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CP. AUT. PROJ.

PROJETOS INDUSTRIAIS
TREINAMENTO E CONSULTORIA TÉCNICA

Volume 8 Elaboração: Proj. Carlos Paladini


Rua Artur Moreira, 197 – Jd. Marek - Santo André – SP - CEP: 09111-380
Fone: (0xx11)4458-5426 - Cel: (0xx11)9135-2562 - E-mail: cpautproj@uol.com.br
Índice Vol. 8:

• EXERCÍCIOS..................................................pág. 1

ƒ CÁLCULOS DOS DIÂMETROS DOS TAMBORES.....pág. 1

ƒ TEORIA SOBRE MOITÕES...................................pág. 2


• Moitão simples
• Moitão Gêmeo
• Cálculo do rendimento do moitão
• Cálculo da força máxima
• Exercícios

ƒ DIMENSIONAMENTO DE
TAMBORES........................................................pág. 4
• Cálculo do número de espirais
• TAMBORES RANHURADOS..............................pág. 5
• Moitão Gêmeo
• Verificação do ângulo
• Verificação da proporcionalidade
• Materiais utilizados na fabricação de
tambores.......................................................pág. 6
• SOLICITAÇÕES NO TAMBOR...........................pág. 6

ƒ DIMENSIONAMENTO DAS FLANGES LATERAIS.....pág. 7

ƒ POTÊNCIA DE LEVANTAMENTO...........................pág. 8

ƒ DIMENSIONAMENTO DOS PARES


RODA/TRILHO...................................................pág. 10
• Tabelas

ƒ POTÊNCIA DE TRANSLAÇÃO...............................pág. 12
• Exercícios
Exercícios:

1. Um guincho reboque será projetado para uma operação diária de 2 horas,


estimando-se que com 30% do tempo em uso a carga útil será de 66% da
máxima admissível, sendo que se tem preferência pelo uso do cabo anti-
girtório e a força máxima do cabo estima-se 1600 kgf, qual o diâmetro do
cabo padronizado?
2. Em uma ponte rolante para 15 toneladas, o peso máximo no cabo é de 3,5
toneladas, sendo utilizado em oficina para pequena capacidade, mas
sempre que em uso, está em plena carga. Qual o diâmetro do cabo
personalizado?
3. Uma ponte rolante de fundição para 65 ton. Funciona com média de 40
operações / hora, sendo que é utilizada para transporte de material em
fusão. A força máxima no cabo é de 9 toneladas. Qual o diâmetro do cabo
padronizado?
4. Em uma obra, o elevador industrial tem no ramal de seu cabo a força
máxima de 1500 kg. Observando a recomendação do C. S., determinar o
diâmetro do cabo padronizado.

CÁLCULO DOS DIÂMETROS DOS TAMBORES E POLIAS

- PELA ABNT

Como já visto anteriormente, a duração de um cabo de aço depende principalmente do


diâmetro de enrolamento dos elementos como polias e tambores. O valor obtido para
o diâmetro do cabo só será válido se respeitar a seguinte inequação:

DP ou T ≥ H1 . H2 . dc min

Onde:
DP ou T = Diâmetro de enrolamento das polias ou tambor, tomando o diâmetro nas
linhas de centro do cabo.
H1 = Coeficiente tabelado em função do grupo mecânico.
H2 = Coeficiente tabelado em função do número de flexionamentos do cabo.
Normalmente H2 = 1,0

TABELA PARA VALORES DE H1


Grupo Mecânico Tambores Polias Ativas Polias de Compensação
C. C. C. A. C. C. C. A. C. C. C. A.
1MB 16 16 16 18 14 16
1MA 16 18 18 20 14 16
2M 18 20 20 22,4 14 16
3M 20 22,4 22,4 25 16 18
4M 22,4 25 25 28 16 18
5M 25 28 28 31,5 18 20

- PELA DIN

DP ou T = Valor tabela 02 Pág. V10-8

O valor da tabela 02 é obtido em função do grupo mecânico, o mesmo utilizado para a


obtenção do cabo de aço.
Obs.: A normalização dos diâmetros obtidos pelos dois processos se fazem através
das tabelas 07 para polias e tabela 08 para tambores.

V8 - 1
Exercícios:

01. Continuando o exercício n.º 1 de cabos, obter:


Diâmetro da polia ativa e diâmetro do tambor, ambos padronizados.
02. Idem para o exercício n.º 2.
03. Idem para o exercício n.º 3.
04. Idem para o exercício n.º 4.

TEORIA SOBRE MOITÕES

Denomina-se moitão ao conjunto de polias ativas fixas e móveis, e possível polia de


compensação, responsáveis pela sustentação de carga e subdivisão do peso desta
pelos diversos ramais de cabos do conjunto.
Podemos ter dois tipos de moitões:
- Moitão simples
- Moitão gêmeo

MOITÃO SIMPLES
É aquele onde uma das extremidades do cabo é amarrada a um ponto fixo, enquanto
a outra vai para o tambor de enrolamento.

MOITÃO GÊMEO
No moitão gêmeo tem-se uma construção equivalente a dois moitões simples
trabalhando em paralelo. Usando este tipo de moitão, anula-se possível balanço da
carga do que se fosse utilizado o moitão simples.
No caso do moitão gêmeo sempre o cabo vai para o tambor saindo de polias móveis e
sempre as duas pontas do cabo vão para o tambor.

CÁLCULO DO RENDIMENTO DO MOITÃO

Primeiramente vamos verificar o rendimento para uma única polia.

Teoricamente, se analisarmos o sistema mecânico apresentado na figura, chegaremos


a conclusão que se não tivermos acelerações ou frenagens na subida da carga Q, ou
seja, o sistema está sendo considerado à velocidade constante de levantamento (VL).
Teremos, a menos das perdas a seguinte igualdade.
F=Q
Entretanto no sistema teremos a presença das seguintes perdas:
01. → Atrito no mancal da polia
02. → Perdas devido a rigidez do cabo de aço.

Essas perdas são expressas como rendimento da polia (ηp) que em média vale:
→ Para mancais de escorregamento (bronze) = 0,96
c Para mancais de rolamento = 0,98

V8 - 2
→ Rendimento de um moitão simples:

1 - ηn p
η =
n(1 - ηp )
n = número de ramais de cabos

→Rendimento de um moitão gêmeo

Ou seja: Quando se quiser saber o rendimento de um


ηMG = ηMS moitão gêmeo de 8 ramais, saindo da polia móvel, basta
procurar na tabela como se fosse um moitão simples de 4
↑ ↑ ramais, ou calculando, usamos a mesma fórmula do
Usa-se Usa-se moitão simples, só trocando “n “ por “n /2 “.
n
n Para o primeiro exercício:
2 n
2 1 - ηn p 1 - 0,98 4
η = ∴ η= ∴ η = 0,97
n(1 - η p ) 4(1 - 0,98 )
no lugar de N
∴ ηMS 4 ramais = ηMG 8 ramais
CÁLCULO DA FORÇA MÁXIMA

Fórmula:
Q + go
Fmáx = [kgf ]
n . ηmoitão
Onde: go = peso do moitão + peso do gancho etc...
Obs.: Para o cálculo da força máxima, “n” é o número de ramais, indiferente se o
moitão é simples ou gêmeo.

Exercícios:

01. Determinar a força máxima no ramal mais solicitado de um moitão gêmeo de 8


ramais, usado na ponte rolante. A carga é Q = 30 ton. e o peso do moitão é go
630 kgf. Utilizar mancal de rolamento.
02. Determinar a força máxima no cabo de aço de um moitão gêmeo de 4 ramais,
com capacidade para 20 ton. Considerar mancais de rolamento.
03. Determinar a força máxima no cabo de aço de um moitão gêmeo para uma
capacidade de 50 ton.. Considerar mancais de escorregamento.
04. Determinar a força máx. no cabo de uma talha exponencial para capacidade de
25ton., sendo o peso de cada polia 20 kgf. Adotar mancais de escorregamento.

V8 - 3
DIMENSIONAMENTO DE TAMBORES

Os tambores nas máquinas de levantamento são os elementos utilizados para


tracionar e armazenar o cabo de aço do mecanismo de levantamento. Quanto aos
tipos que podem ser construídos, temos os lisos e os ranhurados.

1º TAMBORES LISOS
São utilizados nas montagens onde se tem o problema de espaço, como por exemplo
nos guindastes, sendo somente utilizados para moitão simples, pois assim será
possível o enrolamento do cabo em mais de uma camada no tambor, sendo para isso
sempre a utilização de cabos com alma de aço para evitar o esmagamento do cabo.

Onde:
Dt = Diâmetro do tambor
dc = Diâmetro do cabo
Pc = Passo
Neste caso o passo Pc = dc
Dp = Diâmetro primitivo.

CÁLCULO DO NÚMERO DE ESPIRAIS E CAMADAS

LC = comprimento do cabo
LC = n . H

Onde:
n = número de ramais do moitão simples.
H = altura de levantamento

LC ne . dc
ne = nc =
π . Dp Lt

Onde: ne = número de espiras


nc = número de camadas
Lt = comprimento útil do tambor

Obs: Geralmente todos os tambores das máquinas de levantamento tem de 2 a 3


espiras mortas, ou seja, que nunca se desenrolam para garantir uma menor força
solicitante no prendedor do cabo de aço no tambor.

V8 - 4
2° TAMBORES RANHURADOS

Onde: a = espaço para fixação do cabo ∴a ≅ 60 à 100 mm.


e = espaço para que os cabos não encostem na polia compensadora;
Normalmente e ≥ dpc (tabela 07).

MOITÃO GÊMEO PARA n RAMAIS DE CABOS.


H = Altura do levantamento
LC =
n
. H (para cada lado a ser enrolado) ne = número de espiras
2 n = número de ramais
Lc = comprimento do cabo

LC
ne = ne total = ne + 2 a 3 Para cada
π . Dp T lado.

L = ne total . P Para cada


lado. P = passo ≅ 1,14 . dc
LT = 2 . L + 2 . a + e (os dois lados)

VERIFICAÇÃO DO ÂNGULO DE INCLINAÇÃO DAS RANHURAS

P
tgβ = Onde:
π . DpT β ≅ 1º

VERIFICAÇÃO DE PROPORCIONALIDADE ENTRE Lt e Dt

Lt
2 ≤ ≤ 8
Dt

V8 - 5
MATERIAIS UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DE TAMBORES

FºFº com τ = 18kgf / mm2 → GG18


Chapa de aço ABNT –1020 calandrada e costurada com solda
Após a solda fazer alívio de tensão e usinagem final.

SOLICITAÇÕES NO TAMBOR

1º COMPRESSÃO RADIAL
Esta tensão é proveniente do enforcamento localizado, devido ao enrolamento do
cabo de aço no tambor. Considerando um anel do tambor de espessura “h “ e largura
igual ao passo “p “, teremos:

Fmáx cabo
τ CR = I
2p . h

compressão

2º FLEXÃO LOCALIZADA

A expressão que determina o valor dessa tensão é empírica:

1
τ Flec . = 0,96 . Fmáx . 4
II
Loc . D . h6
2

Para verificação de dimensionamento, compomos as duas solicitações acima:

τ CR + τ Flec. ≤ τ . III
Loc.

Obs.: 01. Para resolver as equações acima, devemos adotar um valor para “h “, nas
equações I e II e depois, verificar este valor adotado na equação III.
02. τ = 1000 kgf / cm2 para SAE 1020
τ = 500 kgf / cm2 para GG18
(cuidado com as unidades)
03. Os valores da tensão admissível anterior ( τ ) podem ser aumentadas em
até 20% quando se está projetando em grupos mecânicos bastante baixos.

V8 - 6
DIMENSIONAMENTO DAS FLANGES LATERAIS

As flanges laterais dos tambores devem ter espessura suficiente para resistir ao
flexionamento que será provocado pelas forças na direção axial do tambor,
provenientes da puxada lateral da carga a ser transportada.

Força Axial

H ≅ 0,1 . Fmáx . 2 → quando o moitão gêmeo

2 d1 H
τ flexão = 1,44 ( 1 - . ) (espessura da flange)
flange 3 D hf 2
τ flexão ≤ τ
flange

τ = 800 kgf / cm2 para SAE 1020 e ≅ 0,4 . d


τ = 250 kgf / cm para GG18
2
d1 = d + 2 . e

Exercícios:

1. Uma ponte rolante de 25 ton. de capacidade deverá ser construída para moitão
gêmeo. Obter as dimensões do tambor para essa ponte, sendo dados:
- Peso aproximado do moitão = 480kg.
- Ponto rolante de oficina para elevação de grande capacidade.
- Polias com mancal de rolamento.
- Altura de levantamento = 7 metros.
- Espaço para fixação → a = 100 mm.

2. Uma ponte rolante será projetada para 5 horas de uso diário, sendo que a
metade do tempo de funcionamento com 1/3 da carga útil. A capacidade de
carga é de 10 ton. e o moitão de 4 ramais. Dimensionar o cabo e o tambor,
sendo dados:
- Mancal da polia = rolamentos.
- Altura de levantamento = 10m.
- Espaço para fixação do cabo a = 100mm.

V8 - 7
POTÊNCIA DE LEVANTAMENTO

A potência que iremos considerar é quando o sistema já se encontra em regime, ou


seja, o motor já está em sua rotação assíncrona ( movimento uniforme) . No momento
da patrida, ou seja, de retirar a carga do solo por exemplo, existe uma potência de
aceleração, mais além de existir por um curto espaço de tempo, seu valor não chega a
1% do valor da potência em regime, portanto não iremos considerá-la em nossos
cáculos.

Q . V1 . 1000
N= [CV ]
60 . 75 . η transmissão

Onde:
Q [ton.] = peso da carga
V1 [ m / min] = velocidade de subida da carga

η transmissão = η moitão . η tambor . η redutor

- RENDIMENTO DO TAMBOR
η tambor = 0,98

- RENDIMENTO DO MOITÃO
Já foi calculado anteriormente ou tabela pg. V11-1

- CÁLCULO DO RENDIMENTO DO MOITÃO


Esse rendimento é função do número de rolamentos e do número de pares de
engrenagens. Portanto, devemos calcular da seguinte forma:
1º - Necessita-se saber a rotação assíncrona do motor, a rotação de placa
(síncrona, não leva em consideração o fator de escorregamento que é
aproximadamente igual a 5%).
Exemplo:
Motor de 4 polos:

120 . f 120 . 60
ns = = = 1800 rpm
P 4
nas = 0,95 . 1800 = 1710 rpm que é a rotação real no eixo do motor
Obs.: ns = rotação síncrona
nas = rotação assíncrona
f = frequência da rede elétrica, no caso do Brasil, a frequência é de 60 Hz.

2º - Necessita-se saber a velocidade tangencial do tambor:

Vcabo = n . V subida da carga


-1-
Vcabo n = 2 para moitão de 4 cabos
n tambor ← rpm = n = 3 para moitão de 6 cabos
π . Dp do tambor -2-
n = 4 para moitão de 8 cabos
Relação de transmissão
nmotor
i= -3-
n tambor

Obs.: Verificar a numeração das fórmulas a serem aplicadas.


Tendo a relação de transmissão, podemos saber quantos pares de engrenagens terá
o nosso redutor, da seguinte maneira:
Para cada par de engrenagens, considera-se no máximo, uma relação de transmissão
de 1:5,

V8 - 8
Portanto:
Até 1:5 Temos 1 par
De 1:5 a 1:25 Temos 2 pares
De 1:25 a 1:125 Temos 3 pares
De 1:125 a 1:625 Temos 4 pares

Tendo o número de pares de engrenagens, podemos saber o número de rolamentos,


fazendo um esquema do redutor.

Exemplo: 2 pares de engrenagens:

Temos 3 pares de rolamentos, portanto, temos 6 rolamentos.

Logo: ηredutor = η6rolamento . η2par de engrenagens


Como:
ηrolamento = 0,985
ηpar de engrenagens = 0,97

Temos:
ηredutor = 0,98566 . 0,972
Logo: ηredutor = 0,86 ou seja 86%

Exercícios:
01. Dada uma ponte rolante de capacidade 10 ton. e com velocidade de subida da
carga de 8 m/min., utilizando um moitão de 4 ramais e um motor de 4 pólos,
dimensionar a potência do motor de levantamento. ( Vcabo, ηtambor iP).
São dados:
Mancal das polias = rolamento
Diâmetro do tambor = 400 mm

02. Idem ao anterior com os seguintes dados:


Q = 40 ton.
VLev = 10 m/ min
Moitão gêmeo de 8 ramais
Motor de 4 pólos
Mancal de escorregamento
Diâmetro do tambor = 500 mm

03. No projeto de uma ponte rolante de capacidade 25 ton. que elevará a carga a uma
altura de 15 m., a uma velocidade de 10 m/ min, sendo 50 operações por hora
através de um motor que deverá ter uma rotação síncrona de 1200 rpm, as polias
a serem utilizadas terão mancal de rolamento. Com esses dados, dimensionar
pela DIN, o seguinte:
- Diâmetro do cabo de aço.
- Verificação do C. S.
- Diâmetro do comprimento do tambor.
- Potência do motor de levantamento.

V8 - 9
DIMENSIONAMENTO DOS PARES RODA / TRILHO

A expressão que colocaremos a seguir informa o diâmetro da roda em função dos


valores da carga sobre esta, a largura útil do trilho e um coeficiente que existe devido
à pressão existente entre a roda e o trilho e o módulo de elasticidade de ambos.
- Pela ABNT

P
DR min ≥ [mm]
K . b
Onde:
P = carga sobre a roda [kgf]
K = coeficiente de carga [kgf /mm]
b = largura útil do trilho [mm]
O coeficiente K é obtido através da seguinte relação:
K = PL . C1 . C2
Onde:
PL = pressão dada em função do material ou da rupτ.
C1 = coeficiente em função da rpm
C2 = coeficiente em função do grupo mecânico.
Obs.:
rupτ ≅ 0,35 HB mm
2

TABELAS:
PL [ kgf / mm2] τR [ kgf / mm2] rpm C1

0,50 > 50 200 0,66


0,56 > 60 160 0,72
0,65 > 70 125 0,77
0,72 > 80 100 0,82
80 0,87
50 0,94
Grupo mecânico C2
40 0,97
31,5 1,0
1MA - 1MB 1,12
25 1,03
2M 1,0
20 1,06
3M 0,9
16 1,09
4M - 5M 0,8
10 1,13
Obs.: 01 - A tabela de PL é fornecida referindo-se aos Aços Comuns, para FOFO
Nodular, deve-se usar:
PL = 0,50
O FOFO Nodular é usado em equipamentos de baixa capacidade, visando a economia
do custo.
02 – A largura útil do trilho, quando não tabelada, é fornecida pela fórmula:

4 Onde:
B = b + . r B = largura do trilho (CSN)
3
b = largura útil do trilho
r = raio de arredondamento

03 – Os valores de PL, C1 e C2 são válidos para diâmetros de rodas iguais ou


menores que 1250 mm.

- PELA DIN
Utilizando-se a norma Alemã, teremos o seguinte critério de cálculo:
Onde:
P =K . b . D P = carga sobre roda [kgf]
K = coeficiente de carga [kgf / cm2] - Ver V8-11
P b = largura útil do trilho
D= e V12-1 gráfico
K . b D = diâmetro da roda [cm]
V8 - 10
Para se obter o valor de K , recorremos ao gráfico de Tabela . Na tabela obteremos as
durezas de Brinell para vários tipos de trilhos. Comparando este valor com a dureza da
roda, esta será de valor menor, neste caso, basta saber qual a velocidade empregada
à roda em (m / s) e entrar no gráfico no eixo das abcissas, subindo na vertical até a
curva de dureza da roda e ai retirar o valor de K no eixo das ordenadas.
Obs.:
K = 1 . K para serviços leves
K = 0,9 . K para serviços médios
K = 0,8 . K para serviços pesados
Exemplo:
Para – Dureza da roda igual a 150 HB
Trilho TR – 37
Pela tabela, obtemos a dureza do trilho = 210 HB
Portanto, HB roda < HB trilho
Temos velocidade = 60 m /min = 1, /s
No gráfico, V = 1 m /s → K = 54 kgf / cm2
Considerando serviço médio:
K = 0,9K = 0,9 . 54 = 48,6 kgf / cm2.
Tendo o valor de K , podemos calcular o diâmetro da roda.

Exercícios: pela DIN:

01 - Feitos os cálculos de resistência dos materiais, chegou-se ao valor de 10 ton.


para o peso na roda que movimentará uma ponte rolante cuja estimativa é de 6300
horas de vida para uma carga de aproximadamente 30% da total na metade do tempo
de uso. A ponte rolante funcionará a 80 m /min, o material da roda tem dureza
superficial de 170 HB e o trilho será TR – 32. Obter o diâmetro da roda para
translação da ponte.

02 - Uma ponte rolante foi dimensionada visando-se a padronização das rodas pela
norma DIN, as condições de operação são as seguintes:
- carga máxima = 30 ton.
- peso do corpo completo - Go = 4 ton.
- peso da ponte rolante - G = 48 ton.
- velocidade de translação da P. R. = 55 m /min.
- Trilhos TR-37 para a P.R.
- Material da roda dureza 150 HB.
- Ponte para serviços leves.

V8 -- 11
V8 11
POTÊNCIA DE TRANSLAÇÃO ( carro ou ponte)

A potência de translação é considerada com a potência necessária para vencer o


momento retilíneo da roda que é composto pelo atrito da roda com o trilho e o atrito do
mancal da roda com o eixo resultante, na seguinte equação:

WT . V . Σ Pesos
N = [CV]
60 . 75 . η Transmissã o

Onde:
WT = É a força necessária no eixo da roda por tonelada de peso nesta. Consegue-se
na pag. em função do diâmetro da roda e tipo de mancal.
V = Velocidade de translação [ m / min]
∑Pesos = Quando translação do carro → ∑ pesos = carga + peso carro.
Quando translação da ponte → ∑ pesos = carga + ponte + carro.
ηTransmissão = ηRedutor

Exercícios:
01- Dimensionar o motor de translação da ponte rolante cuja velocidade é de 80 m /
min e tem as rodas com 1400 mm de diâmetro utilizando mancal de rolamento. O
motor a ser utilizado será de 6 rolos. Utilizar o sistema de translação com um único
redutor. Dados:
- Capacidade → Q = 45 ton.
- Ponte rolante → G = 62 ton.
- Cabine → G = 1,5 ton.
- Carro → Go = 29ton.
Obs.: Considerar sobre potência calculada um fator de serviço de 25% para
dimensionamento do motor.

02- Para esquema da ponte rolante abaixo, determinar:


- Diâmetro da roda de translação da ponte
- Potência do motor de translação.
Dados:
- Velocidade de translação = 70 m /min
- Ponte com 8 rodas
- Servido pesado
- Trilho TR – 50
- Capacidade Q = 40 ton.
- Dureza da roda = 150HB
- Peso da ponte G = 60 ton.
- Motor para 1800 rpm
- Peso do carro Go = 26 ton.
V8 - 12
- Serviço pesado
- Capacidade Q = 40 ton.
- Peso da ponte G = 60 ton.
- Peso do carro Go = 26 ton.

03 - Verificar se há possibilidade de se utilizar as seguintes chapas:


1 /2 “ . 1 m . 3 m ; 5/8 “ . 2 m . 6 m ; 3/4 “ . 1,5 m , 3 m, para confecção
do tambor de uma ponte para 30 ton., sabendo que funcionará com 10 ciclos por
hora, sendo o moitão com mancais de escorregamento e altura de levantamento
de 6 metros. Espaço para fixação é de 70 mm.

04 – Verificar se há possibilidade de se utilizar alguns dos motores abaixo:


30 CV - 4 pólos ou 50 CV - 6 pólos para o sistema de levantamento de uma
ponte para materiais em fusão. O fornecedor especifica por questões de
segurança, velocidade de levantamento máxima de 3 m /min. Considerar DT =
700 mm e a capacidade da ponte = 30 ton.

05 – Verificar se há possibilidade de se utilizar algumas rodas em estoque de


diâmetro 630 mm,
sendo que nos cálculos obteve-se uma reação de 60 ton.
Está se utilizando trilhos TR – 37 para uma ponte de 8 rodas, sendo que por
questões de vibração, a velocidade não ultrapasse 30 m/min.
Especifica-se a dureza da roda de 170 HB e a ponte é para serviços pesados.

06 – Sabendo-se que a potência de translação de uma ponte para 40 ton. é de 60 CV,


verificar se pode ser
utilizado um redutor com 2 pares de engrenagens, sabendo-se que:

- motor de 4 pólos
- peso do carro e ponte = 60 ton.
- e a ponte translada com 35 m/min para uma roda de 630 mm.

V8 - 13

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