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Importância:
• Praticamente todo produto metalúrgico passa por processo de
fundição em um momento de sua produção
• É o caminho mais curto entre a matéria prima metálica e a
forma final do produto
INTRODUÇÃO A FUNDIÇÃO
Histórico:
• A fundição é uma das indústrias mais antigas no campo de trabalho dos
metais e data de aproximadamente 5000 AC, tendo sido empregados
desde esta época inúmeros métodos para obtenção da peça fundida.
• 5000aC – facas, pontas de lanças, moedas, artefatos domésticos em
cobre e bronze (Cu-Sn)
• 2000aC – adornos em ferro (redução por carvão vegetal)
• 500aC – bronzes, esculturas religiosas (cera perdida)
• 100aC – machados, canalizações, armamentos em ferro
• 1300dC – Fornos de fusão industriais – Cubilô
• 1700dC – Revolução industrial – Inglaterra: produção de gusa
• 1800dC – Processos: Bessemer, Thomas e Siemens-Martin
• 1900dC – Fornos elétricos, microscópios, solidificação
INTRODUÇÃO A FUNDIÇÃO
Histórico:
INTRODUÇÃO A FUNDIÇÃO
Histórico:
INTRODUÇÃO A FUNDIÇÃO
O processo de Fundição hoje:
Princípios básicos: são os mesmos de milhares de anos
• Automação de processos
• Operação única
• Produção em série
Fundição centrífuga
c) Construção do macho
m) Peças prontas.
INTRODUÇÃO A FUNDIÇÃO
Partes essenciais de uma Fundição
Projetos de fundição
As definições de projeto devem considerar os seguintes tópicos:
Processo de moldagem;
Apartação do modelo;
Contração do metal;
Sobremetal para acabamento;
Temperatura de vazamento;
Número de peças encomendadas
INTRODUÇÃO A FUNDIÇÃO
Etapas do processo de Fundição
Modelagem ou Modelação
São importantes:
Tratamento térmico prévio quando necessário;
Linha de referência para corte;
Cuidados para não danificar as identificações da peça;
Identificação dos canais e massalotes para
reaproveitamento deste material
INTRODUÇÃO A FUNDIÇÃO
Etapas do processo de Fundição
Rebarbação
Elaboração de Ligas:
1 – Oxidação
2 – Tensão de vapor
3 - Viscosidade
4 - Tensão superficial
5 – Fluidez
6 – Reações entre metal líquido e substâncias não gasosas
7 - Solubilidade dos gases nos metais
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Propriedade dos metais líquidos
1 - Oxidação
Afinidade do oxigênio com elementos que constituem os metais ou ligas
Atmosfera do forno, ar, vapor de água (H2 e N2)
Oxidação desejável: eliminar impurezas dissolvidas no metal líquido
Oxidação indesejável: pode concorrer para o desequilíbrio ou mesmo
modificação da composição química do material fundido, pode causar perdas
de material → custo do produto
Ex.: Fusão de ligas cobre-zinco (latão)
Oxidação
M ---- OX ---- MO (óxido desejável) e M’ ---- OX ---- M’O (óxido indesejável)
2M’ + O2 ⇒ 2M’O
a) M’ é totalmente solúvel em M aM’ = fração molar
b) M’ é parcialmente solúvel em M aM’ = CM/CMS ⇒ M’ + MO M +
M’O
aM . aM `O 1
Este equilíbrio, função da temperatura, é caracterizado por: K T
aM . aMO aM . aMO
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Propriedade dos metais líquidos
Oxidação Desejável
Refino envolve duas etapas:
1) Oxidação do metal base e conseqüente eliminação de
elementos indesejáveis
2) Desoxidação do metal base para permitir sua posterior
utilização
Oxidação Desejável
Eliminação dos óxidos dos elementos indesejáveis (M’O)
Óxidos sob a forma: gasosa, sólida e líquida
Escória ácida à base de silício ⇒ fixação dos óxidos básicos, como por
exemplo, MnO, FeO
Escória básica à base de cal e magnésio ⇒ fixação de óxidos de
tendência ácida, como por exemplo, SiO2, P2O5, Al2O3.
Observações:
(1) As vezes é necessária a renovação da escória para manter a
atividade do elemento fixador do óxido;
(2) Elementos oxidantes podem introduzir impurezas no metal entre as
quais o hidrogênio e nitrogênio ⇒ nocivos às propriedades mecânicas
Finalmente, desoxidação do metal de base através de redutores
possantes
No caso dos aços: Mn, Si, Al ;
No caso do cobre: ligas Cu-P
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Propriedade dos metais líquidos
Oxidação Indesejável
Ocorre no momento da fusão ou vazamento ⇒ drosses
Perdas por Oxidação:
Perdas por escumagem (remoção da escória)
Penetração e contaminação do cadinho
Respingos
Volatilização de um ou mais elementos da liga
pesofinald ometalvaza do
Rendimento metálico de fusão f
pesodometa lcarregado paraafusão
2 – Tensão de vapor
A pressão de vapor da maioria dos metais é bastante fraca, às temperaturas
de trabalho. Exceções: zinco, magnésio e cádmio ⇒ Fundir com o mínimo de
superaquecimento
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Propriedade dos metais líquidos
3 – Viscosidade
Resistência que as partículas de um fluído oferecem ao movimento de umas
em relação às outras
Viscosidade dinâmica: é a força que devemos aplicar a uma camada do fluído
de área igual a unidade, para deslocá-la em relação a uma outra camada, que
lhe é paralela, a uma velocidade igual a unidade de velocidade, estando as
duas camadas a uma distância unitária entre si. Unidade = Poise (CGS) P =
0,1Pa.s = 0,1N.s/m2
V
F .
D
Obs.: A viscosidade das ligas pode ser
afetada pela presença de inclusões em
suspensão
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Propriedade dos metais líquidos
Viscosidade cinemática: é obtida dividindo-se a viscosidade dinâmica pela
densidade do líquido. Tal grandeza é expressa em STOKES (1St = 1cm2/s)
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Propriedade dos metais líquidos
4 - Tensão Superficial
Existe na superfície de todos os líquidos forças intermoleculares que tendem a
impedir que o líquido se espalhe, quando colocado sobre uma superfície lisa.
Esta propriedade, proveniente de tais forças, denomina-se Tensão Superficial.
Exceção: Cd
TS ↑ Temperatura ↑
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Propriedade dos metais líquidos
5 – Fluidez
É a propriedade mais importante no processo de fundição e esta relacionada
ao preenchimento completo da cavidade do molde com todos os seus
detalhes e dos espaços formados durante a solidificação (influência do
material do molde)
Preenchimento correto do molde ⇒ a liga tem boa fundibilidade
Fundibilidade: depende da composição da liga (intervalo de solidificação) e da
temperatura (fluidez). A Determinação da Fluidez : Cálculo envolvendo os
princípios de transmissão de calor durante a solidificação.
dS = densidade do metal
a = raio do canal d . a .v.H C .T
s 1
v =- velocidade do fluxo L
H = calor latente de fusão (solidificação) 2.h .T T
i F 0
Cl = calor específico do metal
ΔT = superaquecimento de vazamento
hi = coeficiente de transmissão de calor da Obs.: considera que o fluxo cessa
interface metal-molde totalmente quando o metal solidifica
TF = temperatura de fusão (solidificação)
na entrada do canal
T0 = temperatura inicial do molde (canal)
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Propriedade dos metais líquidos
Determinação da Fluidez : Ensaio que consiste em medir-se a distância “L” ao
longo de um canal em espiral de dimensões padronizadas.
Variáveis de ensaio:
- Forma e dimensões do corpo de prova
- Forma e dimensões da bacia de
vazamento e dos canais de descida e
alimentação
- Material do molde (extração de calor)
- Velocidade de vazamento
- Temperatura do metal
- Composição química
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Propriedade dos metais líquidos
Fluidez Influência da composição química e da temperatura para o sistema
Pb - Sn
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Propriedade dos metais líquidos
6 – Reações entre metal líquido e substâncias não gasosas
Fusão ⇒ contato com materiais refratários (óxidos)
Ex.: Mg + SiO2 → 2 MgO + Si
Cadinhos de carboneto de silício: atacados por Mg e ligas de Al com Mg
Cadinhos metálicos: Ferro e aço: são atacados por cobre e alumínio ; Ferro e
aço: não são atacados por Mg, Sn, Pb e Zn
Reações entre metal líquido e substâncias não gasosas
Reações com escórias líquidas
Ação protetora – Ex.: Fusão do magnésio ; Ação escorificante de óxidos e
inclusões ; Ação desgaseificante ; Ação afinadora de grão
Gases absorvidos
Oxigênio: sempre presente nos metais ou ligas.
Nos aços: introduzido no processo de refino para eliminar elementos
indesejáveis.
Grande quantidade de oxigênio ⇒ prejuízo às propriedades físicas e mecânicas
dos produtos.
Para eliminar ou diminuir a concentração de óxidos ⇒ Elementos desoxidantes
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Propriedade dos metais líquidos
Elementos desoxidantes:
a) Manganês: desoxidante ativo
Em meio ácido: combina com o oxigênio sob a forma de óxido (MnO) e vai
para a escória. Em meio básico: a desoxidação é ruim
b) Silício:
Em meio ácido: é um desoxidante medíocre. Em meio básico: atua de forma
mais competente formando SiO2 que vai para a escória
Métodos:
1) Pré-solidificação
2) Fusão a vácuo
4) Processo de oxidação-redução
5) Outros processos
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Propriedade dos metais líquidos
Métodos:
1) Pré-solidificação
Consiste em fundir e resfriar lentamente o metal ou liga. Os gases são
eliminados devido à diminuição apreciável da solubilidade durante a mudança
de estado líquido-sólido. Processo especialmente recomendado para alumínio
e suas ligas em relação ao hidrogênio.
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Propriedade dos metais líquidos
2) Fusão a vácuo
Consiste em fundir o metal sob vácuo ou submeter o metal fundido ao vácuo.
Por difusão, o gás dissolvido no metal líquido passa deste para a atmosfera
rarefeita, eliminando-se. Processo especialmente indicado para o alumínio e
sua ligas. Atualmente tem sido aplicado para aços e outros metais
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Propriedade dos metais líquidos
3) Borbulhamento de gás através do metal
É um dos processos mais utilizado pela indústria devido a sua eficácia e
simplicidade.
Dois processos: utilização de gás neutro ou gás ativo
a) Gás neutro: Argônio ou Hélio
As bolhas do gás dissolvido se incorporam parcialmente às bolhas do gás
neutro e são arrastadas por ele escapando do banho, em direção à atmosfera
⇒ arraste físico. No caso dos aços, o borbulhamento provocado pelas
reações geradoras de CO e CO2 arrasta o nitrogênio e o hidrogênio.
b) Gás ativo:
Neste caso, o mecanismo atuante é o da combinação química. O gás
dissolvido no metal forma com o gás borbulhado um outro produto gasoso de
menor solubilidade no metal líquido.
Exemplo: eliminação do hidrogênio em ligas de alumínio pelo borbulhamento
de cloro. Obs.: Acredita-se que, também neste caso, há eliminação do
hidrogênio por arrastamento pelo cloro.
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Propriedade dos metais líquidos
4) Processos de Oxidação-Redução
Vimos que elementos indesejáveis, que têm mais afinidade pelo oxigênio do
que o metal de base, podem ser eliminados por oxidação. Este mesmo
princípio se aplica aos gases dissolvidos no metal líquido. Processo de
oxidação-reduç1ão: É um dos mais importantes processos de eliminação de
gases e consiste em duas etapas:
(a) Oxidação intensa
(b) Desoxidação enérgica
Composição 1 – Eutética L → α + β
TfusãoE < TfusãoPb e TfusãoSn
2 – Hipoeutética
3 – Hipereutética
Estrutura eutética: lamelar, globular e acicular
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
Reação Eutética – Sistema Pb - Sn
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
Reação Eutética – Sistema Pb – Sn Solidificação fora de equilíbrio
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
Reação Peritética – Sistema Cu – Zn Solidificação em equilíbrio
Composição 1 – Eutetóide
Estrutura final:
lamelas alternadas de α + β (Perlita)
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
Reação Eutetóide – Sistema Fe – Fe3C Solidificação em equilíbrio
Composição 2 – Hipoeutetóide
Estrutura final:
Fase α + lamelas alternadas de
α + β ⇒ α + perlita
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
Reação Eutetóide – Sistema Fe – Fe3C Solidificação em equilíbrio
Composição 3 – Hipereutetóide
Estrutura final:
Fase β + lamelas alternadas de
α + β ⇒ β + perlita
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
Sistemas Fe – C e Fe – Fe3C Alotropia do ferro puro: Formas alotrópicas:
ALFA, GAMA e DELTA Ac – aquecimento Ar – resfriamento
Soluções sólidas:
•Ferro δ ou Ferrita δ: solução sólida de
C em FeCCC (máxima solubilidade:
0,09% a 1495ºC)
•Ferro γ ou Austenita: solução sólida de
C em FeCFC (máxima solubilidade:
2,11%C a 1148ºC)
•Ferro α ou Ferrita: solução sólida de C
em FeCCC (máxima solubilidade: 0,02%C
a 727ºC)
FeCCC FeCFC
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
Sistemas Fe – C e Fe – Fe3C Diagrama de fases do sistema Fe - Fe3C
Família dos aços & Família dos ferros
fundidos
Principais microconstituintes:
Peritética: δ + L > γ
temperatura peritética: 1495°C
composição peritética: 0,25%C
ponto peritético: 1495°C e 0,25%C
2 - Liga Hipoeutetóide:
2 1 3 α + (α + Fe3C)
→ Ferrita + Perlita
3 - Liga Hipereutetóide:
β + (α + Fe3C)
→ Cementita + Perlita
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
Reação eutética: L 4,3%C → γ 2,11%C + Fe3C 6,67%C a 1148ºC
Liga Eutética → corresponde à liga de mais baixa temperatura de fusão
Composição 1 – Eutética γ + Fe3C
Composição 2 – Hipoeutética γ +( γ + Fe3C)
Composição 3 – Hipereutética Fe3C +( γ + Fe3C)
2 1 3
Diagrama de
fases do
sistema Fe -
Fe3C
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
Diagrama de fases do sistema Fe - Fe3C
Quanto mais negativo for ΔG, maior a força motriz e maior a tendência de
ocorrer a reação.
HL – HS = L
Calor latente L: L = HL – HS = T ΔS (ΔS = 2 a 5cal.grau-1.at.g-1)
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
Solidificação: abordagem termodinâmica e cinética
Superaquecimento e super-resfriamento
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
Curva de resfriamento: Super-resfriamento → ΔT
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
Solidificação de ligas metálicas:
Intervalo de solidificação:
ΔT = TL – TS
H = HSfS + HLfL
Onde: HS e HL – entalpia
do sólido ; (S) e do líquido (L);
fS e fL – frações de sólido (S) e líquido (L)
4
GV r 3(G2 G1) GS 4r 2TSL
3
G2 G1 ( H S H L ) T ( S S S L ) 4 T
G ( r 3 ) LV (4r 2 )TSL
4 T 4 T 3 TF
GV r 3 L(1 ) r 3 L
3 TF 3 TF
LV – calor latente de fusão; ΓSL- tensão superficial entre as fases sólida e líquida (sempre
positivo) ; ΔGC – energia de ativação para formar um núcleo estável de raio rc
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
ΔGT = ΔGS – ΔGV ≤ 0
r < rC → núcleos
Diluem
r > rC → núcleos
crescem
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
Influência do super-resfriamento
4 T
G ( r 3 ) LV (4r 2 )TSL
3 TF
(G )
0
r
2T T
r SL F
LV T
16TSL3 TF2
G
3( LV T ) 2
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
O aumento do super-resfriamento é um fator estimulante da nucleação ⇒
redução do raio crítico e da energia crítica Os metais de modo geral
apresentam:
T
0 , 2 TSL≅10-5cal/cm2 ; LV ≅102cal/cm2
TF
rC ≅10-7cm = 10Å ⇒ núcleo homogêneo de um metal tem a forma
aproximadamente esférica ordenada estruturalmente por cerca de 200 a 300
átomos.
Freqüência ou intensidade de nucleação (I) → parâmetro que traduz a
quantidade de núcleos que aparece por unidade de volume no metal líquido e na
unidade de tempo.
a - distância que um átomo do líquido deve saltar
2 para agregar-se ao embrião sólido (m)
D 4rC 16TSL3 TF
I 2 2 C L . exp 2 2
CL - número de átomos/m3 no líquido
a a 3 LV T kT D - coeficiente de difusão no líquido (m2/s)
K - constante de Boltzmann = 1,38.10-23J/K
T - temperatura de nucleação (TF - ΔT)
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
Nucleação Heterogênea
A solidificação ocorre a partir de superfícies pré-existentes tais como: partículas
sólidas em suspensão no líquido, paredes de molde, uma película de óxido na
superfície do líquido ou elementos ou compostos inseridos propositadamente.
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
onde:
σLT – energia superficial líquido/substrato; σST – energia superficial
sólido/substrato; σSL – energia superficial sólido/ líquido; θ – ângulo de
molhamento
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
ΔG = SSL σSL + SST(σST - σLT ) + V ΔGV ; onde :
SSL – superfície sólido/líquido = 2πr2(1-cosθ) T
SST – superfície sólido/substrato = πr2(1-cos2θ)
L
TF
V – volume da calota esférica = 1/3.πr3(2-3cos θ + cos3 θ)
2 SLTF
ΔGV – variação da energia livre/unidade de volume rC
LT
3
16 SL TF2 1 3
GC
2
( 2 3 cos cos
3( LT ) 4
3 2
16 T
Metais ⇒ I 10 3 . exp SL
2
F
f
3 L T kT
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
Inoculação para refino de grão
Propriedades mecânicas ⇒ estrutura
Estrutura refinada: resfriamento controlado (taxas de resfriamento elevadas) ou
utilização de agentes nucleantes.
Eficiência do agente nucleante: aumenta à medida que produz menores
ângulos de contato entre a partícula nucleante e o núcleo sólido que está se
formando. -Elevada energia de superfície entre a partícula e o líquido: σSL
-Baixa energia de superfície entre o sólido formado e a partícula: σST
Agente nucleante:
1- Similaridade entre os parâmetros das redes cristalinas do núcleo e do
substrato ⇒ as an ⇒índice de epitaxia
e
an
as= espaçamento da rede cristalina do substrato; an= espaçamento da rede
cristalina do núcleo
2- Afinidade química entre o núcleo e o substrato; 3- Deve ser o mais estável
possível (insolúvel no líquido); 4- Deve apresentar um máximo de área superficial
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Solidificação de metais e ligas ferrosas e não-ferrosas
Exemplos de agentes inoculantes:
Titânio e Boro para ligas de alumínio
Ferro-Silício para nucleação da grafita nos ferros fundidos
Carbono e Zircônio para ligas de magnésio
Ferro ou Zircônio para ligas à base de cobre
Arsênico e Telúrio para ligas de chumbo
Titânio para ligas de zinco
Nióbio e Titânio para aços carbono
Agente inoculante: Titânio e Boro para ligas de alumínio
Modelagem
Moldagem
Macharia
Vazamento
Desmoldagem
Limpeza e Rebarbação
Controle de qualidade
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Etapas básicas do processo de fundição
Tecnologia da Fundição
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Etapas básicas do processo de fundição
Modelagem
Operação que consiste na fabricação do modelo, de caixas de machos e,
por extensão de todos os elementos de manufatura, necessários à
fabricação de uma peça fundida.
Modelos em madeira
1.São os mais usados no caso de fundição em areia
2.Apresentam baixo custo e facilidade de dar-lhes forma
3.Podem ser usados como modelos soltos ou em placas
4.Muito usado como modelo padrão, devendo-se observar, neste caso, o
problema da dupla contração
5.Maior problema: umidade
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Etapas básicas do processo de fundição
Modelos em madeira
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Etapas básicas do processo de fundição
Modelos metálicos
São usados quando se necessita de:
1.Elevada resistência ao desgaste
2.Estabilidade dimensional
3.Usinabilidade
4.Acabamento superficial bem fino após usinagem
5.Facilidade de desmoldagem
6.São especialmente indicados para a produção de grandes séries de peças,
especialmente em placas-modelo para moldagem em máquina
2)Contração linear
3)Ângulo de saída
4)Marcações
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Etapas básicas do processo de fundição
Caixas de machos: os princípios técnicos empregados para produzir e
projetar caixas de machos são praticamente os mesmos utilizados na
confecção de modelos
Moldes Colapsáveis
Moldes Semi-Permanentes
Moldes Permanentes
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Classificação dos processos de fundição
1 - Moldes Colapsáveis
Areais verde; Areia seca (estufada); Processo silicato de sódio/CO2; Areia
Cimento Areia + ligantes inorgânicos
Moldagem em Casca (Shell molding); Processo de cura a frio (cold box)
Areia + ligantes orgânicos
Processo em molde Cheio; Moldagem a vácuo; Processo de moldes
congelados Areia sem ligantes
Processo em cera perdida (investment casting) Outros refratários ≠Areia
2 - Moldes Semi-Permanentes
Gesso, Grafite, Molde externo metálico e interno (macho) em areia
3 – Moldes Permanentes
Fundição por gravidade; Fundição sob pressão (Die Casting); Fundição por
Centrifugação; Fundição contínua.
Obs.: O molde deve conter, além da cavidade da peça e marcações, os canais para
vazamento do metal.
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Classificação dos processos de fundição
Fundição em areia Neste processo a mistura formadora do molde é constituída de:
Elemento granular refratário(areia base) + Elemento aglomerante(orgânico,
inorgânico) com ou sem a presença de água.
O estudo da areia base deve ser feito com base em três aspectos principais:
o Granulametria, que compreende o tamanho médio e a forma dos grãos e a distribuição
granulométrica
o Comportamento térmico, avaliado pela refratariedade, estabilidade dimensional e
difusividade térmica
o Comportamento químico em relação ao metal fundido
Areias usadas em fundição
Sílica: produzida pela decomposição do granito, funde a 1725ºC e tem densidade
relativa igual a 2,65g/ml
Zirconita: é um silicato de zircônio, funde a 2500ºC e em densidade relativa igual a
4,7g/ml
Cromita: é constituída principalmente de óxidos de cromo e ferro, funde a 2200ºC e
tem densidade relativa igual a 4,5g/ml
Olivina: é um mineral constituído essencialmente de por ortosilicato de magnésio e
ferro, funde a 1800ºC e tem densidade relativa igual a 3,4g/ml
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Classificação dos processos de fundição
Propriedades exigidas às areias de fundição:
-Estabilidade térmica e dimensional a elevadas temperaturas
-Distribuição de forma e tamanho de partículas adequada
-Não apresentar reatividade química com o metal fundido
-Não apresentar uma molhabilidade fácil com o metal fundido
-Estar livre de partículas de baixo ponto de fusão
-Estar livre de produtos que gerem gases às altas temperaturas envolvidas
-Apresentar composição uniforme
-Ter compatibilidade com o aglomerante
-Apresentar baixo custo
Areia base: Tamanho de grão Vazios em areia grossa e em areia fina
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Classificação dos processos de fundição
Propriedades e características das areias de fundição:
2.Baixo custo
toneladas)
2. Mecanicamente: Socamento–Impacto
3. Compressão
4. Compressão vibratória
5. Sopragem
Desvantagens: •Custo elevado do molde metálico para produção do modelo em cera.; •Lama
refratária é cara; •Custo de equipamentos e mão de obra elevado; •Processo trabalhoso e lento.
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Classificação dos processos de fundição
Moldagem pelo Processo em Cera Perdida (InvestmentCasting): Fotos
Tintas Usadas nos Processos de Fundição As tintas refratárias são usadas nos
processos de fundição para melhorar o acabamento superficial, impedir ou minimizar o
aparecimento de certos defeitos e permitir a fácil desmoldagem da peça fundida.
Composição básica das tintas refratárias 1) Uma ou mais cargas minerais refratárias;
2) Solventes / Veículos (água, solventes inflamáveis e autosecativos); 3) Agentes de
suspensão; 4) Fixador / Aglomerante
Tipos de tintas De acordo com a aplicação: tintas para moldes e machos em areia e
tintas para coquilhas
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Classificação dos processos de fundição
Tintas Usadas nos Processos de Fundição
Principais cargas refratárias usadas em moldes e machos de areia:
1) Materiais contendo carbono: grafite e coque moído
2) Silicatos: silicatos de zircônio, silicato de magnésio e silicato de alumínio
3) Óxidos: óxido de magnésio, dióxido de silício e óxido de alumínio
Principais cargas refratárias usadas em coquilhas
As tintas são principalmente à base de caolim, silicato de sódio, grafita e água
Tintas Usadas para Coquilhas As principais funções das tintas na fundição em coquilha
são: 1) Controlar o fluxo de metal durante o preenchimento da cavidade da coquilha,
garantindo que o metal líquido alcance todas as partes da coquilha com temperatura
suficiente para evitar defeitos de enchimento; 2) Controlar o gradiente térmico para obter
solidificação direcionada, evitando peças com rechupes; 3) Facilitar a extração da peça;
4) Produzir bom acabamento superficial; 5) Proteger a superfície da coquilha contra o ataque
do metal vazado, diminuindo o choque térmico.
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Defeitos em peças fundidas
Classificação Geral dos Defeitos de Fundição
Defeitos de ordem metalúrgica; Defeitos devido ao molde; Defeitos devido à concepção
dos sistemas de canais e massalotes.
Para materiais com grande intervalo de solidificação a formação típica das dendritas leva
ao aparecimento de microporosidades, como mostrado abaixo.
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Defeitos em peças fundidas
Resumo dos principais defeitos de fundição, suas causas e formas de eliminação
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Defeitos em peças fundidas
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Defeitos em peças fundidas
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Defeitos em peças fundidas
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Defeitos em peças fundidas
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Defeitos em peças fundidas
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Defeitos em peças fundidas
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Defeitos em peças fundidas
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Defeitos em peças fundidas
PROCESSO DE FUNDIÇÃO
Defeitos em peças fundidas