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PROJETOS INDUSTRIAIS
TREINAMENTO E CONSULTORIA TÉCNICA
• EXERCÍCIOS..................................................pág. 1
DIMENSIONAMENTO DE
TAMBORES........................................................pág. 4
• Cálculo do número de espirais
• TAMBORES RANHURADOS..............................pág. 5
• Moitão Gêmeo
• Verificação do ângulo
• Verificação da proporcionalidade
• Materiais utilizados na fabricação de
tambores.......................................................pág. 6
• SOLICITAÇÕES NO TAMBOR...........................pág. 6
POTÊNCIA DE LEVANTAMENTO...........................pág. 8
POTÊNCIA DE TRANSLAÇÃO...............................pág. 12
• Exercícios
Exercícios:
- PELA ABNT
DP ou T ≥ H1 . H2 . dc min
Onde:
DP ou T = Diâmetro de enrolamento das polias ou tambor, tomando o diâmetro nas
linhas de centro do cabo.
H1 = Coeficiente tabelado em função do grupo mecânico.
H2 = Coeficiente tabelado em função do número de flexionamentos do cabo.
Normalmente H2 = 1,0
- PELA DIN
V8 - 1
Exercícios:
MOITÃO SIMPLES
É aquele onde uma das extremidades do cabo é amarrada a um ponto fixo, enquanto
a outra vai para o tambor de enrolamento.
MOITÃO GÊMEO
No moitão gêmeo tem-se uma construção equivalente a dois moitões simples
trabalhando em paralelo. Usando este tipo de moitão, anula-se possível balanço da
carga do que se fosse utilizado o moitão simples.
No caso do moitão gêmeo sempre o cabo vai para o tambor saindo de polias móveis e
sempre as duas pontas do cabo vão para o tambor.
Essas perdas são expressas como rendimento da polia (ηp) que em média vale:
→ Para mancais de escorregamento (bronze) = 0,96
c Para mancais de rolamento = 0,98
V8 - 2
→ Rendimento de um moitão simples:
1 - ηn p
η =
n(1 - ηp )
n = número de ramais de cabos
Fórmula:
Q + go
Fmáx = [kgf ]
n . ηmoitão
Onde: go = peso do moitão + peso do gancho etc...
Obs.: Para o cálculo da força máxima, “n” é o número de ramais, indiferente se o
moitão é simples ou gêmeo.
Exercícios:
V8 - 3
DIMENSIONAMENTO DE TAMBORES
1º TAMBORES LISOS
São utilizados nas montagens onde se tem o problema de espaço, como por exemplo
nos guindastes, sendo somente utilizados para moitão simples, pois assim será
possível o enrolamento do cabo em mais de uma camada no tambor, sendo para isso
sempre a utilização de cabos com alma de aço para evitar o esmagamento do cabo.
Onde:
Dt = Diâmetro do tambor
dc = Diâmetro do cabo
Pc = Passo
Neste caso o passo Pc = dc
Dp = Diâmetro primitivo.
LC = comprimento do cabo
LC = n . H
Onde:
n = número de ramais do moitão simples.
H = altura de levantamento
LC ne . dc
ne = nc =
π . Dp Lt
V8 - 4
2° TAMBORES RANHURADOS
LC
ne = ne total = ne + 2 a 3 Para cada
π . Dp T lado.
P
tgβ = Onde:
π . DpT β ≅ 1º
Lt
2 ≤ ≤ 8
Dt
V8 - 5
MATERIAIS UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DE TAMBORES
SOLICITAÇÕES NO TAMBOR
1º COMPRESSÃO RADIAL
Esta tensão é proveniente do enforcamento localizado, devido ao enrolamento do
cabo de aço no tambor. Considerando um anel do tambor de espessura “h “ e largura
igual ao passo “p “, teremos:
Fmáx cabo
τ CR = I
2p . h
compressão
2º FLEXÃO LOCALIZADA
1
τ Flec . = 0,96 . Fmáx . 4
II
Loc . D . h6
2
τ CR + τ Flec. ≤ τ . III
Loc.
Obs.: 01. Para resolver as equações acima, devemos adotar um valor para “h “, nas
equações I e II e depois, verificar este valor adotado na equação III.
02. τ = 1000 kgf / cm2 para SAE 1020
τ = 500 kgf / cm2 para GG18
(cuidado com as unidades)
03. Os valores da tensão admissível anterior ( τ ) podem ser aumentadas em
até 20% quando se está projetando em grupos mecânicos bastante baixos.
V8 - 6
DIMENSIONAMENTO DAS FLANGES LATERAIS
As flanges laterais dos tambores devem ter espessura suficiente para resistir ao
flexionamento que será provocado pelas forças na direção axial do tambor,
provenientes da puxada lateral da carga a ser transportada.
Força Axial
2 d1 H
τ flexão = 1,44 ( 1 - . ) (espessura da flange)
flange 3 D hf 2
τ flexão ≤ τ
flange
Exercícios:
1. Uma ponte rolante de 25 ton. de capacidade deverá ser construída para moitão
gêmeo. Obter as dimensões do tambor para essa ponte, sendo dados:
- Peso aproximado do moitão = 480kg.
- Ponto rolante de oficina para elevação de grande capacidade.
- Polias com mancal de rolamento.
- Altura de levantamento = 7 metros.
- Espaço para fixação → a = 100 mm.
2. Uma ponte rolante será projetada para 5 horas de uso diário, sendo que a
metade do tempo de funcionamento com 1/3 da carga útil. A capacidade de
carga é de 10 ton. e o moitão de 4 ramais. Dimensionar o cabo e o tambor,
sendo dados:
- Mancal da polia = rolamentos.
- Altura de levantamento = 10m.
- Espaço para fixação do cabo a = 100mm.
V8 - 7
POTÊNCIA DE LEVANTAMENTO
Q . V1 . 1000
N= [CV ]
60 . 75 . η transmissão
Onde:
Q [ton.] = peso da carga
V1 [ m / min] = velocidade de subida da carga
- RENDIMENTO DO TAMBOR
η tambor = 0,98
- RENDIMENTO DO MOITÃO
Já foi calculado anteriormente ou tabela pg. V11-1
120 . f 120 . 60
ns = = = 1800 rpm
P 4
nas = 0,95 . 1800 = 1710 rpm que é a rotação real no eixo do motor
Obs.: ns = rotação síncrona
nas = rotação assíncrona
f = frequência da rede elétrica, no caso do Brasil, a frequência é de 60 Hz.
V8 - 8
Portanto:
Até 1:5 Temos 1 par
De 1:5 a 1:25 Temos 2 pares
De 1:25 a 1:125 Temos 3 pares
De 1:125 a 1:625 Temos 4 pares
Temos:
ηredutor = 0,98566 . 0,972
Logo: ηredutor = 0,86 ou seja 86%
Exercícios:
01. Dada uma ponte rolante de capacidade 10 ton. e com velocidade de subida da
carga de 8 m/min., utilizando um moitão de 4 ramais e um motor de 4 pólos,
dimensionar a potência do motor de levantamento. ( Vcabo, ηtambor iP).
São dados:
Mancal das polias = rolamento
Diâmetro do tambor = 400 mm
03. No projeto de uma ponte rolante de capacidade 25 ton. que elevará a carga a uma
altura de 15 m., a uma velocidade de 10 m/ min, sendo 50 operações por hora
através de um motor que deverá ter uma rotação síncrona de 1200 rpm, as polias
a serem utilizadas terão mancal de rolamento. Com esses dados, dimensionar
pela DIN, o seguinte:
- Diâmetro do cabo de aço.
- Verificação do C. S.
- Diâmetro do comprimento do tambor.
- Potência do motor de levantamento.
V8 - 9
DIMENSIONAMENTO DOS PARES RODA / TRILHO
P
DR min ≥ [mm]
K . b
Onde:
P = carga sobre a roda [kgf]
K = coeficiente de carga [kgf /mm]
b = largura útil do trilho [mm]
O coeficiente K é obtido através da seguinte relação:
K = PL . C1 . C2
Onde:
PL = pressão dada em função do material ou da rupτ.
C1 = coeficiente em função da rpm
C2 = coeficiente em função do grupo mecânico.
Obs.:
rupτ ≅ 0,35 HB mm
2
TABELAS:
PL [ kgf / mm2] τR [ kgf / mm2] rpm C1
4 Onde:
B = b + . r B = largura do trilho (CSN)
3
b = largura útil do trilho
r = raio de arredondamento
- PELA DIN
Utilizando-se a norma Alemã, teremos o seguinte critério de cálculo:
Onde:
P =K . b . D P = carga sobre roda [kgf]
K = coeficiente de carga [kgf / cm2] - Ver V8-11
P b = largura útil do trilho
D= e V12-1 gráfico
K . b D = diâmetro da roda [cm]
V8 - 10
Para se obter o valor de K , recorremos ao gráfico de Tabela . Na tabela obteremos as
durezas de Brinell para vários tipos de trilhos. Comparando este valor com a dureza da
roda, esta será de valor menor, neste caso, basta saber qual a velocidade empregada
à roda em (m / s) e entrar no gráfico no eixo das abcissas, subindo na vertical até a
curva de dureza da roda e ai retirar o valor de K no eixo das ordenadas.
Obs.:
K = 1 . K para serviços leves
K = 0,9 . K para serviços médios
K = 0,8 . K para serviços pesados
Exemplo:
Para – Dureza da roda igual a 150 HB
Trilho TR – 37
Pela tabela, obtemos a dureza do trilho = 210 HB
Portanto, HB roda < HB trilho
Temos velocidade = 60 m /min = 1, /s
No gráfico, V = 1 m /s → K = 54 kgf / cm2
Considerando serviço médio:
K = 0,9K = 0,9 . 54 = 48,6 kgf / cm2.
Tendo o valor de K , podemos calcular o diâmetro da roda.
02 - Uma ponte rolante foi dimensionada visando-se a padronização das rodas pela
norma DIN, as condições de operação são as seguintes:
- carga máxima = 30 ton.
- peso do corpo completo - Go = 4 ton.
- peso da ponte rolante - G = 48 ton.
- velocidade de translação da P. R. = 55 m /min.
- Trilhos TR-37 para a P.R.
- Material da roda dureza 150 HB.
- Ponte para serviços leves.
V8 -- 11
V8 11
POTÊNCIA DE TRANSLAÇÃO ( carro ou ponte)
WT . V . Σ Pesos
N = [CV]
60 . 75 . η Transmissã o
Onde:
WT = É a força necessária no eixo da roda por tonelada de peso nesta. Consegue-se
na pag. em função do diâmetro da roda e tipo de mancal.
V = Velocidade de translação [ m / min]
∑Pesos = Quando translação do carro → ∑ pesos = carga + peso carro.
Quando translação da ponte → ∑ pesos = carga + ponte + carro.
ηTransmissão = ηRedutor
Exercícios:
01- Dimensionar o motor de translação da ponte rolante cuja velocidade é de 80 m /
min e tem as rodas com 1400 mm de diâmetro utilizando mancal de rolamento. O
motor a ser utilizado será de 6 rolos. Utilizar o sistema de translação com um único
redutor. Dados:
- Capacidade → Q = 45 ton.
- Ponte rolante → G = 62 ton.
- Cabine → G = 1,5 ton.
- Carro → Go = 29ton.
Obs.: Considerar sobre potência calculada um fator de serviço de 25% para
dimensionamento do motor.
- motor de 4 pólos
- peso do carro e ponte = 60 ton.
- e a ponte translada com 35 m/min para uma roda de 630 mm.
V8 - 13