You are on page 1of 66

UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio

Grande do Sul

DeFEM - Departamento de Física, Estatística e Matemática

FUNÇÕES ALGÉBRICAS

Ângela Patricia Spilimbergo


Cleusa Jucela Meller Auth
Lecir Dalabrida Dorneles

Ijuí (RS), Agosto de 2002

1
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO....................................................................................... 04

1. CONCEITO DE FUNÇÃO................................................................. 05
1.1. Conceito Intuitivo............................................................................... 05
1.2. Conceito Formal................................................................................. 07

2. CLASSIFICAÇÃO DAS FUNÇÕES................................................. 08

3. FUNÇÃO INVERSA........................................................................... 08
3.1. Função injetora................................................................................... 08
3.2. Função sobrejetora............................................................................. 09
3.3. Função bijetora................................................................................... 09
3.4.Inversa de algumas funções................................................................. 11

4. PARIDADE DE UMA FUNÇÃO....................................................... 12


4.1. Função Par.......................................................................................... 12
4.2. Função Ímpar...................................................................................... 12

5. FUNÇÕES ALGÉBRICAS RACIONAIS INTEIRAS E


FRACIONÁRIAS................................................................................ 13
5.1 Funções Polinomiais............................................................................ 13
5.1.1. Função Constante............................................................................ 14
5.1.2. Função de 1º Grau........................................................................... 15
5.1.2.1. Inequações de 1º Grau.................................................................. 25
5.1.3. Função de 2º Grau........................................................................... 27
5.1.3.1. Inequações de 2º Grau.................................................................. 38
5.1.4. Função cúbica.................................................................................. 39
5.2. Funções Fracionárias.......................................................................... 43

2
6. FUNÇÕES IRRACIONAIS................................................................ 50

7.FUNÇÕES MODULARES.................................................................. 52
7.1. Valor absoluto e Algumas Propriedades............................................ 52
7.2. Definição de Função Modular............................................................ 53
7.3. Equações e Inequações Modulares..................................................... 56

8. FUNÇÃO COMPOSTA...................................................................... 56

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS........................................................ 59

BIBLIOGRAFIA..................................................................................... 66

3
INTRODUÇÃO

A matemática é a chave da compreensão de inúmeros fenômenos


das ciências físicas, naturais, humanas e sociais.
Neste trabalho, sugerimos o estudo de funções algébricas através
de problemas de aplicações e da visualização gráfica, por meio da
variação dos parâmetros multiplicativos e aditivos à lei da função.
Situações-problema podem envolver diversas variáveis. As funções
são instrumentos para estudar as relações, correspondências ou possíveis
associações entre essas variáveis. As funções muitas vezes são modelos
matemáticos que representam e simplificam situações reais.
Supõe-se que uma das maneiras de construir o conceito de função é
mostrar a importância e variedade de suas aplicações e relacioná-lo com
outras idéias matemáticas.
Este caderno destina-se a alunos que irão cursar a disciplina de
Funções I dos cursos de Licenciatura em Física e em Matemática, bem
como, a alunos de outros cursos de graduação, em disciplinas que em seus
programas conste o assunto Funções Algébricas.

4
1. CONCEITO DE FUNÇÃO

1.1. Conceito Intuitivo de Função


Os conceitos matemáticos, na sua maioria, surgem de alguma
necessidade específica do homem, por exemplo, o número natural surge
de uma necessidade de contagem, o número racional de uma necessidade
de medida. O conceito de função também surge de uma necessidade do
homem, necessidade esta de entendimento e explicação da realidade
através de leis quantitativas.
Com o desenvolvimento econômico do comércio, a Europa necessitou
de navegações em larga escala, o que envolvia viagens a longas distâncias
para pesquisas por matérias-primas. Os marinheiros por conseguinte,
precisaram aprimorar métodos para determinar a latitude e a longitude. A
determinação da latitude pode ser feita pela observação do sol e das
estrelas, mas a determinação de longitude é mais difícil, o que acabava
acontecendo que se perdiam de rotas em torno de 500 milhas. Com isto
levou a um estudo minucioso dos movimentos dos astros, exigindo um
estudo mais rigoroso do movimento, estudo este que permite medir e ao
mesmo tempo prever. Em (1564 - 1642) Galileu propôs um programa para
o estudo de movimento. A investigação de uma relação entre duas
quantidades variantes tinha sido fundamental em se chegar ao conceito de
função. Com a geometria analítica de Descartes (1637) curvas descritas
por movimento ou fórmula se referindo ao movimento mais que pela
construção, foram incluídas nas investigações e uma relação representável
em expressão e seu gráfico foram agora aceitas como objetos
matemáticos.
A definição mais explícita do conceito de função no século XVII
(1667), foi dada por James Gregory. Ele definiu a função como “uma
quantidade obtida de outras quantidades por uma sucessão de operações
algébricas ou por qualquer operação imaginável”.

5
Em 1763 Leibniz usou a palavra função em um dos seus
manuscritos, para significar qualquer quantidade variando de um ponto a
outro de uma curva. A curva foi dita ser dada por uma equação. Leibniz
também introduziu as palavras “constantes” e “variáveis”.
Para Eüller e Bernoulli, a função era uma expressão analítica
representando a relação entre duas variáveis com seu gráfico.
Os matemáticos no desenvolvimento de seus modelos precisaram
de uma definição de função mais precisa. O conceito moderno de função
foi introduzido por Dirichlet e Riemann no final do século XIX: “ Sejam x
e y duas variáveis representativas de conjuntos de números. Diz-se que y é
uma função de x e escreve-se y = f(x), se, entre as duas variáveis, existe
uma correspondência unívoca no sentido xy”.

“Desencadear um assunto do programa com uma situação-


problema real motiva o estudante a interessar-se mais por aquilo que
está aprendendo e mostra a ele que, além da beleza intrínseca da
Matemática como ciência essencialmente dedutiva, ela é útil na vida
cotidiana.” (Revista do Professor de Matemática, n.6, p.32,1986)

SITUAÇÕES - PROBLEMA

Identifique as variáveis envolvidas em cada situação e analise a


veracidade das afirmações:
1- A medida do perímetro das figuras geométricas depende da medida da
área, isto é, o perímetro das figuras geométricas é função da área.

2- A população de um país depende de sua área.

3- A produção das lavouras é determinada pela área ocupada pela


plantação. Assim pode-se dizer que a produção é função apenas da área
plantada.

6
4- Durante uma viagem de automóvel é feita uma tabela associando a
cada hora a distância percorrida pelo carro desde o início do percurso,
medida em quilômetros marcados no odômetro. Isso significa que a
distância percorrida é função do tempo gasto no percurso.

5- A medida do lado de um quadrado determina sua área, isto é, a área do


quadrado é função da medida do lado.

6- A área do retângulo é função da medida de apenas um de seus lados.

1.2. Conceito Formal

Uma situação-problema envolve diferentes grandezas. Muitas


vezes podemos considerar apenas duas e procurar um relacionamento
entre elas. Suponhamos que a grandeza “a” assume valores “x”, que
variam no conjunto A, e que a grandeza “b” assume valores “y” no
conjunto B. Dizemos então que x e y são as variáveis do problema.
A grandeza “b” é função de “a”, se a cada valor de x assumido por
“a” corresponder um único valor y de “b”.
O termo função significa que há uma correspondência única e,
muitas vezes, exprime uma relação de dependência entre as grandezas.
Na prática, identificamos as grandezas com seus valores e dizemos
que a variável y é função da variável x. Muitas vezes, traduzimos a
expressão y é função de x por: y depende de x; x determina y ou ainda a
cada x é associado um único y.
Muitas situações reais envolvem várias grandezas. Para
expressarmos uma das grandezas em função da outra, é necessário fixar
(considerar constantes) as demais. Assim, o gráfico de uma função y =
f(x), é o conjunto dos pares ordenados (x, f(x)), e para cada valor de x
existe um único correspondente f(x).

7
Designamos como “x” a variável independente da situação. O
conjunto que contém x é o DOMÍNIO da função.
Designamos como “y” a variável dependente da situação. O conjunto
que contém y é o CONTRADOMÍNIO da função.
A IMAGEM da função está contida no Contradomínio e é o conjunto
de todos os valores de y que correspondem aos valores de x.

2. CLASSIFICAÇÃO DAS FUNÇÕES

As funções classificam-se em:


 
   Inteiras
  Racionais 
 A lg ébricas    Fracionári as
   Irracionai s
 



   Exponencia l
   Logarítmic as

 Transcendentes 
   Trigonomét ricas diretas e inversas
  Hiperbólicas diretas e inversas

3. FUNÇÃO INVERSA

3.1. Função Injetora


Uma função f de A em B é injetora se, e somente se, dois
elementos distintos quaisquer do domínio de f possuem imagens distintas

8
em B. Sendo x1 pertencente a A e x2 pertencente a A, temos: x1  x2, f(x1)
 f(x2).

3.2. Função Sobrejetora


Uma função f de A em B é sobrejetora se, e somente se, Im(f) = B,
onde B é CD(f).

3.3. Função Bijetora


Uma função f de A em B é bijetora se, e somente se, é injetora e
sobrejetora.

Reconhecimento de função injetora, sobrejetora ou bijetora através do


gráfico
Devemos analisar o número de pontos de interseção das retas
paralelas ao eixo x, conduzidas por cada ponto (0, y) em que y  B
(contradomínio de f)
1º) Se cada uma das retas cortar o gráfico em um só ponto ou não cortar o
gráfico, então a função é injetora.
Exemplo
a) f: R  R b) f: R+  R
f(x) = x f(x) = x2

9
2º) Se cada uma das retas cortar o gráfico em um ou mais pontos, então a
função é sobrejetora.
Exemplo
b) f: R  R b) f: R  R+
f(x) = x -1 f(x) = x2

3º) Se cada uma dessas retas cortar o gráfico em um só ponto, então a


função é bijetora.
Exemplo
c) f: R  R b) f: R  R
f(x) = 2x f(x) = x3

10
3.4. Inversa de Algumas Funções
-
Função Inversa: Dada a função f a sua inversa denotada por f 1existe se o
-
ponto (a, b) está no gráfico de f e o ponto (b, a) está no gráfico de f 1.
Os pontos (a, b) e (b, a) são simétricos em relação à bissetriz do 1º
-
e 3º quadrantes, ou seja, o gráfico de f e f 1 são simétricos em relação á
-
reta y = x , e então o domínio de f é a imagem de f 1e a imagem de f é o
-
domínio de f 1.
Obs. Para admitir inversa a função deve ser bijetora.

Para obtermos a inversa procedemos da seguinte forma:


a) trocamos x por y na função f;
b) isolamos y.

Exemplo: y = 2x + 3
a) x = 2y + 3
x 3
b) y 
2
f y=x
x 3
logo f 1 ( x ) 
2
-1
f

11
Gráficos de outras inversas

y = x3

y3 x
y = 10x

y = log(x)

4. PARIDADE DE UMA FUNÇÃO

4.1. Função Par


Uma função f de A em B é par se, para qualquer x pertencente A,
temos f(x) = f(-x). Numa função par, para valores simétricos do domínio,
obtemos a mesma imagem, o gráfico é simétrico em relação ao eixo y.

4.2. Função Ímpar


Uma função f de A em B é ímpar se, para qualquer x pertencente
A, temos f(-x) = -f(x). Numa função ímpar, para números simétricos do
domínio, obtemos imagens opostas, o gráfico é simétrico em relação à
origem.

Obs: Uma função f de A em B não é par e nem ímpar, se para


qualquer x pertencente a A, nem f(x) = f(-x) e nem f(-x) = -f(x). O gráfico
não é simétrico nem em relação à origem, nem em relação ao eixo y.

12
5. FUNÇÕES ALGÉBRICAS RACIONAIS INTEIRAS E
FRACIONÁRIAS

5.1. Funções Polinomiais


São funções do tipo

f(x) = anxn + an-1xn-1+... +a2x2+ a1x + ao

onde: an, an-1, ...,a2, a1 e ao são os coeficientes do polinômio com an  0; ao


é o termo independente; os expoentes n, n – 1, n – 2, ... são números
naturais; x é a variável.

Assim um polinômio de grau “n” é uma soma de múltiplos


constantes de funções potência
1, x, x2, ..., xn-1, xn.

Exemplo: f(x) = x3 + x2 - x

13
5.1.1. Função Constante
Se, para qualquer valor de “x”, „y” assume o mesmo valor “c”, então
temos a função constante

f(x) =c

e seu gráfico é uma reta paralela ao eixo x. Onde o domínio são todos os
reais. E a imagem é o conjunto Im = {c}.

Exemplo: Se uma pessoa fica exposta, nua, a temperaturas muito baixas ou


muita altas, durante algumas horas, a temperatura de seu corpo pode cair
ou subir, e isto pode ocasionar inclusive a morte de tal pessoa.
Mas sob temperaturas ambientes de 160C a 540C nosso corpo é
capaz de manter indefinidamente uma temperatura normal. Este fato pode
ser ilustrado pelo gráfico abaixo.
A temperatura corporal e a temperatura ambiente são duas
grandezas variáveis que mantém um relacionamento entre si, a cada
temperatura ambiente corresponde uma única temperatura corporal, ou
seja, a temperatura corporal depende da temperatura ambiente.

Pelo gráfico verificamos que a uma temperatura ambiente de 160C


a 540C a temperatura corporal não se altera, ela é constante.

14
5.1.2. Função de 1º Grau
Situação – problema 1
1) Três cidades tiveram censo realizado de 10 em 10 anos. Os dados sobre
número de indivíduos em milhares (y) em cada década (x) estão na tabela
a seguir.

Razão de Razão de Razão de


Anos Cidade crescimento Cidade crescimento Cidade crescimento
A populacional B populacional C populacional
0 -1940 100 100 100
1- 1950 120 120 120
2- 1960 140 145 130
3- 1970 160 180 135
4- 1980 180 230 138
5- 1990 200 300 140

a) Complete as colunas correspondentes as razões, sabendo que a razão de


crescimento populacional de cada cidade no período entre as décadas x 1 e
x2 é a razão entre as variações da população e do tempo:

y 2  y1
a onde y1 = f(x1) e y2 = f(x2)
x 2  x1
b) Para cada cidade faça um gráfico para a população em função do tempo
em décadas.
Em quais destes gráficos se encontra um padrão de crescimento
populacional constante?

c) Determine uma expressão matemática que represente este crescimento


populacional constante.

15
Função Linear Afim
Uma aplicação de R em R recebe o nome de função linear afim
quando a cada x  R associa o elemento (ax + b)  R em que a  0 e b são
números reais dados. Forma geral:

y = ax + b

a) Raiz ou zero da função: É todo número x cuja imagem é nula, isto é,


f(x) = 0. Assim, para determinarmos o zero da função, basta resolver a
equação do 1o grau:

ax + b = 0

b
que apresenta uma única solução x  .
a
O zero ou a raiz da função representa o ponto de interseção do
b
gráfico com o eixo x ( ,0).
a

Obs: Veja que, em relação a situação-problema 1, não teremos população


nula, portanto neste caso o zero ou raiz da função não tem sentido real.

b) Gráfico: Uma maneira fácil de traçar o gráfico de uma reta é achar as


suas interseções. As interseções de uma reta são os pontos onde a reta
corta os eixos. Assim, a interseção -y é o ponto que se determina,
tornando-se x = 0 na equação da reta. Do mesmo modo, a interseção -x é
o ponto que se determina, tornando-se y = 0 na equação da reta.

16
Na equação y = ax + b tem-se
a = coeficiente angular – determina o ângulo de inclinação da reta em
relação ao eixo x
b = coeficiente linear – determina a interseção com o eixo y, ou seja, no
ponto (0, b).

c) Declividade (coeficiente angular): A direção de uma reta é


determinada por sua declividade, que é definida em termos do ângulo
entre a reta e o eixo x

y 2  y 1 y
a = tg  = =
x 2  x1 x

então podemos escrever: y2- y1 = a ( x2 – x1)  equação geral


da reta

declividade nula declividade indefinida

declividade positiva declividade negativa

17
Com relação a situação-problema 1, o coeficiente linear,
representa a população inicial no tempo zero, já o coeficiente angular
representa a taxa de variação da população, ou seja a variação da
população por década:
p  p1
a= 2 = 20
x 2  x1

Função Crescente: Dizemos que uma função y = f(x), de A em B, é


crescente em um intervalo [a, b] contido em A, se, e somente se, para
quaisquer x1 e x2 pertencentes ao intervalo [a, b] temos: x2 > x1,
f(x2)>f(x1).

Função Decrescente: Dizemos que uma função y = f(x), de A em B, é


decrescente em um intervalo [a, b] contido em A, se, e somente se, para
quaisquer x1 e x2 pertencentes ao intervalo [a, b] temos: x2>x1, f(x2)<f(x1).

d) Crescimento e decrescimento
 A função f(x) = ax + b é crescente se, e somente se, o coeficiente
angular “a” for positivo.
 A função f(x) = ax + b é decrescente se, e somente se, o coeficiente
angular “a” for negativo.

b
e) Sinal da função: Considerando que x = , zero da função
a
f(x)=ax+b, é o valor de x para o qual f(x)=0, examinemos, então, para que
valores ocorre f(x)>0 ou f(x)<0.

18
a>0 a<0

+ +
- b b -
 
a a

b b
x< f(x) < 0 x< f(x) > 0
a a
b b
x= f(x) = 0 x= f(x) = 0
a a
b b
x> f(x) > 0 x> f(x) < 0
a a

Função Identidade – Função Linear


Na função
f(x) = ax

se a=1, f(x) = x. Esta função é denominada função identidade. Seu


gráfico é a reta bissetriz do 1º e 3º quadrantes. O domínio e a imagem são
todos os reais.

19
Análise da Paridade e obtenção da inversa da função de 1º grau
Toda função de 1º grau é bijetora, logo admite inversa. Toda
função de 1º grau não é par mas pode ser ímpar.

Exemplo: f(x) = 2x –8
a) Obtenção da inversa
Considerando x1 = -1 e x2 = 1, temos f(-1) = -10 e f(1) = -6,
portanto como x1  x2 e f(x1) f(x2), f(x) é injetora.
Nesta mesma função tem-se que a Im(f(x)) = R, onde R é também
o CD(f(x)), logo f(x) é sobrejetora.
Portanto f(x) sendo injetora e sobrejetora ao mesmo tempo, será
também bijetora e então admite inversa que é dada por:
x 8
f 1 ( x ) 
2

b) Análise da paridade
Como f(x) = 2x –8, f(-x) será dada por: f(–x) = –2x–8, logo
observa-se que:
f(–x)  f(x)
e portanto f(x) não é par.

Como f(–x) = –2x –8 e –f(x) = –2x + 8, observa-se que:


–f(x)  f(–x)
e portanto f(x) não é ímpar.

Observação. A função linear y = ax, com “a”  R*, é ímpar.

20
ATIVIDADE COMPUTACIONAL 1
Através do Aplicativo Graphmat, desenvolva as atividades
computacionais a seguir e faça suas conclusões referentes a cada tipo de
função envolvida.

Trace o gráfico da função y = x (função mãe).


1. Trace os gráficos das funções y = ax atribuindo ao parâmetro “a”
diferentes valores. Compare estes gráficos com o gráfico da função mãe e
formule uma conclusão a respeito das alterações ocorridas com a variação
deste parâmetro.

2. Obtenha o gráfico da função y = ax + b mantendo o parâmetro a


constante e variando o b. Comparando com o gráfico da função mãe qual
o significado deste parâmetro nos gráficos obtidos? Determine o ponto
onde cada gráfico corta o eixo x e também o eixo y.

Exercícios

1. Determinar a equação da reta que passa pelo ponto (0, 5) e possui a = 3.

2. Determinar a equação da reta que passa pelo ponto (-2, 1) cujo


coeficiente angular é -4.

3. Determinar a equação da reta que passa pelo ponto (-3, -1) e cujo
coeficiente linear é 8.

4. O gráfico de y = -2x + b corta o eixo x no ponto (3/2, 0). Qual o valor


de b?

21
5. A função f: R R, definida por f(x) = (3m +1)x - 2m é decrescente.
Determine valores de m.

6. Calcule o zero de cada função:

a) f(x) = (2x - 5)/3 b) f(x) = -3x + 6 c) f(x) = -4 + 2x

7. Fazer o estudo do sinal de cada função e esboçar o gráfico:

a) f(x) = 3x – 4 b) f(x) = -3 – x c) y = 3 - x/6


d) f(x) = ½ - x e) f(x) = 4x – 1 f) y = 2x - 5

8.Determinar os valores de x para os quais y = (3x - 1)/7 é negativa.

9. Determinar os valores de “m”, de modo que a função f(x) = (2 - m)x + 7


seja crescente.

10. Determinar, a inversa das funções dadas e verificar a paridade:

a) f(x) = x + 1 b) f(x) = -x + 2 c) f(x) = 3x

x
11. Dada f(x) = +1, pede-se:
3
a) obter f-1 b) calcular f-1(0) e f-1(5)

12. Calcular f -1(x), de y = 2x - 1 e representá-las graficamente no mesmo


plano cartesiano.

13. Uma panela, contendo uma barra de gelo a –400C, é colocada sobre a
chama de um fogão. Nestas condições, o gráfico abaixo nos mostra a
evolução da temperatura da água em função do tempo.

22
Pergunta-se:
a) Qual é a lei que descreve essa evolução nos dois primeiros minutos? E
nos oito minutos seguintes? E nos dez minutos que se seguem?

b) O que significam as diferentes inclinações dos três segmentos que


compõem o gráfico?

14) Suponha que a função C(x) = 20x + 40 representa o custo total de


produção de um artigo, onde C é o custo(em reais) e x é o número de
unidades produzidas. Determinar:
a) O custo de fabricação de 5 unidades desse produto.
b) Quantas unidades devem ser produzidas para que o custo total seja de
R$ 12.000,00.
c) O gráfico dessa função, destacando o intervalo onde o problema tem
interpretação prática.

15) Na fabricação de um determinado artigo, verificou-se que o custo total


foi obtido através de uma taxa fixa de R$ 4.000,00, adicionada ao custo de
produção, que é de R$ 50,00 por unidade. Determinar:

23
a) a função que representa o custo total em relação à quantidade
produzida;
b) o gráfico dessa produção;
c) o custo de fabricação de 15 unidades;
d) quantas unidades devem ser produzidas para que o custo total seja de
R$ 5.250,00.

16) Um vendedor de carros recebe um ordenado fixo calculado em 5


salários mínimos mais uma comissão de 2 salários para cada carro
vendido.
a) Num dado mês qual foi seu ordenado total bruto?
b) No mês de abril ele recebeu 13 salários mínimos. Quantos carros ele
vendeu neste mês?

17) João Carvoeiro e sua família trabalham para uma fábrica de carvão. O
patrão paga 0,20 u.m. por saco de carvão produzido. Toda a comida da
família é comprada no armazém do patrão, e dá um total de 120,00 u.m.
por mês. Quantos sacos de carvão a família terá de produzir para pagar a
conta do armazém?

18) O custo C de produção de x litros de uma certa substância é dado por


uma função de x, com x 0, cujo gráfico está representado abaixo:
8
C(x)
7

6
520
5
400
4

0
1 2 3 4 5 6 78
x8 (litros)9

24
Nessas condições, o custo de R$ 700,00 corresponde à produção de
quantos litros?

5.1.2.1. Inequações de 1º grau

Intervalos de números reais


Um intervalo de números reais é representado pelas notações
abaixo:
i) [a, b] = { xR/ a  x  b}  intervalo fechado com limite inferior a e
superior b.
ii) [a, b) = { xR/ a  x < b}  intervalo semi aberto à direita com limite
inferior a e superior b.
iii) (a, b] = { xR/ a < x  b}  intervalo semi aberto à esquerda com
limite inferior a e superior b.
iv) (a, b) = { xR/ a < x < b}  intervalo aberto com limite inferior a e
superior b.
v) (- , b] = { xR/ x  b}  semi reta limitada à direita.
vi) [a, ) = { xR/ x  a}  semi reta limitada à esquerda.

Igualdades
Sejam as funções f(x) e g(x). Chamamos equação de incógnita x a
sentença aberta f(x) = g(x).
Chama-se conjunto solução da equação f(x) = g(x) em R o
conjunto S cujos elementos são as raízes da equação.

Desigualdades
Sejam as funções f(x) e g(x). Chamamos inequação na incógnita x
a qualquer uma das sentenças abaixo:

25
f(x) > g(x)
f(x) < g(x)
f(x)  g(x)
f(x)  g(x)

O número real xo é solução da inequação f(x) > g(x) se, e somente


se, é verdadeira a sentença f(xo) > g(xo). Ao conjunto S de todos os
números reais x tais que f(x) > g(x) é uma sentença verdadeira chamamos
de conjunto solução da inequação.

Exemplo: Encontrar o conjunto solução da inequação: x < 3x –5 < -2 + x.


Solução:
x < 3x - 5 e 3x – 5 < -2 +x
x – 3x < -5 3x – x < -2 + 5
-2x < -5 2x < +3
2x > 5 x < 3/2
x> 5/2

S = {x  R / 3/2 <x < 5/2}

Exercícios: Determine o conjunto solução das seguintes inequações:

1) 2 + 3x < 5x + 8 5x  16
–3 < x + 2 < 5 9) 3
2) x2
3) 4 < 3x –2  10 2x  1
4) 2x < x + 4 < 3x 10) 0
x2
x2
5) 0 11) 3-x < 5 + 3x
x 5 1 2
3x  5 12) 
6) 0 x  1 3x  1
x 5

26
3x  4 1 4
7) 2 13) 
1 x 3x  7 3  2x
8) –7  -3 –3x < 4 4 2
14) 3 7
x x

5.1.3 Função de 2º Grau


Seu Antônio comprou 20m de tela para cercar o seu galinheiro na
forma de um retângulo. Quais as dimensões (comprimento e largura) desse
retângulo para que a área do galinheiro seja máxima?

Comprimento(c ) Largura (l ) P=2c + 2l A=c.l

Dedução da Fórmula de Báskara

y = ax2 + bx + c

ax2 + bx + c = 0 (  a)

bx c
x2   0
a a

bx c
x2  
a a

27
2
2 2bx  b  c b2
x     
2a  2a  a 4a 2

2
 b   4ac  b 2
x   
 2a  4a 2

b b 2  4ac
x 
2a 4a 2

b b 2  4ac
x 
2a 2a

 b  b 2  4ac
x
2a

Determinação das coordenadas do vértice da parábola


Como:
 b  b 2  4ac  b  b 2  4ac x  x1
a) x1  , x2  e xv  2 então:
2a 2a 2

 b  b 2  4ac  (b  b 2  4ac )


xv  2a
2

b
xv 
2a

28
b) y v  ax 2v  bx v  c
b
2
b
y v  a   b   c
 2a   2a 

(b 2  4ac)
yv  
4a


yv  
4a
Então:

b 
V = (xv, yv) = ( , )
2a 4a

Observação
b
Sendo x1 e x2, raízes da função quadrática, então x1 + x2 =  e
a
c
x1.x2 = , que são as relações entre os coeficientes e as raízes da função
a
quadrática, também chamadas de relações de Girard.

Função Quadrática ou Função do 2º Grau


Uma função de grau 2, é chamada função quadrática. A função
quadrática geral é definida por

f(x) = ax2 + bx + c

29
com a, b e c reais e a  0. O gráfico de uma função quadrática é uma curva
denominada parábola. O sinal de “a” determina a concavidade dessa
parábola: a > 0, a concavidade é voltada para cima e se a < 0, a
concavidade é voltada para baixo. O termo c determina onde a parábola
corta o eixo y.
O domínio da função quadrática é todos os reais (D = R) e sua imagem
depende do sinal do coeficiente “a”:
 se a >0 então: Im = {y  R / y  yv } concavidade voltada para cima e
o ponto (xv, yv) é mínimo;
 se a < 0 então: Im = { y  R / y  yv } concavidade voltada para baixo
e o ponto (xv, yv) é máximo.

Os valores para os quais f(x) = 0, recebem o nome de zeros da


função quadrática, que são determinados através da fórmula de Báskara.
Logo, os zeros da função quadrática são as raízes da equação , assim se:
  > 0 a função possui dois zeros reais e distintos;
  = 0 a função possui dois zeros reais e iguais;
  < 0 a função não possui zero real.

O ponto de intersecção entre a parábola e o eixo de simetria


denomina-se vértice, e é dado por xv = -b /2a e yv = - /4a e são
chamados de pontos de máximo ou de mínimo da função.

30
O ponto-limite entre o crescimento e o decrescimento de uma
função quadrática é obtido projetando ortogonalmente a abscissa do
vértice no eixo x:
 se a > 0 a função é crescente para qualquer x > x v, e a função é
decrescente para qualquer x< xv.
 se a < 0 a função é crescente para qualquer x < x v, e a função é
decrescente para qualquer x> xv.

O estudo do sinal da função quadrática é feito através do valor do


discriminante e do sinal do coeficiente de x2.

a>0

a<0

31
Análise da Paridade e obtenção da inversa da função de 2º grau
Para que a função de 2º grau admita inversa devemos transformá-la
em bijetora, ou seja, restringir o seu domínio e contradomínio. A função
quadrática pode ser par mas não é ímpar.

Exemplo: f(x) = x2
a) Obtenção da inversa
Restringindo o domínio para os reais positivos e considerando x 1 =
3 e x2 = 4, temos f(3) = 9 e f(4) = 16, portanto como x1  x2 e f(x1) 
f(x2), f(x) é injetora.
Nesta mesma função restringindo o contradomínio para os reais
positivos tem-se Im(f(x)) = R+, onde R+ é também o CD(f(x)), logo f(x) é
sobrejetora.
Portanto f(x) sendo injetora e sobrejetora ao mesmo tempo, será
também bijetora e então admite inversa que é dada por: f 1 ( x)  x .

y = x2

y x

b) Análise da paridade
Como f(x) = x2, f(-x) será dada por: f(-x) = (-x)2 = x2, logo se
observa que f(x) = f(-x), portanto f(x) é uma função par.

Como -f(x) = -(x)2= - x2 e f(-x) = x2, se observa que -f(x)  f(-x) e


portanto f(x) não é ímpar.

32
ATIVIDADE COMPUTACIONAL 2

Trace o gráfico da função y = x2 (função mãe)


1. Trace os gráficos das funções y = ax2 atribuindo ao parâmetro “a” os
valores reais.
Compare os gráficos com o gráfico da função mãe e determine o
significado do parâmetro “a” nos gráficos obtidos.

2. Faça o gráfico de f(x) = ax2 + bx, para diferentes valores de “b”


mantendo “a” constante.
Determine o significado do parâmetro “b” nos gráficos obtidos.
Determine o ponto onde cada gráfico corta o eixo x e também o eixo y.
Compare alguns dos gráficos obtidos com a curva mãe y = x 2 ,
descrevendo o que você observou.

3. Faça o gráfico de f(x) = ax2 + c, para diferentes valores de “c”


mantendo “a” constante.
Determine o significado do parâmetro “c” nos gráficos obtidos.
Determine o ponto onde cada gráfico corta o eixo x e também o eixo y.
Compare alguns dos gráficos obtidos com a curva mãe y = x 2 ,
descrevendo o que você observou.

4. Faça o gráfico de f(x) = ax2 + bx + c, para diferentes valores de a, b e c,


e compare com o gráfico de y = x2 . Descreva o que você pode observar.

5. Faça o gráfico da parábola y = ax2 + bx + c, variando o termo c,


mantendo a e b constantes. O que podemos dizer sobre seus vértices?

6. Faça o gráfico da parábola y = ax2 + bx + c, variando o termo b,


mantendo a e c constantes. O que podemos dizer sobre seus vértices?

33
7. Faça o gráfico da parábola y = ax2 + bx + c, variando o termo a,
mantendo b e c constantes. O que podemos dizer sobre seus vértices?

Exercícios
1) Galileu, em 1604, queria descobrir as relações entre o tempo e a
distância percorrida por um objeto em queda livre. Usando um plano
inclinado – ele já sabia as relações entre estes e a queda livre – obteve a
seguinte coleção de dados:

Tempo (x) em Distância (y) em x2 33x2


segundos metros
1 33
2 130
3 298
4 566
5 824
6 1192

a) Faça um gráfico para y em função de x.


b) Complete a tabela e obtenha a equação matemática para esta função.

2) Um psicólogo constatou que a capacidade de aprendizagem depende da


idade e pode ser medida pela “fórmula” matemática: C(t) = -
3t 2
(  60t  24) , onde t se refere à idade da pessoa em anos. A
2
capacidade de aprendizagem começa a decrescer a partir de qual idade?

34
3) Num certo jogo de vôlei a trajetória da bola em um saque é dada pela
1
função y   ( x 2  2x  80) .
9
a) Faça um gráfico da trajetória da bola.
b) Você acha que este saque é do tipo “jornada nas estrelas” ou “viagem
ao fundo do mar”? Por quê?
c) Considerando as medidas da figura abaixo, a bola vai cair dentro da
quadra?

4) Considerando que a curva da janela da figura abaixo é uma parábola,


determine sua equação.

35
5) Um caminhão-tanque tem uma concavidade em forma de parábola,
conforme a figura abaixo. Determine a equação da curva.

6) Aproveitando uma parte de um muro já existente e 120 m de arame,


deseja construir uma cerca retangular para guarnecer um estacionamento.
Nestas condições pede-se:
a) as dimensões dos lados da cerca de modo que a área cercada seja
máxima. b) a área máxima.

7) Uma bola é lançada verticalmente para cima, desde o solo, com uma
velocidade inicial de 20m/s. Se o sentido positivo da distância desde o
ponto de partida é para cima, a equação de movimento é: s = -5t2 + 20t
(“t” é dado em segundos e “s” em metros), encontre:
a) Quantos segundos leva a bola para alcançar seu ponto mais alto;
b) Qual a altura máxima atingida pela bola;
c) Quantos segundos leva a bola para atingir o solo;
d) No final de 1 segundo a bola está subindo ou caindo? E no final de 3
segundos?

8) Dada a função y = x2- 5x + 6, determinar: Domínio, imagem,


concavidade, raízes, analisar se o vértice é ponto mínimo ou máximo,
interseção com o eixo y e o esboço do gráfico.

36
9) Dada a função y = x2-x - 2:
a) traçar o gráfico, localizando os zeros da função, o vértice e o eixo de
simetria;
b) obter a imagem da função;
c) estabelecer quando a função é crescente;

10) Determinar m para que a função f(x) = (2m - 3) x2 +4x + 7 seja


quadrática.

11) Determinar m para que o gráfico da função f(x) = (m - 1/2) x2 +3x


tenha concavidade voltada para baixo.

12) Determinar m, de modo que a função f(x) = mx2+x -m/2 possua uma
das raízes igual a -1

13) Faça o esboço do gráfico e determine D e Im das seguintes funções:


a) y = x2 b) y = -6x2 -12x c) y = x2 -2x + 4 d) y = x2 -2x -3

14) Determine o parâmetro real k, de modo que a função f(x) = x 2 -2x + k


tenha:
a) dois zeros reais diferentes. b) um zero real duplo c) nenhum zero real

15) Determine os valores de m para que a função f(x) = mx2 + (m + 1)x +


(m + 1) tenha um zero real duplo.

16) Determine os valores de m para que a função f(x) = (m + 1)x2 + (2m +


3)x + (m - 1) não possua raízes reais.

17) Se r e s são as raízes da equação ax2 + bx + c = 0 e a  0 e c  0, qual é


1 1
o valor de 2  2
r s

37
18) Na equação do 2º grau ax2 + bx + c = 0, de raízes x1 e x2, calcule:
x x
a) x1 + x2 b) x1 . x2 c) (x1)2 + (x2)2 d) 1  2
x 2 x1

19) Determinar, a inversa (fazendo as restrições necessárias no domínio e


contradomínio) das funções dadas e verificar a paridade:
a) y = x2 – 4 b) y = x2 + 8 c) y = x2 - 4x + 4

5.1.3.1. Inequações de 2º grau


As desigualdades ax2 + bx + c > 0, ax2 + bx + c < 0, ax2 + bx + c 
0 e ax2 + bx + c  0 são denominadas inequações de 2º grau.
Para resolvermos estas inequações devemos estudar o sinal da
função de 2º grau y = ax2 + bx+c. Resolver, por exemplo, a inequação ax2
+ bx + c > 0 é responder à pergunta: “existe x real tal que y=ax 2 + bx + c
seja positiva?” Isto significa determinar os reais “x” para os quais a função
y = ax2 + bx + c tem imagem positiva (y>0).

Exemplo: Encontre o conjunto solução da inequação: x2 – 6x + 5 < 0


Solução:
x2 – 6x + 5 < 0
(x – 1) (x – 5) < 0
2
A equação x – 6x + 5 = 0 tem raízes 1 e 5 e tem concavidade voltada para
cima, portanto é negativa (< 0) entre as raízes 1 e 5, logo:
S = {x  R/ 1< x< 5}

Exercícios

Encontrar todos os números reais que satisfazem as desigualdades.


1) x2 + 3x + 2  0 6) x2 + 3x + 2  0
2) (3x + 1).(2x – 5)  0 7) x2 + 3x + 2 < 0

38
3) x2- 3x + 2 > 0 8) x2 > 4
4) x2  9 9) 4x2 + 9x < 9
4x 2  x  5
5) (x2 + x – 6)(-x2 – 2x+3) > 0 10) 0
2x 2  3x  2

5.1.4. Função Cúbica


Uma função do tipo

f(x) = ax3 + bx2 + cx + d

com a  0 é uma função polinomial chamada função cúbica.


O gráfico de uma função cúbica é uma curva que pode apresentar
pontos de máximos e mínimos. O domínio e a imagem é sempre o
conjunto dos números reais. Os valores para os quais f(x)=0, recebem o
nome de zeros da função cúbica. Uma função de grau 3, tem exatamente 3
raízes reais ou complexas, (com no mínimo uma raiz real), desde que cada
raiz seja contada de acordo com sua multiplicidade. O termo independente
determina a interseção com o eixo y.

Determinação das raízes


Caso 1. Quando o polinômio é da forma incompleta, não contendo o
termo d, sempre uma das raízes será zero, ou seja, interceptará o eixo y na
origem.

Exemplos
1. f(x) = x3 + 2x2 + x
x3 + 2x2 + x = 0
x(x2 + 2x + 1) = 0 e então uma das raízes será zero e as outras
duas serão obtidas da equação de segundo grau, x2 + 2x + 1 = 0

39
2. f(x) = x3 - 7x2
x3 - 7x2 = 0
x2 (x - 7)=0 e então duas das raízes serão zero e a outra será
obtida da equação x-7=0

Caso 2: Quando o polinômio é da forma incompleta, contendo o termo d,


ou da forma completa, as raízes serão determinadas aplicando o método de
Briot-Ruffini.

Determinação do método:
Seja f(x) = ax3 + bx2 + cx +d, escreve-se esquematicamente

a b c d
xo a axo xok1 xok2
a b+axo = k1 c+xok1 = k2 d + xok2

Se d + xok2 = 0 então xo é uma raiz de f(x). E os coeficientes


restantes formarão uma função do segundo grau.

Exemplos

1. Seja f(x) = x3 – 7x2 + 16x –10. Determine as raízes.

1 -7 16 -10
1 1 1 -6 10
1 -6 10 0

Como f(1) = 0, então 1 é uma das raízes de f(x). As outras duas são raízes
da equação x2 – 6x +10 = 0

40
2. Seja f(x) = x3 - 3x + 2,determinar as raízes e esboçar o gráfico.

1 0 -3 2
1 1 1 1 -2
1 1 -2 0

Como f(1) = 0, então 1 é uma das raízes de f(x). As outras duas são raízes
da equação x2 + x –2 = 0 Sendo x2 + x –2= 0, então x‟=x‟‟=1 (com
multiplicidade 2) e x‟‟‟ = -2.

Observação
Sendo x1, x2 e x3, raízes da função cúbica, então x1 + x2 + x3 =
b c d
 , x1x2 +x2x3 +x3x1 = e x1x2x3 =  que são as relações entre os
a a a
coeficientes e as raízes da função cúbica chamadas de relações de Girard.

41
Análise da Paridade e obtenção da inversa da função de 3º grau
Para que a função de 3º grau admita inversa devemos transformá-la
em bijetora, ou seja, restringir o seu domínio e contradomínio. A função
cúbica pode ser impar mas não é par.

Exemplo: f(x) = x3

a) Obtenção da inversa
Neste exemplo a função é bijetora e então admite inversa que é
dada por: f 1 ( x)  3 x .
y  x3

3
y x

b) Análise da paridade
Como f(x) = x3, f(-x) será dada por: f(-x) = (-x)3 = -x3, logo se
observa que f(x)  f(-x), portanto f(x) não é uma função par.
Como -f(x) = -(x)3= - x3 e f(-x) = -x3, se observa que -f(x) = f(-x) e
portanto f(x) é ímpar.

42
Exercícios

1. Se x1, x2 e x3 são as raízes da equação x3 – 2x2 –5x + 6 = 0, calcule o


valor de x1 + x2 + x3.

2. Calcule a soma e o produto das raízes da equação x3 – 4x2 + x + 6 = 0

Dadas as funções cúbicas, determine as raízes, os pontos de interseção


com os eixos.

3. f(x) = x3 – 2x2 –5x + 6

4. y = x3 – 9x2 + 20x – 12

5. f(x) = – x3 + 5x2 –2x – 8

6. f(x) = x3 – 9x2 +20x

7.f(x) = x3 + 2x – 3

8.f(x) = x3 + 2x2 – 3

5.2. Funções Fracionárias

Existe um provérbio chinês que diz que “uma figura vale mais
que mil palavras”. O principal valor de um gráfico está no auxílio que
ele fornece à comunicação da informação. Em sala de aula, os gráficos
guiam a nossa intuição na manipulação de conceitos abstratos.

43
Situação-problema 2

1) Analise o seguinte gráfico.

FONTE: ÁVILA, Geraldo. Cálculo I. São Paulo: Livros Técnicos e Científicos, 1992.
p.72.

Esse gráfico expressa o decaimento da concentração (em mg/ml) de


cada substância que está se dissolvendo na água. A coleta de dados foi
feita de 10 em 10 segundos.
a) Quais são as grandezas envolvidas nessa situação e quais são seus
domínios de variação?
b) Estime o tempo necessário para que a concentração de substância no
líquido fique menor que 0,05mg/ml.

44
c) À medida que o tempo passa, qual é a tendência que se observa na
concentração de substância no líquido.
d) Complete a tabela abaixo com os dados do gráfico, identifique um
padrão de regularidade nesses dados e conclua sua análise dando a
equação matemática y = f(x).

Tempo (x) 0 10 20 30 40 50
Concentração (y)
(x . y)

Uma função expressa como uma razão de dois polinômios é


chamada racional fracionária. Se P(x) e Q(x) forem polinômios em x,
então o domínio da função racional fracionária

P( x )
f (x) 
Q( x )

consiste de todos os valores de x de tal forma que Q(x)  0.

x 2  2x
Por exemplo, o domínio da função f ( x )  consiste de
x2 1
todos os valores de x, exceto x=1 e x = -1.
São raízes ou zeros da função aqueles valores de x que zeram ou
anulam o numerador. No exemplo dado acima x = 0 e x = -2 são zeros da
função.
O gráfico da função racional fracionária pode apresentar assíntotas
(saltos) horizontais e verticais que podem estar sobre os eixo x e y ou
deslocados, de acordo com a lei da função.

45
1
Exemplo: Seja f ( x )  , em relação a esta função podemos
x 1
determinar:
a) Domínio: Como nesta função Q(x) = x + 1, devemos considerar x+1 
0, ou seja x  -1. Portanto o domínio desta função será dado por:
D(f(x)) = {x  R / x  -1}
b) Imagem: A imagem desta função será dada por: Im = {y  R / y  0}
c) Raiz: Não existe x  R / f(x) = 0. Portanto esta função não possui
raízes.
d) Intersecção com o eixo y: Significa determinar o valor de y, quando x =
0. Neste caso teremos y = 1.
e) Assíntota vertical: A assíntota vertical é a reta x = -1.
f) Assíntota horizontal: A assíntota horizontal é o próprio eixo x.
g) Gráfico:

46
Análise da paridade e obtenção da inversa da função racional fracionária
Para que a função racional fracionária admita inversa devemos
transformá-la em bijetora, ou seja, restringir o seu domínio e
contradomínio de modo que o denominador seja diferente de zero. A
função racional fracionária pode ser par ou ímpar.

1
Exemplo: f ( x ) 
x
a) Obtenção da inversa
Restringindo o domínio para R* e considerando x1 =-2 e x2 = 2,
temos f(-2) = -1/2 e f(2) = ½, portanto como x1  x2 e f(x1)  f(x2), f(x) é
injetora.
Nesta mesma função restringindo o contradomínio para R* tem-se
Im(f(x)) = R*, onde R* é também o CD(f(x)), logo f(x) é sobrejetora.
Portanto f(x) sendo injetora e sobrejetora ao mesmo tempo, será
1
também bijetora e então adimite inversa que é dada por: f 1 ( x ) 
x

47
b) Análise da paridade
1 1
Como f ( x )  , f(-x) será dada por: f ( x )   , logo se observa
x x
que f(x)  f(-x), portanto f(x) não é uma função par.
1 1
Como  f ( x )   e f ( x )   , observa-se que – f(x) = f(-x) e
x x
portanto f(x) é ímpar.

ATIVIDADES COMPUTACIONAL 3

1
Faça o gráfico da função f(x) = (gráfico da função mãe).
x

a
1. Faça o gráfico da função f(x) = , para diferentes valores de a,
x
positivos e negativos, e compare com o gráfico da função mãe.

1
2. Faça o gráfico da função f(x) = , para diferentes valores de a,
(x  a )
positivos e negativos, e compare com o gráfico da função mãe. Analise
estes gráficos e conclua a respeito da tendência dos valores da função.
Verifique as interseções com os eixos.

1
3. Faça o gráfico da função f(x) = +a, para diferentes valores de a,
x
positivos e negativos, e compare com o gráfico da função mãe. Analise
estes gráficos e conclua a respeito da tendência dos valores da função.
Verifique as interseções com os eixos.

48
Exercícios

1. Um comerciante deseja anunciar um desconto fictício de 50% em todas


as mercadorias de sua loja, para atrair compradores. Para isso primeiro
aumentou seus preços, de modo a não ter nenhuma perda.
a) Qual foi o aumento praticado pelo comerciante?

b) O aumento necessário para cobrir um desconto fictício é função deste


desconto. Encontre uma equação para essa função.

c) Faça o gráfico dessa função e analise a tendência do aumento como


efeito de grandes descontos.

2) Um automóvel percorre um trecho de 100 quilômetros com velocidade


média constante “v”, em km/h. Expresse o tempo gasto para percorrer esse
trajeto em função da velocidade “v” do automóvel. Se essa velocidade for
muito pequena qual a tendência do tempo de duração do percurso? E se a
velocidade for muito grande?

3. Determinar o domínio, raízes (se existirem), assíntotas e fazer o esboço


do gráfico das funções dadas a seguir.

1 x 1
a) y  c) y  e) y 
x4 x2 x 1

2 x x
b) y  d) y  f) y 
x 4
2
x  16
2 x4

 1  2x
4. Dada a função real f(x) = , determine:
x4

49
a) f -1(x) b) D(f -1) c) D(f)
d) Im(f -1) e) Im(f) f) esboce o gráfico

6. FUNÇÃO IRRACIONAL

Toda função real definida por uma lei que apresenta um radical é dita
função irracional. O domínio dessa função tem restrições de acordo com o
índice do radical e da posição da raiz.

Exemplo: Seja f (x)  x  1 , em relação a esta função podemos


determinar:
a)Domínio: Como nesta função o índice do radical é par, temos que
x+10, ou seja x  -1. Portanto o domínio desta função será dado por:
D = {x  R / x  -1} ou D = [-1, )
b) Imagem: A imagem desta função será dada por: Im = {y  R / y 0}
c) Raiz: A desta função será o valor x tal que x  1  0 , ou seja, x = -1.
d) Intersecção com o eixo y: Significa determinar o valor de y quando x =
0. Neste caso teremos, y = 1.
e) Gráfico

50
Análise da paridade e obtenção da inversa
Para que a função irracional admita inversa devemos transformá-la
em bijetora, ou seja, devemos fazer restrições no seu domínio e
contradomínio. A função irracional pode ser par ou ímpar.

Exemplo: f(x) = x
a) Obtenção da inversa
Restringindo o domínio para os reais positivos e considerando x 1 =
9 e x2 = 16, temos f(9) = 3 e f(16) = 4, portanto como x1  x2 e f(x1) 
f(x2), f(x) é injetora.
Nesta mesma função restringindo o contradomínio para os reais
positivos tem-se Im(f(x)) = R+, onde R+ é também o CD(f(x)), logo f(x) é
sobrejetora.
Portanto f(x) sendo injetora e sobrejetora ao mesmo tempo, será
-
também bijetora e então admite inversa que é dada por: f 1(x) = x2.

y  x2

y x

b) Análise da paridade
Como f ( x )  x , f(-x) será dada por: f (x)   x , logo
observa-se que f(x)  f(-x), portanto f(x) não é uma função par.
Como -f(x) = - x e f(-x) =  x , se observa que -f(x)  f(-x) e
portanto f(x) não é ímpar.

51
Exercícios
Analisar cada uma das funções, determinando domínio, imagem e
fazendo um esboço do gráfico.

1. y = 8x  5 3. y = x 2  16

1
2. y = x 2  5x  4 4. y =
x 5
2

7. FUNÇÃO MODULAR

7.1. Valor Absoluto e Algumas Propriedades


x se x  0
Se x é um número real qualquer, então: |x|  
 x se x  0

Exemplo: |x| = 5 , x pode ser 5 ou -5.

O valor absoluto de um número x é a sua distância até a origem,


independentemente de sua direção. Em geral |a - b| é a distância entre a e b
independentemente de sua direção.

Propriedades do valor absoluto


1) |x|  0,  x  R
2) |x| = 0  x = 0
3) |x|2 = x2,  x  R

52
4) |x| = a  x = a ou x = -a, se a > 0
5) |x| = |a|  x = a ou x = -a
6) |x| < a se e somente se -a < x < a, onde a > 0
|x|  a se e somente se -a  x  a onde a > 0
7) |x| > a se e somente se x > a ou x < -a, onde a > 0
|x|  a se e somente se x  a ou x  -a, onde a > 0

Definição: No conjunto dos números reais, a , não está definida se a < 0.


Da definição da a segue-se que:

x 2 = |x| e não x2   x

Por exemplo: 52  5 e ( 3) 2  3

Teoremas
i) |ab| = |a| . |b|
a | a|
ii) 
b | b|
iii) |a+b|  |a| + |b| desigualdade triangular
Corolário: |a - b|  |a| + |b|
|a| - |b|  ||a - b|

7.2. Definição de Função Modular: Uma função é modular se a cada x


associa |x|. O domínio desta função é o conjunto dos números reais (R) e a
imagem fica restrita aos números reais positivos (R+).

53
Exemplo: Seja f(x) = |x+1|, em relação a esta função podemos determinar:
a) Domínio: O domínio desta função são todos os números reais, ou seja
D= R.

b) Imagem: A imagem desta função será restrita aos reais positivos, ou


seja Im = R+.

c) Intersecção com o eixo y: Significa determinar o valor de y quando x =


0. Neste caso teremos y = 1.

d) Gráfico: Aplicando a definição de módulo em f(x), teremos:

x  1 se x  1  0
x 1  
 ( x  1) se x  1  0

ou seja

x  1 se x  1
x 1  
 x  1 se x  1

54
Exercícios
Definir domínio, imagem e gráfico das funções reais que envolvem
módulo.

1) f(x) = |x - 2| 4) y = |x2 +4x|

2) f(x) = |-2x+3| 5) y = |x – 1| + 2

1
3) f(x) = 6) f(x) = |x + 2| + x –1
x 1

ATIVIDADE COMPUTACIONAL 4

Faça o gráfico da função f(x) = |x | (função mãe).

1. Faça o gráfico da função f(x) = |x + a|, para diferentes valores de a,


positivos e negativos, e compare com o gráfico da função mãe.

1
2. Faça o gráfico da função f(x) = , para diferentes valores de a,
xa
positivos e negativos, e compare com o gráfico da função mãe.

3. Faça o gráfico da função f(x) = |x | + a, para diferentes valores de a,


positivos e negativos, e compare com o gráfico da função mãe.

4. Faça o gráfico da função f(x) = 3|x| e g(x) = -3|x|, e compare com o


gráfico da função mãe.

55
7.3. Equações e Inequações Modulares
Para obtermos a solução de uma equação ou de uma inequação
modular, devemos levar em conta na resolução delas, as propriedades do
valor absoluto.
Exercícios

Resolva as equações ou inequações modulares a seguir.


1) |4x + 3| = 7 9) |2x-5|>3
2) |3x – 8| = 4 10) |9 – 2x|  |4x|
3) |2x-3| = -1 11) |5x + 4|  4
2
4) |x -4x+5| = 2 12) |x – 5| < 4
5) |x - 2| = |3 – 2x| 3  2x
13) 4
2
6) |x + 6x –1| = 6 2x
7) |5x-3| = |3x + 5| 14) |2x + 4| < -3
8) |3 + 2x| < |4 - x| 15) |2x + 4 | > -3

8. FUNÇÃO COMPOSTA

1) Vamos supor que certo organismo tenha forma esférica. Seu


volume V pode ser obtido a partir de seu raio r (em mm), isto é
4
V  V(r )   r 3 mm3. Suponhamos, ainda, que o raio varie com o tempo
3
(em s) e que a relação entre r e t seja dada por r = r(t) = 0,02t 2. Então o
volume V é função de t, mediante

56
4 4
V  V( t )  (0,02t 2 ) 3  0,000008t 6
3 3

2) Imaginemos que uma mancha de óleo sobre uma superfície de água


tenha a forma de um disco de raio r (em cm). Então, sua área A (em cm2) é
função do raio, sendo dada por:

A =A(r) =r2cm2

Por outro lado, considere que o raio cresça em função do tempo t (em
min), obedecendo à seguinte relação r = r(t) = 15t + 0,5cm.
Sem dificuldades, usando a noção de função composta, pode-se
determinar a área ocupada pela mancha em função do tempo. De fato,
quando t varia a partir do instante inicial (t = 0), o raio passa a crescer a
partir de ro = 0,5cm. Como A = A(r) está definida para todos os valores de
r  0, podemos calcular a função composta, ou seja

Definição: Sejam as funções f de A em B, e g de B em C. Função


composta de f em g (gof(x)) é a função de A em C definida por (gof(x)) =
g[f(x)]

Exercícios complementares

1. Calcular f -1(x), de y = 2x - 1 e representá-las graficamente no mesmo


plano cartesiano.

2. Dada as funções reais determine:


a) f -1(x) d) D(f -1)
b) D(f) e) Im(f -1)
c) Im(f) f) esboce o gráfico

57
 1  2x 1  3x x 1
A) f(x) = B) f(x) = C) f(x) =
x4 x 3x  5

3) Dadas as funções f(x) = 3 + 2x, g(x) = 5 - 2x e h = (3x + 1)/2


determine:

a) h -1(x) b) gof(x) c) g(0) + h(3) - f(1/2)

4) Dadas as funções reais f(x) = 2x - 3 e g(x) = x - 1, calcular fog(x)e o


g[f(x)]

5) Dadas as funções reais f(x) = x2 - 1 e g(x) = -x + 1,calcular f[g(1)]

6)Dadas as funções reais f(x) = 3x + a e g(x) = 2x - 5, calcular a de modo


que: f[g(x)] = g[f(x)]

7) Dadas as funções reais f(x) = x - 1 e g(x) = 5x - 6, determine:


a) f[g(x)] b) g[f(x)] c) f[f(x)] d) g[g(x)]

58
Respostas dos Exercícios

Pág 13

1. y = 3x + 5
2. y = -4x – 7
3. y = 3x + 8
4. b = 3
5. {m  R / m < -1/3}
6. a) x = 5/2 b) x = 2 c) x = 2
7. a) f(x) positiva para x > 4/3 e negativa para x < 4/3
b) f(x) positiva para x < -3 e negativa para x > -3
c) f(x) positiva para x < 18 e negativa para x > 18
d) f(x) positiva para x < 1/2 e negativa para x > 1/2
e) f(x) positiva para x > 1/4 e negativa para x < 1/4
f) f(x) positiva para x > 5/2 e negativa para x < 5/2
8. {x  R / x < 1/3}
9. {m  R / m < 2}
10. a) f-1(x) = x – 1; f(x) não é para e nem ímpar
b) f-1(x) = -x + 2; f(x) não é para e nem ímpar
c) f-1(x) = x/3; f(x) é ímpar
11. a) f-1(x) = 3x – 3
b) f-1(0) = - 3 e f-1(5) = 12
12. f-1(x) = (x+1)/2
13. a) y = 20x – 40; y = 0 e y = 10x – 100
14. a) C(5) = R$ 140
b) x = 598
15. a) C(x) = 50x + 4000
c) C(15) = R$ 4750
d) x = 25
16. a) f(x) = 2x + 5

59
b) x = 4
17. 600 sacos de carvão
18. 20 litros

Pág 16
8. S = {x  R / ou -7/3 < x  4/3 }
1. S = {x  R / x > -3} 9. S = {x  R / 2< x  5}
2. S = {x  R / -5 < x < 3} 10. S = {x  R / x < -2 ou x  -1/2}
3. S = {x  R / 2 < x  4} 11. S = {x  R / x > -1/2}
4. S = {x  R / 2 < x < 4} 12. S = {x  R / x < -1 ou 1/3 < x < 3}
5. S = {x  R / 2  x < 5} 13. S = {x  R / 3/2 < x < 31/14 ou x > 7/3}
6. S = {x  R / -5/3 < x < 5} 14. S = {x  R / x < -1/2 ou x > 0}
7. S = {x  R / x  -2/5 ou x>1}

Pág 20

1. b)
x2 y = 33x2
1 33
4 132
9 297
16 258
25 825
36 1188

2. A partir de 20 anos
 x2
4. y   50
50

60
5. y = - x2 + 1
6. a) 30 e 60 metros
b) 1800 m2
7. a) 2 segundos
b) 20 metros
c) 4 segundos
8. D = R; Im = S = {y  R / y  -1/4}; Concavidade para cima; Raízes: 2 e
3; V = (5/2, -1/4) é ponto de mínimo; Intersecção com o eixo y: (0, 6)
9. a) Zeros: -1 e 2; V = ( 1/2, - 9/4); eixo de simetria: x = 1/2
b) Im = {y  R / y  - 9/4}
c) f(x) crescente para { x  R / x > 1/2}
10. {m  R / m  3/2}
11. {m  R / m < 1/2}
12. m = 2
13. a) D = R e Im = R+
b) D = R e Im = {y  R / y  6}
c) D = R e Im = {y  R / y  3}
d) D = R e Im = {y  R / y  -4}
14. a) {k  R / k < 1}
b) k = 1
c) {k  R / k > 1}
15. m = -1 ou m = 1/3
16. {m  R / m < - 13/12}
17. –2a/c
18. a) –b/a
b) c/a
c) (b2 – 2ac)/a2
d) – b/c
19. a) f(x) = x2 – 4, Restrições: D = {x  R / x  0} e Im = {y  R / y -4}

61
f 1 (x)  x  4 , D = {x  R / x  -4} e Im = {y  R / y  0}, f(x)
é par
b) f(x) = x2 + 8, Restrições: D = {x  R / x  0} e Im = {y  R / y  8}
f 1 (x)  x  8 , D = {x  R / x  8} e Im = {y  R / y  0}, f(x) é
par
c) f(x) = x2 – 4x + 4, Restrições: D = {x  R / x  2} e Im = {y  R / y
 0}
f 1 (x)  x  2 , D = {x  R / x  0} e Im = {y  R / y  2}, f(x)
não é par nem ímpar

Pág 23

1. {x  R / x  - 2 ou x  -1} 6. {x  R / -2  x  -1}
2. {x  R / x  - 1/3 ou x  5/2} 7. {x  R / -2 < x < -1}
3. {x  R / x < 1 ou x > 2} 8. {x  R / x < - 2 ou x > 2}
4. {x  R / -3  x  3} 9. {x  R / -3 < x < 3/4}
5. {x  R / 1 < x < 2} 10. {x  R / x  -5/4 ou -1/2 < x  1 ou x > 2}

Pág 25

1. x1 + x2 + x3 = 1 – 2 + 3 = 2
2. P = - 1 . 2 . 3 = -6 e S = - 1 + 2 + 3 = 4
3. Raízes: 1, -2 e 3; Intersecção com y: (0, 6)
4. Raízes: 1, 2 e 6; Intersecção com y: (0, -12)
5. Raízes: -1, 2 e 4; Intersecção com y: (0, -8)
6. Raízes: 0, 4 e 5; Intersecção com y: (0, 0)
7. Raízes: 1; Intersecção com y: (0, -3)
8. Raízes: 1; Intersecção com y: (0, -3)

62
Pág 29

1. a) 100%
b) y = x / (1-x)
3. a) D = {x  R / x  4}; Raízes: não possui; Assíntotas: x = 4 e y = 0
b) D = {x  R / x  2}; Raízes: não possui; Assíntotas: x = 2; x = -2 e
y=0
c) D = {x  R / x  -2}; Raízes: x = 0; Assíntotas: x = -2 e y = 1
d) D = {x  R / x  4}; Raízes: x = 0; Assíntotas: x = 4; x = -4 e y = 0
e) D = {x  R / x  -1}; Raízes: não possui; Assíntotas: x = 1 e y = 0
f) D = {x  R / x  4}; Raízes: x = 0; Assíntota: x = 4 e y = 1
 1  4x
4. a) f 1 ( x ) 
x2
b) {x  R / x  2}
c) {x  R / x  - 4}
d) {y  R / y  - 4}
e) {y  R / y  -2}

Pág 31

1. D = {x  R / x  5/8}; Im = R+
2. D = {x  R / x  1 ou x  4}; Im = R+
3. D = {x  R / x  -4 ou x  4}; Im = R+
4. D = {x  R / x > 5 ou x <  5 }; Im = R+

Pág 32

1. D = R; Im = R+

63
2. D = R; Im = R+
3. D = {x  R / x  -1}; Im = R+*
4. D = R; Im = R+*
5. D = R; Im = {y  R / y  2}
6. D = R; Im + {y  R / y  - 3}

Pág 34
1. S = {1, -5/2}
2. S = {4, 4/3}
3. S = 
4. S = {1, 3}
5. S = {5/3, 1}
6. S = {-7, -5, -1, 1}
7. S = {-1/4, 4}
8. S = {x  R / -7<x<1/3}
9. S = {x  R / x < 1 ou x > 4}
10. S = {x  R / -9/2  x  3/2}
11. S = {x  R / x  -8/5 ou x  0}
12. S = {x  R / 1 < x < 9}
13. S = {x  R / x  -11/2 ou x  -5/6}
14. S = 
15. S = R

Pág 35
1. f-1 (x) = (x+1)/2
1  4x
2. A. a) f 1 ( x ) 
x2
b) D(f) = {x  R / x  -4}
c) Im(f) = {y  R / y  -2}

64
d) D(f-1) = {x  R / x  -2}
e) Im(f-1) = {y  R / y  -4}
1
B. a) f 1 ( x ) 
x3
b) D(f) = {x  R / x  0}
c) Im(f) = {y  R / y  -3}
d) D(f-1) = {x  R / x  -3}
e) Im(f-1) = {y  R / y  0}
 1  5x
C. a) f 1 ( x ) 
3x  1
b) D(f) = {x  R / x  -5/3}
c) Im(f) = {y  R / y  1/3}
d) D(f-1) = {x  R / x  1/3}
e) Im(f-1) = {y  R / y  -5/3}
-1
3. a) f (x) = (2x-1)/3
b) gof(x) = – 1 – 4x
c) 6
4. fog(x) = 2x – 5 e g[f(x)]=2x – 4
5. f[g(1)]= –1
6. a = -10
7. a) f[g(x)] = 5x – 7 b) g[f(x)]= 5x – 11 c) f[f(x)]= x – 2
d)g[g(x)]= 25x – 36

65
BIBLIOGRAFIA

AGUIAR, A. F.,XAVIER, A. F. e RODRIGUES, J. E. Cálculo para


ciências médicas e biológicas. São Paulo: HARBRA, 1988.
BAUMGART, J. K. História da álgebra (Tópicos de História da
Matemática para uso em sala de aula: Vol. 4). São Paulo: Atual,
1992.
BEZZERA, M. J. Matemática 2º grau. São Paulo: Scipione, 1994.
BONGIOVANNI, et al. Matemática 2º grau. São Paulo: Ática, 1994.
BORGES, P. A., NEHRING, C. Matemática 8ª série. Ijuí: UNIJUÍ, 1996.
BOULOS, P. Cálculo diferencial e integral. São Paulo: MAKRON Books
do Brasil, Vol. 1, 1999.
CARNEIRO, V. C. Funções elementares. Porto Alegre: UFRGS, 1993.
IEZZI, G., MURAKAMI, C. Fundamentos de matemática elementar. São
Paulo: Atual, Vol. 1, 1993.
IEZZI, G., MURAKAMI, C. Fundamentos de matemática elementar. São
Paulo: Atual, Vol. 6, 1993.
IEZZI, G.,et al. Tópicos de matemática. São Paulo: Atual, Vol. 1, 1981.
LEITHOLD, L. Cálculo com geometria analítica. São Paulo: Harbra, Vol.
1, 1976.
PISKOUNOV, N. Cálculo diferencial e integral. Porto: Livraria Lopes da
Silva, 1988.
SHENK, Al. Cálculo com geometria analítica. Rio de Janeiro: Campus,
1985.
SILVA, S. M. e SILVA, E. M. Matemática para os cursos de economia,
administração e ciências contábeis. São Paulo: Atlas, Vol. 1, 1989.
SPILIMBERGO, A. P. Evolução histórica do conceito de função.
Monografia de Especialização em Matemática. Santa Maria, 1987.
SWOKOWSKI, E. W. Cálculo com geometria analítica. São Paulo:
McGraw-Hill, 1983.

66

You might also like