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3 MATERIAIS
Notas de Aula:
Prof. Gilfran Milfont
• Efeitos da torção :
- Dá origem a tensões de cisalhamento nas diversas seções tranversais do eixo;
- Produz um deslocamento angular de uma seção transversal em relação à outra.
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT
Torque Interno
• A resultante das tensões de cisalhamento,
geram um torque interno igual e oposto ao
torque externo aplicado,
T dF dA
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT
Cisalhamento na Torção
• Considere um elemento no interior de uma seção de
um eixo, submetido a um torque T.
• Desde que a extremidade do elemento permanece
plana, a deformação de cisalhamento é proporcional
ao ângulo de torção.
f
• Temos então: Lg f ou g
L
f
• Logo: g máx c e g g máx
L c
f
g G
L
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Logo, se:
0 0
c máx
Encontramos então, a seguinte relação:
máx
máx
Onde : J 2 dA c c
• Como a soma dos momentos internos causados pela
tensão de cisalhamento deve ser igual ao torque
externo,
máx 2
T dA dA máx J
c c
Tc T
• Ficamos então com: máx e
J J
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT
Momento Polar de Inércia
J 2 dA
A 2 dA 2 d
c
c 4
J 2 .2 d
0
2
ou
J 12 c 4 D 4
J
32
b) Eixos Circulares Vazados:
J 12 c24 c14 ou J
32
( De4 Di4 )
J 12 c24 c14
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT
Ângulo de Torção
• Sabemos que o ângulo de torção e a deformação
de cisalhamento estão relacionadas por:
cf
g máx
L
• Pela lei de Hooke para o cisalhamento:
máx Tc
g máx
G JG
• Igualando as equações e resolvendo para o
ângulo de torção, encontramos:
TL
f
JG
• Se o torque, a seção, o material ou o
comprimento variam ao longo do eixo:
Ti Li
f
i J i Gi
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT
Exemplo 3.1
SOLUÇÃO:
• Corte o eixo através de AB e BC e
aplique as equações de equilíbrio para
encontrar os torques internos:
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Exemplo 3.1
• Para o eixo BC, temos: • Para os eixos AB e BC, temos:
J
2
c24 c14 2 0.0604 0.0454 max
Tc
Tc
65MPa
6 kN m
J c4 c3
13.92 10 6 m 4 2 2
3
TBC c2 20 kN m 0.060 m c 38.9 10 m
max 2
J 13.92 10 6 m 4 d 2c 77.8 mm
86.2 MPa
min c1 min 45 mm
max c2 86.2 MPa 60 mm max 86.2 MPa
min 64.7 MPa min 64.7 MPa
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT
Exemplo 3.2
Que valor de momento de torção deve ser
aplicado à extremidade do eixo circular da
figura, de modo a produzir um ângulo de torção
de 20? Adotar G=80 GPa.
SOLUÇÃO:
TL GJ LOGO:
T
GJ L
2 80 109 1,02110 6
34,9 10 3 rad T 34,9 10 3
180 1,5
T 1,9 KN .m
J ( De4 Di4 ) 1,02110 6 m 4
32
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Exemplo 3.3
SOLUÇÃO: LOGO:
L g min 1500mm
875 10 6 rad
ri 20mm
65,6 10 3 rad 3,760
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Exemplo 3.4
650mm
62mm
22mm
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Exemplo 3.4
SOLUÇÃO:
• Aplique a equação de equilíbrio da • Aplique a analise cinemática para as
estática para as engrenagens, engrenagens, encontrando a relação
encontrando a relação entre TCD e T0 entre as suas rotações
22mm
62mm 22mm 62mm
rBf B rCfC
M B 0 F 22mm T0 62mm.
f B rC fC fC
M C 0 F 62mm TCD rB 22mm.
TCD 2.82 T 0 f B 2.82 fC
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Exemplo 3.4
• Encontre T0 permitido em função • Encontre o correspondente ângulo de torção
de cada eixo e escolha o menor: para cada eixo e a rotação da extremidade A
9,5mm
0,65m
12,5mm
f A / B TAB L
59,84 N.m0,6m
0,0095m4 77,2 109 Pa
0,9m
J ABG
2
max TAB x c 0.394 rad 2.26o
J AB
T 0,0095 2,82 59,84 0,9 m
55MPa 0 =>T0 74,07N.m fC / D TCD L
2
0,0095 4 J CDG
2
0,0125 77,2 109Pa
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Falhas Sob Torção
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L2 J1 L1 J 2
TA T e TB T
L2 J1 L1 J 2 L2 J1 L1 J 2
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT
Projeto de Eixos de Transmissão
• O projeto de eixos de • A seção do eixo é encontrada,
transmissão (árvores) baseia-se igualando-se a tensão máxima à tensão
na Potência transmitida e na admissível do material,
Velocidade de rotação do eixo
máx Tc
• O projetista precisa selecionar o J
material e calcular J 3
adequadamente a seção do eixo, c
T
Eixo cheio
c 2 máx
sem que exceda a tensão
admisível do material e o ângulo J
4 4
c2 2c2
c2 c1
T
máx
Eixo ôco
de torção máximo permitido para
a aplicação.
• O torque aplicado é uma função • O ângulo de torção deve ser
da potência e da velocidade de verificado pela expressão:
rotação, P T 2fT TL
f
T
P
P JG
2f
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Concentração de Tensões
• A equação da tensão de cisalhamento,
Tc
máx
J
supõe a seção circular uniforme, sem
descontinuidades.
• A utilização de acoplamentos, engrenagens,
polias, etc., acopladas através de chavetas,
ou no caso de descontinuidades na seção,
causam concentrações de tensão.
• Nestes casos, deve-se multiplicar a
tensão pelo fator de concentração de
tensões: Tc
máx K
J
• Para eixos com rasgo para chavetas:
K=1,25
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT
Deformações Plásticas Em Eixos
Tc
• Na região elástica do material: max
J
• Se a tensão de escoamento é atingida ou se o material
tem uma cuva tensão-deformação não linear (material
frágil), a expressão anterior não pode ser usada.
• A deformação de cisalhamento γ varia linearmente
com a distância ρ ao centro da seção, independente
das propriedades do material. Podemos então,
continuar utilizando a relação:
g g máx
c
c c
T 2 d 2 2 d
0 0
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Tensões Residuais
• Uma região plástica é desenvolvida em um eixo, quando
submetido a um torque suficientemente grande.
• Quando o torque é removido, a redução da tensão e da
deformação se dá ao longo de uma linha reta, paralela a
reta inicial do carregamento.
• Na curva T-f , o eixo é descarregado ao longo de uma
linha reta, ficando no final com um ângulo residual,
surgindo no final as tensões residuais..
• As tensões residuais são encontradas pelo pricípio da
superposição
Tc dA 0
m
J
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Exemplo 3.08/3.09
SOLUÇÃO:
• b) Resolva a Eq. (3.36) para o ângulo
a) Resolva a Eq. (3.32) e encontre de torção:
o raio do núcleo elástico f fY
Y f
1 fY c Y c
3 Y T 3
T 43 TY 1 14 Y3
c
c
4 3
TY
fY
TY L
3.68 103 N 1.2 m
J 1 c 4
2
1
2
2510 m 3 JG
614 10-9 m 4 77 10 Pa
TY
150106 Pa 614109 m4 f 8.50o
3
25 10 m
3.68 kN m
1
Y 4.6 3
4 3 0.630
c 3.68
Y 15.8 mm
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Exemplo 3.08/3.09
• c) Utilize a Eq. (3.16) para o • d) Utilize o método da superposição
ângulo de torção no de efeitos para encontrar as tensões
descarregamento. O ângulo de residuais
torção permanente é a diferença
entre o âgulo no carregamento e Tc 4.6 103 N m 25 103 m
max
o no descarregamento: J 614 10-9 m 4
187.3 MPa
f TL
JG
4.6 103 N m1.2 m
6.14 109 m477 109 Pa
116.8 103 rad
φp f f
148.3 103 116.8 103 rad
1.81o
f p 1.81o
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT
Torção em Barras Não Circulares
• As fórmulas anteriormente vistas, são
válidas para eixos circulares.
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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AULAS PROF. GILFRAN MILFONT
Exemplo 3.10
100mm
Um tubo de aluminio de seção
retangular de 60 x 100mm, fabricado
4mm por extrusão, é submetido a um torque
60mm
4mm 3 KN.m. Determine a tensão de
cisalhamento em cada uma das quatro
paredes, com:
(a) espessura uniforme de 4mm.
100mm
(b) espessura de parede de 3mm em AB
e AC e espessura de 5mm em CD e BD.
3mm
60mm 5mm
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Exemplo 3.10
SOLUÇÃO: • A tensão de cisalhamento para cada
espessura de paredes é o fluxo de
• Determine o fluxo de cisalhamento cisalhamento pela espessura.
através das paredes do tubo:
a) Para espessura uniforme de
96mm
paredes,
q 279,02 KN / m
t=4mm
t 4 10 m
-3
56mm
t=4mm 69,8MPa
b) Para espessura de paredes
variável
279,02 KN / m
AB AC
A (96 56) 10 6 5,376 10 3 m 2 3 103 m
T 3 103 KN AB BC 93,0MPa
q 279,02
2 A 2 5,376 10 3 m
279,02 KN / m
BD CD
5 103 m
BC CD 55,8MPa
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