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Professor: Rômulo
Aluno: Marcos Antonio Batista Gonçalves
Matrícula: 082017-2
Sumário
Página
1 Introdução 3
2 Soldabilidade 4
5.1 Porosidades 9
5.2 Trincas 9
5.2.1 Trincas de solidificação 9
5.2.1 Trincas induzidas por hidrogênio 10
5.3 Segregação de fases 10
Bibliografia 13
Esse trabalho, em especial, tem por objetivo fazer uma breve exposição sobre a metalurgia
de soldagem em Aços Carbono e Aços de Baixa Liga.
A maioria das ligas metálicas é soldável. Algumas são muito mais difíceis de serem
soldadas por um dado processo do que outras.
Na soldabilidade de determinado material, é fundamental definir o processo, o
procedimento de soldagem e sua aplicação.
Figura 1
Zona de Fusão (ZF) e Zona
Termicamente Afetada (ZTA) –
(esquemático)
Os aços são basicamente ligas de ferro e carbono, cujo teor deve ser inferior a 2% em
peso, contendo ainda diversos outros elementos residuais de seu processo de
fabricação ou adicionados intencionalmente visando a obtenção de certas
propriedades.
Compreendem o grupo de ligas mais usadas pelo homem, pela abundância de matéria
prima básica, relativa facilidade de refino, baixo custo e vasta gama de propriedades
obtidas pela adição de elementos de liga e pelo controle de sua estrutura por
tratamentos térmicos e mecânicos. Em particular, são também os materiais mais
utilizados em estruturas soldadas.
De acordo com o seu teor de carbono, os aços podem ser divididos em três grupos:
Um aço com 0,45%C, aquecido a 900ºC, apresenta uma estrutura austenítica (fase γ
- estrutura cristalina cúbica de face centrada - CFC), que é a fase estável a esta
temperatura, segundo o diagrama Ferro X Carbono (Figura 3). Se este aço for
resfriado lentamente a partir desta temperatura, ao alcançar a linha GS (775ºC), os
primeiros cristais de ferrita (fase α - estrutura cristalina cúbica de corpo centrado –
CCC) começarão a ser formados. À medida que o aço se resfria, mais ferrita se forma
e a quantidade de austenita diminui. Quando a temperatura de 727ºC é alcançada, a
austenita remanescente se transforma em ferrita e cementita, dando origem a perlita.
Após esta reação, o material não sofre mais nenhuma alteração significativa em seu
resfriamento até a temperatura ambiente. Assim, a sua microestrutura final será
constituída de ferrita pró-eutetóide (formada antes da reação eutetóide) e perlita.
Um aço com cerca de 0,8%C, resfriado lentamente a partir da austenita, apresentará,
na temperatura ambiente, uma microestrutura constituída essencialmente por perlita.
Um aço com 0,95%C, quando resfriado lentamente a partir da região austenítica, terá
a cementita (Fe3C) como constituinte pró-eutetóide. A cementita começa a se formar
quando, no resfriamento, a linha SE é alcançada (800ºC). Na sequência do
resfriamento, mais cementita se forma enquanto a quantidade de austenita diminui. Na
temperatura de 727ºC, a austenita se transforma em perlita. À temperatura ambiente,
o aço será constituído de cementita pró-eutetóide, localizada geralmente nos antigos
contornos de grão da austenita, e por perlita.
As estruturas descritas são formadas para condições de resfriamento tais que as
transformações ocorram no equilíbrio. À medida que a velocidade de resfriamento é
aumentada, as transformações tendem a se afastar do equilíbrio e a granulação se
torna mais fina.
A microestrutura final dependerá, além da velocidade de resfriamento, da composição
química do aço, do tamanho de grão da austenita e de sua homogeneidade.
O aço é basicamente uma liga de ferro e carbono cujos níveis de resistência e de dureza
variam em função da quantidade de carbono dissolvida no ferro. Os aços carbono são
classificados quanto à composição química em quatro grupos, dependendo de seus níveis
de carbono como segue:
Os aços de baixo carbono e aços “doces” são os grupos mais produzidos devido a sua
relativa resistência mecânica e boa soldabilidade.
Os aços de baixa liga, como o próprio nome diz, contêm pequenas quantidades de
elementos de liga que produzem consideráveis melhorias em suas propriedades mecânicas.
Os elementos de liga são adicionados para melhorar a resistência mecânica e a tenacidade;
para diminuir ou aumentar a resposta ao tratamento térmico e para retardar os processos
de formação de carepa e corrosão.
• Manganês (Mn)
• Silício (Si)
• Cromo (Cr)
• Níquel (Ni)
• Molibdênio (Mo)
• Vanádio (V)
5.1. Porosidades
5.2. Trincas
A maioria dos aços pode ser soldada com um metal de solda de composição similar à
do metal de base. Muitos aços com alto teor de liga e a maioria das ligas não ferrosas
requerem eletrodos ou metal de adição diferentes do metal de base porque possuem
uma faixa de temperatura de solidificação maior do que outras ligas. Isso torna essas
ligas suscetíveis à fissuração de solidificação ou a quente, que pode ser evitada
mediante a escolha de consumíveis especiais que proporcionam a adição de
elementos que reduzem a faixa de temperatura de solidificação. A fissuração a quente
também é fortemente influenciada pela direção de solidificação dos grãos na solda.
Soldas em aços de baixo carbono que porventura possam conter alto teor de enxofre
podem se comportar dessa forma, de modo que pode ocorrer fissuração no centro da
solda. Mesmo com teores normais de enxofre pode ainda existir a linha fraca no centro
da solda que pode se romper sob as deformações de soldagem, sendo por este
motivo que cordões de penetração muito profunda são normalmente evitados.
Podemos observar que todos os defeitos listados têm como causa principal ou uma
das causas principais, alguma variável que afeta o ciclo térmico da operação de
soldagem.
Essa variável pode ser de natureza operacional (energia de soldagem, temperatura de
pré ou pós-aquecimento), geométrica (espessura da junta, geometria da junta), dos
próprios materiais envolvidos (condutividade térmica, granulação, microestrutura), ou,
ainda, de natureza externa (impurezas, materiais contaminantes).
Para uma mesma condição de soldagem, uma junta de maior espessura permite
um escoamento mais fácil do calor por condução. Assim, quanto mais espessa a
junta, mais rapidamente esta tenderá a se resfriar durante a soldagem, resultando
numa granulação mais grosseira tornando o material mais propenso a trincas.
Bibliografia