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Grande do Sul
FUNÇÕES ALGÉBRICAS
1
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................... 04
1. CONCEITO DE FUNÇÃO................................................................. 05
1.1. Conceito Intuitivo............................................................................... 05
1.2. Conceito Formal................................................................................. 07
3. FUNÇÃO INVERSA........................................................................... 08
3.1. Função injetora................................................................................... 08
3.2. Função sobrejetora............................................................................. 09
3.3. Função bijetora................................................................................... 09
3.4.Inversa de algumas funções................................................................. 11
2
6. FUNÇÕES IRRACIONAIS................................................................ 50
7.FUNÇÕES MODULARES.................................................................. 52
7.1. Valor absoluto e Algumas Propriedades............................................ 52
7.2. Definição de Função Modular............................................................ 53
7.3. Equações e Inequações Modulares..................................................... 56
8. FUNÇÃO COMPOSTA...................................................................... 56
BIBLIOGRAFIA..................................................................................... 66
3
INTRODUÇÃO
4
1. CONCEITO DE FUNÇÃO
5
Em 1763 Leibniz usou a palavra função em um dos seus
manuscritos, para significar qualquer quantidade variando de um ponto a
outro de uma curva. A curva foi dita ser dada por uma equação. Leibniz
também introduziu as palavras “constantes” e “variáveis”.
Para Eüller e Bernoulli, a função era uma expressão analítica
representando a relação entre duas variáveis com seu gráfico.
Os matemáticos no desenvolvimento de seus modelos precisaram
de uma definição de função mais precisa. O conceito moderno de função
foi introduzido por Dirichlet e Riemann no final do século XIX: “ Sejam x
e y duas variáveis representativas de conjuntos de números. Diz-se que y é
uma função de x e escreve-se y = f(x), se, entre as duas variáveis, existe
uma correspondência unívoca no sentido xy”.
SITUAÇÕES - PROBLEMA
6
4- Durante uma viagem de automóvel é feita uma tabela associando a
cada hora a distância percorrida pelo carro desde o início do percurso,
medida em quilômetros marcados no odômetro. Isso significa que a
distância percorrida é função do tempo gasto no percurso.
7
Designamos como “x” a variável independente da situação. O
conjunto que contém x é o DOMÍNIO da função.
Designamos como “y” a variável dependente da situação. O conjunto
que contém y é o CONTRADOMÍNIO da função.
A IMAGEM da função está contida no Contradomínio e é o conjunto
de todos os valores de y que correspondem aos valores de x.
Inteiras
Racionais
A lg ébricas Fracionári as
Irracionai s
Exponencia l
Logarítmic as
Transcendentes
Trigonomét ricas diretas e inversas
Hiperbólicas diretas e inversas
3. FUNÇÃO INVERSA
8
em B. Sendo x1 pertencente a A e x2 pertencente a A, temos: x1 x2, f(x1)
f(x2).
9
2º) Se cada uma das retas cortar o gráfico em um ou mais pontos, então a
função é sobrejetora.
Exemplo
b) f: R R b) f: R R+
f(x) = x -1 f(x) = x2
10
3.4. Inversa de Algumas Funções
-
Função Inversa: Dada a função f a sua inversa denotada por f 1existe se o
-
ponto (a, b) está no gráfico de f e o ponto (b, a) está no gráfico de f 1.
Os pontos (a, b) e (b, a) são simétricos em relação à bissetriz do 1º
-
e 3º quadrantes, ou seja, o gráfico de f e f 1 são simétricos em relação á
-
reta y = x , e então o domínio de f é a imagem de f 1e a imagem de f é o
-
domínio de f 1.
Obs. Para admitir inversa a função deve ser bijetora.
Exemplo: y = 2x + 3
a) x = 2y + 3
x 3
b) y
2
f y=x
x 3
logo f 1 ( x )
2
-1
f
11
Gráficos de outras inversas
y = x3
y3 x
y = 10x
y = log(x)
12
5. FUNÇÕES ALGÉBRICAS RACIONAIS INTEIRAS E
FRACIONÁRIAS
Exemplo: f(x) = x3 + x2 - x
13
5.1.1. Função Constante
Se, para qualquer valor de “x”, „y” assume o mesmo valor “c”, então
temos a função constante
f(x) =c
e seu gráfico é uma reta paralela ao eixo x. Onde o domínio são todos os
reais. E a imagem é o conjunto Im = {c}.
14
5.1.2. Função de 1º Grau
Situação – problema 1
1) Três cidades tiveram censo realizado de 10 em 10 anos. Os dados sobre
número de indivíduos em milhares (y) em cada década (x) estão na tabela
a seguir.
y 2 y1
a onde y1 = f(x1) e y2 = f(x2)
x 2 x1
b) Para cada cidade faça um gráfico para a população em função do tempo
em décadas.
Em quais destes gráficos se encontra um padrão de crescimento
populacional constante?
15
Função Linear Afim
Uma aplicação de R em R recebe o nome de função linear afim
quando a cada x R associa o elemento (ax + b) R em que a 0 e b são
números reais dados. Forma geral:
y = ax + b
ax + b = 0
b
que apresenta uma única solução x .
a
O zero ou a raiz da função representa o ponto de interseção do
b
gráfico com o eixo x ( ,0).
a
16
Na equação y = ax + b tem-se
a = coeficiente angular – determina o ângulo de inclinação da reta em
relação ao eixo x
b = coeficiente linear – determina a interseção com o eixo y, ou seja, no
ponto (0, b).
y 2 y 1 y
a = tg = =
x 2 x1 x
17
Com relação a situação-problema 1, o coeficiente linear,
representa a população inicial no tempo zero, já o coeficiente angular
representa a taxa de variação da população, ou seja a variação da
população por década:
p p1
a= 2 = 20
x 2 x1
d) Crescimento e decrescimento
A função f(x) = ax + b é crescente se, e somente se, o coeficiente
angular “a” for positivo.
A função f(x) = ax + b é decrescente se, e somente se, o coeficiente
angular “a” for negativo.
b
e) Sinal da função: Considerando que x = , zero da função
a
f(x)=ax+b, é o valor de x para o qual f(x)=0, examinemos, então, para que
valores ocorre f(x)>0 ou f(x)<0.
18
a>0 a<0
+ +
- b b -
a a
b b
x< f(x) < 0 x< f(x) > 0
a a
b b
x= f(x) = 0 x= f(x) = 0
a a
b b
x> f(x) > 0 x> f(x) < 0
a a
19
Análise da Paridade e obtenção da inversa da função de 1º grau
Toda função de 1º grau é bijetora, logo admite inversa. Toda
função de 1º grau não é par mas pode ser ímpar.
Exemplo: f(x) = 2x –8
a) Obtenção da inversa
Considerando x1 = -1 e x2 = 1, temos f(-1) = -10 e f(1) = -6,
portanto como x1 x2 e f(x1) f(x2), f(x) é injetora.
Nesta mesma função tem-se que a Im(f(x)) = R, onde R é também
o CD(f(x)), logo f(x) é sobrejetora.
Portanto f(x) sendo injetora e sobrejetora ao mesmo tempo, será
também bijetora e então admite inversa que é dada por:
x 8
f 1 ( x )
2
b) Análise da paridade
Como f(x) = 2x –8, f(-x) será dada por: f(–x) = –2x–8, logo
observa-se que:
f(–x) f(x)
e portanto f(x) não é par.
20
ATIVIDADE COMPUTACIONAL 1
Através do Aplicativo Graphmat, desenvolva as atividades
computacionais a seguir e faça suas conclusões referentes a cada tipo de
função envolvida.
Exercícios
3. Determinar a equação da reta que passa pelo ponto (-3, -1) e cujo
coeficiente linear é 8.
21
5. A função f: R R, definida por f(x) = (3m +1)x - 2m é decrescente.
Determine valores de m.
x
11. Dada f(x) = +1, pede-se:
3
a) obter f-1 b) calcular f-1(0) e f-1(5)
13. Uma panela, contendo uma barra de gelo a –400C, é colocada sobre a
chama de um fogão. Nestas condições, o gráfico abaixo nos mostra a
evolução da temperatura da água em função do tempo.
22
Pergunta-se:
a) Qual é a lei que descreve essa evolução nos dois primeiros minutos? E
nos oito minutos seguintes? E nos dez minutos que se seguem?
23
a) a função que representa o custo total em relação à quantidade
produzida;
b) o gráfico dessa produção;
c) o custo de fabricação de 15 unidades;
d) quantas unidades devem ser produzidas para que o custo total seja de
R$ 5.250,00.
17) João Carvoeiro e sua família trabalham para uma fábrica de carvão. O
patrão paga 0,20 u.m. por saco de carvão produzido. Toda a comida da
família é comprada no armazém do patrão, e dá um total de 120,00 u.m.
por mês. Quantos sacos de carvão a família terá de produzir para pagar a
conta do armazém?
6
520
5
400
4
0
1 2 3 4 5 6 78
x8 (litros)9
24
Nessas condições, o custo de R$ 700,00 corresponde à produção de
quantos litros?
Igualdades
Sejam as funções f(x) e g(x). Chamamos equação de incógnita x a
sentença aberta f(x) = g(x).
Chama-se conjunto solução da equação f(x) = g(x) em R o
conjunto S cujos elementos são as raízes da equação.
Desigualdades
Sejam as funções f(x) e g(x). Chamamos inequação na incógnita x
a qualquer uma das sentenças abaixo:
25
f(x) > g(x)
f(x) < g(x)
f(x) g(x)
f(x) g(x)
1) 2 + 3x < 5x + 8 5x 16
–3 < x + 2 < 5 9) 3
2) x2
3) 4 < 3x –2 10 2x 1
4) 2x < x + 4 < 3x 10) 0
x2
x2
5) 0 11) 3-x < 5 + 3x
x 5 1 2
3x 5 12)
6) 0 x 1 3x 1
x 5
26
3x 4 1 4
7) 2 13)
1 x 3x 7 3 2x
8) –7 -3 –3x < 4 4 2
14) 3 7
x x
y = ax2 + bx + c
ax2 + bx + c = 0 ( a)
bx c
x2 0
a a
bx c
x2
a a
27
2
2 2bx b c b2
x
2a 2a a 4a 2
2
b 4ac b 2
x
2a 4a 2
b b 2 4ac
x
2a 4a 2
b b 2 4ac
x
2a 2a
b b 2 4ac
x
2a
b
xv
2a
28
b) y v ax 2v bx v c
b
2
b
y v a b c
2a 2a
(b 2 4ac)
yv
4a
yv
4a
Então:
b
V = (xv, yv) = ( , )
2a 4a
Observação
b
Sendo x1 e x2, raízes da função quadrática, então x1 + x2 = e
a
c
x1.x2 = , que são as relações entre os coeficientes e as raízes da função
a
quadrática, também chamadas de relações de Girard.
f(x) = ax2 + bx + c
29
com a, b e c reais e a 0. O gráfico de uma função quadrática é uma curva
denominada parábola. O sinal de “a” determina a concavidade dessa
parábola: a > 0, a concavidade é voltada para cima e se a < 0, a
concavidade é voltada para baixo. O termo c determina onde a parábola
corta o eixo y.
O domínio da função quadrática é todos os reais (D = R) e sua imagem
depende do sinal do coeficiente “a”:
se a >0 então: Im = {y R / y yv } concavidade voltada para cima e
o ponto (xv, yv) é mínimo;
se a < 0 então: Im = { y R / y yv } concavidade voltada para baixo
e o ponto (xv, yv) é máximo.
30
O ponto-limite entre o crescimento e o decrescimento de uma
função quadrática é obtido projetando ortogonalmente a abscissa do
vértice no eixo x:
se a > 0 a função é crescente para qualquer x > x v, e a função é
decrescente para qualquer x< xv.
se a < 0 a função é crescente para qualquer x < x v, e a função é
decrescente para qualquer x> xv.
a>0
a<0
31
Análise da Paridade e obtenção da inversa da função de 2º grau
Para que a função de 2º grau admita inversa devemos transformá-la
em bijetora, ou seja, restringir o seu domínio e contradomínio. A função
quadrática pode ser par mas não é ímpar.
Exemplo: f(x) = x2
a) Obtenção da inversa
Restringindo o domínio para os reais positivos e considerando x 1 =
3 e x2 = 4, temos f(3) = 9 e f(4) = 16, portanto como x1 x2 e f(x1)
f(x2), f(x) é injetora.
Nesta mesma função restringindo o contradomínio para os reais
positivos tem-se Im(f(x)) = R+, onde R+ é também o CD(f(x)), logo f(x) é
sobrejetora.
Portanto f(x) sendo injetora e sobrejetora ao mesmo tempo, será
também bijetora e então admite inversa que é dada por: f 1 ( x) x .
y = x2
y x
b) Análise da paridade
Como f(x) = x2, f(-x) será dada por: f(-x) = (-x)2 = x2, logo se
observa que f(x) = f(-x), portanto f(x) é uma função par.
32
ATIVIDADE COMPUTACIONAL 2
33
7. Faça o gráfico da parábola y = ax2 + bx + c, variando o termo a,
mantendo b e c constantes. O que podemos dizer sobre seus vértices?
Exercícios
1) Galileu, em 1604, queria descobrir as relações entre o tempo e a
distância percorrida por um objeto em queda livre. Usando um plano
inclinado – ele já sabia as relações entre estes e a queda livre – obteve a
seguinte coleção de dados:
34
3) Num certo jogo de vôlei a trajetória da bola em um saque é dada pela
1
função y ( x 2 2x 80) .
9
a) Faça um gráfico da trajetória da bola.
b) Você acha que este saque é do tipo “jornada nas estrelas” ou “viagem
ao fundo do mar”? Por quê?
c) Considerando as medidas da figura abaixo, a bola vai cair dentro da
quadra?
35
5) Um caminhão-tanque tem uma concavidade em forma de parábola,
conforme a figura abaixo. Determine a equação da curva.
7) Uma bola é lançada verticalmente para cima, desde o solo, com uma
velocidade inicial de 20m/s. Se o sentido positivo da distância desde o
ponto de partida é para cima, a equação de movimento é: s = -5t2 + 20t
(“t” é dado em segundos e “s” em metros), encontre:
a) Quantos segundos leva a bola para alcançar seu ponto mais alto;
b) Qual a altura máxima atingida pela bola;
c) Quantos segundos leva a bola para atingir o solo;
d) No final de 1 segundo a bola está subindo ou caindo? E no final de 3
segundos?
36
9) Dada a função y = x2-x - 2:
a) traçar o gráfico, localizando os zeros da função, o vértice e o eixo de
simetria;
b) obter a imagem da função;
c) estabelecer quando a função é crescente;
12) Determinar m, de modo que a função f(x) = mx2+x -m/2 possua uma
das raízes igual a -1
37
18) Na equação do 2º grau ax2 + bx + c = 0, de raízes x1 e x2, calcule:
x x
a) x1 + x2 b) x1 . x2 c) (x1)2 + (x2)2 d) 1 2
x 2 x1
Exercícios
38
3) x2- 3x + 2 > 0 8) x2 > 4
4) x2 9 9) 4x2 + 9x < 9
4x 2 x 5
5) (x2 + x – 6)(-x2 – 2x+3) > 0 10) 0
2x 2 3x 2
Exemplos
1. f(x) = x3 + 2x2 + x
x3 + 2x2 + x = 0
x(x2 + 2x + 1) = 0 e então uma das raízes será zero e as outras
duas serão obtidas da equação de segundo grau, x2 + 2x + 1 = 0
39
2. f(x) = x3 - 7x2
x3 - 7x2 = 0
x2 (x - 7)=0 e então duas das raízes serão zero e a outra será
obtida da equação x-7=0
Determinação do método:
Seja f(x) = ax3 + bx2 + cx +d, escreve-se esquematicamente
a b c d
xo a axo xok1 xok2
a b+axo = k1 c+xok1 = k2 d + xok2
Exemplos
1 -7 16 -10
1 1 1 -6 10
1 -6 10 0
Como f(1) = 0, então 1 é uma das raízes de f(x). As outras duas são raízes
da equação x2 – 6x +10 = 0
40
2. Seja f(x) = x3 - 3x + 2,determinar as raízes e esboçar o gráfico.
1 0 -3 2
1 1 1 1 -2
1 1 -2 0
Como f(1) = 0, então 1 é uma das raízes de f(x). As outras duas são raízes
da equação x2 + x –2 = 0 Sendo x2 + x –2= 0, então x‟=x‟‟=1 (com
multiplicidade 2) e x‟‟‟ = -2.
Observação
Sendo x1, x2 e x3, raízes da função cúbica, então x1 + x2 + x3 =
b c d
, x1x2 +x2x3 +x3x1 = e x1x2x3 = que são as relações entre os
a a a
coeficientes e as raízes da função cúbica chamadas de relações de Girard.
41
Análise da Paridade e obtenção da inversa da função de 3º grau
Para que a função de 3º grau admita inversa devemos transformá-la
em bijetora, ou seja, restringir o seu domínio e contradomínio. A função
cúbica pode ser impar mas não é par.
Exemplo: f(x) = x3
a) Obtenção da inversa
Neste exemplo a função é bijetora e então admite inversa que é
dada por: f 1 ( x) 3 x .
y x3
3
y x
b) Análise da paridade
Como f(x) = x3, f(-x) será dada por: f(-x) = (-x)3 = -x3, logo se
observa que f(x) f(-x), portanto f(x) não é uma função par.
Como -f(x) = -(x)3= - x3 e f(-x) = -x3, se observa que -f(x) = f(-x) e
portanto f(x) é ímpar.
42
Exercícios
4. y = x3 – 9x2 + 20x – 12
7.f(x) = x3 + 2x – 3
8.f(x) = x3 + 2x2 – 3
Existe um provérbio chinês que diz que “uma figura vale mais
que mil palavras”. O principal valor de um gráfico está no auxílio que
ele fornece à comunicação da informação. Em sala de aula, os gráficos
guiam a nossa intuição na manipulação de conceitos abstratos.
43
Situação-problema 2
FONTE: ÁVILA, Geraldo. Cálculo I. São Paulo: Livros Técnicos e Científicos, 1992.
p.72.
44
c) À medida que o tempo passa, qual é a tendência que se observa na
concentração de substância no líquido.
d) Complete a tabela abaixo com os dados do gráfico, identifique um
padrão de regularidade nesses dados e conclua sua análise dando a
equação matemática y = f(x).
Tempo (x) 0 10 20 30 40 50
Concentração (y)
(x . y)
P( x )
f (x)
Q( x )
x 2 2x
Por exemplo, o domínio da função f ( x ) consiste de
x2 1
todos os valores de x, exceto x=1 e x = -1.
São raízes ou zeros da função aqueles valores de x que zeram ou
anulam o numerador. No exemplo dado acima x = 0 e x = -2 são zeros da
função.
O gráfico da função racional fracionária pode apresentar assíntotas
(saltos) horizontais e verticais que podem estar sobre os eixo x e y ou
deslocados, de acordo com a lei da função.
45
1
Exemplo: Seja f ( x ) , em relação a esta função podemos
x 1
determinar:
a) Domínio: Como nesta função Q(x) = x + 1, devemos considerar x+1
0, ou seja x -1. Portanto o domínio desta função será dado por:
D(f(x)) = {x R / x -1}
b) Imagem: A imagem desta função será dada por: Im = {y R / y 0}
c) Raiz: Não existe x R / f(x) = 0. Portanto esta função não possui
raízes.
d) Intersecção com o eixo y: Significa determinar o valor de y, quando x =
0. Neste caso teremos y = 1.
e) Assíntota vertical: A assíntota vertical é a reta x = -1.
f) Assíntota horizontal: A assíntota horizontal é o próprio eixo x.
g) Gráfico:
46
Análise da paridade e obtenção da inversa da função racional fracionária
Para que a função racional fracionária admita inversa devemos
transformá-la em bijetora, ou seja, restringir o seu domínio e
contradomínio de modo que o denominador seja diferente de zero. A
função racional fracionária pode ser par ou ímpar.
1
Exemplo: f ( x )
x
a) Obtenção da inversa
Restringindo o domínio para R* e considerando x1 =-2 e x2 = 2,
temos f(-2) = -1/2 e f(2) = ½, portanto como x1 x2 e f(x1) f(x2), f(x) é
injetora.
Nesta mesma função restringindo o contradomínio para R* tem-se
Im(f(x)) = R*, onde R* é também o CD(f(x)), logo f(x) é sobrejetora.
Portanto f(x) sendo injetora e sobrejetora ao mesmo tempo, será
1
também bijetora e então adimite inversa que é dada por: f 1 ( x )
x
47
b) Análise da paridade
1 1
Como f ( x ) , f(-x) será dada por: f ( x ) , logo se observa
x x
que f(x) f(-x), portanto f(x) não é uma função par.
1 1
Como f ( x ) e f ( x ) , observa-se que – f(x) = f(-x) e
x x
portanto f(x) é ímpar.
ATIVIDADES COMPUTACIONAL 3
1
Faça o gráfico da função f(x) = (gráfico da função mãe).
x
a
1. Faça o gráfico da função f(x) = , para diferentes valores de a,
x
positivos e negativos, e compare com o gráfico da função mãe.
1
2. Faça o gráfico da função f(x) = , para diferentes valores de a,
(x a )
positivos e negativos, e compare com o gráfico da função mãe. Analise
estes gráficos e conclua a respeito da tendência dos valores da função.
Verifique as interseções com os eixos.
1
3. Faça o gráfico da função f(x) = +a, para diferentes valores de a,
x
positivos e negativos, e compare com o gráfico da função mãe. Analise
estes gráficos e conclua a respeito da tendência dos valores da função.
Verifique as interseções com os eixos.
48
Exercícios
1 x 1
a) y c) y e) y
x4 x2 x 1
2 x x
b) y d) y f) y
x 4
2
x 16
2 x4
1 2x
4. Dada a função real f(x) = , determine:
x4
49
a) f -1(x) b) D(f -1) c) D(f)
d) Im(f -1) e) Im(f) f) esboce o gráfico
6. FUNÇÃO IRRACIONAL
Toda função real definida por uma lei que apresenta um radical é dita
função irracional. O domínio dessa função tem restrições de acordo com o
índice do radical e da posição da raiz.
50
Análise da paridade e obtenção da inversa
Para que a função irracional admita inversa devemos transformá-la
em bijetora, ou seja, devemos fazer restrições no seu domínio e
contradomínio. A função irracional pode ser par ou ímpar.
Exemplo: f(x) = x
a) Obtenção da inversa
Restringindo o domínio para os reais positivos e considerando x 1 =
9 e x2 = 16, temos f(9) = 3 e f(16) = 4, portanto como x1 x2 e f(x1)
f(x2), f(x) é injetora.
Nesta mesma função restringindo o contradomínio para os reais
positivos tem-se Im(f(x)) = R+, onde R+ é também o CD(f(x)), logo f(x) é
sobrejetora.
Portanto f(x) sendo injetora e sobrejetora ao mesmo tempo, será
-
também bijetora e então admite inversa que é dada por: f 1(x) = x2.
y x2
y x
b) Análise da paridade
Como f ( x ) x , f(-x) será dada por: f (x) x , logo
observa-se que f(x) f(-x), portanto f(x) não é uma função par.
Como -f(x) = - x e f(-x) = x , se observa que -f(x) f(-x) e
portanto f(x) não é ímpar.
51
Exercícios
Analisar cada uma das funções, determinando domínio, imagem e
fazendo um esboço do gráfico.
1. y = 8x 5 3. y = x 2 16
1
2. y = x 2 5x 4 4. y =
x 5
2
7. FUNÇÃO MODULAR
52
4) |x| = a x = a ou x = -a, se a > 0
5) |x| = |a| x = a ou x = -a
6) |x| < a se e somente se -a < x < a, onde a > 0
|x| a se e somente se -a x a onde a > 0
7) |x| > a se e somente se x > a ou x < -a, onde a > 0
|x| a se e somente se x a ou x -a, onde a > 0
x 2 = |x| e não x2 x
Teoremas
i) |ab| = |a| . |b|
a | a|
ii)
b | b|
iii) |a+b| |a| + |b| desigualdade triangular
Corolário: |a - b| |a| + |b|
|a| - |b| ||a - b|
53
Exemplo: Seja f(x) = |x+1|, em relação a esta função podemos determinar:
a) Domínio: O domínio desta função são todos os números reais, ou seja
D= R.
x 1 se x 1 0
x 1
( x 1) se x 1 0
ou seja
x 1 se x 1
x 1
x 1 se x 1
54
Exercícios
Definir domínio, imagem e gráfico das funções reais que envolvem
módulo.
2) f(x) = |-2x+3| 5) y = |x – 1| + 2
1
3) f(x) = 6) f(x) = |x + 2| + x –1
x 1
ATIVIDADE COMPUTACIONAL 4
1
2. Faça o gráfico da função f(x) = , para diferentes valores de a,
xa
positivos e negativos, e compare com o gráfico da função mãe.
55
7.3. Equações e Inequações Modulares
Para obtermos a solução de uma equação ou de uma inequação
modular, devemos levar em conta na resolução delas, as propriedades do
valor absoluto.
Exercícios
8. FUNÇÃO COMPOSTA
56
4 4
V V( t ) (0,02t 2 ) 3 0,000008t 6
3 3
A =A(r) =r2cm2
Por outro lado, considere que o raio cresça em função do tempo t (em
min), obedecendo à seguinte relação r = r(t) = 15t + 0,5cm.
Sem dificuldades, usando a noção de função composta, pode-se
determinar a área ocupada pela mancha em função do tempo. De fato,
quando t varia a partir do instante inicial (t = 0), o raio passa a crescer a
partir de ro = 0,5cm. Como A = A(r) está definida para todos os valores de
r 0, podemos calcular a função composta, ou seja
Exercícios complementares
57
1 2x 1 3x x 1
A) f(x) = B) f(x) = C) f(x) =
x4 x 3x 5
58
Respostas dos Exercícios
Pág 13
1. y = 3x + 5
2. y = -4x – 7
3. y = 3x + 8
4. b = 3
5. {m R / m < -1/3}
6. a) x = 5/2 b) x = 2 c) x = 2
7. a) f(x) positiva para x > 4/3 e negativa para x < 4/3
b) f(x) positiva para x < -3 e negativa para x > -3
c) f(x) positiva para x < 18 e negativa para x > 18
d) f(x) positiva para x < 1/2 e negativa para x > 1/2
e) f(x) positiva para x > 1/4 e negativa para x < 1/4
f) f(x) positiva para x > 5/2 e negativa para x < 5/2
8. {x R / x < 1/3}
9. {m R / m < 2}
10. a) f-1(x) = x – 1; f(x) não é para e nem ímpar
b) f-1(x) = -x + 2; f(x) não é para e nem ímpar
c) f-1(x) = x/3; f(x) é ímpar
11. a) f-1(x) = 3x – 3
b) f-1(0) = - 3 e f-1(5) = 12
12. f-1(x) = (x+1)/2
13. a) y = 20x – 40; y = 0 e y = 10x – 100
14. a) C(5) = R$ 140
b) x = 598
15. a) C(x) = 50x + 4000
c) C(15) = R$ 4750
d) x = 25
16. a) f(x) = 2x + 5
59
b) x = 4
17. 600 sacos de carvão
18. 20 litros
Pág 16
8. S = {x R / ou -7/3 < x 4/3 }
1. S = {x R / x > -3} 9. S = {x R / 2< x 5}
2. S = {x R / -5 < x < 3} 10. S = {x R / x < -2 ou x -1/2}
3. S = {x R / 2 < x 4} 11. S = {x R / x > -1/2}
4. S = {x R / 2 < x < 4} 12. S = {x R / x < -1 ou 1/3 < x < 3}
5. S = {x R / 2 x < 5} 13. S = {x R / 3/2 < x < 31/14 ou x > 7/3}
6. S = {x R / -5/3 < x < 5} 14. S = {x R / x < -1/2 ou x > 0}
7. S = {x R / x -2/5 ou x>1}
Pág 20
1. b)
x2 y = 33x2
1 33
4 132
9 297
16 258
25 825
36 1188
2. A partir de 20 anos
x2
4. y 50
50
60
5. y = - x2 + 1
6. a) 30 e 60 metros
b) 1800 m2
7. a) 2 segundos
b) 20 metros
c) 4 segundos
8. D = R; Im = S = {y R / y -1/4}; Concavidade para cima; Raízes: 2 e
3; V = (5/2, -1/4) é ponto de mínimo; Intersecção com o eixo y: (0, 6)
9. a) Zeros: -1 e 2; V = ( 1/2, - 9/4); eixo de simetria: x = 1/2
b) Im = {y R / y - 9/4}
c) f(x) crescente para { x R / x > 1/2}
10. {m R / m 3/2}
11. {m R / m < 1/2}
12. m = 2
13. a) D = R e Im = R+
b) D = R e Im = {y R / y 6}
c) D = R e Im = {y R / y 3}
d) D = R e Im = {y R / y -4}
14. a) {k R / k < 1}
b) k = 1
c) {k R / k > 1}
15. m = -1 ou m = 1/3
16. {m R / m < - 13/12}
17. –2a/c
18. a) –b/a
b) c/a
c) (b2 – 2ac)/a2
d) – b/c
19. a) f(x) = x2 – 4, Restrições: D = {x R / x 0} e Im = {y R / y -4}
61
f 1 (x) x 4 , D = {x R / x -4} e Im = {y R / y 0}, f(x)
é par
b) f(x) = x2 + 8, Restrições: D = {x R / x 0} e Im = {y R / y 8}
f 1 (x) x 8 , D = {x R / x 8} e Im = {y R / y 0}, f(x) é
par
c) f(x) = x2 – 4x + 4, Restrições: D = {x R / x 2} e Im = {y R / y
0}
f 1 (x) x 2 , D = {x R / x 0} e Im = {y R / y 2}, f(x)
não é par nem ímpar
Pág 23
1. {x R / x - 2 ou x -1} 6. {x R / -2 x -1}
2. {x R / x - 1/3 ou x 5/2} 7. {x R / -2 < x < -1}
3. {x R / x < 1 ou x > 2} 8. {x R / x < - 2 ou x > 2}
4. {x R / -3 x 3} 9. {x R / -3 < x < 3/4}
5. {x R / 1 < x < 2} 10. {x R / x -5/4 ou -1/2 < x 1 ou x > 2}
Pág 25
1. x1 + x2 + x3 = 1 – 2 + 3 = 2
2. P = - 1 . 2 . 3 = -6 e S = - 1 + 2 + 3 = 4
3. Raízes: 1, -2 e 3; Intersecção com y: (0, 6)
4. Raízes: 1, 2 e 6; Intersecção com y: (0, -12)
5. Raízes: -1, 2 e 4; Intersecção com y: (0, -8)
6. Raízes: 0, 4 e 5; Intersecção com y: (0, 0)
7. Raízes: 1; Intersecção com y: (0, -3)
8. Raízes: 1; Intersecção com y: (0, -3)
62
Pág 29
1. a) 100%
b) y = x / (1-x)
3. a) D = {x R / x 4}; Raízes: não possui; Assíntotas: x = 4 e y = 0
b) D = {x R / x 2}; Raízes: não possui; Assíntotas: x = 2; x = -2 e
y=0
c) D = {x R / x -2}; Raízes: x = 0; Assíntotas: x = -2 e y = 1
d) D = {x R / x 4}; Raízes: x = 0; Assíntotas: x = 4; x = -4 e y = 0
e) D = {x R / x -1}; Raízes: não possui; Assíntotas: x = 1 e y = 0
f) D = {x R / x 4}; Raízes: x = 0; Assíntota: x = 4 e y = 1
1 4x
4. a) f 1 ( x )
x2
b) {x R / x 2}
c) {x R / x - 4}
d) {y R / y - 4}
e) {y R / y -2}
Pág 31
1. D = {x R / x 5/8}; Im = R+
2. D = {x R / x 1 ou x 4}; Im = R+
3. D = {x R / x -4 ou x 4}; Im = R+
4. D = {x R / x > 5 ou x < 5 }; Im = R+
Pág 32
1. D = R; Im = R+
63
2. D = R; Im = R+
3. D = {x R / x -1}; Im = R+*
4. D = R; Im = R+*
5. D = R; Im = {y R / y 2}
6. D = R; Im + {y R / y - 3}
Pág 34
1. S = {1, -5/2}
2. S = {4, 4/3}
3. S =
4. S = {1, 3}
5. S = {5/3, 1}
6. S = {-7, -5, -1, 1}
7. S = {-1/4, 4}
8. S = {x R / -7<x<1/3}
9. S = {x R / x < 1 ou x > 4}
10. S = {x R / -9/2 x 3/2}
11. S = {x R / x -8/5 ou x 0}
12. S = {x R / 1 < x < 9}
13. S = {x R / x -11/2 ou x -5/6}
14. S =
15. S = R
Pág 35
1. f-1 (x) = (x+1)/2
1 4x
2. A. a) f 1 ( x )
x2
b) D(f) = {x R / x -4}
c) Im(f) = {y R / y -2}
64
d) D(f-1) = {x R / x -2}
e) Im(f-1) = {y R / y -4}
1
B. a) f 1 ( x )
x3
b) D(f) = {x R / x 0}
c) Im(f) = {y R / y -3}
d) D(f-1) = {x R / x -3}
e) Im(f-1) = {y R / y 0}
1 5x
C. a) f 1 ( x )
3x 1
b) D(f) = {x R / x -5/3}
c) Im(f) = {y R / y 1/3}
d) D(f-1) = {x R / x 1/3}
e) Im(f-1) = {y R / y -5/3}
-1
3. a) f (x) = (2x-1)/3
b) gof(x) = – 1 – 4x
c) 6
4. fog(x) = 2x – 5 e g[f(x)]=2x – 4
5. f[g(1)]= –1
6. a = -10
7. a) f[g(x)] = 5x – 7 b) g[f(x)]= 5x – 11 c) f[f(x)]= x – 2
d)g[g(x)]= 25x – 36
65
BIBLIOGRAFIA
66