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A INTERPRETAÇÃO DA NORMA
OHSAS 18001/NP 4397
2003
LINHAS DE ORIENTAÇÃO PARA
A INTERPRETAÇÃO DA NORMA
OHSAS 18001/NP 4397
Carlos Rodrigues
Júlio Faceira Guedes
Revisto pela APCER
APCER - Associação Portuguesa de Certificação
Sede:
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PREFÁCIO
Os elementos disponíveis relativos a Segurança e Saúde no Trabalho, evidenciam a
necessidade das organizações em implementar Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança
no Trabalho capazes de gerir os riscos, identificando os perigos, avaliando os riscos e,
posteriormente, controlando os mesmos riscos.
Os requisitos da norma OHSAS 18001:1999 (NP 4397) têm como objectivo eliminar ou
minimizar o risco para os trabalhadores e para as partes interessadas, que possam estar
expostas a riscos para a Saúde e Segurança no Trabalho.
É, ainda, devida uma palavra de agradecimento aos Engºs Carlos Rodrigues e Júlio Faceira
Guedes, autores deste documento, bem como a todos os que contribuiram para a sua
revisão.
O presente Guia deve ser entendido como elemento orientador da interpretação da norma
OHSAS 18001:1999 (NP 4397) e deve ser visto à luz da generalidade e não particularidade.
Para essas situações podem, ainda e sempre, todos os interessados contar com o apoio da
nossa equipa.
A APCER tem como objectivo continuar a dar atenção à publicação de Guias Interpretativos
das principais normas de referência utilizadas na Certificação, pelo que os seus comentários
e sugestões a propósito do presente documento serão sempre bem-vindos.
Porto, 2003
Luís Fonseca
Director Geral da APCER
LINHAS DE ORIENTAÇÃO PARA A INTERPRETAÇÃO DA NORMA
OHSAS 18001/NP 4397
ÍNDICE
1. CAPÍTULO I 6
1.1. Sistemas de Gestão 6
2. CAPÍTULO II 7
2.1. “4.1 Requisitos gerais” 7
3. CAPÍTULO III 8
3.1. “4.2 Política” 8
3.1.1. Principais objectivos 8
3.1.2. Linhas de orientação para a interpretação 8
3.1.3. Relação com a prevenção 9
3.1.4. Principais evidências 9
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• A abrangência da norma;
• A relação com outros sistemas.
C) No terceiro capítulo analisa-se cada um dos requisitos da norma, sob as seguintes perspectivas:
• Relação com a prevenção, procurando fazer-se uma pequena referência com a higiene
e segurança – prevenção;
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1. CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. SISTEMAS DE GESTÃO
Definida a política da SST, a organização deve desenhar um sistema de gestão que englobe desde
a estrutura operacional até à disponibilização dos recursos, passando pelo planeamento, pela
definição de responsabilidades, práticas, procedimentos e processos, aspectos decorrentes da gestão
e que atravesse horizontalmente toda a organização.
O sistema deve ser orientado para a gestão dos riscos, devendo assegurar:
• A identificação de perigos;
• A avaliação de riscos;
• O controlo de riscos.
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2. CAPÍTULO II
2.1. “4.1 REQUISITOS GERAIS”
A estrutura da norma foi pensada para “alinhar” com outras normas de sistemas de gestão, já
existentes, concretamente a ISO 9001:2000 (Sistemas de Gestão da Qualidade) e a ISO 14001:1996
(Sistemas de Gestão Ambiental). Tal é comprovado analisando alguns dos requisitos normativos,
que estabelecem, por exemplo:
Esta norma é, também suficientemente abrangente e passível de ser utilizada por toda e qualquer
organização, independentemente do seu sector de actividade e dimensão.
Efectivamente os requisitos desta norma são aplicáveis a qualquer organização que objective:
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A Política SST estabelece uma orientação geral coerente com as características da organização, dos
seus processos e produtos, assim como com a cultura e personalidade da organização e os objectivos
estabelecidos pela Direcção.
A Política deve ser coerente com os riscos, com a legislação, com o propósito de melhoria contínua
e deve poder ser facilmente compreendida e comunicada a toda a organização.
“Deve ser estabelecida a Política SST aprovada pelo mais alto nível de gestão da organização...”, isto
significa que a política deve ser formalmente estabelecida e aprovada pela gestão de topo (ex.
Direcção, Gerência, Administração).
Realce que a política deve estar disponível às partes interessadas, devendo estas ser objectivamente
definidas.
Em termos da gestão da organização, pelo menos, três compromissos devem ser claramente assumidos:
- compromisso de revisão e melhoria contínua do sistema SST;
- compromisso de cumprir a legislação de SST aplicável à organização,
- adequação à natureza e à escala dos riscos da organização.
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Quando a norma refere “ser apropriada à natureza e à escala dos riscos da SST da organização”,
tal induz a que seja efectuada uma relação profunda com a prevenção. Com efeito, quando uma
organização tem consciência da natureza e gravidade dos seus riscos e dos perigos associados às suas
actividades, concretiza uma das etapas mais importantes para a consolidação e suporte dos
princípios basilares da prevenção.
As actividades de planeamento são imprescindíveis no Sistema de Gestão de SST. Esta norma requer
quatro importantes requisitos de planeamento:
- Planeamento para a identificação dos perigos, avaliação e controlo de riscos;
- Planeamento dos requisitos legais e outros requisitos;
- Planeamento dos objectivos;
- Planeamento do programa de gestão da SST.
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R= P x S
R – Risco
P – Probabilidade
S – Severidade (consequência, gravidade).
Definido desta forma, o Risco, varia na proporção directa da probabilidade e da severidade. Quanto
maior a probabilidade e a severidade, maior é o risco, quanto menor for a probabilidade e a
severidade, menor o risco.
À medida que a probabilidade aumenta a severidade diminui, assim como, com o aumento da
severidade a probabilidade diminui.
Poder-se-á definir “Risco Aceitável” da seguinte forma: Risco que foi reduzido a um nível que
possa ser aceite pela organização, tomando em atenção as suas obrigações legais e a sua própria
política da SST.
A gestão dos riscos é um dos aspectos fundamentais de toda a função segurança. O conhecimento
dos riscos suporta a sua avaliaçãoe o estabelecimento das medidas de prevenção mais adequadas.
A distinção teórica dos conceitos de “risco potencial” e “risco efectivo”, revela-se igualmente
importante para o estudo e análise de riscos.
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O risco potencial está associado ao facto de a resistência do corpo, eventualmente atingido, ser
inferior a uma determinada energia (causadora do acidente).
Tal como definimos no início, “R = P x S” em que a severidade está relacionado com risco potencial,
e o risco efectivo é uma função da probabilidade e da severidade.
Identificar os perigos
Determinar o risco
- identificar os perigos;
- estimar o risco, a partir de cada perigo identificado, em termos de probabilidade
e severidade;
- decidir se o risco é tolerável.
Os critérios seguintes poderão ser utilizados pelas organizações, para executarem uma avaliação
de risco eficaz:
a) caracterizar as actividades de trabalho, sugerindo-se que seja preparada uma lista das
actividades de trabalho contemplando os recintos, a fábrica, as pessoas e procedimentos, e
recolher informações a seu respeito;
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b) identificar os perigos, ou seja, devem ser identificados todos os perigos significativos relacionados
com cada actividade de trabalho, devendo ser identificado quem pode ser prejudicado e como;
c) determinar o risco, ou seja, fazer uma estimativa do risco associado com cada perigo, assumindo que
os controlos planeados ou existentes estão a postos. Os avaliadores devem também considerar a eficácia
dos controlos e as consequências de suas falhas;
d) decidir se o risco é tolerável, julgando se as precauções existentes ou planeadas de SST (se houver)
são suficientes para manter os perigos sob controlo e se atendem a requisitos legais;
e) preparar um plano de acção de controle de risco (se necessário), ou seja, preparar um plano para lidar
com quaisquer assuntos identificados na avaliação que requeiram uma particular monitorização;
f) rever a adequabilidade do plano de acção, reavaliando os riscos com base nos controlos revistos e
verificar se os riscos são toleráveis.
NOTA: A palavra “tolerável” significa, neste caso, que o risco foi reduzido ao nível mais baixo que é
razoavelmente praticável.
A metodologia mais apropriada deve ser seleccionada pela organização, sendo a sua profundidade e
detalhe função da natureza, escala e complexidade dos riscos da organização. Contudo, esta deve:
- ser definida com respeito ao seu campo de aplicação e natureza;
- ser calendarizada;
- ser mais proactiva (devem preceder a introdução de actividades ou de procedimentos novos ou
alterados) que reactiva;
- classificar os riscos em toleráveis e não toleráveis;
- identificar os riscos que devem ser eliminados;
- identificar os riscos que são controlados pelos objectivos e programa de gestão (4.3.3 e 4.3.4);
- ser consistente com a experiência operativa e com as potencialidades das medidas utilizadas para
controlo dos riscos;
- fornecer dados para:
• requisitos das instalações;
• para identificação das necessidades de formação;
• e/ou desenvolvimento de controlos operacionais;
- estipular a monitorização das acções requeridas para assegurar que a implementação seja eficaz e
atempada.
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Deve ser definida tendo em conta os riscos, da escala e complexidade das situações (um ano pode
ser razoável). Deve ser aplicada quando houver alterações (novas máquinas, produtos, processo,
etc.) e ser reavaliada após um acidente.
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A organização deve estar ciente e compreender como as suas actividades são ou serão afectadas
pelos requisitos legais e outros aplicáveis, e deve comunicá-los ao pessoal relevante.
Este requisito destina-se a promover a consciencialização e a compreensão das responsabilidades
legais.
1.º Identificar e cumprir, quer a legislação relevante quer outros requisitos que a organização
subscreva;
2.º Criar os mecanismos mais apropriados para aceder a legislação nova ou revogada;
Tal como se refere nos “Principais Objectivos” pretende-se identificar a legislação e outros requisitos
aplicáveis à organização, por exemplo a legislação principal (de enquadramento, organização
de serviços, regulamento de SST, incêndios, emergência, ...) bem como a relacionada com as
actividades (ruído, vibrações, produtos químicos, máquinas e equipamentos, ...).
O tratamento da legislação implica não só o planeamento para o seu cumprimento, mas também
uma consciencialização do modo como pode afectar a SST. A legislação pode fornecer indicações do
modo de actuar face a determinados situações (riscos) indicando medidas de prevenção.
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Para a materialização da política de SST é necessário estabelecer objectivos, tanto quanto possível
mensuráveis, ao longo de todos os níveis e funções da organização.
Os objectivos permitem por em prática a política da organização “... em cada função e nível
relevante da organização ...” .
Os objectivos devem, ainda, procurar reflectir as posições (sugestões, críticas, propostas, ...) das
partes interessadas.
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O(s) programa(s) de gestão SST deve(m) conter as acções, e respectivos prazos, a implementar
para atingir os objectivos.
O(s) programa(s) deve(m) identificar quem são os responsáveis por implementar cada uma das
acções. A identificação dos recursos necessários deve estar referida.
ACTIVIDADES INTERESSES
E PROCESSO DAS PARTES
OBJECTIVOS
ENVOLVIDAS
TECNOLOGIA
CONSIDERAÇÕES
OPERACIONAIS E
DO NEGÓCIO
A identificação das acções mais adequadas para assegurar que cada objectivo é atingido consolidam
a prevenção. Com efeito, o conjunto de acções é indirectamente responsável pelo controlo de
alguns dos riscos ( Acções Objectivo Risco mais controlado).
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Para facilitar a gestão eficaz da SST é requerido que as funções, as responsabilidades e as autoridades
sejam bem definidas documentadas e comunicadas, e que os recursos adequados e necessários
sejam providenciados para permitir a execução das tarefas da SST.
Neste requisito são considerados aspectos relacionados com as funções e os recursos e o modo
como são exercidas e aplicados, em termos de autoridade e responsabilidade.
Por exemplo:
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Reconhecido e aceite que a prevenção deve abranger todas as esferas da organização, é importante
a correcta definição de responsabilidades e autoridade aos diversos níveis.
O pessoal deve ser competente para desempenhar as tarefas que possam ter impacto para a SST. A
competência deve ser definida em termos de formação académica e profissional e/ou
experiência adequadas.
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a) Pessoal competente nas tarefas que possam ter impacto sobre os riscos
Para que uma organização possa dar resposta a este requisito é necessário definir quais as tarefas
que possam ter impacto na SST e quais as competências necessárias para executar aquelas tarefas.
A competência necessária é definida pela organização e deve ter em conta a formação académica
e profissional (Saber – Saber) e/ou de experiência adequada face ao risco e actividade (Saber
– Fazer e Saber – Estar/Ser).
Um dos princípios da Prevenção é o direito à formação. A cultura da segurança faz-se com muita
perseverança e formação. A informação, sensibilização e formação dirigida aos trabalhadores
sobre perigos, riscos e medidas de prevenção é essencial para a eficaz definição e implementação
do Sistema SST.
A organização deve incentivar a participação na melhoria da SST, divulgar a sua política da SST
e os seus objectivos da SST, para todos os colaboradores afectados, através de um processo de
consulta e comunicação.
“ Os trabalhadores devem:
- ser envolvidos no desenvolvimento e na revisão dos procedimentos de gestão de riscos;
- ser consultados sobre todas as mudanças que possam afectar a SST;
- estar informados a respeito de quem são os representantes dos trabalhadores em matéria
de SST e quem é (são) a(s) pessoa(s) nomeada(s) pela gestão “
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É natural que muitas organizações para planear e controlar o seu sistema de gestão SST apresentem
mais documentação do que a requerida, dependendo, entre outros aspectos, da natureza e
complexidade das suas actividades, da qualificação dos seus colaboradores ou do nível de maturidade
e desenvolvimento do sistema de SST.
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Baseado nas experiências dos Sistemas da Qualidade e aplicando os mesmos princípios de hierarquia,
pode ser utilizada a seguinte estrutura documental:
Entende-se como manual da SST, um documento que descreve o sistema de SST e a forma como
a organização cumpre com os requisitos aplicáveis, o qual pode contemplar:
- a Política da SST;
- o âmbito e campo de aplicação do sistema de SST;
- detalhes da organização, responsabilidades e autoridade;
-descrição dos elementos fundamentais do sistema SST (ex: processos) e suas interacções;
- actividades estabelecidas para dar cumprimento aos requisitos normativos;
- informação sobre a documentação do sistema.
Todos os documentos e dados que contenham informação relevante para a gestão do Sistema de
Gestão e para o desempenho das actividades da SST da Organização devem ser identificados e controlados.
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Aplicam-se os princípios básicos aplicados na gestão dos sistemas da qualidade, ou seja, este
requisito requer, por exemplo:
√ no sítio certo
√ no tempo certo
√ na revisão correcta
d) assegurar que as versões relevantes dos documentos aplicáveis estão disponíveis nos locais
onde são utilizados;
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A organização deve estabelecer e manter programas de acção para assegurar a aplicação eficaz
de medidas de controlo, onde quer que estas sejam necessárias para controlar os riscos operacionais,
para cumprir a política e os objectivos da SST e para assegurar a conformidade com os requisitos
legais e outros requisitos.
O Sistema de Gestão SST requer que a organização identifique e implemente o controlo necessário
para assegurar a operacionalização da política e monitorizar o desempenho face aos objectivos
(essencialmente no que diz respeito à legislação e outros requisitos, à melhoria contínua e à
prevenção).
O controlo operacional está estritamente relacionado com os riscos (mais críticos) e com a política,
os objectivos e o programa de gestão SST.
O controlo operacional deve ser planeado e definido pela gestão, de modo a assegurar a sua
consistência e a sua contínua aplicação.
Deve ser assegurado o controlo operacional não só das actividades rotineiras, mas também das
não rotineiras.
O requisito exige, também, que a organização estabeleça o modo como controla os riscos
identificáveis em bens, instalações e equipamentos.
Por exemplo:
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Os novos postos de trabalho, máquinas, processos e instalações devem ser concebidos de modo
a eliminar os riscos na origem.
O controlo operacional deve ser executado em todas as operações cuja ausência pode ocasionar:
- danos ao próprio ou outros empregados;
- danos ao público, subcontratados e/ou visitantes;
- fogo ou explosão causando estragos no equipamento.
Sem querer ser exaustivos, alguns dos elementos que podem ser analisados no controlo operacional
são os seguintes:
Sistema e Administrativo
- Regras gerais de higiene e segurança;
- Inspecções;
- Sistemas de permissão de entradas.
Equipamento
- Verificações de pré-uso;
- Manutenção;
- Equipamento de manutenção.
Pessoal
- Qualificações a exigir;
- Requisitos para EPI’s;
- Autorizações de permanência;
- Licenças ou verbetes.
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Subcontratados
- Procedimentos de selecção e avaliação de fornecedores baseados em desempenhos de
higiene e segurança;
- Contratos e condições de desempenho, seguros, etc.;
- Cartões de controlo de acesso (entradas);
- Participação em reuniões e comissões;
- Inspecções a áreas de subcontratados;
- Informações (produtos químicos);
- Formação específica (uso de EPI’s, regras básicas de segurança,...).
Materiais
- Gestão dos produtos químicos.
Informação
- Disponibilidade do Software de antivírus;
- Realização dos Backup.
O primeiro dos princípios da prevenção é eliminar os riscos na origem (na fonte). Este princípio
está claramente retratado no último parágrafo deste requisito, totalmente direccionado para a
concepção de novos postos/locais de trabalho, equipamentos, processos e instalações de modo a
ter em conta a eliminação do risco na origem.
Realce-se também que o recurso a procedimentos com indicações detalhadas sobre as tarefas
individuais deve ser coerente com a prevenção. As tarefas mais críticas e associadas aos riscos são
algumas das quais são objecto do controlo operacional.
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A organização deve estar preparada para responder com meios próprios. A capacidade de resposta
deve ser assegurada, com base, por exemplo, nos equipamentos, acções das pessoas, materiais e
meios auxiliares (externos).
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Deve ser providenciada a formação e treino adequada a cada equipa, de modo a garantir a melhor
resposta em cada situação.
3.3.7.2.3. Prontidão
3.3.7.2.4. Restabelecimento
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A organização deve planear o modo como monitoriza, mede, analisa e melhora as actividades
que possam ter impacto na SST.
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- pro-activos
• suportados no programa de gestão;
• baseados nos critérios operacionais;
• coerentes com os requisitos legais e regulamentares.
Os equipamentos de medição devem ser calibrados e a sua manutenção deve ser coerente com
as suas características e utilização.
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As medidas qualitativas que são, por exemplo, descrição de condições ou situações que não podem
ser quantificadas, podem ser avaliadas e registadas, por exemplo, com um comentário sobre as
deliberações de uma comissão de SST.
A monitorização pró-activa deve ser utilizada para verificar a conformidade das actividades da
SST da organização. O controlo de riscos (avaliação e implementação) pode ser um dos pontos
prioritários a monitorizar.
Monitorizar Medir
- Acidentes;
Reactiva - Doenças profissionais;
- Outras evidências históricas (2);
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Exemplos de métodos que podem ser usados para medir o desempenho de SST:
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Recordando o conceito de acidente (vide 3.1) - “Em sentido lato, o acidente é um acontecimento
não planeado no qual a acção ou reacção de um objecto, substância, indivíduo ou radiação, resulta
num dano pessoal ou na probabilidade de tal ocorrência. Este conceito surge como uma generalização
da noção clássica de acidente sendo também designado por incidente”.
O incidente é “situação geradora de efeitos indesejados para o trabalho” o que significa que tais
situações ocorrem, podendo não resultar lesões. Na Norma NP 4397, foi entendido que a frase
“probabilidade de tal ocorrência” abrange o incidente. As organizações devem analisar e investigar
(tal como indicado a seguir) os acidentes e as “situações ocorridas geradoras de efeitos indesejados”.
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No caso das OHSAS 18001 serão os acidentes e incidentes e na NP 4397 serão ambos acidentes.
O conceito acidente (NP 4397) inclui os conceitos de “incidentes” (potencial para ocorrência de
acidentes) e os “quase acidentes” (acidentes sem danos). É por isso um conceito abrangente.
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O objectivo da análise e investigação é assegurar que estas ocorrências não voltem a acontecer.
Os procedimentos devem definir a responsabilidade e autoridade para “executar as acções
destinadas a minimizar as suas consequências”.
As lições a retirar dos acidentes e das não conformidades, bem como a aplicação de acções
correctivas e preventivas são atitudes reactivas.
No entanto o resultado da análise das não conformidades e da implementação das acções correctivas
pode ser encarado como uma atitude preventiva.
A busca permanente das causas vai de encontro à filosofia da prevenção. As acções preventivas
são desejáveis e são a base de toda a prevenção.
Devem ser conservados os registos que demonstrem que o Sistema de Gestão da SST funciona de
modo eficaz. Os registos da SST devem ser legíveis e organizados, conservados e adequadamente
identificados.
Os registos são a prova da efectiva implementação do que foi planeado e servem, por exemplo,
para a avaliação contínua do seu desempenho.
Assim:
- Todos os registos devem ser legíveis, identificáveis e rastreáveis à actividade, ao produto
ou serviço;
- Os registos devem ser arquivados e conservados de forma a serem rapidamente acessíveis
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Os registos exigidos ao Sistema de Gestão da SST devem ser controlados. Tais registos devem ser
mantidos para demonstrar conformidade com os requisitos e o funcionamento eficaz do sistema
de gestão. Deve ser estabelecido um procedimento documentado para identificação,
armazenamento, recuperação, protecção, tempo de retenção e disposição dos registos da qualidade.
Os registos exigidos pela legislação são os mínimos e não são suficientes para satisfazer a gestão
da prevenção. A formalização do controlo dos registos é uma contribuição importante para a
prevenção.
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A auditoria ao Sistema de Gestão da SST é um processo com base no qual as organizações podem
avaliar, de forma sistematizada, a eficácia dos seus sistemas de gestão.
Deve ser estabelecido um programa interno de auditorias ao Sistema de Gestão da SST que permita
à organização avaliar a conformidade do Sistema de Gestão com a norma.
As auditorias planeadas ao Sistema de Gestão da SST devem ser realizadas ou pelo pessoal
qualificado da própria organização e/ou pessoal externo, qualificado para o efeito e seleccionado
pela organização, para avaliar o grau de conformidade com os procedimentos documentados da
SST e avaliar a eficácia do sistema no cumprimento dos objectivos da SST da organização. As
auditorias devem ser efectuadas de forma imparcial e objectiva.
As auditorias internas ao Sistema de Gestão da SST devem centrar a sua atenção no desempenho
do Sistema de Gestão, não devendo ser confundidas com inspecções da SST ou com outras
inspecções de segurança.
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As auditorias são realizadas de acordo com um programa com o propósito de avaliar periodicamente
a eficácia do Sistema de Gestão da SST, face às disposições planeadas (incluindo os requisitos da
presente norma) e implementadas.
- o âmbito da auditoria;
- a frequência;
- as metodologias;
- as competências;
- as responsabilidades pela realização;
- o relato dos respectivos resultados.
A procura de potenciais situações de “não segurança” é, por si só, sinónimo de prevenção. Saliente-
se que as constatações identificadas nas auditorias são objecto de acções correctivas, o que significa
que foram reparadas situações de potencias acidentes ou danos.
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A Direcção deve rever o Sistema de Gestão da SST para avaliar se está a ser integralmente executado
e permanece adequado face aos objectivos da SST estabelecidos.
A revisão deve também avaliar se a política continua a ser apropriada. Deve estabelecer novos,
ou actualizados, objectivos para a melhoria contínua, e avaliar se são necessárias alterações a
algum dos elementos do Sistema de Gestão da SST.
A Direcção deve efectuar uma revisão ao Sistema de Gestão da SST, em intervalos planeados, para
assegurar uma adaptação, adequação e eficácia contínua. A revisão deve avaliar a necessidade
de mudanças no Sistema de Gestão da SST da organização, incluindo a política e os objectivos da
SST. As revisões devem ser realizadas pela Direcção, com periodicidade regular (por exemplo, uma
vez por ano), devendo focalizar-se no desempenho global.
O objectivo da revisão é avaliar a eficácia do sistema e estabelecer as acções necessárias face aos
resultados.
O elemento designado pela Direcção deve fazer um registo sobre o desempenho global do Sistema
de Gestão da SST.
A eficiente revisão do sistema realizada pela direcção demonstra o seu envolvimento na melhoria
do Sistema de Gestão da SST, o qual constitui um forte contributo para a prevenção.