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CENTRAL DE CURATIVOS
MANUAL DE CURATIVOS
Cuidar de feridas sempre pareceu ser muito simples. Tão simples que dificilmente era
prioridade no tratamento do paciente. Qualquer pessoa podia fazer o curativo e
utilizar o que tinha disponível.
Não se dava a devida importância à técnica e a outros fatores associados.
Hoje sabemos que vários fatores interferem no processo de cicatrização e que o
mercado dispõe de uma variedade de produtos que podem ser utilizados com sucesso
tanto na prevenção quanto no tratamento de feridas.
Contudo,sabemos que para o cuidado de pacientes com feridas,é necessária a atuação
de uma equipe multidisciplinar a fim de que as ações terapêuticas posam ser
integradas.
SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO...............................................................................................................05
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.................................................................................32
CAPITULO I
I. INTRODUÇÃO
1.3 Feridas Ulcerativas: são lesões escavadas, circunscritas na pele, formadas pela morte e
expulsão do tecido,resultantes de traumatismo ou doenças relacionadas com o
impedimento do suprimento sanguíneo.
O termo úlcera de pele representa uma categoria de ferimento que inclui úlceras de decúbito,assim
como de estase venosa,arteriais e úlceras diabéticas.
2.4 Infectadas: presença de agente infeccioso no local e lesão com evidência de intensa
reação inflamatório e destruição de tecidos podendo haver pus.
3.2 Feridas de cicatrização por segunda intenção: houve perda de tecidos e as bordas da
pele ficam distantes. A cicatrização é mais lenta do que primeira intenção.
5.2. Feridas Crônicas: tem um tempo de cicatrização maior que o esperado devido a sua
etiologia. Por exemplo, os pontos epiteliais de uma ferida cirúrgica podem ser retirados com 7 a 10
dias após o procedimento, pois nesse período espera-se ter ocorrido o reparo da lesão, que aguarda
apenas a fase de maturação. No caso de ferida não apresentar a fase de regeneração na época
esperada,havendo um retardo,a ferida é encarada como crônica.
1.1 Fase Inflamatória: reação local não específica a danos teciduais ou invasões por
microrganismos. Seu inicio é imediato e a duração é 3 a 5 dias.
É o processo que ocorre no organismo como defesa à lesão tecidual que envolve reações
neurológicas,vasculares e celulares que destroem ou barram o agente lesivo e substituem as células
mortas ou danificadas,por células sadias.
Tem a função de ativar o sistema de coagulação,promover o desbridamento da ferida e a
defesa contra microrganismos.
São sinais de inflamação: rubor ,calor,edema e dor.
Quanto maior a área da ferida,maior sera a duração desta fase. Problemas como
infecção,corpos estranhos,permanência das fontes causais,podem exacerbar esta resposta e
prolongá-la.
1.4 Fase de Reparação – Epitelização – fase de cobertura da ferida pelas células epiteliais.
A diferença entre os tecidos torna-se cada vez mais evidente. As bordas da ferida deslocam-se para
o centro e a ferida fica gradualmente coberta de tecido epitelial. À medida que a ferida se contrai o
tecido vai se formando, o processo de cicatrização fica concluído.
1.5 Maturação – leva um ano nas feridas fechadas e mais nas feridas abertas. Nessa fase
diminui a vascularização,o colágeno se reorganiza, o tecido de cicatrização se remodela e fica igual
ao normal. A cicatrização assume a forma de uma linha fina e branca. Aumenta a força de distensão
local.
Localização anatômica
Tamanho: cm²/ diâmetro
Profundidade : cm
Tipo/ quantidade de tecido: granulação, epitelização,desvitalizado e necrose;
Bordas: aderida,perfundida,macerada,descolada,fibrótica,hiperqueratose;
Pele peri-ulceral: edema,coloração,temperatura,endurecimento,flutuação,crepitação,descamação;
Exsudato: quantidade, aspecto,odor.
01.Tamanho : use a régua para medir,em centímetro,o maior comprimento e a maior largura da
superfície da ferida,multipliquem comprimento x largura,para obter a área em cm².
02. Profundidade: escolha a profundidade e a espessura mais apropriada para a ferida usando
essas descrições adicionais:
• Necrose branca/cinza : Pode aparecer antes da ferida abrir, a superfície da pele está branca
ou cinza;
• Esfacelo amarelo,não aderido: Fino,substancia mucinosa,espalhado por todo o leito da
ferida; facilmente separado do tecido da ferida;
• Esfacelo amarelo,frouxamente aderido: Espesso,viscoso,pedaços de fragmentos,aderido ao
leito da ferida;
• Tecido preto,macio e aderido: Tecido saturado de umidade; firmemente aderido ao leito da
ferida;
• Tecido preto/duro,firmemente aderido: Tecido firme e duro,fortemente aderido ao leito e às
bordas da ferida (como uma crosta dura/ casca de ferida).
04. Exsudato: algumas coberturas interagem com a drenagem da ferida produzindo um gel ou um
liquido que pode confundir a avaliação. Antes de fazer a avaliação do tipo de exsudato, limpe
cuidadosamente a ferida com soro fisiológico ou água. Escolha o tipo de exsudato predominante na
ferida de acordo com a cor e a consistência,usando o seguinte roteiro:
5.1 Deslocamento: (undermine) para avaliar insira um aplicador com a ponta de algodão
sob a borda da ferida, introduza-o tão longe quanto possível sem foçar; levante a ponta do aplicador
de forma que possa ver visualizada ou sentida na superfície da pele ao redor da ferida; marque a
superfície com uma caneta: meça a distancia entre a maraca na pele e a borada da ferida. Continue o
p´processo ao redor de toda a ferida. Determinar aproximadamente a porcentagem da ferida
envolvida.
6.1 Cor da pele ao Redor da ferida: a partir da borda avalie quatro cm de pele ao redor da
ferida. As pessoas de pele escura apresentam coloração “vermelho brilhante” e “vermelho escuro”
como um escurecimento normal da pele ou roxo, e conforme a cicatrização vai ocorrendo o novo
epitélio apresenta coloração róseo e poderá nunca vir a escurecer.
6.2 Edema de Tecido Periférico: a partir da borda avalie 4 cm de tecido ao redor da ferida.
A pele edemaciada sem formação de sulco apresenta-se brilhante e esticada. Para identificar o
edema com formação de sulco/depressão/escavação comprima firmemente o local com um dedo
durante cinco segundos; ao ser aliviada a pressão exercida os tecidos não retornam a posição prévia
e aparece um sulco/escavação. Crepitação é o acumulo de ar ou gás nos tecidos. Determinar a
distancia do edema além da ferida.
I. DEFINIÇÃO DE CURATIVO
É um meio terapêutico que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma
ferida, quando necessário,com finalidade de promover a rápida cicatrização e prevenir a
contaminação ou infecção.
01. Objetivos:
02. Finalidades
• Limpar a ferida;
• Promover a cicatrização,eliminando fatores que possam retardá-la;
• Tratar e prevenir infecções;
• Prevenir contaminação exógena;
• Remover corpos estranhos:
• Proteger a ferida contra traumas mecânicos;
• Promover hemostasia;
• Fazer desbridamento mecânico e remover tecidos necróticos;
• Reduzir edemas;
• Drenar e/ou absorver secreções e exsudatos inflamatórios;
• Diminuir odor;
• Manter a umidade da ferida;
• Fornecer isolamento térmico;
• Dar conforto psicológico ao paciente;
• diminuir a intensidade da dor;
• Limitar a movimentação em torno da ferida.
03. Categorias:
O tipo de curativo a ser realizado varia de acordo com a natureza,a localização e o tamanho
da ferida. Em alguns casos é necessária uma compressão, em outros lavagem exaustivas com
solução fisiológica e outros exigem imobilização com ataduras. Nos curativos em orifícios de
drenagem de fístulas entéricas a proteção da pele sã em torno da lesão é o objetivo principal.
4.4 Curativos Abertos: são realizados em ferimentos que não há necessidade de serem
ocluídos. Feridas cirúrgicas limpas após 24 horas,cortes pequenos,suturas,escoriações,etc, são
exemplos deste tipo de curativo.
5.2 Curativo médio: curativo realizado em ferida média,variando de 16,5 a 36 cm². (ex:
Cesáreas infectadas,incisões de dreno,lesões cutâneas,abscessos drenados,escaras infectadas,outros
especificar).
5.3 Curativo Grande: curativo realizado em ferida grande,variando de 36,5 a 80 cm². (ex:
Incisões contaminadas,grandes cirurgias – incisões extensas (cirurgia torácica,
cardíaca),queimaduras(área e grau),toracotomia com drenagem,úlceras infectadas. Outros
especificar).
5.4 Curativo Extra Grande: curativo realizado em ferida grande,com mais de 80 cm² (ex:
Todas as ocorrências de curativos extra grandes deverão obrigatoriamente constar de justificativa
médica).
06.Técnica de Curativos:
• Lavar as mãos antes e após cada curativo,mesmo que seja em um mesmo paciente;
• Verificar data de esterilização nos pacotes utilizados para o curativo (validade usual 7 dias);
• Expor a ferida e o material o mínimo de tempo possível;
• Utilizar sempre material esterilizado;
• Se as gazes estiverem aderidas na ferida,umedecê-las antes de retirá-las;
• Não falar e não tossir sobre a ferida e ao manusear material estéril;
• Considerar contaminado qualquer material que toque sobre locais não esterilizados;
• Usar luvas de procedimentos em todos os curativos,fazendo-os com pinças (técnica
assépticas);
• Utilizar luvas estereis em curativos de cavidades ou quando houver necessidade de contato
direto com a ferida ou com o material que irá entrar em contato com a ferida;
• Se houver mais de uma ferida,iniciar pela menos contaminada; Nunca abrir e trocar curativo
de ferida limpa ao mesmo tempo em que troca de ferida contaminada;
• Quando uma mesma pessoa for trocar vários curativos no mesmo paciente,deve iniciar pelos
de incisão limpa e fechada, seguindo-se de ferida aberta não infectada,drenos e por último as
colostomias e fístulas em geral;
• Ao embeber a gaze com soluções manter a ponta da pinça voltada para baixo;
• Ao aplicar ataduras, fazê-lo no sentido da circulação venosa,com o membro apoiado,tendo o
cuidado de não apertar em demasia;
• Os curativos devem ser realizados no leito com toda técnica asséptica;
• Nunca colocar o material sobre a cama do paciente e sim sobre a mesa auxiliar,ou carrinho
de curativo. O mesmo deve sofrer desinfecção após cada uso;
• Todo curativo deve ser realizado com a seguinte paramentação: luva,máscara e óculos. Em
caso de curativos de grande porte e curativos infectados (escaras infectadas com áreas
extensas,lesões em membros inferiores, e ferida cirúrgica infectada) usar também o capote
como paramentação;
• Quando o curativo for oclusivo deve-se anotar no esparadrapo a data,a hora e o nome de
quem realizou o curativo.
• Em portadores de ostomias e fístulas utilizar placa protetora e TCM na proteção da pele nas
áreas adjacentes à ferida;
• Não comprimir demasiadamente com ataduras e esparadrapos o local da ferida a fim de
garantir boa circulação;
• As compressas e ataduras deverão ser colocadas em saco plastico protegidos e jogar no
hamper de roupa do paciente. Quando este material estiver com grande quantidade de
secreção,deve-se colocar em saco plastico e desprezar;
• Trocar os curativos úmidos quantas vezes necessárias,o mesmo procedimento deve ser
adotado para a roupa de cama,com secreção do curativo;
• Quando o curativo da ferida for removido,a ferida deve ser inspecionada quanto a sinais
flogísticos. Se houver presença de sinais de infecção (calor,rubor,hiperemia,secreção)
comunicar o S.C.I.H. e/ou a supervisora e anotar no prontuário,colher material para cultura
conforme técnica:
• O curativo deve ser feito após o banho do paciente,fora do horário das refeições;
• O curativo não deve ser realizado em horário de limpeza do ambiente,o ideal é após a
limpeza;
• Em feridas em fase de granulação realizar a limpeza do interior da ferida com soro
fisiológico em jatos,não esfregar o leito da ferida para não lesar o tecido em formação;
• Os drenos devem ser de tamanho que permitam a sua permanência na posição vertical, livre
de dobras e curva;
• Mobilizar dreno conforme prescrição médica;
• Em úlceras venosas e neuropatias diabética (pé diabético) manter membro enfaixado e
aquecido com algodão ortopédico;
• Em úlceras arteriais,manter membro elevado.
• Recomposição do paciente;
• Recomposição do ambiente
• Destinação dos materiais (colocar em sacos no carrinho de curativos encaminhando à CME
o mais rápido possível,ou de acordo com as rotinas do setor);
• Lavar as mãos;
• Evolução: Registro do procedimento incluindo a avaliação da ferida. Após cada curativo
devem ser anotadas no prontuario do paciente as seguintes informações sobre a lesão:
- Localização anatômica;
- Tamanho e profundidade;
- Tipo de tecido;
- Presença de secreção / exsudato (quantidade,aspecto,odor);
- Bordas e pele peri-ulceral;
- Presença de crosta;
- Presença de calor,rubor,hiperemia e edema.
Observações:
Lembre-se de:
• Evitar falar no momento da realização do procedimento e orientar o paciente para que faça o
mesmo;
• Fazer a limpeza com jatos de SF 0,9% sempre que a lesão estiver com tecido de granulação
vermelho vivo (para evitar o atrito da gaze);
• A troca do curativo será prescrita de acordo com a avaliação diária da ferida;
• Proceder a desinfecção da bandeja,carrinho, ou mês auxiliar após a execução de cada
curativo,com solução de álcool a 70%;
• Manter o soro fisiológico 0,9% dentro do frasco de origem (125 ml);
• Desprezar o restante em caso de sobra;
• O T.C.M deve ser distribuído em frascos pequenos estereis,(individuais);
• Realizar os curativos contaminados com S.F 0,9% aquecido (morno).
• Ferida limpa e fechada: o curativo deve ser realizado com soro fisiológico e mantido
fechado nas primeiras 24 horas após a cirurgia,passado este período a incisão deve ser
exposta e lavada com água e sabão. Se houver secreção(sangue ou seroma) manter curativo
semioclusivo na seguinte técnica:
Materiais: Bandeja contendo 01 pacote de curativo estéril (com 02 pinças e gases); gases
estereis,esparadrapo (micropore) soro fisiológico 0,9% e luva de procedimento.
Procedimento:
Observação: em feridas cirúrgicas após 24 horas não ocorrendo exsudato realizar apenas
higienização com água e sabão e manter a ferida aberta.
• Feridas com drenos abertos: o curativo do dreno deve ser realizado separado da incisão, e
o primeiro a ser realizado será sempre o do local menos contaminado. O curativo deve ser
mantido limpo e seco,isto significa que o número de trocas deve estar diretamente
relacionado com quantidade de drenagem.
Feridas com drenagem superior a 50 ml quando possível deve-se aplicar uma bolsa para
coletar o excesso de drenagem. Colocar bolsas em trono de feridas permite medir com exatidão a
quantidade de drenagem,restringe a disseminação de contaminação e aumenta o conforto do
paciente.
Alfinetes não são indicados como meio de evitar mobilização dos drenos de pen rose pois
enferrujam facilmente e proporcionam a colonização do local.
Procedimentos:
1. Lavar as mãos com água e sabão;
2. Reunir o material e levá-lo próximo ao paciente;
3. Explicar ao paciente o que será feito;
Procedimento:
• Feridas abertas sem infecção: Podem apresentar perda ou não de substancias, por estarem
abertas estas lesões são altamente susceptíveis as contaminações exógenas. O curativo deve
ser oclusivo e mantido limpo. O numero de trocas está diretamente relacionado a quantidade
de drenagem, no entanto o excesso de trocas deve ser evitado afim de não interferir no
processo de cicatrização.
Procedimentos:
Procedimentos:
• Feridas com fistula ou deiscência de paredes: Quando ocorre uma fistula ou deiscência de
parede ou túnel torna-se difícil a realização de limpeza no interior da ferida proporcionando
um ambiente ideal para a colonização de patógenos. O ideal é realizar a limpeza da ferida
em todo o seu interior com jatos de solução fisiológica.
Material: Pacote de curativo com 02 pinças e gaze,cuba pequena estéril,cuba rim,sonda uretral
n°8 e 12,seringa de 20ml, SF 0,9%,ácido graxo essencial se aferida não estiver contaminada: luva
estéril.
Procedimentos:
Procedimentos:
13. Lavar o leito da ferida com grande quantidade de soro fisiológico,através de pequenos jatos
com a seringa e agulha ( a seringa com a agulha poderá ser substituída,se não tiver,fazer um
pequeno corte na abertura do frasco de soro o invés de abri-lo totalmente,ou colocando a seringa
diretamente no frasco);
14. Iniciar o desbridamento da área desvitalizada pela borda,com auxilio da outra pinça,fazendo
cortes superficiais ao redor do tecido desvitalizado. O desbridamento deve ser interrompido na
presença de vascularização(sangramento é sinal de tecido vivo ou reação de sensibilidade à dor);
15. Limpar o local com SF 0,9% com auxilio da mesma pinça;
16. Embeber a gaze com pomada desbridante quando a ferida apresentar pouca quantidade de
exsudato,espalhando por toda a área que ainda apresentar necrose ou fibrina residual;
17. Ocluir aferida ou gaze estéril e coxim,se aferida for muito exsudativa utilizar compressa e fixar
com esparadrapo ou atadura quando necessário;
18. Colocar o setor em ordem;
19. Lavar as mãos;
20. Fazer evolução da ferida e anotações de materiais na papeleta do paciente.
Não recomendamos a coleta de material superficial das feridas,pois como orienta o Manual
de Coleta de Microbiológicas da Santa Casa, o swab de úlceras ou feridas não é amostra mais
adequada para recuperar o agente responsável pela infecção.
Os agentes responsáveis pelo processo infeccioso não estão nas secreções superficiais que
podem conter micro-organismos que apenas colonizam as feridas. Os microrganismos de
importância para o processo infeccioso estão nos tecidos hiperemiados e edemaciados,porem não
desvitalizados. Portanto, antes da coleta as lesões devem ser limpas com soro fisiológico e o
material preferencialmente obtido por punção ou biopsia.
Os resultados obtidos por meio de cultura de líquidos,através da aspiração de secreção da
área mais profunda da lesão ou biopsia (retirada de um pedaço de tecido), são considerados como
mais fidedignas,uma vez que culturas de Swab proporcionam resultados com crescimento apenas
da flora superficial que pode não ser a fonte infectante.
• Ferida operatória: com presença de sinais inflamatórios como edema,hiperemia e calor local
ou secreção com ou sem sinais sistêmicos(febre).
• Úlceras: Não recomendamos a coleta de rotina de material para cultura exceto em pacientes
com febre e sem outro foco aparente de infecção,ou com presença evidente de secreção sem
resposta ao tratamento local (curativo). A coleta de material para cultura também poderá ser
recomendada pelo SCIH para fins de vigilância de patógenos resistentes, em rotinas a serem
estabelecidas.
A coleta inadequada do material além de dificultar a interpretação,gera custos
desnecessários para processamento dos exames e induz o uso desnecessário de antimicrobianos.
3.1 Aspiração:
Material: Todo material para curativo mais uma seringa de 10 ml e agulhas 40x12.
Procedimentos:
3.2 Swab:
Material: Todo material para curativo mais um Swab com meio de cultura.
Procedimentos:
O tratamento das úlceras infectadas deve ser primeiramente local com utilização adequada
dos curativos e acompanhamento dos casos.
O uso de antimicrobianos sistêmicos deve ser reservado para os casos em que houver
comprometimento local além das bordas,com hiperemia e calor local evidente (celulite) ou
repercussão sistêmica (p.ex. Febre) sem outro foco evidente.
O uso indiscriminado de antimicrobianos pode causar seleção de patógenos resistentes sem
beneficio para o paciente.
III. PRODUTOS PADRONIZADOS PARA CURATIVOS