2086
Sxy 0,0035 0,0033 0,0041
Sa 0,0010 0,0010 0,0012
LQ 0,50%
R = coeficiente de correlação; a = coeficiente linear da curva de trabalho; b = coeficiente angular da curva de trabalho; Sy/x – erro padrão estimado; Sa = erro
padrão do coeficiente linear ; LQ = limite de quantificação

Tabela 5. Resultados de exatidão do caso em estudo de (8)


Exatidão
Dados da Reta da Concentração Nominal x Concentração Observada
Ensaios I II III
b / Erro padrão 1,00 / ±0,05 1,00 / ±0,06 1,00 / ±0,05
a / Erro padrão -0,0002 / ±0,0044 -0,0007 / ±0,0054 -0,0007 / ±0,0042
Exatidão % (recuperação) 100 100 100
a = coeficiente linear; b = coeficiente angular.

Tabela 6. Critério de aceitação para exatidão (7)


Concentração Concentração Fracional Recuperação média %
100% 1,0 98 – 102
10% 0,1 98 – 102
1% 0,01 97 – 103
0,1% 0,001 95 – 105
0,01% 0,0001 90 – 107
1 mg/L 0,000001 80 – 110
10 µg/L 0,00000001 60 – 115

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Tabela 7. Resultados da especificidade no caso em estudo (8)

Especificidade
Ensaios Limite de Quantificação (μg/mL) Repetitividade
Amostra Branco Padrão (1 μg/Ml) Amostra Lote I
Concentração (%) 0,03 1,00 8,20
Especificidade Sim

Tabela 8. Resultados das estimativas de incerteza da determinação do fósforo no caso em estudo

Estimativa de Incerteza da Determinação de Fósforo


Valor
s(i) Tipo Fonte incerteza + Unidade Distr. DIV. C(i) u(i) GL V, Veff

Reprodutibilidade
1 A 0,1400 % Normal 2,236 1,000 0,063 2 7,683E-06
(S maior do analista)
Curva de
2 A 0,2109 % Retangular 1,732 1,000 0,122 2 0,0001099
Calibração (ajuste)
3 B Preparo da Amostra 0,1300 % Normal 2,000 1,000 0,065
4 B Preparo do Padrão 0,0540 % Normal 2,000 1,000 0,027
5 B Espectrofotômetro 0,0280 Abs Normal 2,000 0,950 0,013

Resolução do
6 B Equipamento 0,0001 Abs Retangular 3,464 0,950 0,000014
(assumida)

uc Incerteza padrão combinada 0,15453 4,8 -


U Incerteza padrão expandida em Fósforo % (95%)  k= 2,571 0,40 -
Ci = Contribuição da fonte; u(i) = incerteza da fonte; GL = graus de liberdade

Referências
1. EWING´s Analytical Instrumentation Handbook, 3o ed., edited by Jack Cazes, 2005.

2. SKOOG, D.A; HOLLER, F.J; NIEMAN, T.A. Princípios de Análise Instrumental, 5a ed., Bookman Companhia Editora, Brasil, 2002.

3. IN VITRO DIAGNÓSTICA S/A CAT.: 10027. Fósforo UV. Rev. 04, 2005.

4. BIO-MANGUINHOS – POP: 106040.574. Determinação de fósforo, 2004.

5. UNITED STATE PHARMACOPEIA – USP 27 / NF 22. Validation of compendial methods.1225, 2003.

6. INMETRO/ABNT. Guia para a expressão da incerteza de medição, 3ª Edição Brasileira do “ISO Guide to the Expression of Uncertainty in
Measurements”, 2003.

7. ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS – Appendix D: Interlaboratory collaborative study for method validation in the AOAC. Official
Methods of Analysis of AOAC International, 2000.

8. BIO-MANGUINHOS – PROTOCOLO 89/2005. Validação da determinação do fósforo, 2005.

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