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Enquanto ciência, a administração estuda as necessidades sócio-técnicas da organização, seu

conjunto de diretrizes, cultura, processos, recursos e capital, possibilitando a realização de seu


negócio de forma estruturada e integrada.

Na concepção sistêmica, a administração é entendida como um mecanismo integrador e


articulador de processos e recursos empresariais para a consecução dos resultados almejados:
geração de bens, lucro e promoção do bem-estar social.

A administração convencional enfoca o presente pela análise dos indicadores financeiros dos
processos responsáveis pelo atual posicionamento competitivo, enfim pela sustentação da
organização.

A Administração Estratégica é o ramo que estrutura a organização para o futuro. É um conjunto


de orientações, decisões e ações estratégicas que determinam um plano de alto nível para o
desempenho superior de uma empresa no longo prazo, a saber: utilização de novas
funcionalidades, aquisição e desenvolvimento de novas competências, desenvolvimento do
capital humano, migração para novas tecnologias, reconfiguração dos canais com os clientes,
abordagem à oportunidade, etc.

Também é uma administração que, de forma estruturada e sistêmica, consolida um conjunto de


premissas, normas e funções para alavancar harmonicamente o processo de planejamento da
situação futura desejada da empresa como um todo, e seu posterior controle dos fatores
ambientais, bem como a organização e direção dos recursos empresariais de forma otimizada
com a realidade ambiental e com a harmonização das relações pessoais.

Resumidamente poderíamos conceituá-la com sendo a administração voltada a fortalecer as


competências da organização com vistas à obtenção da vantagem competitiva ante a
concorrência, posto que “viabiliza-se com o envolvimento das áreas de conhecimento da
organização que concebem uma empresa como um portfólio de competências, surgindo daí
uma enorme gama de possíveis oportunidades”. (Prahalad e Hamel; 1999) Mas isto é muito
pouco para vislumbrarmos todo o escopo nela contido. Então, começamos por fatorar o
ambiente empresarial em suas duas grandes dimensões: a externa e a interna à empresa.

No cenário externo estão os atores com os quais a organização se relaciona: clientes,


concorrentes, fornecedores, os agentes de governança e, outros ainda que a influenciam: a
sociedade, tecnologias, elementos conjunturais (economia, política, meio-ambiente...), etc.
enfim, eventos e processos sobre os quais a empresa não tem ‘governabilidade’, mas que
necessita conhecer o como, o porquê e o quando dos acontecimentos que provocam ameaças
ou possibilitam oportunidades para organização.

Neste ambiente, a organização só pode valer-se da inteligência nas inúmeras perspectivas: a


inteligência do cliente, a inteligência do concorrente e a inteligência de mercado, pois como
num jogo de xadrez, vence que consegue perceber antecipadamente os movimentos do
oponente e aplicar táticas eficazes de defesa e ataque.

Na dimensão interna temos a inteligência organizacional – o conhecimento que a organização


tem de si mesmo - suas forças e fraquezas e, neste sentido conseguir implementar programas
de aprendizagem e desenvolvimento de seu capital humano, posto que se traduz, nesta era do
conhecimento como o ativo de maior relevância, pois é o responsável por agregar valor.

A administração estratégica se ocupa com o futuro da organização assumindo uma filosofia da


adaptação, buscando como resultado a efetividade por meio da inovação ou diversificação
visando o desenvolvimento sustentado com atitudes pró-ativas (auto-estimulação...) com
posturas de desenvolvimento (conjuntura de oportunidades x fraquezas) ou de crescimento
(conjuntura de oportunidades x forças) e, tudo isto sem traumas ou conflitos, promovendo a
mudança de maneira amigável e serena.

Seu grande foco é a estruturação da organização com o objetivo de instalar as condições


exigidas no esforço de um planejamento estratégico que promoverá a organização a níveis de
maior competitividade e conseqüente, vantagens no mercado de inserção. Começando com as
premissas básicas (negócio, missão, visão,), diretrizes, políticas, passando pela análise do
ambiente externo (oportunidades, ameaças,...) e do ambiente interno (forças e fraquezas),
análise dos FCS (fatores críticos de sucesso), definição do indicadores de desempenho e
resultado, pois não maximizamos o que não conhecemos, enfim todas as variáveis relevantes
para a formulação do plano estratégico.

A elaboração do projeto reveste-se importância capital, pois uma parcela significativa na


realização de planos estratégicos redunda em fracasso por projetos desestruturados.
Atualmente, a metodologia do PMI (Project Management Institute) é tida como a de maior
eficácia no desenvolvimento de projetos e o BSC (Balanced Scorecard) se apresenta como a
ferramenta mais utilizada na implementação e monitoramento do projeto.

O administrador estratégico é o responsável por criar um clima organizacional propício para a


implementação do plano a partir do envolvimento da alta-administração, lideranças
intermediárias e colaboradores, obtendo sincronia, sintonia em todos os envolvidos no
processo, o que somente ocorrerá com a clara comunicação dos benefícios almejados, uma
vez que, empreitadas de longo prazo tendem a perder foco e força com o passar do tempo. A
escalada dos objetivos ensejados exige monitoramento constante e conseqüente correção e
reorientação do plano (orientações emergentes e/ou subjacentes).

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