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História Eclesiástica I
HISTÓRIA DA IGREJA
Os cristãos nutrem um interesse especial pela história, porque os
fundamentos da sua fé estão firmados na história. Deus fez-se homem e
viveu no tempo e no espaço na pessoa de Cristo. O Cristianismo tem
sido a mais global e universal de todas as religiões que surgiram no
passado no Oriente Próximo e no Oriente Médio. Além disso, tem sido
cada vez mais influente na história da raça humana. A história da igreja
é, pois, um assunto de enorme relevância para o cristão que deseja
estar informado sobre sua herança espiritual, para imitar os bons
exemplos do passado, e evitar os erros que a igreja freqüentemente
tem cometido.
I PERÍODO
A Igreja Apostólica Pentecostal ou Era Apostólica
PAIS DA IGREJA
II PERÍODO
As Perseguições Imperiais
(duraram aproximadamente 200 anos)
III PERÍODO
A Igreja Imperial
local escolhido foi Bizâncio1, cidade cuja existência contava cerca de mil
anos, e estava situada no ponto de contato entre a Europa e a Ásia.
Constantino estabeleceu a capital, e planejou a construção da grande
cidade mundialmente conhecida durante muitos anos por
Constantinopla, a cidade de Constantino, atualmente Istambul
(Turquia). Na nova capital não havia templos dedicados aos ídolos,
porém não tardou que se edificassem várias igrejas. A maior de todas
ficou conhecida como a de Santa Sofia, “Sabedoria Sagrada”. Foi
edificada por ordem de Constantino.
Logo depois da fundação da capital, deu-se a divisão do império. As
fronteiras eram demasiado extensas e o perigo de invasão de bárbaros
era tão grande que um imperador sozinho não podia proteger seus
vastos domínios. Constantino deu início e Teodósio no ano de 395
completou a separação. Desde o governo de Teodósio, o mundo romano
foi dividido em Oriental e Ocidental, separado pelo mar Adriático.
O Império Oriental era denominado de grego, ao passo que o
Ocidental era chamado Latino, em razão do idioma que prevalecia em
cada um deles. A divisão do império foi um presságio da futura divisão
da igreja.
Um dos fatos notáveis da História foi a rápida transformação de um
vasto império, de pagão que era, para cristão.
A conversão dos pagãos crescia rapidamente, demasiado
rapidamente, para o bem-estar da igreja. Contudo, os primeiros
imperadores cristãos que sucederam a Constantino procuraram acelerar
ainda mais o movimento de conversões, mediante uma série de leis
drásticas e opressoras. Logo após o reinado de Constantino, seu filho
decretou a pena de morte e o confisco de propriedade, para todos os
adoradores de ídolos.
O crescimento e a expansão da Igreja foi a causa da organização e
da disciplina. A perseguição aproximou as igrejas e exerceu influência
para que elas se unissem e se organizassem. O aparecimento das
heresias impôs, também, a necessidade de se estabelecerem alguns
artigos de fé, e com eles, algumas autoridades para executá-las.
Outra característica que distingue esse período é sem dúvida o
desenvolvimento da doutrina. Na era apostólica a fé era do coração,
uma entrega pessoal à vontade de Cristo. Entretanto, no período que
agora focalizamos, a fé gradativamente passara a ser mental, era uma
fé do intelecto, fé que acreditava em um sistema rigoroso e inflexível de
doutrinas. O credo Apostólico, a mais antiga e mais simples declaração
da crença cristã, foi escrita durante esse período2.
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Cerca de 330
2
Cerca de 390
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Estoicismo - A escola estóica foi fundada no século III a.C. por Zenão
de Cítio (de Cittium), e que preconizava a indiferença à dor de ânimo
oposta aos males e agruras da vida, em que reunia seus discípulos sob
pórticos ("stoa", em grego) situados em templos, mercados e ginásios.
Foi bastante influenciada pelas doutrinas cínica e epicurista. O
estoicismo é uma doutrina filosófica que propõe viver de acordo com a
lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação
a tudo que é externo ao ser. O homem sábio obedece à lei natural
reconhecendo-se como uma peça na grande ordem e propósito do
universo.
O estoicismo floresceu na Grécia com Cleantes de Assos e Crisipo de
Solis, sendo levada a Roma no ano 155 a.C. por Diógenes de Babilônia.
Ali seus continuadores foram Marco Aurélio, Séneca, Epiteto e Lucano.
AS CONTROVÉRSIAS
Concílios Ecumênicos
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Monástico – Doutrina segundo a qual a melhor maneira de se agradar a Deus é retirar-se do convívio
social para dedicar-se à ascese, à oração e ao estudo dos livros santos. Ascese – Exercícios que tem como
objetivo levar o homem à realização plena da virtude. É a mortificação da carne.
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O MONASTICISMO
IV PERÍODO
A Igreja Medieval
No período que vamos considerar, que durou quase mil anos, nosso
interesse se dirigirá para a Igreja Ocidental, ou Latina, cuja sede e
autoridade estavam em Roma, que continuava a ser a cidade imperial,
apesar de seu poderio político haver desaparecido.
O fato mais notável nos dez séculos da Idade Média foi o
desenvolvimento do poder papal.
O papa de Roma, que já afirmava ser “bispo universal” e chefe da
igreja, agora o veremos reclamando a posição de governante das
nações, acima de reis e imperadores.
Religiosamente, a eleição do papa Gregório I, chamado o Grande
(590) marcou o início do período da história da Igreja, que chamamos de
Cristianismo Medieval. Seu caráter era irrepreensível, austero, possuía
grande habilidade administrativa e era um verdadeiro estadista;
também foi um grande escritor, marcado pela originalidade e erudição;
interessava-se pela música e pelos rituais eclesiásticos. Sua autoridade
foi reconhecida além das fronteiras de seu patriarcado ocidental.
Gregório divulgou a cultura religiosa, reorganizou a administração
papal, determinou à atuação papal, impulsionou a construção de
hospitais, orfanatos e residências para pobres em Londres.
Uma das razões porque o governo da sede romana era tão
amplamente aceito no início desse período, explica-se pelo fato de que,
a influência dos papas era sentida principalmente no fortalecimento da
justiça. A igreja se pôs entre os príncipes e seus súditos, a fim de
reprimir a tirania e a injustiça, para proteger os fracos e para exigir os
direitos do povo. Nos palácios dos governantes, mais de um governador
foi obrigado a receber a esposa que repudiara sem causa, e a observar
pelo menos as formas exteriores da decência, por imposição dos papas.
Houve é certo, muitas exceções, pois houve papas que cortejavam
reis e príncipes ímpios. Contudo, em sentido geral, o papado, no início
da Idade Média, era favorável aos governos justos e honestos.
Durante esses séculos de instabilidade, a igreja era a única
instituição firme. As reclamações de domínio por parte de Roma eram
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AS FRAUDES PIAS
Ainda que pareça estranho, o fato é que na Idade Média, uma série
de “fraudes pias” foram divulgadas a fim de manter o prestígio e a
autoridade de Roma.
Em uma época científica e de homens inteligentes, essas fraudes
seriam investigadas, desaprovadas e desacreditadas. Entretanto, a
erudição da Idade Média não entrava no terreno da crítica. Ninguém
duvidava dos documentos que circulavam de modo amplo, e eram
aceitos por todos, e por meio deles as afirmações de Roma eram
sustentadas.
Por alguns séculos circulou uma narrativa dando conta de supostos
milagres da cura e conversão de Constantino pelo bispo de Roma.
Agradecido Constantino teria feito generosas concessões de privilégios
e de terras ao bispo. Estes relatos, reunidos num documento conhecido
como “Doação de Constantino” tiveram ampla circulação na Idade
Média. O documento foi usado pelo papa na Idade Média como suporte
às suas reivindicações de posses temporais e poder nos reinos temporal
e espiritual. À formulação do documento parece datar de meados do
século VIII, pois estava em circulação quando Pepino fez sua grande
doação de terras na Itália ao papa.
No documento, Constantino saudava a Silvestre e aos bispos da
igreja e narrava que fora curado de lepra e batizado por Silvestre. Em
troca, afirmava que a igreja de Roma deveria ter proeminência sobre
todas as outras, sendo o seu bispo o bispo supremo da igreja.
Constantino, então, mudou-se para Constantinopla para não interferir
nos direitos imperiais do papa.
Um dos documentos da série fraudulenta foi o que passou a ser
conhecido como “Decretais Pseudo-Isidorianas”, publicado no ano 850.
Afirmava-se que eram decisões adotadas pelos bispos primitivos de
Roma, desde os apóstolos. Nesse documento apresentam as maiores
reivindicações, tais como a supremacia absoluta do papa de Roma
sobre a Igreja Universal; a independência da igreja do Estado, entre
outras coisas absurdas.
O CISMA PAPAL
Os papas do cisma
• Em Roma
o Papa Urbano VI (r. 1378 - 1389)
o Papa Bonifácio IX (r. 1389 - 1404)
o Papa Inocêncio VII (r. 1404 - 1406)
o Papa Gregório XII (r. 1406 - 1417)
• Em Avingnon
o Antipapa Clemente VII (r. 1378 - 1394)
o Antipapa Benedito XIII (r. 1394 - 1417)
• Em Pisa
o Antipapa Alexandre V (r. 1409 - 1410)
o Antipapa João XXIII (r. 1410 - 1417)
O MAOMETISMO (ISLAMISMO)
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Nesta noite foram mortos em torno de 20.000 huguenotes.
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Huguenote: nome dado aos protestantes na França
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AS CRUZADAS
PRECURSORES DA REFORMA
ANEXO I
ANEXO II
CREDO APOSTÓLICO
Comentário:
Apesar de receber o nome de Apostólico, não temos nenhuma
evidência de que foi escrito pelos próprios apóstolos ou por alguns
deles. O título "Credo Apostólico" foi usado pela primeira vez em 390,
no Sínodo de Milão. Em 404, Tirano Rufino escreveu um comentário do
credo, contando a história de sua provável origem (de que no dia de
Pentecostes os apóstolos, antes de cumprir a ordem de ir aos confins da
terra, teriam se reunido e cada um contribuído com alguma parte do
credo). Há evidência, no entanto, de que um credo muito semelhante a
este já era usado no ano 150.
A verdade, talvez, nunca se saberá. Entretanto, ninguém de sã
consciência negará que esse credo reproduz autenticamente o ensino
dos apóstolos, fundamentado nas verdades das Escrituras (1 Co 8.6;
12.13; Fp 2.5-11; 1 Tm 2.4-6; 1 Tm 3.16).
ANEXO III
1- Fariseus
Em sua maioria, os fariseus eram leigos, ainda que entre eles fossem
encontrados alguns levitas e membros do Sinédrio (Atos 5:34).
Consideravam-se sucessores de Esdras e dos primeiros escribas. Eram
os freqüentadores das sinagogas e buscavam divulgar a interpretação
da Lei escrita e oral.
2- Saduceus
3- Essênios
4- Herodianos
5- Zelotes
6- Outros grupos
Quando Jesus Cristo iniciou sua pregação foi visto como mais um dentre
os diversos grupos que já possuíam interpretações próprias da lei.
Contudo, a mensagem de Cristo mostrou-se revolucionária, chegando a
formar uma nova religião. Jesus soube colocar o homem acima da Lei e
das tradições e proclamou que qualquer mudança só poderia se iniciar a
partir do coração do homem que, pela fé em seu sacrifício salvador, era
restaurado.
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BIBLIOGRAFIA