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1- INTRODUÇÃO...................................................................................................................................3
2- LEGISLAÇÃO....................................................................................................................................4
9- CONCLUSÃO....................................................................................................................................47
10- BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................................48
2
1 - INTRODUÇÃO
2- LEGISLAÇÃO
3
CRONOLOGIA DA LEGISLAÇÃO
1983
1988
1989
1990
1991
4
Portaria nº 172/INMETRO/MJ, de 29/7/91
EMENTA: Aprova o Regulamento Técnico para “Equipamento para o Transporte Rodoviário de
Produtos Perigosos à Granel (RT-7)”.
FONTE: DOU de 1/8/91 p. 15.377
SITUAÇÃO:
1993
1994
1996
1997
6
FONTE: DOU de 15/9/97 p. 20.408
SITUAÇÃO:
1998
1999
2000
8
SITUAÇÃO: Altera/Retifica as Portarias nº 204/97 e nº 402/98.
2001
9
• RTQ-32 - Construção e Instalação e Inspeção para Veículos Rodoviários
Destinados ao Transporte de Produtos Perigosos
• RT-27 - Inspeções em Equipamentos Destinados ao Transporte de Produtos
Perigosos a Granel não incluídos em Outros Regulamentos
NORMAS TÉCNICAS
A classificação adotada para os produtos considerados perigosos, feita com base no tipo de risco
que apresentam e conforme as Recomendações para o Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas,
sétima edição revista, 1991, compõe-se das seguintes classes, definidas nos itens 3.1 a 3.9:
Classe 1 - EXPLOSIVOS
Classe 2 - GASES, com as seguintes subclasses:
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Subclasse 2.1 - Gases inflamáveis;
Subclasse 2.2 - Gases não-inflamáveis, não-tóxicos;
Subclasse 2.3 - Gases tóxicos.
Classe 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
Classe 4 - Esta classe se subdivide em:
Subclasse 4.1 - Sólidos inflamáveis;
Subclasse 4.2 - Substâncias sujeitas a combustão espontânea;
Subclasse 4.3 - Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis.
Classe 5 - Esta classe se subdivide em:
Subclasse 5.1 - Substâncias oxidantes;
Subclasse 5.2 - Peróxidos orgânicos.
Classe 6 - Esta classe se subdivide em:
Subclasse 6.1 - Substâncias tóxicas (venenosas);
Subclasse 6.2 - Substâncias infectantes.
Classe 7 - MATERIAIS RADIOATIVOS
Classe 8 - CORROSIVOS
Classe 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS.
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Classe 6 Substâncias tóxicas e infectantes
Classe 7 Substâncias radioativas
Classe 8 Substâncias corrosivas
Classe 9 Substâncias perigosas diversas
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Subclasse 1.4 - Substâncias e artigos que não apresentam risco significativo. Esta Subclasse
abrange substâncias e artigos que apresentam pequeno risco na eventualidade
de ignição ou iniciação durante o transporte. Os efeitos estão confinados,
predominantemente, à embalagem e não se espera projeção de fragmentos de
dimensões apreciáveis ou a grande distância. Um fogo externo não deve
provocar explosão instantânea de, virtualmente, todo o conteúdo da
embalagem.
NOTA: estão enquadradas no Grupo de Compatibilidade S as substâncias e artigos desta Subclasse,
embalados ou concebidos de forma que os efeitos decorrentes de funcionamento acidental se limitem
à embalagem, exceto se esta tiver sido danificada pelo fogo (caso em que os efeitos de explosão ou
projeção são limitados de forma a não dificultar significativamente o combate ao fogo ou outros
esforços para controlar a emergência, nas imediações da embalagem).
Subclasse 1.5 - Substâncias muito insensíveis, com um risco de explosão em massa, mas que
são tão insensíveis que a probabilidade de iniciação ou de transição da queima
para a detonação, em condições normais de transporte, é muito pequena.
Subclasse 1.6 - Artigos extremamente insensíveis, sem risco de explosão em massa. Esta
Subclasse abrange os artigos que contêm somente substâncias detonantes
extremamente insensíveis e que apresentam risco desprezível de iniciação ou
propagação acidental.
NOTA: o risco proveniente desses artigos está limitado à explosão de um único artigo.
A Classe 1 é uma classe restritiva, ou seja, apenas as substâncias e artigos constantes da Relação
de Produtos Perigosos podem ser aceitos para transporte. Entretanto, o transporte, para fins especiais, de
produtos não-incluídos naquela Relação pode ser feito sob licença especial das autoridades competentes,
desde que tomadas precauções adequadas. Para permitir o transporte desses produtos, foram incluídas
designações genéricas, do tipo "Substâncias Explosivas, N.E." (N.E.: não-especificado noutra parte) e
"Artigos Explosivos, N.E.". Porém, tais designações só devem ser utilizadas se nenhum outro modo de
identificação for possível. Outras designações gerais, como "Explosivos de Demolição, Tipo A", foram
adotadas para permitir a inclusão de novas substâncias.
Para os produtos desta Classe, o tipo de embalagem tem, freqüentemente, um efeito decisivo sobre
o grau de risco e, portanto, sobre a inclusão de um produto em uma subclasse. Em conseqüência,
determinados explosivos aparecem mais de uma vez na Relação e sua alocação a uma subclasse, em função
do tipo de embalagem, deve ser objeto de cuidadosa atenção. O Anexo I inclui a descrição de certas
substâncias e artigos e indica as embalagens adequadas a tais produtos.
Idealmente, a segurança do transporte de substâncias e artigos explosivos seria mais eficiente se os
vários tipos fossem transportados em separado. Quando tal prática não for possível, admite-se o transporte, na
mesma unidade de transporte, de explosivos de tipos diferentes, desde que haja compatibilidade entre eles. Os
produtos da Classe 1 são considerados compatíveis se puderem ser transportados na mesma unidade de
transporte sem aumentar, de forma significativa, a probabilidade de um acidente ou a magnitude dos efeitos
de tal acidente.
Os produtos explosivos são classificados em seis Subclasses e treze Grupos de Compatibilidade,
definidos no Quadro 1.1. Essas definições são mutuamente excludentes, exceto para as substâncias e artigos
que possam ser incluídos no Grupo S e, como o critério de inclusão neste Grupo é empírico, a alocação de um
produto a este Grupo está necessariamente vinculada aos ensaios utilizados para a inclusão na Subclasse 1.4.
Para fins de transporte, devem ser observados os seguintes princípios:
• Produtos incluídos nos Grupos de Compatibilidade A a K e N:
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a) produtos do mesmo grupo e subclasse podem ser transportados em conjunto;
b) produtos do mesmo grupo, mas de subclasses diferentes podem ser transportados juntos,
desde que o conjunto seja tratado como pertencente à subclasse identificada pelo menor
número. Excetuam-se os produtos identificados por 1.5D transportados juntamente com os
identificados por 1.2D. Este conjunto deve ser tratado como se fosse do tipo 1.1D;
c) produtos pertencentes a grupos de compatibilidade diferentes não devem ser transportados
em conjunto, independentemente da subclasse, exceto nos casos dos Grupos de
Compatibilidade C, D, E e S, conforme indicado a seguir;
d) é admitido o transporte de produtos dos Grupos de Compatibilidade C, D e E numa
mesma unidade de carga ou de transporte, desde que seja avaliado o risco do conjunto e este
seja classificado na subclasse e grupo de compatibilidade adequados. Qualquer combinação
de artigos desses grupos de compatibilidade deve ser alocada ao Grupo E. Qualquer
combinação de substâncias dos Grupos de Compatibilidade C e D deve ser alocada ao grupo
mais adequado, levando-se em conta as características predominantes da carga combinada.
Essa classificação conjunta deve ser utilizada nos rótulos de risco, etiquetas e painéis de
segurança;
e) os produtos incluídos no Grupo N não devem, em geral, ser transportados com produtos de
qualquer outro grupo de compatibilidade, exceção feita ao Grupo S. Entretanto, se vierem a
ser transportados com produtos dos Grupos C, D e E, o conjunto deve ser tratado como
pertencente ao Grupo D.
• Produtos incluídos no Grupo S: podem ser transportados em conjunto com explosivos de
quaisquer outros grupos, exceto com os produtos dos Grupos A e L.
• Produtos incluídos no Grupo L: não devem ser transportados com produtos de qualquer outro
grupo. Além disso, só devem ser transportados juntamente com o mesmo tipo de produto do
próprio Grupo L.
QUADRO 3.1
CÓDIGO DE CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS EXPLOSIVOS SEGUNDO OS GRUPOS DE COMPATIBILIDADE
GRUPO DE CÓD. DE
DESCRIÇÃO DO PRODUTO COMPATIBILIDADE CLASSIFICAÇÃO
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Substância explosiva primária. A 1.1 A
Artigo contendo uma substância explosiva primária e não contendo dois ou mais B 1.1 B
dispositivos de segurança eficazes. 1.2 B
1.4 B
Substância ou artigo concebido ou embalado de forma tal que, quaisquer efeitos S 1.4 S
decorrentes de funcionamento acidental fiquem confinados dentro da
embalagem, a menos que esta tenha sido danificada pelo fogo, caso em que todos
os efeitos de explosão ou projeção são limitados, de modo a não impedir ou
prejudicar significativamente o combate ao fogo ou outros esforços de contenção
da emergência nas imediações da embalagem
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NOTA: os gases que se enquadram nestes critérios por sua corrosividade devem ser classificados como
tóxicos, com um risco subsidiário de corrosivo.
3.2.1 Mistura de Gases:
Para a inclusão de uma mistura de gases em uma das três subclasses (inclusive vapores de
substâncias de outras classes), podem ser utilizados:
a) A inflamabilidade pode ser determinada por ensaios ou cálculos efetuados de acordo com
métodos adotados pela ISO (ver Norma ISO 10156-1990) ou, quando as informações
disponíveis forem insuficientes para aplicar tais métodos, por métodos comparáveis,
reconhecido por um organismo competente.
b) O nível de toxicidade pode ser determinado de acordo com o disposto no Anexo II, ou
usando-se a seguinte fórmula:
1
CL50 Tóxica (mistura) = -----------------------
n fi
Σ -------
i=1 Ti
onde:
fi = fração molar da substância i componente da mistura; e
Ti = índice de toxicidade da substância i componente da mistura (Ti = CL50, se CL50 é
conhecido).
Quando os valores da CL50 são desconhecidos, o índice de toxicidade é
determinado utilizando-se o menor valor de CL50 de substâncias similares, do ponto de vista
de seus efeitos fisiológicos e químicos, ou através de ensaios, se esta for a única maneira
possível.
c) A mistura gasosa apresenta um risco subsidiário de corrosividade quando tiver sido
demonstrado pela experiência que é destrutiva da pele, olhos ou mucosas, ou quando a CL50
dos componentes corrosivos da mistura for igual ou inferior a 5.000ml/m³, com a CL50
calculada pela fórmula:
1
CL50 Corrosiva (mistura) = -----------------------
n fci
Σ -------
i=1 Tci
onde:
fci = fração molar da substância i componente corrosivo da mistura; e
Tci = índice de toxicidade da substância i componente corrosivo da mistura (Tci = CL50, se
CL50 é conhecido).
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d) A capacidade de oxidação pode ser determinada por ensaios ou ser calculada segundo métodos
adotados pela ISO.
Gases e misturas gasosas, que apresentam riscos associados a mais de uma subclasse, obedecem à
seguinte regra de precedência:
a) Subclasse 2.3 tem precedência sobre as outras subclasses;
b) Subclasse 2.1 tem precedência sobre a Subclasse 2.2.
QUADRO 3.2
GRUPO DE EMBALAGEM EM FUNÇÃO DA INFLAMABILIDADE
I - ≤ 35ºC
II < 23ºC > 35ºC
III ≥ 23ºC, ≤ 60,5ºC > 35ºC
Para líquidos que possuam risco adicional, o Grupo de Embalagem deve ser determinado a partir
do Quadro 3.2 e conjugado com a severidade do risco adicional. Para determinar a correta classificação do
líquido, utilizar a matriz de precedência constante do Quadro 3.3 (ver item 3.12).
3.3.1 Determinação do Grupo de Embalagem de Produtos Viscosos Inflamáveis com Ponto de
Fulgor Inferior a 23ºC
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O grupo de embalagem de tintas, vernizes, esmaltes, lacas, adesivos, polidores e outras
substâncias inflamáveis viscosas da Classe 3, com PFg inferior a 23ºC é determinado por referência:
a) à viscosidade expressa pelo fluxo em segundos;
b) ao PFg em vaso fechado;
c) a um ensaio de separação de solvente.
3.3.2 Critérios para Inclusão dos Líquidos Inflamáveis Viscosos no Grupo de Embalagem III
Líquidos inflamáveis viscosos, como tintas, esmaltes, vernizes, adesivos e polidores, com um PFg
inferior a 23ºC podem ser incluídos no Grupo de Embalagem III, desde que:
a) menos de 3% da camada límpida de solvente se separar no ensaio de separação de solvente;
b) a mistura contenha até 5% de substâncias dos Grupos I ou II da Subclasse 6.1 ou da Classe 8,
ou até 5% de substâncias do Grupo I da Classe 3, que exijam rótulo de risco subsidiário
correspondente à Subclasse 6.1 ou à Classe 8;
c) a viscosidade e o PFg estejam de acordo com a tabela a seguir:
FLUXO EM SEGUNDOS PFg em ºC
COPO DE 4mm COPO DE 8mm
> 20 - > 17
> 60 - > 10
> 100 - > 5
> 160 - > -1
> 220 > 17 > -5
- > 40 sem limite inferior
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calibrada, um diâmetro interno uniforme de cerca de 3cm. A tinta deve ser bem agitada, para se
obter consistência uniforme, e colocada no cilindro até a marca de 100ml O cilindro deve ser
arrolhado e deixado em repouso por 24h. Após esse período, deve ser medida a espessura da
camada superior que tenha se separado e calculada a porcentagem dessa espessura em relação à
altura total da amostra.
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Devido à variedade das propriedades apresentadas pelos produtos incluídos nessas duas
subclasses, é impraticável o estabelecimento de um critério único de classificação para esses produtos. Os
procedimentos de classificação constam do Anexo IV a estas lnstruções.
Subclasse 6.2 - Substâncias Infectantes: são aquelas que contêm microorganismos viáveis,
incluindo uma bactéria, vírus, rickettsia, parasita, fungo, ou um recombinante,
híbrido ou mutante, que provocam, ou há suspeita de que possam provocar
doenças em seres humanos ou animais.
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São substâncias que, por ação química, causam severos danos quando em contato com tecidos
vivos ou, em caso de vazamento, danificam ou mesmo destroem outras cargas ou o veículo; elas podem,
também, apresentar outros riscos.
A alocação das substâncias aos grupos de embalagem da Classe 8 foi feita experimentalmente,
levando-se em conta outros fatores tais como risco à inalação de vapores e reatividade com .água (inclusive a
formação de produtos perigosos decorrentes de decomposição). A classificação de substâncias novas,
inclusive misturas, pode ser avaliada pelo intervalo de tempo necessário para provocar visível necrose em pele
intacta de animais. Segundo esse critério, os produtos desta Classe podem ser distribuídos em três grupos de
embalagem:
Grupo I - Substâncias muito perigosas: provocam visível necrose da pele após um período de
contato de até três minutos;
Grupo II - Substâncias que apresentam risco médio: provocam visível necrose da pele após
período de contato superior a três minutos, mas não maior do que 60 minutos;
Grupo III - Substâncias de menor risco, incluindo:
a) as que provocam visível necrose da pele num período de contato superior a 60 minutos, mas
não maior que quatro horas;
b) aquelas que, mesmo não provocando visível necrose em pele humana, apresentam uma taxa de
corrosão sobre superfície de aço ou de alumínio superior a 6,25mm por ano, a uma temperatura
de ensaio de 55°C. Para fins de ensaio deve ser usado aço tipo P3 (ISO 2604 (IV)- 1975), ou
um tipo similar, ou alumínio não revestido dos tipos 7075-T6 ou AZ5GU-T6.
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3.11 CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS
Resíduos, para efeitos de transporte, são substâncias, soluções, misturas ou artigos que contêm, ou
estão contaminados por um ou mais produtos sujeitos às disposições deste Regulamento e suas Instruções
Complementares, para os quais não seja prevista utilização direta, mas que são transportados para fins de
despejo, incineração ou qualquer outro processo de disposição final.
Um resíduo que contenha um único componente considerado produto perigoso, ou dois ou mais
componentes que se enquadrem numa mesma classe ou subclasse, deve ser classificado de acordo com os
critérios aplicáveis à classe ou subclasse correspondente ao componente ou componentes perigosos. Se houver
componentes pertencentes a duas ou mais classes ou subclasses, a classificação do resíduo deve levar em
conta a ordem de precedência aplicável a substâncias perigosas com riscos múltiplos.
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Veículos compartimentados transportando concomitantemente, mais de um dos seguintes
produtos: álcool carburante, óleo diesel, gasolina ou querosene, a granel, além do rótulo de risco referente à
classe, devem portar somente painel de segurança correspondente ao produto de maior risco.
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4.2 TRANSPORTE FERROVIÁRIO
4.2.1 Veículos e Equipamentos
Qualquer trem carregado com produto perigoso deve estar equipado com extintores de incêndio
portáteis, para combater princípio de incêndio do motor ou de qualquer outra parte da unidade de tração. Os
extintores destinados a combater princípio de incêndio na unidade de tração, se usados em princípio de
incêndio da carga, não devem agravá-lo.
Os vagões e equipamentos destinados ao transporte de produtos perigosos, bem como todos os
seus dispositivos que entrem em contato com o produto (bombas, válvulas e, inclusive, seus lubrificantes),
não devem ser atacados pelo conteúdo nem formar com este combinação nociva ou perigosa.
Caso seja necessário incluir numa composição um veículo para acompanhamento, este deverá
atender às seguintes condições:
a) satisfazer aos mesmos requisitos de segurança, quanto à circulação e desempenho
operacional daqueles contendo produtos perigosos;
b) oferecer proteção ao pessoal encarregado do acompanhamento;
c) portar os equipamentos de primeiros socorros e de proteção necessários para a equipagem, bem
como os equipamentos e dispositivos para atendimento a emergência; e
d) ser provido de equipamento de comunicações.
Se após a descarga de um vagão ou equipamento, que tenha recebido um carregamento de
produtos perigosos, for constatado que houve vazamento do conteúdo das embalagens, tal vagão ou
equipamento deve ser limpo e descontaminado o mais cedo possível, e sempre antes de qualquer novo
carregamento.
Os vagões e equipamentos que tenham sido carregados com produtos perigosos a granel devem,
antes de serem carregados novamente, ser convenientemente limpos e descontaminados, exceto se o contato
entre os dois produtos não acarretar riscos adicionais.
Vagões-tanques e contêineres-tanques compartimentados transportando a granel,
concomitantemente, mais de um dos seguintes produtos: álcool carburante, óleo diesel, gasolina ou querosene,
além do rótulo de risco referente à classe, devem portar somente painel de segurança correspondente ao
produto de maior risco.
Para fins destas Instruções chama-se sistema piggy-back ao transporte de veículos rodoviários em
vagões ferroviários.
Veículos rodoviários transportados pelo sistema de piggy-back, bem como seu carregamento,
deverão obedecer às prescrições estipuladas nestas Instruções, para o transporte rodoviário de produtos
perigosos.
Os vagões utilizados nesse transporte estão dispensados do porte de rótulos de risco e painéis de
segurança, quando os veículos por eles transportados estiverem identificados de acordo com o que prescreve o
Capítulo 7, destas Instruções.
Os vagões carregados com produtos explosivos ou inflamáveis serão dotados de sapatas de freio
não-metálicas e mancais com rolamento.
Os vagões destinados ao transporte de produtos perigosos serão dotados de freios automático e
manual em perfeito estado de funcionamento.
Durante as operações de carga e descarga os vagões deverão estar com o freio manual
completamente acionado e, na ausência deste, deverão estar adequadamente calçados.
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As embalagens serão distribuídas de maneira a uniformizar o peso das cargas ao longo do vagão e
sobre os rodeiros.
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- o vagão que contiver tais produtos deverá ser colocado junto à locomotiva e estar separado dos
carros de passageiros por, no mínimo, um vagão contendo produtos inertes ou vazio.
c) Instruções Complementares
As ferrovias baixarão instruções detalhadas para o cumprimento do disposto nesta Seção. Tais
instruções poderão reduzir as quantidades aqui estipuladas ou estabelecer maiores restrições ao transporte de
produtos perigosos em bagagens e pequenas expedições.
Para facilitar o tráfego mútuo, as ferrovias comunicarão, entre si, as instruções que vierem a ser
baixadas.
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5 - ELEMENTOS INDICATIVOS DE RISCO
5.1 DISPOSIÇÕES GERAIS
Embalagens e veículos contendo produtos perigosos devem ser identificados por meio de rótulos e
painéis de risco, com a finalidade de:
- tornar tais produtos facilmente reconhecíveis à distância, pela aparência geral dos símbolos
(como forma e cor);
- permitir a identificação rápida dos riscos que apresentam;
- prover, por meio das cores dos rótulos, uma primeira indicação quanto aos cuidados a observar
no manuseio e estiva.
QUADRO 5.1
RÓTULOS DE RISCOS SUBSIDIÁRIOS
I x (3) (3) x x x x
II x x x x x x x
III (1) x x (2)
Nos casos em que for indicada a aposição de rótulos de risco subsidiário, estes não deverão levar
indicação do número da classe ou subclasse no vértice inferior do símbolo.
Os produtos gasosos que possuem riscos subsidiários devem ser rotulados como indicado a seguir.
QUADRO 5.2
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RÓTULOS DE RISCO PARA CLASSE 2 - GASES - COM RISCO(S) SUBSIDIÁRIO(S)
Os produtos cujo risco principal os enquadra na Classe 8, e que sejam também tóxicos, estão
dispensados da aposição do rótulo correspondente à Subclasse 6.1, se a toxicidade decorre apenas do efeito
destrutivo sobre os tecidos. Substâncias da Subclasse 4.2 não necessitam portar rótulo correspondente à
Subclasse 4.1.
Conforme a natureza e as características das embalagens contendo produtos perigosos, e dos
próprios produtos, as embalagens externas devem portar os símbolos de manuseio e estiva, adequados, além
dos rótulos de risco aplicáveis.
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- conter o número da classe ou subclasse (e para os produtos da Classe 1, o grupo de
compatibilidade) dos produtos perigosos em questão, para o rótulo de risco correspondente,
em caracteres com altura mínima de 25mm.
b) Para a Classe 7, os rótulos devem ter dimensões de 250mm por 250mm com uma linha preta ao
redor de toda a borda.Quando a expedição consistir de material radioativo BAE-I (Baixa
Atividade Especifica-I) ou OCS-I (Objeto Contaminado na Superfície-I) sem embalagem ou,
ainda, quando se tratar de uma remessa de uso exclusivo de materiais radioativos embalados,
correspondentes a um único número ONU, este número, em caracteres negros, com altura
não-inferior a 65mm, poderá ser inscrito na metade inferior do rótulo.
5.3.1.2 Painéis de Segurança
Os painéis de segurança devem ter o número das Nações Unidas e o número de risco do produto
transportado apostos em caracteres negros, não menores que 65mm, num painel retangular de cor laranja, com
altura não-inferior a 140mm e comprimento mínimo de 350mm, com uma borda preta de 10mm.
7.3.2 Colocação dos Elementos Indicativos de Risco nas Unidades de Transporte
As unidades de transporte carregadas com um único produto perigoso, ou com resíduos de um
produto perigoso, que não tenham sido descontaminadas, devem exibir os rótulos de risco, principal e
subsidiários, de forma claramente visível em pelo menos dois lados opostos, de maneira que possam ser
vistos pelo pessoal envolvido em todas as operações de carga ou descarga. Quando as unidades de transporte
têm tanques com múltiplos compartimentos nos quais são transportados mais de um produto ou resíduo
perigoso, os rótulos de risco correspondentes devem ser fixados em cada lado dos respectivos
compartimentos.
Exceto para os produtos das Classes 1 e 7, as expedições de:
- sólidos, líquidos ou gases transportados em unidades do tipo tanque ou cisterna; ou
- produtos perigosos fracionados, constituindo um carregamento completo da unidade de
transporte, com um único produto;
Devem portar os correspondentes painéis de segurança fixados em posição adjacente aos rótulos de risco.
As unidades de transporte carregadas com material da Classe 7, identificadas com rótulo de risco
contendo o número da Organização das Nações Unidas, são dispensadas do porte de painéis de segurança.
As unidades de transporte carregadas com dois ou mais produtos perigosos da mesma classe ou
subclasse devem ser identificadas por meio do rótulo de risco correspondente à classe ou subclasse e painel de
segurança sem qualquer inscrição.
Caso o carregamento seja composto de dois ou mais produtos de classes ou subclasses distintas, a
unidade de transporte deve portar apenas os painéis de segurança, sem inscrição.
Art.1 - O transporte, por via pública, de produto que seja perigoso ou represente risco para a saúde de
pessoas, para a segurança pública ou para o meio ambiente, fica submetido às regras e procedimentos
estabelecidos neste Regulamento, sem prejuízo do disposto, em Legislação e disciplina peculiar a cada
produto.
§ 1 - Para os efeitos deste Regulamento é produto perigoso e relacionado em portaria do Ministro dos
Transportes.
§ 2 - No transporte de produto explosivo e de substância radioativa serão observadas, também, as normas
específicas do Ministério do Exército e da Comissão Nacional de Energia Nuclear, respectivamente.
Parágrafo único. Após as operações de limpeza e completa descontaminação dos veículos e equipamentos,
os rótulos de risco e painéis de segurança serão retirados.
Art.3 - Os veículos utilizados no transporte de produto perigoso deverão portar o conjunto de equipamentos
para situações de emergência indicado por Norma Brasileira ou, na inexistência desta, o recomendado pelo
fabricante do produto.
Art.5 - Para o transporte de produto perigoso a granel os veículos deverão estar equipados com tacógrafo,
ficando os discos utilizados à disposição do expedidor, do contratante, do destinatário e das autoridades com
jurisdição sobre as vias, durante 3 (três) meses, salvo no caso de acidente, hipótese em que serão conservados
por 1 (um) ano.
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Art.6 - O produto perigoso fracionado deverá ser acondicionado de forma a suportar os riscos de
carregamento, transporte, descarregamento e transbordo, sendo o expedidor responsável pela adequação do
acondicionamento segundo especificações do fabricante.
§ 1 - No caso de produto importado, o importador será o responsável pela observância ao que preceitua este
artigo, cabendo lhe adotar as providências necessárias junto ao fornecedor estrangeiro.
§ 2 - No transporte de produto perigoso fracionado, também as embalagens externas deverão estar rotuladas,
etiquetadas e marcadas de acordo com a correspondente classificação e o tipo de risco.
Parágrafo único. Entende-se como compatibilidade entre 2 (dois) ou mais produtos a ausência de risco
potencial de ocorrer explosão, desprendimento de chamas ou calor, formação de gases, vapores, compostos ou
misturas perigosas, bem assim alteração das características físicas ou químicas originais de qualquer um dos
produtos transportados, se postos em contato entre si (por vazamento, ruptura de embalagem, ou outra causa
qualquer).
Art.8 - É vedado transportar produtos para uso humano ou animal em tanques de carga destinados ao
transporte de produtos perigosos a granel.
Art.9 - O veículo que transportar produto perigoso deverá evitar o uso de vias em áreas densamente povoadas
ou de proteção de mananciais, reservatórios de água ou reservas florestais e ecológicas, ou que delas sejam
próximas.
Art.11 - As autoridades com jurisdição sobre as vias poderão determinar restrições ao seu uso, ao longo de
toda a sua extensão ou parte dela, sinalizando os trechos restritos e assegurando percurso alternativo, assim
como estabelecer locais e períodos com restrição para estacionamento, parada, carga e descarga.
Art.12 - Caso a origem ou o destino de produto perigoso exigir o uso de via restrita, tal fato deverá ser
comprovado pelo transportador perante a autoridade com jurisdição sobre a mesma, sempre que solicitado.
Art.13 - O itinerário deverá ser programado de forma a evitar a presença de veículo transportando produto
perigoso em vias de grande fluxo de trânsito, nos horários de maior intensidade de tráfego.
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SEÇÃO IV - Do Estacionamento (artigo 14)
Art.14 - O veículo transportando produto perigoso só poderá estacionar para descanso ou pernoite em áreas
previamente determinadas pelas autoridades competentes e, na inexistência de tais áreas, deverá evitar o
estacionamento em zonas residenciais, logradouros públicos ou locais de fácil acesso ao público, áreas
densamente povoadas ou de grande concentração de pessoas ou veículos.
§ 1 - Quando, por motivo de emergência, parada técnica, falha mecânica ou acidente o veículo parar em local
não autorizado, deverá permanecer sinalizado e sob a vigilância de seu condutor ou de autoridade local, salvo
se a sua ausência for imprescindível para a comunicação do fato, pedido de socorro ou atendimento médico.
§ 2 - Somente em caso de emergência o veículo poderá estacionar ou parar nos acostamentos das rodovias.
Art.15 - O condutor de veículo utilizado no transporte de produto perigoso, além das qualificações e
habilitações previstas na legislação de trânsito, deverá receber treinamento específico, segundo programa a ser
aprovado pelo Conselho Nacional de Transito - CONTRAN, por proposta do Ministério dos Transportes.
Art.16 - O transportador, antes de mobilizar o veículo, deverá inspecioná-lo, assegurando-se de suas perfeitas
condições para o transporte para o qual é destinado e com especial atenção para o tanque, carroçaria e demais
dispositivo que possam afetar a segurança da carga transportada.
Art.17 - O condutor, durante a viagem, é o responsável pela guarda, conservação e bom uso dos
equipamentos e acessórios do veículo, inclusive os exigidos em função da natureza específica dos produtos
transportados.
Parágrafo único. O condutor deverá examinar, regularmente e em local adequado, as condições gerais do
veículo, verificando, inclusive, a existência de vazamento, o grau de aquecimento e as demais condições dos
pneus do conjunto transportador.
Art.19 - O condutor não participará das operações de carregamento, descarregamento e transbordo da carga,
salvo se devidamente orientado e autorizado pelo expedidor ou pelo destinatário, e com a anuência do
transportador.
Art.20 - Todo o pessoal envolvido nas operações de carregamento, descarregamento e transbordo de produto
perigoso usará traje e equipamento de proteção individual, conforme normas e instruções baixadas pelo
Ministério do Trabalho.
Parágrafo único. Durante o transporte o condutor do veículo usará o traje mínimo obrigatório, ficando
desobrigado do uso de equipamentos de proteção individual.
Art.21 - Todo o pessoal envolvido na operação de transbordo de produto perigoso a granel receberá
treinamento específico.
SEÇÃO VI - Da Documentação (artigo 22)
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Art.22 - Sem prejuízo do disposto na legislação fiscal, de transporte, de trânsito e relativa ao produto
transportado, os veículos que estejam transportando produto perigoso ou os equipamentos relacionados com
essa finalidade, só poderão circular pelas vias públicas portando os seguintes documentos:
I - Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel do veículo e dos
equipamentos, expedido pelo INMETRO ou entidade por ele credenciada;
II - Documento Fiscal do produto transportado, contendo as seguintes informações:
a) número e nome apropriado para embarque;
b) classe e, quando for o caso, subclasse à qual o produto pertence;
c) declaração assinada pelo expedidor de que o produto está adequadamente acondicionado
para suportar os riscos normais de carregamento, descarregamento e transporte, conforme a
regulamentação em vigor;
III - Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte, emitidos pelo expedidor, de acordo com as NBR-
7503, NBR-7504 e NBR-8285, preenchidos conforme instruções fornecidas pelo fabricante ou importador do
produto transportado, contendo:
a) orientação do fabricante do produto quanto ao que deve ser feito e como fazer em caso de
emergência, acidente ou avaria; e
b) telefone de emergência da corporação de bombeiros e dos órgãos de policiamento do
trânsito, da defesa civil e do meio ambiente ao longo do itinerário.
§ 1 - É admitido o Certificado Internacional de Capacitação dos Equipamentos para o Transporte de Produtos
Perigosos a Granel.
§ 2 - O Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel perderá a validade
quando o veículo ou o equipamento:
a) tiver suas características alteradas;
b) não obtiver aprovação em vistoria ou inspeção;
c) não for submetido à vistoria ou inspeção nas épocas estipuladas; e
d) acidentado, não for submetido a nova vistoria após sua recuperação.
§ 3 - As vistorias e inspeções serão objeto de laudo técnico e registradas no Certificado de Capacitação
previsto no item I deste artigo.
§ 4 - O Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel não exime o
transportador da responsabilidade por danos causados pelo veículo, equipamento ou produto perigoso, assim
como a declaração de que trata a alínea "c", do item II, deste artigo, não isenta o expedidor da
responsabilidade pelos danos causados exclusivamente pelo produto perigoso, quando agirem com
imprudência, imperícia ou negligência.
Art.23 - O transporte rodoviário de produto perigoso que, em função das características do caso, seja
considerado como oferecendo risco por demais elevado, será tratado como caso especial, devendo seu
itinerário e sua execução serem planejados e programados previamente, com participação do expedidor, do
contratante do transporte, do transportador, do destinatário, do fabricante ou importador do produto, das
autoridades com jurisdição sobre as vias a serem utilizadas e do competente órgão do meio ambiente, podendo
ser exigido acompanhamento técnico especializado (Art.50, I).
§ 1 - O acompanhamento técnico especializado disporá de viaturas próprias, tripuladas por elementos
devidamente treinados e equipados para ações de controle de emergência e será promovido,
preferencialmente, pelo fabricante ou o importador do produto, o qual, em qualquer hipótese, fornecerá
orientação e consultoria técnica para o serviço.
§ 2 - As viaturas de que trata o parágrafo precedente deverão portar, durante o acompanhamento, os
documentos mencionados no item III do Art.22 e os equipamentos para situações de emergência a que se
refere o Art.3.
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CAPÍTULO III - Dos Procedimentos em Caso de Emergência, Acidente ou Avaria (artigos 24 a 28).
Art.24 - Em caso de acidente, avaria ou outro fato que obrigue a imobilização de veículo transportando
produto perigoso, o condutor adotará as medidas indicadas na Ficha de Emergência e no Envelope para o
Transporte correspondente a cada produto transportado, dando ciência à autoridade de trânsito mais próxima,
pelo meio disponível mais rápido, detalhando a ocorrência, o local, as classes e quantidades dos materiais
transportados.
Art.25 - Em razão da natureza, extensão e características da emergência, a autoridade que atender ao caso
determinará ao expedidor ou ao fabricante do produto a presença de técnicos ou pessoal especializado.
Art.26 - O contrato de transporte deverá designar quem suportará as despesas decorrentes da assistência de
que trata o artigo anterior.
Art.32 - O contratante do transporte deverá exigir do transportador o uso de veículo e equipamento em boas
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condições operacionais e adequados para a carga a ser transportada, cabendo ao expedidor, antes de cada
viagem, avaliar as condições de segurança.
Art.33 - Quando o transportador não os possuir, deverá o contratante fornecer os equipamentos necessários às
situações de emergência, acidente ou avaria, com as devidas instruções do expedidor para sua utilização.
Art.34 - O expedidor é responsável pelo acondicionamento do produto a ser transportado, de acordo com as
especificações do fabricante.
Art.36 - O expedidor exigirá do transportador o emprego dos rótulos de risco e painéis de segurança
correspondentes aos produtos a serem transportados, conforme disposto no Art.2.
XII - assegurar-se de que o serviço de acompanhamento técnico especializado preenche os requisitos deste
Regulamento e das instruções específicas existentes (Art.23);
XIII - dar orientação quanto à correta estivagem da carga no veículo, sempre que, por acordo com o
expedidor, seja co-responsável pelas operações de carregamento e descarregamento.
Parágrafo único. Se o transportador receber a carga lacrada ou for impedido, pelo expedidor ou destinatário,
de acompanhar carga e descarga, ficará desonerado da responsabilidade por acidente ou avaria decorrentes do
mau acondicionamento da carga.
Art.39 - Quando o transporte for realizado por transportador comercial autônomo, os deveres e obrigações a
que se referem os itens VI a XI do artigo anterior constituem responsabilidade de quem o tiver contratado.
Art.41 - A fiscalização para a observância deste Regulamento e de suas instruções complementares incumbe
ao Ministério dos Transportes, sem prejuízo da competência das autoridades com jurisdição sobre a via por
onde transite o veículo transportador.
Art.42 - Ao ter conhecimento de veículo trafegando em desacordo com o que preceitua este Regulamento, a
autoridade com jurisdição sobre a via deverá retê-lo imediatamente, liberando-o só após sanada a infração,
podendo, se necessário, determinar:
I - a remoção do veículo para local seguro, podendo autorizar o seu deslocamento para local onde possa ser
corrigida a irregularidade;
II - o descarregamento e a transferência dos produtos para outro veículo ou para local seguro;
III - a eliminação da periculosidade da carga ou a sua destruição, sob a orientação do fabricante ou do
importador do produto e, quando possível, com a presença do representante da seguradora.
§ 1 - As providências de que trata este artigo serão adotadas em função do grau e natureza do risco, mediante
avaliação técnica e, sempre que possível, acompanhamento do fabricante ou importador do produto,
contratante, expedidor, transportador, representante da Defesa Civil e de órgão do meio ambiente.
§ 2 - Enquanto retido, o veículo permanecerá sob a guarda da autoridade, sem prejuízo da responsabilidade do
transportador pelos fatos que deram origem à retenção.
CAPÍTULO VI - Das Infrações e Penalidades (artigos 43 a 47)
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Art.43 - A inobservância das disposições deste Regulamento e Instruções complementares referentes ao
transporte de produto perigoso sujeita o infrator a:
I - multa até o valor máximo de 100 (cem) Obrigações do Tesouro Nacional - OTN.
II - cancelamento do registro de que trata a Lei número 7.092, de 19 de abril de 1983.
§ 1 - A aplicação da multa compete à autoridade com jurisdição sobre a via onde a infração foi cometida.
§ 2 - Ao infrator passível de multa é assegurada defesa, previamente ao recolhimento desta, perante a
autoridade com jurisdição sobre a via, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da autuação.
§ 3 - Da decisão que aplicar a penalidade de multa, cabe recurso com efeito suspensivo a ser interposto na
instância superior do órgão autuante, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data em que o infrator for
notificado, observados os procedimentos peculiares a cada órgão.
§ 4 - A aplicação da penalidade de cancelamento no Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários -
RTB compete ao Ministro dos Transportes, mediante proposta justificada do DNER ou da autoridade com
jurisdição sobre a via.
§ 5 - O infrator será notificado do envio da proposta de que trata o parágrafo anterior bem assim dos seus
fundamentos, podendo apresentar defesa perante o Ministro dos Transportes no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 6 - Da decisão que aplicar a penalidade de cancelamento de registro no RTB cabe pedido de reconsideração
a ser interposto no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da notificação do infrator.
§ 7 - Para o efeito de averbação no registro do infrator, as autoridades com jurisdição sobre as vias
comunicarão ao DNER as penalidades aplicadas em suas respectivas jurisdições.
Art.44 - As infrações punidas com multa classificam-se, de acordo com a sua gravidade, em 3 (três) grupos:
I - Primeiro Grupo: as que serão punidas com multa de valor equivalente a 100 (cem) OTN;
II - Segundo Grupo: as que serão punidas com multa de valor equivalente a 50 (cinqüenta) OTN; e
III - Terceiro Grupo: as que serão punidas com multa de valor equivalente a 20 (vinte) OTN.
§ 1 - Na reincidência específica, a multa será aplicada em dobro.
§ 2 - Cometidas, simultaneamente, 2 (duas) ou mais infrações de natureza diversa, aplicar-se-ão,
cumulativamente, as penalidades correspondentes a cada uma.
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b) transportar produto perigoso em veículo desprovido de equipamento para situação de
emergência e proteção individual;
c) transportar produto perigoso desacompanhado de Certificado de Capacitação para o
Transporte de Produtos Perigosos a Granel (Art.22, I);
d) transportar produto perigoso desacompanhado de declaração de responsabilidade do
expedidor (Art.22, II, "c"), aposta no Documento Fiscal;
e) transportar produto perigoso desacompanhado de Ficha de Emergência e Envelope para o
Transporte (Art.22, III);
f) transportar produto perigoso sem utilizar, nas embalagens e no veículo, rótulos de risco e
painéis de segurança em bom estado e correspondentes ao produto transportado;
g) circular em vias públicas nas quais não seja permitido o trânsito de veículos transportando
produto perigoso; e
h) não dar imediata ciência da imobilização do veículo em caso de emergência, acidente ou
avaria.
Parágrafo único. Será cancelado o registro do transportador que, no período de 12 (doze) meses, for punido
com 6 (seis) multas do Primeiro Grupo.
Art.47 - A aplicação das penalidades estabelecidas neste Regulamento não exclui outras previstas em
legislação específica, nem exonera o infrator das cominações civis e penais cabíveis.
Art.48 - Para a uniforme e generalizada aplicação deste Regulamento e dos preceitos nele estabelecidos, o
Ministério dos Transportes estimulará a cooperação com órgãos e entidades públicas ou privadas mediante
troca de experiências, consultas e execução de pesquisas, com a finalidade, inclusive, de complementação ou
alteração deste Regulamento.
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Art.49 - Integram o presente Regulamento, como Anexos, as NBR-7500, NBR-7503, NBR-7504, NBR-8285
e NBR-8286.
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7 – CARBOCLORO – UM EXEMPLO PRÁTICO
Este é o documento elaborado pela Carbocloro e oferecido a clientes e transportadoras, com o objetivo de
orientar sobre a legislação em vigor no setor de carregamento e transporte de produtos perigosos.
Alertamos V.Sas quanto ao cumprimento da Port.204 de 20/05/1997 do Min. dos Transportes, Decreto-Lei No. 96044 de 18/05/88,
que regulamenta o transporte rodoviário de produtos perigosos, Normas Brasileiras e Regulamentos Técnicos do INMETRO em
vigor.
Ressaltamos que para o cumprimento, serão necessários os seguintes documentos e equipamentos de segurança e de emergência, de
porte obrigatório durante toda operação de transporte, que deverão ser providenciados por V.Sas.:
1- EXTINTORES DE INCÊNDIO
• Certificado ORIGINAL de Capacitação para o Transporte de Produtos Perigosos à Granel do Cavalo-Mecânico e Carreta
(emitido por agente de inspeção credenciado pelo INMETRO)
• Certificado ORIGINAL de Teste Hidrostático do Tanque de Transporte.
4- EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
• TACÓGRAFO - Obrigatório para veículos com fabricação a partir de 1990 com capacidade máxima de tração acima de 19
ton. Conforme Regulamento para Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos - Art.5º, o tacógrafo é equipamento
obrigatório para o transporte de produtos perigosos a granel;
• 04 (quatro) calços para imobilização do veículo com as seguintes dimensões: Base Inferior: 35cm, Base Superior: 10cm,
Altura: 17cm, Largura: 20cm (Tem que ser ANTIFAISCANTE);
• Fita plástica com 100 metros de comprimento por 70 mm de largura ou 100 metros de corda (diâmetro mínimo 5 mm), para
isolamento da área do acidente e da via de tráfego;
• 4 placas auto-portantes em "V" com dimensões mínimas de 340 x 470 mm, com os dizeres "PERIGO - AFASTE-SE”, com
material de construção antifaiscante;
• 06 dispositivos antifaiscante para afixação da fita ou corda (ex.: cavaletes ou tripés);
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• 04 (quatro) cones;
• 01 (uma) enxada antifaiscante, para contenção de derramamentos;
• Caixa de primeiros socorros contendo (mercúrio cromo ou equivalente, gaze, esparadrapo e curativo) dentro do prazo de
validade;
• Uma lanterna com 2 ou 3 pilhas (funcionando);
• Ficha(s) e cartão para uso em telefone;
• PNEUS - Os pneus devem estar em bom estado geral de conservação, sem remendo, bandas de rodagem soltas, rasgos ou
cortes profundos. O veículo deve estar equipado, em cada eixo, com pneus do mesmo tipo de construção e a mesma
numeração de designação.
NÃO é permitido o uso de pneus reformados no eixo dianteiro do caminhão e/ou caminhão-trator, sendo admitido nos
demais eixos, desde que atendam a norma NBR 6089. O valor mínimo aceito para o sulco dos pneus ou altura dos biscoitos
é de 1,6 mm, conforme determinado no CNT.
• ESTEPE - Para veículos que tenham rodas tipo raiadas e tipo disco é necessário um estepe para cada tipo de roda.
A NBR 7500 prevê o uso de material refletivo (tinta laranja refletiva) para a confecção dos painéis a serem utilizados em veículos
que transitam à noite.
Os painéis de segurança e rótulos de risco removíveis devem ter o verso pintado na cor preta e os números citados nos painéis
devem ser pretos, com 10 cm de altura, bem distribuídos na placa e não devem ser removíveis (A NBR 7500 informa as medidas
exatas da localização de cada número).
• Os motoristas deverão portar Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ORIGINAL ou PROTOCOLO compatível com as
características dos veículos utilizados, como segue: Categoria C/D ==> véiculo TOCO ou TRUCK, Categoria E ==>
veículo articulado (carreta), CARTEIRA DE IDENTIDADE ORIGINAL ou CARTEIRA PROFISSIONAL, além
do Comprovante ORIGINAL do Curso Específico para Condutores de Produtos Perigosos - Ministrado pelo SENAI ou
seus Instrutores Credenciados. Reforçamos que a não apresentação dos requisitos mencionados no "check-list" pré-
carregamento, será motivo de rejeição automática do veículo/motorista.
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(1) Para informações detalhadas sobre este assunto, recomendamos consultar as seguintes normas técnicas da ABNT:
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8 – CET – OPERAÇÃO PRODUTOS PERIGOSOS
Nº ONU Produto
1170 Álcool etílico hidratado
1203 Gasolina
1971 Gás natural
1075 Gás de petróleo liquefeito
1002 Ar comprimido
1003 Ar líquido refrigerado
1006 Argônio comprimido
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1066 Nitrogênio comprimido
1072 Oxigênio comprimido
1073 Oxigênio líquido refrigerado
1951 Argônio líquido refrigerado
1977 Nitrogênio líquido refrigerado
9 - CONCLUSÃO
Mesmo cumprindo os requisitos de segurança fixados na legislação, o transporte de matérias perigosas
não está isento do risco. Especialmente neste tipo de acidente há a necessidade de uma intervenção rápida e
adequada às características dos produtos transportados, para minimizar os impactos a pessoas, meio ambiente
e aos bens materiais.
Não existem dados globais sobre o número de acidentes envolvendo cargas perigosas no país. Mas
uma base dessa situação pode ser obtida por meio dos dados registrados em São Paulo, metrópole que também
serve como centro e passagem de boa parte dos veículos que trafegam pelo país. De janeiro de 1978 até
dezembro de 1999, foram atendidos 3.360 acidentes ambientais. Destes, 38% ocorreram no transporte
rodoviário, o que corresponde a 1.280 casos. As informações são do gerente da Divisão de Tecnologia de
Riscos Ambientais da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), Ricardo Serpa.
O total conhecimento das características e técnicas de intervenção adequadas às ações de socorro é o
caminho ideal para garantir a segurança. O risco de acidentes no transporte de matérias perigosas depende de
variáveis como: localização das empresas que as produzem, armazenam e comercializam; trajetos utilizados;
intensidade de tráfego; freqüência de circulação dos veículos de transporte; quantidades transportadas e perigo
inerente aos próprios produtos.
Os acidentes envolvendo produtos químicos podem ocorrer em qualquer fase de sua utilização, mas
não há dúvida que as operações de transporte são as mais críticas, por agregar ao potencial natural de risco,
outras variáveis importantes, tais como a exposição ao meio ambiente livre, a possibilidade de acidentes
provocados por outros veículos, as condições nem sempre ideais de transporte, bem como outras condições
adversas, capazes de desencadear emergências a qualquer hora do dia e em qualquer ponto do deslocamento
entre o local de despacho da carga e o seu destino final, com sérios impactos sobre o meio ambiente e a saúde
das pessoas expostas.
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10 – BIBLIOGRAFIA
4) INTERNET – SITES
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