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Módulo 01.

Grandezas Físicas
1. Grandezas Escalares e Vetoriais
Algumas grandezas físicas exigem, para sua perfeita caracterização, apenas uma intensi
dade.
Essas grandezas são denominadas grandezas escalares. Assim, grandezas físicas, como
massa, comprimento, tempo, temperatura, densidade e muitas outras, são classificad
as como grandezas escalares.
Por outro lado, existem grandezas físicas que, para sua perfeita caracterização, exige
m, além da intensidade, uma orientação espacial (direção e sentido).
Tais grandezas recebem o nome de grandezas vetoriais. Como exemplo de grandezas
vetoriais, podemos citar: força, impulso, quantidade de movimento, velocidade, ace
leração e muitas outras.

2. Vetores
As grandezas vetoriais são representadas por um ente matemático denominado vetor.
Um vetor reúne, em si, o módulo, representando o valor numérico ou intensidade da gran
deza, e a direção e sentido, representando a orientação da grandeza.
É importante salientarmos as diferenças entre direção e sentido: um conjunto de retas pa
ralelas tem a mesma direção.

e, a cada direção, podemos associar uma orientação.

A figura abaixo representa uma grandeza vetorial qualquer: um segmento de reta o


rientado (direção e sentido) com uma determinada medida (módulo).

Para indicar um vetor, podemos usar qualquer uma das formas indicadas abaixo:

Para indicarmos o módulo de um vetor, podemos usar qualquer uma das seguintes notações
:

Assim, indica o vetor e a indica o módulo do vetor .


3. Vetores Iguais e Vetores Opostos
Dois vetores são iguais quando possuem o mesmo módulo, a mesma direção e o mesmo sentido
.
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Módulo 01. Grandezas Físicas 1 / 3Módulo 02. Operações com Vetores


1. Vetores – I
Multiplicação de um vetor por um escalar.

Podemos multiplicar um vetor por um escalar n (número real), obtendo um novo vetor
.

Esse novo vetor tem as seguintes características:

2. Adição de Vetores
Para a adição de vetores vamos, inicialmente, definir vetor resultante:
Vetor resultante ou vetor soma, de dois ou mais vetores, é o vetor único que produz
o mesmo efeito que os vetores somados.
Para a determinação do vetor resultante, ou seja, para efetuarmos a adição vetorial de d
ois ou mais vetores, podemos utilizar três métodos, denominados:
a) regra do polígono
b) regra do paralelogramo
c) regra dos componentes vetoriais
Regra do Polígono

Para efetuarmos a adição de vetores pela regra do polígono, escolhemos, arbitrariament


e, um dos vetores como ponto de partida e traçamos os vetores seguintes,
colocando a origem do 2º vetor coincidindo com a extremidade do 1º e, assim, sucessi
vamente, até traçarmos todos os vetores. O vetor soma ou resultante é determinado pela
origem do 1º vetor e pela extremidade do último vetor traçado.

Resumo
Adição de Vetores

a) Regra do Polígono (qualquer número de vetores)


Vetor Resultante : origem do 1º e extremidade do último.
Multiplicação de Vetor por Escalar

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3Módulo 01. Grandezas Físicas

Dois vetores são opostos quando possuem o mesmo módulo, a mesma direção e sentidos contrár
ios.

4. Representação de Grandezas Vetoriais


Na prática, a representação de grandezas vetoriais é feita por meio de vetores desenhado
s em escala. Assim, para representarmos vetorialmente a velocidade de um partícula
que se desloca horizontalmente para a direita a 80 km/h, utilizamos um segmento
de reta, por exemplo, com 4 cm de comprimento, onde cada centímetro corresponde a
20 km/h.

escala: 1,0 cm: 20 km/h

5. Grandezas Proporcionais
As intensidades das grandezas físicas podem estar relacionadas proporcionalmente d
e dois modos:
A. Grandezas Diretamente Proporcionais

Duas grandezas x e y são diretamente proporcionais quando a razão entre suas intensi
dades é constante.

Nesse caso, o gráfico y × x é:

B. Grandezas Inversamente Proporcionais

As grandezas x e y são ditas inversamente proporcionais quando o produto de suas i


ntensidades é constante.
Nesse caso:
O gráfico y × x é:

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Módulo 01. Grandezas Físicas 2 / 3Módulo 01. Grandezas Físicas


Exercícios Resolvidos
01. A velocidade de um projétil é 20 m/s, horizontal e para a direita. Interprete as
informações.
Resolução
As informações caracterizam uma intensidade (20 m/s), uma direção (horizontal) e um sent
ido (para a direita).
Portanto, caracterizam a velocidade como grandeza vetorial.

02. Assinale V (verdadeiro), ou F (falso), para as frases abaixo.


( ) 01 – Temperatura é grandeza escalar.
( ) 02 – Massa é grandeza escalar.
( ) 04 – Força é grandeza vetorial.
( ) 08 – A aceleração da gravidade é grandeza vetorial.
( ) 16 – Volume é grandeza escalar.
Resolução
Todas as frases são verdadeiras.Temperatura, massa e volume são grandezas que ficam
perfeitamente caracterizadas por um número (intensidade) e por um significado (uni
dade). Força e aceleração são grandezas que necessitam, além da intensidade, de uma direção
de um sentido.

03. Uma substância, mantida a temperatura constante, tem sua massa e volume repres
entados na tabela.

a) massa e volume são grandezas diretamente proporcionais? Justifique!


b) esboce o gráfico m × v correspondente.
c) qual é a massa de substância correspondente ao volume de 0,7 L?
d) qual é o volume correspondente à massa de 3,2 kg?
Resolução
a) Como (constante), então massa e volume são grandezas diretamente proporcionais.
b) O gráfico m × v é uma reta, passando pela origem dos eixos.

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Módulo 01. Grandezas FísicasMódulo 02. Operações com Vetores


Exercícios Resolvidos
01. Aplicando o método do polígono, determine a força resultante no ponto C.

Resolução
Para construir o polígono, iniciamos por qualquer um dos vetores.

O polígono resultante é uma figura fechada, portanto a resultante no ponto C é nula.

02. Obter, pelo método do polígono, a resultante das forças F1 = F2 = 100 N

Resolução
Construindo o polígono, obtemos um triângulo eqüilátero, portanto o resultante tem inten
sidade igual à das forças componentes.

03. Dados três vetores , sendo:

determine o vetor resultante:

Resolução
Traçamos os vetores , pela regra do polígono.

Para determinarmos o módulo do vetor e do ângulo , aplicamos o teorema de Pitágoras, n


o triângulo PQR.
04. Dado o vetor , representar os vetores:

Resolução

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Módulo 02. Operações com Vetores 2 / 3Módulo 03. Vetores II


Adição Vetorial (Método do Paralelogramo)
Este método é utilizado para obter o vetor resultante de dois vetores.
Sejam os vetores

Para a determinação do vetor procedemos da seguinte maneira:


• Traçamos os vetores e com as origens coincidindo no mesmo ponto, mantendo seus módul
os, direções e sentidos.
• Pela extremidade de , traçamos uma reta paralela a e pela extremidade de , uma ret
a paralela a .
• O vetor resultante será obtido unindo a origem dos dois vetores e com o encontro d
as paralelas.
• O vetor terá origem na origem dos vetores e extremidade no encontro das paralelas.
• O módulo do vetor será calculado pela expressão abaixo, obtida a partir da lei dos cos
senos.

onde é o ângulo formado pelos vetores


Vejamos alguns casos particulares:
a) e têm mesmo sentido

b) e têm sentidos opostos

Obs: o vetor resultante terá o mesmo sentido do vetor de maior módulo (no caso o vet
or ).
c) e são ortogonais

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Módulo 03. Vetores II 1 / 3Módulo 03. Vetores II


Resumo
Método do paralelogramo
(somente para dois vetores)

Exercícios Resolvidos
01. Dados os vetores e , obter o vetor nos casos abaixo, onde a = 3 e b = 4.

a)
b)

c)

02. Dados os vetores e com a = b = 20, obter o vetor

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Módulo 03. Vetores II 2 / 3Módulo 04. Vetores (III)


1. Adição Vetorial
Método das Componentes Vetoriais

Todo vetor , em um plano, pode ser representado por dois outros vetores, chamado
s de componentes retangulares.
Dado um vetor e duas direções de referência OX e OY, determinamos as componentes retan
gulares do vetor através das projeções perpendiculares da origem e da extremidade do v
etor nas direções dadas, conforme figura a seguir.

O vetor pode ser representado pelas suas componentes retangulares x e y, sendo vál
ida a relação

Para determinarmos os módulos das componentes x e y, devemos usar as relações trigonomét


ricas no triângulo retângulo.

2. Subtração Vetorial
Dados dois vetores e , a operação é realizada através da adição do vetor com o vetor oposto
a , ou seja, com o vetor – .

Para essa adição utilizamos a regra do paralelogramo.

Como + = 180°, então cos = – cos


Assim,

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Módulo 04. Vetores (III) 1 / 4Módulo 04. Vetores (III)


Outro modo de obtermos o vetor é:
• Fazer as origens de e coincidirem.

• Unir as extremidades de e e o vetor obtido terá sentido apontado para o vetor que
se lê primeiro na expressão , no caso, o vetor .

Seu módulo será dado por:

Resumo
• Adição (método das componentes vetoriais)

ax = a . cos
ay = a . sen
bx = b . cos
by = b . sen
• Subtração Vetorial

Exercício Resolvido
Dados os vetores abaixo, obter o vetor resultante

a = 20 u
b = 42 u
c = 38 u
d = 30 u
sen 37° = cos 53° = 0,6
cos 37° = sen 53° = 0,8

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Módulo 04. Vetores (III) 2 / 4Módulo 04. Vetores (III)


Inicialmente determinamos as componentes retangulares dos quatro vetores dados.

ax = a cos 37° = 20 . 0,80 = 16 u


ay = a sen 37° = 20 . 0,60 = 12 u
dx = d cos 53° = 30 . 0,60 = 18 u
dy = a sen 53° = 30 . 0,80 = 24 u

As resultantes Rx e Ry valem:
Rx = + ax + bx – cx – dx = 16 + 0 – 38 – 18
Rx = – 40 u
Ry = ay + by + cy – dy = 12 + 42 + 0 – 24
Ry = 30 u

O vetor resultante é dado por


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Módulo 04. Vetores (III) 3 / 4Módulo 05. Introdução à Eletricidade – Cargas


1. Preliminares
A história da Eletricidade começa na Antigüidade. Os gregos notaram que o âmbar, quando
atritado, adquiria a propriedade de atrair pequenos pedaços de palha.
Vamos ilustrar essa propriedade através de exemplos.
Consideremos dois bastões de vidro e um pedaço de seda. Vamos, com esses objetos, re
alizar o seguinte experimento: inicialmente, cada bastão de vidro é atritado com o p
edaço de seda. Em seguida, um dos bastões de vidro é suspenso por um fio e o outro bas
tão de vidro é aproximado do primeiro. Observamos que os dois bastões de vidro repelem
-se.
Os bastões de vidro repelem-se após terem sido atritados com a seda.

Vamos, agora, repetir o experimento com duas barras de plástico atritadas com um p
edaço de lã ou pele de animal. Observamos que as duas barras de plástico repelem-se, d
a mesma maneira que os bastões de vidro do experimento anterior.
As barras de plástico repelem-se após terem sido atritadas com lã.
Finalmente, aproximamos a barra de plástico atritada com lã do bastão de vidro atritad
o com seda. Observamos, agora, uma atração entre eles.

Esses experimentos realizados com o vidro, seda, plástico e lã podem ser repetidos c
om muitos outros materiais. Chegaremos sempre às seguintes conclusões:
1) corpos feitos do mesmo material, quando atritados pelo mesmo processo, sempre
se repelem;
2) corpos feitos de materiais diferentes, atritados por processos diferentes, po
dem atrair-se ou repelir-se.
Os bastões de vidro e as barras de plástico, quando atritados com a seda e a lã, respe
ctivamente, adquirem uma propriedade que não possuíam antes da fricção: eles passam a se
atrair ou a se repelir quando colocados convenientemente um em presença do outro.
Nessas condições, dizemos que os bastões de vidro e as barras de plástico estão eletrizad
os.
Verificamos, então, através de experiências, que os corpos eletrizados podem ser class
ificados em dois grandes grupos: um semelhante ao vidro – eletricidade vítrea – e o ou
tro, semelhante ao plástico – eletricidade resinosa.
Benjamin Franklin, político e escritor americano, por volta de 1750, introduziu os
termos eletricidade positiva e negativa para as eletricidades vítrea e resinosa,
respectivamente.
Para entendermos cientificamente o que ocorre num processo de fricção entre vidro e
seda ou entre plástico e lã, devemos ter alguns conceitos básicos a respeito de carga
elétrica e estrutura da matéria. É do que trataremos neste capítulo.

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Módulo 05. Introdução à Eletricidade – Cargas Elétricas 1 / 4ódulo 05. Intr


ricidade – Cargas Elétricas
2. Carga Elétrica
A matéria é formada por átomos, que por sua vez são constituídos por um pequeno núcleo cent
al e por uma eletrosfera.
A. Núcleo

É a parte central do átomo, em que se localiza praticamente toda a massa do átomo e on


de encontramos várias partículas, das quais, do ponto de vista da Eletricidade, dest
acamos duas: prótons e nêutrons.
• Prótons: partículas que apresentam a propriedade denominada carga elétrica, ou seja, t
rocam entre si, ou com outras partículas, ações elétricas de atração ou repulsão. Os próton
artículas portadoras de carga elétrica positiva.
• Nêutrons: partículas que apresentam carga elétrica nula, ou seja, não trocam ações elétri
e atração ou de repulsão.
B. Eletrosfera

É uma região do espaço em torno do núcleo onde gravitam partículas menores, denominadas elé
rons. Os elétrons possuem massa desprezível quando comparada à dos prótons ou dos nêutrons
.
• Elétrons: partículas que, como os prótons, apresentam a propriedade denominada carga e
létrica, isto é, trocam ações elétricas de atração ou repulsão. Os elétrons são partículas
de carga elétrica negativa.

3. Quantidade de Carga Elétrica


Aos corpos, ou às partículas, que apresentam a propriedade denominada carga elétrica ,
podemos associar uma grandeza escalar denominada quantidade de carga elétrica , r
epresentada pelas letras Q ou q , e que no Sistema Internacional de Unidades (SI
) é medida em coulomb (C).
A quantidade de carga elétrica positiva do próton e a quantidade de carga elétrica neg
ativa do elétron são iguais em valor absoluto, e correspondem à menor quantidade de ca
rga elétrica encontrada na natureza, até os dias atuais. Essa quantidade é representad
a pela letra e e é chamada de quantidade de carga elétrica elementar.
Em 1909, a quantidade de carga elétrica elementar foi determinada experimentalment
e por Millikan. O valor obtido foi:

Nessas condições, podemos escrever as quantidades de carga elétrica do próton e do elétron


como sendo:
q p = + e = +1,6 10 –19 C
q e = – e = –1,6 10 –19 C
Para o nêutron temos qn = 0.
A tabela abaixo apresenta a massa e a quantidade de carga elétrica das principais
partículas atômicas:

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Módulo 05. Introdução à Eletricidade – Cargas Elétricas 2 / 4Módulo 05. Int


tricidade – Cargas Elétricas
Resumo
Quantização da Quantidade de Carga Elétrica

Q – quantidade de carga elétrica


e – carga elétrica elementar
n – nº de elétrons em falta ou em excesso

Exercícios Resolvidos
01. Determine a quantidade de carga elétrica associada a 500 elétrons.
Resolução: Sendo a quantidade de carga elétrica do elétron dada por: e = –1,6 10 –19 C
Assim, a quantidade de carga elétrica associada a 500 elétrons é dada por:
Q= n . e Q = 500 (- 1,6 .10 -19)
Q = - 8,0 10-17 C
02. Determine a quantidade de carga elétrica de um corpo formado por um mol de íons
de fosfato.
Resolução: Sabemos que um mol de íons de fosfato possui, aproximadamente, 6 1023 íons de
fosfato, e que cada íon de fosfato possui 3 elétrons em excesso. Assim, temos:
Q = n . ( - e )
Q = - 6 . 10 23 . 3 . 1,6 . 10 -19
Q = - 2,9 . 105 C

03. Um íon de bário possui 56 prótons, 76 nêutrons e 54 elétrons. Determine a quantidade d


e carga elétrica desse íon.
Resolução: Como o íon de bário possui 56 prótons e 54 elétrons, apresenta uma carga elétric
ositiva com um excesso de carga elétrica correspondente a +2e.
Assim, temos: Q = n e
Q = + 2 ( 1,6 10–19 )
Q = + 3,2 10–19 C

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Módulo 05. Introdução à Eletricidade – Cargas Elétricas 3 / 4Módulo 06. Cor


létrica
1. Propriedades Elétricas dos Materiais
Os materiais existentes podem ser divididos em dois grandes grupos quanto à mobili
dade dos portadores de cargas elétricas no seu interior: condutores e isolantes.
A. Condutores

São materiais que apresentam portadores de cargas elétricas (elétrons ou íons) quase liv
res, o que facilita a mobilidade dos mesmos em seu interior. São considerados bons
condutores, materiais com alto número de portadores de cargas elétricas livres e qu
e apresentam alta mobilidade desses portadores de cargas elétricas.
Observação – Condutor ideal é todo material em que os portadores de cargas elétricas exist
entes se movimentam livres, sem qualquer oposição do meio natural.
B. Isolantes

Os materiais isolantes se caracterizam por não apresentar portadores de cargas elétr


icas livres para movimentação. Nesses materiais, a mobilidade dos portadores de carg
as elétricas é praticamente nula, ficando os mesmos praticamente fixos no seu interi
or.
Exemplos: borracha, madeira, água pura, etc

2. Corrente Elétrica
Dizemos que existe uma corrente elétrica quando portadores de cargas elétricas (posi
tivos e/ou negativos) se movimentam numa direção preferencial em relação às demais.
Exemplos

– Metais: portadores de cargas elétricas elétrons.

– Soluções Eletrolíticas: portadores de cargas elétricas íons positivos e negativos.

– Gases: portadores de cargas elétricas íons e elétrons.Módulo 06. Corrente Elétrica


A. Direção e Sentido da Corrente Elétrica

No estudo da corrente elétrica, dizemos que sua direção é a mesma da dos portadores de c
argas elétricas, sejam positivos ou negativos. Com relação ao sentido, adotamos o sent
ido convencional: o sentido da corrente elétrica é o mesmo do movimento dos portador
es de cargas elétricas positivas ou, por outro lado, sentido contrário ao do movimen
to dos portadores de cargas elétricas negativas.

3. Intensidade de Corrente Elétrica i


Indicando por Q a carga total, em valor absoluto, que atravessa a superfície (S) d
o condutor, no intervalo de tempo t, definimos intensidade média de corrente elétric
a (im), nesse intervalo de tempo, pela relação:

A intensidade de corrente elétrica (i) é uma grandeza escalar que fornece o fluxo de
portadores de cargas elétricas, através de uma superfície, por unidade de tempo.
A unidade de intensidade de corrente elétrica no Sistema Internacional é o ampère (A).

É muito freqüente a utilização de submúltiplos do ampère (A):


4. Gráfico de i x t
Quando a intensidade de corrente elétrica (i) varia com o tempo, é costume apresenta
rmos o seu comportamento através de um diagrama horário: i x t.

Intensidade de corrente variável com o tempo

Nesses casos, para obtermos a intensidade média de corrente elétrica (im), devemos,
inicialmente, determinar a carga elétrica total (Q) correspondente ao intervalo de
tempo de nosso interesse. A carga elétrica total (Q) é dada, numericamente, pela área
sob a curva entre os instantes t1 e t2, conforme mostrado na figura a seguir.

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Módulo 06. Corrente Elétrica 2 / 5Módulo 06. Corrente Elétrica

Resumo
1. Materiais
2. Corrente elétrica

3. Intensidade

Exercícios Resolvidos
01. Determinar a intensidade média de corrente elétrica no intervalo de tempo de 0 a
4,0 s, conforme o gráfico abaixo.

Resolução: A carga elétrica total, Q , correspondente ao intervalo de tempo de 0 a 4,0


s, é dada pela área do trapézio mostrada na figura a seguir.

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Módulo 06. Corrente Elétrica 3 / 5Módulo 06. Corrente Elétrica


02. Na figura abaixo, suponhamos que
1 1020 íons sulfato e 2 1020 íons hidroxônio se movimentem por segundo. Determinar a i
ntensidade da corrente elétrica no interior da solução aquosa de ácido sulfúrico (H2SO4).

Resolução: No interior da solução, a intensidade de corrente elétrica ( i ) total é a soma


as intensidades de correntes de íons H3O+ e SO4-2 . Assim, temos:

Leitura Complementar:

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5Módulo 07. Tensão Elétrica
1. Potencial Elétrico
Consideremos um condutor elétrico:

O potencial elétrico (V) representa a energia potencial elétrica por unidade de carg
a, sendo uma propriedade associada, exclusivamente, a um determinado ponto.

Em que:
– V é o potencial elétrico do ponto;
– E p é a energia potencial elétrica de q 0 no ponto;
– q 0 é a quantidade de carga elétrica do portador de carga, colocado no ponto em ques
tão.
No Sistema Internacional de Unidades (S.I.), temos:

2. Tensão elétrica ou ddp


Chama-se tensão elétrica ou diferença de potencial (ddp), entre os pontos A e B, a rel
ação:
em que UAB representa a diferença de potencial elétrico entre os pontos A e B, medid
a em volt (V).
Em relação ao movimento dos portadores de carga elétrica, podemos afirmar que:

A– Para que os portadores de carga se movimentem ordenadamente, é necessário que eles


estejam sujeitos a uma diferença de potencial
B– O sentido da corrente elétrica convencional é do potencial elétrico maior para o pote
ncial elétrico menor, sendo que os elétrons se movimentam, espontaneamente, no senti
do contrário, ou seja, do menor para o maior potencial.

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6Módulo 07. Tensão Elétrica
C– Na Eletrodinâmica é comum adotarmos a Terra como referência para a energia potencial
elétrica. Assim, o potencial elétrico da Terra é adotado como zero:

3. Circuito Elétrico
Definimos circuito elétrico como sendo o percurso a ser feito pelos portadores de
carga (corrente elétrica) por meio de um conjunto de elementos elétricos interligado
s.

A condição primordial para se estabelecer um circuito elétrico é a presença de uma fonte e


létrica, denominada gerador. Um gerador é um elemento capaz de transformar qualquer
tipo de energia em energia elétrica e, nestas condições, manter uma diferença de potenci
al entre dois pontos.

4. Bipolo Elétrico
Denomina-se bipolo elétrico todo elemento de circuito com dois pólos sujeitos a uma
tensão elétrica.

Exemplo: lâmpada, pilha, bateria, chuveiro, etc.

5. Principais ligações num circuito


Os diferentes modos que podemos utilizar para interligar os elementos elétricos, f
ormando um circuito elétrico, são chamados de associações. Podemos ter associação em série,
paralelo ou mista.
A– Associação em Série

Neste tipo de associação, os elementos são ligados em seqüência, estabelecendo um único cam
nho de percurso para a corrente elétrica. Na associação em série, o funcionamento dos ap
arelhos elétricos ligados ao gerador ficam dependentes entre si: ou todos funciona
m ou nenhum funciona.
Observemos que o gerador obriga os portadores de carga a se movimentarem através d
os fios condutores, fornecendo a eles energia elétrica, e a passarem através de todo
s os elementos do circuito. Em cada elemento, os portadores de carga perdem ener
gia elétrica, que será transformada em outra modalidade de energia.
Assim, numa associação em série, temos:
1) correntes elétricas iguais em todos os elementos do circuito;
2) U AB = U AC + U CB

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B. Associação em Paralelo
Neste tipo de associação, os aparelhos elétricos são ligados ao gerador independentement
e um do outro. Podem todos funcionar simultânea ou individualmente.

Observamos, nesta forma de associação, que existe uma corrente elétrica para cada apar
elho elétrico, possibilitando o seu funcio-namento independentemente de qualquer o
utro.
Os portadores de carga, forçados pelo gerador a se movimentarem através dos fios con
dutores, dividem-se em dois ou mais grupos; sendo que cada grupo perde sua energ
ia elétrica ao atravessar o respectivo aparelho elétrico.
Portanto, numa associação em paralelo, temos:
1) correntes elétricas diferentes para cada aparelho elétrico, sendo: i T = i1 + i2.
2) ddp’s iguais em todos os aparelhos elétricos:
U AB = U CD = U EF .

C. Associação Mista
Como o nome indica, esta associação é formada por associações em série e em paralelo, conco
itantemente.
D. Potência Elétrica de um Bipolo
Consideremos um bipolo elétrico em cujos terminais existe uma diferença de potencial
U e, através do qual, circula uma corrente elétrica de intensidade i.

Temos que:

No pólo A, as cargas elétricas têm energia potencial elétrica dada por:

No pólo B, as cargas elétricas têm energia potencial elétrica dada por:

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Para o deslocamento das cargas de A para B, há um consumo de energia dada por:

A potência elétrica ( P ), desenvolvida no bipolo, é dada pela razão entre a variação de en


rgia ( E ) sofrida por uma quantidade de carga elétrica ( Q ) ao passar de A para
B e o correspondente intervalo de tempo ( t ) . Assim, temos

Unidade de potência no SI: watt (W) .

Portanto; comparando (1) e (2) vem:

ou seja :

Resumo
1. Potencial

2. Tensão
3. Bipolo

4. Ligações

5. Potência

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6Módulo 07. Tensão Elétrica
Exercícios Resolvidos
01. O que significa dizer: entre os pólos de uma bateria existe uma tensão de 12 V.

Resolução: Significa que, cada coulomb de carga elétrica que atravessa a bateria receb
e da bateria uma energia correspondente a 12 J.

02. Na figura abaixo estão representados cinco pontos A, B, C, D e E com os seus r


espectivos potenciais em relação ao ponto E (referencial).

a) O que significa dizer: VA = + 10 V e VD = –15 V?


b) Qual a maior diferença de potencial que se pode obter entre dois pontos quaisqu
er?
Resolução:
a) Quando dizemos que VA = + 10 V, estamos afirmando que o potencial do ponto A
está 10 V acima do potencial do ponto tomado como referência, ponto E (VE = 0). Do m
esmo modo, dizer que VD = –15 V significa dizer que o potencial do ponto D está 15 V
abaixo do potencial do ponto E (referência).
b) A maior diferença de potencial possível entre dois pontos é obtida com os pontos A
e D. Assim, temos:

03. Um resistor, ligado a uma fonte de ddp constante, dissipa a potência de 84 W e


é utilizado para aquecer um litro de água (1 000 g) durante 5 minutos. Sendo o calo
r específico da água igual a 1 cal/g °C e 1 cal = 4,2 J, determine o aumento de temper
atura da água.
Resolução:Durante 5 minutos (300 s) a energia dissipada pelo resistor vale:
sabendo-se que 1 cal = 4,2 J, então essa energia corresponde a:

Pela Calorimetria, temos: Q = m . c 0

04. Um ferro elétrico foi projetado para funcionar em 120 V com uma potência de 600
W. Em funcionamento normal, determine:
a) a intensidade de corrente elétrica no ferro;
b) a energia elétrica consumida em duas horas de funcionamento. Dar a resposta em
joules e em quilowatt-hora (kWh).

Resolução
a) Sendo P = 600 W; U = 120 V, e sendo o ferro elétrico um bipolo, temos:

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6Módulo 08. Resistores (I)
1. Conceito
Resistor é todo dispositivo elétrico que transforma exclusivamente energia elétrica em
energia térmica.

Simbolicamente é representado por:

Alguns dispositivos elétricos classificados como resistores são: ferro de passar rou
pa, ferro de soldar, chuveiro elétrico, lâmpada incandescente, etc.

2. Resistência Elétrica
A resistência elétrica (R) é uma medida da oposição ao movimento dos portadores de carga,
ou seja, a resistência elétrica representa a dificuldade que os portadores de carga
encontram para se movimentarem através do condutor. Quanto maior a mobilidade dos
portadores de carga, menor a resistência elétrica do condutor.

Assim, podemos classificar:


1. Condutor ideal– Os portadores de carga existentes no condutor não encontram nenhu
ma oposição ao seu movimento. Dizemos que a resistência elétrica do condutor é nula, o que
significa dizer que existe uma alta mobilidade de portadores de carga.
2. Isolante ideal– Os portadores de carga existentes estão praticamente fixos, sem n
enhuma mobilidade. Dizemos, neste caso, que a resistência elétrica é infinita.
Consideremos um condutor submetido a uma diferença de potencial (ddp), no qual se
estabelece uma corrente elétrica.

Seja U a diferença de potencial aplicada e i a intensidade de corrente elétrica por


meio do condutor.
Definimos:
Resistência elétrica (R) é a relação entre a ddp aplicada (U) e a correspondente intensida
de de corrente elétrica (i).
Assim
Unidade de resistência elétrica no Sistema Internacional

A resistência elétrica é uma característica do condutor, portanto, depende do material d


e que é feito o mesmo, de sua forma e dimensões e também da temperatura a que está subme
tido o condutor. Posteriormente, esses itens serão analisados mais detalhadamente.

3. Primeira Lei de Ohm


A primeira lei de Ohm estabelece a correspondência entre a tensão e a intensidade de
corrente elétrica para resistores de resistência constante.

1
2
3

Módulo 08. Resistores (I) 1 / 3Módulo 08. Resistores (I)


Um resistor, submetido a diferentes tensões, apresenta correntes elétricas com difer
entes intensidades.

Dizemos que um condutor obedece à primeira lei de Ohm quando ele apresenta uma res
istência elétrica constante, quaisquer que sejam U e i.
Nessas condições, o condutor recebe o nome de condutor ôhmico.
Nos condutores ôhmicos, a intensidade de corrente elétrica é diretamente proporcional à
ddp aplicada. Assim, a curva característica de um condutor ôhmico é uma reta inclinada
em relação aos eixos U e i; passando pela origem (0 ; 0).

Por outro lado, os condutores, para os quais a relação U/i não é constante, são chamados d
e condutores não-ôhmicos. A relação entre a intensidade de corrente elétrica e a ddp não ob
dece a nenhuma relação específica, e sua representação gráfica pode ser qualquer tipo de cu
va, exceto uma reta.

Resumo
1. Resistência elétrica

2. Primeira Lei de Ohm

Exercício Resolvido
01.A tabela abaixo apresenta os resultados obtidos com medidas de intensidade de
corrente elétrica e ddp em dois condutores diferentes.

Com base na tabela, verifique se os condutores são ou não ôhmicos.

1
2
3

Módulo 08. Resistores (I) 2 / 3Módulo 08. Resistores (I)


Resolução
Para verificarmos se os condutores são ou não ôhmicos, devemos determinar a relação em tod
os os pontos. Assim, temos:
Portanto, o condutor 1 é ôhmico para o intervalo de intensidade de corrente elétrica d
e 0 a 4 A, enquanto o condutor 2 não é ôhmico.

Seus respectivos gráficos estão representados nas figuras abaixo:

Leitura Complementar:

1
2
3

Módulo 08. Resistores (I) 3 / 3Módulo 09. Resistores (II)


1. Segunda Lei de Ohm
Para condutores em forma de fios, verificamos, experimentalmente, que a resistênci
a elétrica do condutor depende do comprimento do fio , da área de sua secção transversal
( A ) e do tipo de material que constitui o condutor .

Analisando, separadamente, cada uma dessas dependências, temos:


1) a resistência elétrica R é diretamente proporcional ao comprimento do fio;

2) a resistência elétrica é inversamente proporcional à área da secção transversal do fio.

Com base nas análises acima, podemos escrever que:

Onde é o fator de proporcionalidade (uma grandeza característica do material com que


é feito o condutor, denominada resistividade, que só depende da temperatura, não depe
ndendo da forma ou dimensão do condutor).
No Sistema Internacional, temos as seguintes unidades:

2. Aplicações de Resistores
A. Reostatos

Por definição, reostatos são dispositivos tais que podemos variar a sua forma ou as su
as dimensões, de modo a obter uma resistência variável.
Os reostatos podem ser divididos em duas classes.
Variação Contínua

O reostato de variação contínua, comumente denominado potenciômetro, apresenta uma resis


tência que pode assumir qualquer valor entre zero e um, dado o valor máximo específico
. Este tipo de reostato é constituído basicamente por um condutor de um determinado
comprimento e um cursor que se move ao longo do condutor. Nestas condições, variando
-se a posição do cursor, variamos o comprimento do condutor e, portanto, a sua resis
tência elétrica.

1
2
3

Módulo 09. Resistores (II) 1 / 3Módulo 09. Resistores (II)


Exemplos
a) Potenciômetro Linear

b) Potenciômetro Circular

Como o cursor C pode variar ao longo do resistor de A até B, ao ligarmos o circuit


o nos pontos A e C, obtemos uma resistência variável com o comprimento do resistor.
Variação Descontínua

O reostato de variação descontínua somente pode assumir determinados valores decorrent


es do fato de sua construção ser feita a partir de um conjunto de resistores com res
istências bem determinadas.
Exemplo

A variação se dá em função da mudança do número de resistores associados ao circuito.


Nos circuitos elétricos, os reostatos são representados conforme as figuras abaixo:
B. Lâmpadas Incandescentes

As lâmpadas de incandescência são as lâmpadas de filamento, criadas no século passado pelo


americano Thomas Edison.

Os filamentos destas lâmpadas são geralmente de tungstênio, o qual permite um aquecime


nto até temperaturas muito altas, da ordem de 2 500 °C,
sem atingir o ponto de fusão. Portanto, nessas lâmpadas, temos o efeito Joule (trans
formação de energia elétrica em energia térmica) e, quando a temperatura ultrapassa 500 °C
, aproximadamente, o filamento da lâmpada começa a irradiar luz.
Normalmente, nos circuitos elétricos, as lâmpadas são representadas pelo símbolo indicad
o na figura abaixo:

C. Fusíveis Elétricos

O fusível elétrico é um elemento utilizado nos circuitos elétricos como segurança. Trata-s
e de um condutor (resistor) que age como um elemento de proteção aos demais elemento
s de um circuito. Para isto, o fusível suporta, no máximo, um determinado valor de c
orrente elétrica; acima deste valor, o calor produzido por efeito Joule é tal que fu
nde (derrete) o fusível.

1
2
3Módulo 09. Resistores (II)
O material empregado nos fusíveis tem, em geral, baixa temperatura de fusão. Alguns
materiais utilizados são: o chumbo, que apresenta temperatura de fusão da ordem de 3
27 °C; o estanho, com temperatura de fusão da ordem de 232 °C; ou ligas desses metais.
O fio de metal é montado em um cartucho ou em uma peça de porcelana. O fusível é construíd
o de maneira a suportar a corrente máxima exigida por um circuito para o seu funci
onamento. Assim, podemos ter fusíveis de 1 A ; 2 A ; 10 A ; 30 A, etc.
Em circuitos elétricos, os fusíveis são representados pelo símbolo a seguir:

Resumo

Exercício Resolvido
No comércio, os fios condutores são conhecidos por números de determinada escala. A ma
is usada é a AWG (American Wire Gage). Um fio muito usado em instalações domiciliares é
o número 12 AWG. Sua secção reta é de 3,3 mm2. A resistividade do cobre é de
1,7 10–8 m, sendo = 4 10–3 °C–1, ambos a 20 °C.
a) Determine a resistência elétrica de 200 m desse fio a 20 °C.
b) Qual a resistência elétrica desse fio a 100 °C?

Resolução
a) A resistência é dada por . Assim, temos:

b) A resistência desse fio a 100 °C é dada por:


R = R0 (1 + )
R = 1,0 (1 + 4 . 10-3 . 80)
R = 1,32

Leitura Complementar:

1
2
3Módulo 10. Associação de Resistores (I)
1. Preliminares
Em trabalhos práticos, é freqüente necessitarmos de um resistor de cujo valor de resis
tência elétrica não dispomos no momento, ou que não seja fabricado pelas firmas especial
izadas. Nestes casos, a solução do problema é obtida através da associação de outros resist
res com o objetivo de se obter o resistor desejado.
Podemos associar resistores das mais variadas formas, porém daremos um destaque es
pecial, neste capítulo, às associações em série, paralelo e mista.
É importante observarmos que, qualquer que seja a associação efetuada, estaremos sempr
e interessados em obter o resistor equivalente, ou seja, obter um resistor único q
ue, colocado entre os mesmos pontos A e B de uma associação, fique sujeito à mesma ddp
e seja percorrido por uma corrente de intensidade igual à da associação.

Em circuitos elétricos utiliza-se o conceito de nó, que é a junção de três ou mais ramos de
circuito.
Exemplos
• São nós:

• Não são nós:

Tal conceito é muito importante no estudo das associações em série e paralelo de element
os de um circuito elétrico.
2. Associação em Série
Um conjunto de resistores quaisquer é dito associado em série quando todos os resist
ores forem percorridos pela mesma corrente elétrica.
Para que tenhamos uma associação em série, é necessário que os resistores sejam ligados um
em seguida ao outro, ou seja, não pode haver nó entre os resistores. A figura abaix
o ilustra uma associação em série de n resistores.

Para determinarmos o resistor equivalente a uma associação em série de n resistores, d


evemos lembrar que a corrente elétrica é a mesma, tanto para o resistor equivalente
quanto para os resistores associados, e que a ddp no resistor equivalente é a soma
das ddps em cada resistor associado.

3. Resistor Equivalente

Sendo:
UAB = U1 + U2 + ... + Un
e sendo U = R i
temos: RE . i = R1 . i + R2 . i + ... + Rn . i
ou seja:

1
2
3

Módulo 10. Associação de Resistores (I) 1 / 3Módulo 10. Associação de Resis


es (I)
O resistor equivalente a uma associação em série possui uma resistência elétrica igual à so
a das resistências elétricas dos resistores associados e, conseqüentemente, esse valor
é maior que o maior dos resistores que compõem a associação.
Portanto, uma associação em série de resistores apresenta as seguintes propriedades:
1. A corrente elétrica é a mesma em todos os resistores.
2. A ddp nos extremos da associação é igual à soma das ddps em cada resistor.
3. A resistência equivalente é igual à soma das resistências dos resistores associados.
4. O resistor associado que apresentar a maior resistência elétrica estará sujeito à mai
or ddp.
5. A potência dissipada é maior no resistor de maior resistência elétrica.
6. A potência total consumida é a soma das potências consumidas em cada resistor.

Resumo
Associação em Série

• i é a mesma para todos os resistores


• U = U1 + U2 + U3
• RE = R1 + R2 + R3
Obs.– No caso de n resistores idênticos:

Exercícios Resolvidos
01. Três resistores de resistências elétricas iguais a
R1 = 20 ; R2 = 30 e R3 = 10 estão associados em série e 120 V é aplicado à associação. Dete
minar:
a) a resistência do resistor equivalente;
b) a corrente elétrica em cada resistor;
c) a voltagem em cada resistor;
d) a potência total consumida pelos resistores.

Resolução
a) RE = R1 + R2 + R3
RE = 20 + 30 + 10 RE = 60
b) U = RE i 120 = 60 i i = 2A para todos os resistores.
c) U1 = R1 i U1 = 20 2 U1 = 40 V
U2 = R2 i U2 = 30 2 U2 = 60 V
U3 = R3 i U3 = 10 2 U3 = 20 V
d) PT = P1 + P2 + P3
PT = U1 i + U2 i + U3 i
PT = (40 + 60 + 20) 2 PT = 240 W

02. Dada a associação, determine o resistor equivalente.

Resolução
Como não há nó entre os resistores, eles estão todos em série e, por serem iguais, a resis
tência equivalente é:
RE = n . R RE = 7 . 5

onde n = 7 é o número de resistores.

1
2
3

Módulo 10. Associação de Resistores (I) 2 / 3Módulo 11. Associação de Resis


es (II)
1. Associação em Paralelo
Um conjunto de resistores quaisquer é dito associado em paralelo quando todos os r
esistores estiverem submetidos à mesma diferença de potencial.
Para que isso aconteça, todos os resistores devem ser ligados aos mesmos nós A e B,
conforme a figura abaixo.

Para determinarmos o resistor equivalente a uma associação de n resistores em parale


lo, devemos nos lembrar de que todos os resistores estão submetidos à mesma ddp e qu
e a corrente elétrica total da associação é a soma das correntes elétricas em cada resisto
r.

Sendo:

temos:

ou seja:

ou, de modo geral:

O resistor equivalente apresenta uma resistência elétrica cujo inverso é igual à soma do
s inversos das resistências dos resistores que compõem a associação e, conseqüentemente, a
resistência do resistor equivalente é menor que a menor das resistências associadas.
Casos Particulares:
1. No caso dos n resistores apresentarem a mesma resistência, ou seja, R1 = R2 = .
.. = Rn = R, o resistor equivalente terá uma resistência dada por:

2. Se a associação é composta por apenas dois resistores R1 e R2 , o resistor equivale


nte é dado por:

ou

ou seja, a resistência equivalente é dada pelo produto dividido pela soma das resistên
cias dos resistores associados.
Portanto, uma associação em paralelo apresenta as seguintes propriedades:
1. a ddp (voltagens) é a mesma para todos os resistores;
2. a corrente elétrica total da associação é a soma das correntes elétricas em cada resist
or;
3. o inverso da resistência equivalente é igual à soma dos inversos das resistências ass
ociadas;
4. a corrente elétrica é inversamente proporcional à resistência elétrica, ou seja, na mai
or resistência passa a menor corrente elétrica;

1
2
3
4

Módulo 11. Associação de Resistores (II) 1 / 4Módulo 11. Associação de Resis


es (II)
5. a potência elétrica é inversamente proporcional à resistência elétrica, portanto, no mai
r resistor temos a menor dissipação de energia;
6. a potência total consumida é a soma das potências consumidas em cada resistor.

Resumo
Associação em Paralelo
i = i1 + i2 + i3
U é a mesma para todos os resistores

Observação. – No caso de n resistores idênticos:

Regra Prática

Válida somente para dois resistores em paralelo de cada vez.

Exercícios Resolvidos
01. Três resistores de resistências elétricas iguais a R1 = 60 ; R2 = 30 e R3 = 20 estão
associados em paralelo, sendo a ddp da associação igual a 120 V. Determinar:
a) a resistência do resistor equivalente à associação;
b) a corrente elétrica em cada resistor;
c) a potência total dissipada pela associação.

Resolução
a)

RE = 10

b) Em paralelo, a ddp é a mesma em todos os resistores:

c) PT = P1 + P2 + P3
PT = U i1 + U i2 + U i3
PT = 120 (2 + 4 + 6) PT = 1 440 W

1
2
3
4

Módulo 11. Associação de Resistores (II) 2 / 4Módulo 11. Associação de Resis


es (II)

02. Utilizando-se um “benjamim” ligam-se numa mesma tomada de 110 V:


• uma lâmpada de 22
• um aquecedor de 1 100 W
• um ferro elétrico de 1 650 W

Determine:
a) a corrente elétrica em cada elemento;
b) a corrente elétrica no pino X do benjamim;
c) o tipo de associação formada pelos elementos e a resistência equivalente da associação.
Resolução

a)

b) A corrente no pino X é a corrente que entra por A e sai por B:


i = i1 + i2 + i3 i = 5 + 10 + 15

c) Por estarem todas ligadas aos mesmos nós A e B e, portanto, sujeitos à mesma ddp
UAB de 110 V, eles estão associados em paralelo.
No resistor equivalente temos:
UAB =110V e i = 30 A
logo, a resistência equivalente da associação é:

1
2
3
4

Módulo 11. Associação de Resistores (II) 3 / 4Módulo 12. Associação de Resis


es (III)
1. Associação Mista
Denominamos associação mista de resistores toda associação que pode ser reduzida à associaç
em série e em paralelo.

Para calcularmos o resistor equivalente a uma associação mista, devemos resolver as


associações singulares (série ou paralelo) que estão evidentes e, a seguir, simplificar
o circuito até uma única ligação singular.

2. Cálculo da Resistência Equivalente numa Associação Mista


Consideremos a associação:

Para resolvermos esta associação, devemos proceder do seguinte modo:


1. Identificamos e nomeamos todos os nós da associação, tomando o cuidado para denomin
ar com a mesma letra aqueles nós que estiverem ligados por um fio sem resistência elét
rica, pois representam pontos que estão ao mesmo potencial elétrico.
Dessa forma já percebemos os resistores em série ou em paralelo.

2. Lançamos numa mesma reta: os terminais da associação, que ocuparão os extremos, e os


nós encontrados, que ficarão entre estes.

3. Redesenhamos os resistores nessa reta, já substituindo aqueles em série ou em par


alelo pelos respectivos resistores equivalentes, tomando cuidado para fazê-lo nos
terminais (letras) corretos.
4. Prosseguimos dessa forma até chegar a um único resistor, que é o resistor equivalen
te da associação.

1
2
3
4Módulo 12. Associação de Resistores (III)
3. Curto-Circuito
Dizemos que um elemento de um circuito está em curto-circuito quando ele está sujeit
o a uma diferença de potencial nula.
Exemplo

No circuito acima, a lâmpada L2 está em curto-circuito, pois ela está ligada nos termi
nais A e B, que apresentam ddp nula devido estarem ligados por um fio ideal. Por
tanto, a lâmpada L2 está apagada, por não passar corrente elétrica através dela. A corrent
e elétrica, ao chegar ao ponto A, passa totalmente pelo fio ideal (sem resistência e
létrica).
Nessas condições, o circuito dado pode ser representado pela figura a seguir.

Exercícios Resolvidos
01. Determine a resistência equivalente da associação a seguir.

Resolução: Resolvemos inicialmente os resistores associados em série:

Entre os terminais A e B, temos dois nós que, na figura anterior, receberam a deno
minação de C e D. Lançando todos os pontos A, B, C e D numa reta e lembrando que A e B
são os extremos, temos:

Resolvendo a associação em paralelo entre os resistores de , temos:


Finalmente, associamos os três resistores em série, obtendo a resistência equivalente:

1
2
3
4

Módulo 12. Associação de Resistores (III) 2 / 4Módulo 12. Associação de Resis


es (III)

02. A figura representa uma associação mista de resistores, cujas resistências elétricas
estão indicadas.

a) Existe algum resistor em curto-circuito?


b) Determine a resistência equivalente entre A e B.
Resolução: Determinemos os nós:

a) Os resistores de têm nos seus terminais as mesmas letras (AA e BB, respectivame
nte),portanto estão em curto-circuito e podem ser retirados do circuito sem que na
da se altere.
b) Os resistores de têm seus terminais ligados aos mesmos nós (A e B), logo estão em p
aralelo e podemos representá-los assim:

e o resistor equivalente é:

03. Determine a resistência equivalente da associação abaixo.


Resolução: Determinemos os nós.

1
2
3
4

Módulo 12. Associação de Resistores (III) 3 / 4Módulo 13. Geradores Elétricos


(I)
1. Conceito de gerador
Denominamos gerador elétrico todo dispositivo capaz de transformar energia não elétric
a em energia elétrica.

Conforme o tipo de energia não elétrica a ser transformada em elétrica, podemos classi
ficar os geradores em:
– mecânicos (usinas hidrelétricas)
– térmicos (usinas térmicas)
– nucleares (usinas nucleares)
– químicos (pilhas e baterias)
– foto-voltaicos (bateria solar)
– eólicos (energia dos ventos)

É importante salientar que o gerador não gera carga elétrica, mas somente fornece a es
sas cargas a energia elétrica obtida a partir de outras formas de energia.
Sendo
ET = energia elétrica ou total,
EU = energia elétrica ou útil,
ED = energia dissipada,
pelo princípio da conservação de energia, temos:

Como onde é o intervalo de tempo em que o gerador transformou energia, podemos esc
rever, em termos de potência:
2. Força eletromotriz (fem) de um gerador
Para os geradores usuais, a potência total (PT) ou não elétrica é diretamente proporcion
al à corrente elétrica que o atravessa, assim:
= costante .

A essa constante dá-se o nome de força eletromotriz (E) do gerador.

Observe que a unidade de força eletromotriz é o volt (V), pois


Quando lemos numa pilha o valor 1,5 V, devemos interpretar que, para cada unidad
e de carga elétrica (1 C) que a atravessa, 1,5 J de energia química (não elétrica) são tra
nsformados em energia elétrica e em energia dissipada.

1
2
3
4

Módulo 13. Geradores Elétricos (I) 1 / 4Módulo 13. Geradores Elétricos (I)
3. Resistência interna do gerador
Quando um gerador está ligado num circuito, as cargas elétricas que o atravessam des
locam-se para o pólo (terminal) onde chegarão com maior energia elétrica do que possuíam
no pólo (terminal) de entrada.
Acontece que, durante essa travessia, as cargas “chocam-se” com partículas existentes
no gerador, perdendo parte dessa energia sob a forma de calor, por efeito Joule,
como num resistor.
A essa resistência à passagem das cargas pelo gerador damos o nome de “resistência inter
na (r)” do gerador.

4. Representação de um gerador

5. Equação característica do gerador


Um bipolo qualquer que estivesse ligado aos terminais A e B do gerador (pólos nega
tivo e positivo, respectivamente) estaria submetido à ddp U e percorrido pela corr
ente elétrica i.
A potência elétrica (útil) que estaria utilizando seria:
Na resistência interna do gerador, a potência dissipada seria: PD = r i 2

Como PT = PU + PD, então E i = U i + r i2


Logo Equação característica do gerador

Resumo
PT = PU + PD

Potência total (não elétrica): PT = E i


Potência útil (elétrica): PU = U i
Potência dissipada (calor): PD = r i 2
Equação do gerador: U = E – r i

Exercícios Resolvidos
01. O bipolo da figura desenvolve uma potência elétrica de 40 W, quando fechamos a c
have Ch do circuito. Sabendo que nessa situação a ddp nos seus terminais é 10 V, deter
mine:

1
2
3
4

Módulo 13. Geradores Elétricos (I) 2 / 4Módulo 13. Geradores Elétricos (I)
a) a corrente elétrica no gerador;
b) a potência dissipada em sua resistência interna;
c) a força eletromotriz do gerador.
Resolução
Fechando a chave Ch

a) PU = U i
40 = 10 i
b) PD = r i2 no gerador, logo PD = 0,5 42

c) Sendo U = E – r i
10 = E – 0,5 4

02. Um estudante mediu os valores da ddp nos terminais de um gerador e os corres


pondentes valores da corrente elétrica que o atravessava, obtendo a tabela abaixo.
Determine a força eletromotriz e a resistência elétrica desse gerador.

Resolução
Da equação característica do gerador: U = E– r i obtemos as equações abaixo, utilizando v
res da tabela, e montamos o sistema:

1
2
3
4

Módulo 13. Geradores Elétricos (I) 3 / 4Módulo 14. Geradores Elétricos (II)
1. Rendimento do Gerador
O rendimento elétrico de um gerador é o quociente entre a potência elétrica (útil) PU e a
potência não elétrica (total) PT.

em que
Em porcentagem fica: = 100%

2. Curva Característica de um Gerador


Da equação do gerador: U = E – r i
O gráfico U = f (i) para o gerador, fica:

Note que tg =
para escalas iguais nos eixos.
O ponto A do gráfico representa a situação de circuito aberto para o gerador.
Nesse caso:
i = 0 U = E – r (0)
O ponto B representa a situação em que o gerador foi colocado em curto-circuito (lig
a-se um fio de resistência elétrica desprezível aos seus terminais).
Nesse caso:
U = 0 0 = E – r icc r icc = E
denominada corrente de curto-circuito.
Como então e o gerador irá queimar.

Observação — Não se define rendimento para um gerador em circuito aberto, pois não está hav
ndo transformação de energia.
No caso do gerador em curto-circuito:

1
2
3
4

Módulo 14. Geradores Elétricos (II) 1 / 4Módulo 14. Geradores Elétricos


(II)
3. Estudo da Potência Elétrica

Estudo da potência elétrica (útil) lançada por um gerador num circuito

Sendo PT = PU + P D PU = PT – PD ,

ou seja,

construímos o gráfico:
A máxima potência lançada ocorre quando

Nessa condição, temos:

a)

b)
Resumo
Potências:
PT = E i (não elétrica)
PU = U i (elétrica)
PD = r i2 (calor)
PT = PU + PD

Rendimento:

Gráficos:

1
2
3
4

Módulo 14. Geradores Elétricos (II) 2 / 4Módulo 14. Geradores Elétricos


(II)
Exercícios Resolvidos
01. O gráfico representa um gerador que, quando ligado a um circuito, tem rendimen
to de 80%.
Para essa situação, determine:
a) a f.e.m. do gerador.
b) sua resistência interna.
c) a ddp nos seus terminais.
d) a corrente elétrica que o atravessa.

Resolução
a) Do gráfico, temos
b)
então

c)

d) U = E – r i 16 = 20 – 2 i
2 i = 4
02. Dado o gráfico Pu x i, representativo da potência elétrica lançada por um gerador, e
m função da corrente que o atravessa, determine seu rendimento quando i = 1A.

Resolução
Do gráfico, temos:
PU = U i 45 = U 1
mas U = E – r i 45 = 10 r – r 1
45 = 9 r r = 5 e
Como
ou

03. Dado o gráfico abaixo, demonstre que o rendimento do gerador é maior quando atra
vessado pela corrente i1 do que quando atravessado por i2.

Resolução
PU = U i, assim PU = U1 i1 = U2 i2.
Como i1 < i2, então U1 > U2.
Sendo = , então >
Logo

Leitura Complementar :

1
2
3
4Módulo 15. Circuito Gerador – Resistor (I)
1. Circuito Simples (Gerador resistor)
Um circuito elétrico constituído por um único gerador e um único resistor, a ele ligado,
é denominado circuito simples.

Nesse caso, como não há nó, ambos estão em série e a corrente elétrica i que atravessa o ge
ador é a mesma que atravessa o resistor de resistência elétrica R.
Sendo,
– no gerador: UAB = E – r i
– no resistor: UAB = R i
Igualando, temos: R i = E – r i R i + r i = E
(R + r) i = E
expressão esta conhecida como lei de Ohm-Pouillett.
Se fizermos um balanço energético, podemos chegar à mesma expressão, pois toda energia não
elétrica está sendo dissipada na resistência interna do gerador e na resistência elétrica
do resistor.
Assim,
PT = E i (não elétrica)
PD = r i2 (dissipada internamente no gerador)
P'D = R i2(dissipada no resistor)
e como PT = P'D + PD E i = R i2 + r i2
E = (R+r) i
Observação
No caso do gerador ser considerado ideal (r = 0),
a expressão de Ohm-Pouillett fica:

Da expressão de Ohm-Pouillett, percebemos que, para um dado gerador, a corrente elét


rica i que o atravessa é função exclusiva da resistência elétrica R do circuito simples ao
qual está ligado.

Resumo
Circuito simples

Lei de Ohm-Pouillett
Exercícios Resolvidos
01. Qual a energia não elétrica que o gerador do circuito está transformando, a cada 2
0 s?

Resolução
Determinemos a corrente no circuito:

1
2

Módulo 15. Circuito Gerador – Resistor (I) 1 / 2Módulo 15. Circuito Gerador –
esistor (I)

Sendo:
PT = E i PT = 100 4
Mas
= 8000J é a energia não elétrica transformada durante 20 s.

02. Um reostato (resistor de resistência arbitrariamente variável) é conectado a um ge


rador, constituindo um circuito simples.
Variou-se o valor da resistência elétrica do reostato e mediu-se a corrente elétrica q
ue o atravessou, obtendo-se a tabela abaixo.

Determine a fem. ( E ) do gerador e sua resistência elétrica ( r ).


Resolução
Por tratar-se de circuito simples, podemos aplicar a lei de Ohm-Pouillett utiliz
ando os dados da tabela, de modo a obtermos duas equações, pois temos duas incógnitas
(E e r).
i = i (R + r) = E, da tabela:

Igualando I e II.
6 + 12r = 8 + 8r 4r = 2 que substituindo em I fica:
6 + 12 0,5 = E

03. Um circuito simples é constituído por um gerador e um resistor, cujas curvas car
acterísticas estão representadas no gráfico abaixo.
Determine os valores de i e U no gráfico.

Resolução
No circuito simples:

A ddp U e a corrente i são as mesmas para o gerador e para o resistor, corresponde


ndo, no gráfico, à intersecção das duas retas, ou seja, os valores solicitados.
Para o resistor, temos:

Para o gerador, temos:

Aplicando a expressão de Ohm-Pouillett:

e como U = R i (no resistor) U = 24 2

1
2

Módulo 15. Circuito Gerador – Resistor (I) 2 / 2Módulo 16. Circuito Gerador –
esistor (II)
1. Potência Útil Máxima Lançada
Quando, num circuito simples, um gerador estiver lançando PU máxima, a corrente que
o atravessa é , ou seja, .

Pela lei de Ohm-Pouillett

assim temos:

logo, R + r = 2r

Tal situação, à primeira vista, parece ser interessante pelo fato de o gerador estar l
ançando a máxima potência útil. Ocorre que em termos de rendimento ela é desfavorável, pois
para fazê-lo, o gerador está consumindo, internamente, metade da energia que ele tr
ansforma, já que seu rendimento é de 50%.

2. Circuitos Não Simples


Na maioria das vezes os circuitos apresentam mais de um resistor e um único gerado
r, tornando-se um circuito “não simples”.
Para utilizarmos a lei de Ohm-Pouillett devemos transformá-lo num circuito simples
, substituindo os resistores (que nesse caso constituem uma associação) pelo resisto
r equivalente RE.
Assim, podemos escrever:

Resumo
A. Potência Útil Máxima Lançada

Condição:
Rendimento: = 50 %
B. Circuitos Não Simples com um só Gerador:

RE = resistor equivalente

1
2

Módulo 16. Circuito Gerador – Resistor (II) 1 / 2Módulo 16. Circuito G


erador – Resistor (II)
Exercícios Resolvidos
01. Dado o circuito, determine a corrente elétrica através do gerador.

Resolução: Transformemos o circuito num circuito simples.

2. Sabendo-se que o gerador do circuito está lançando a máxima potência útil, determine o
valor de R.

Resolução: Achemos o resistor equivalente RE da associação para transformar o circuito n


um circuito simples.

Redesenhado o circuito

Resolvendo a associação em paralelo do circuito acima , temos:

Como lança PUmáx. , então RE = r

= 0,5

1
2

Módulo 16. Circuito Gerador – Resistor (II) 2 / 2Módulo 17. Associação de


Geradores
Associação de Geradores
1. Geradores em Série
Dois ou mais geradores estão associados em série quando são percorridos pela mesma cor
rente elétrica e para que isso aconteça:
– não pode haver nó entre eles;
– o pólo positivo de um deve estar ligado ao pólo negativo do outro.

O gerador equivalente (Eeq, req) gerará a mesma ddp U que a associação, quando percorr
ido pela mesma intensidade de corrente i da associação.

Como U = U1 + U2 + U3 + U4, então


U = E1 – r1 i + E2 – r2 i + E3 – r3 i + E4 – r4 i
U = E1 + E2 + E3 + E4 – (r1 + r2 + r3 + r4) i (I)

Para o gerador equivalente, temos:


U = Eeq – req i (II)
De (I) e (II) concluímos:

2. Geradores em Paralelo
Devemos tomar cuidado ao associar geradores em paralelo, devendo fazê-lo somente c
om geradores de mesma fem E e mesma resistência interna r, caso contrário, dependend
o dos valores das fem, alguns geradores podem funcionar como receptores de energ
ia, ao invés de fornecê-la.
Vamos considerar somente geradores idênticos (E, r) para manter a associação e, nesse
caso:
– devemos ligar pólo positivo com pólo positivo e pólo negativo com pólo negativo.
– seus terminais estarão ligados aos mesmos nós.

Como, em cada gerador, temos:

ou, ainda, (I)


No gerador equivalente, temos:
U = Eeq – req i (II)
de (I) e (II), concluímos:
Eeq = E e req =
(paralelo) (paralelo)
Podemos generalizar para n geradores idênticos (E, r):

1
2
3
4

Módulo 17. Associação de Geradores 1 / 4Módulo 17. Associação de Geradores


Importante
A vantagem de associarmos geradores em paralelo é que, reduzindo a corrente elétrica
em cada gerador da associação, estamos aumentando o seu rendimento, pois há uma dimin
uição da potência dissipada internamente.

3. Associação Mista de Geradores


Combinando geradores em série e em paralelo, obtemos uma associação mista.
O gerador equivalente será obtido calculando-se, passo a passo, as fem e resistência
s internas das associações em série e em paralelo e transformando-se a associação até obter
os um único gerador, que é o equivalente da associação.

Resumo
1) Série:

2)

Exercícios Resolvidos
01. (UMC-SP) O diagrama representa, esquematicamente, o circuito de uma lanterna
: três pilhas idênticas ligadas em série, uma lâmpada e uma chave interruptora. Com a ch
ave Ch aberta, a diferença de potencial elétrico entre os pontos A e B é 4,5 V. Quando
se fecha a chave Ch, a lâmpada, de resistência RL = 10 , acende-se e a diferença de p
otencial entre A e B cai para 4,0 V. Resolva:
a) Qual é a força eletromotriz de cada pilha?
b) Qual a corrente que se estabelece no circuito quando se fecha Ch?
c) Qual é a resistência interna de cada pilha?

Resolução
a) Substituímos os geradores em série da associação pelo gerador equivalente.
Com a chave Ch aberta: U = Eeq = 4,5 V
Como Eeq = n E (n = 3 geradores) 4,5 = 3 E,
então em cada gerador.
b) Fechando a chave Ch, na lâmpada, temos U = RL i
4,0 = 10 i, então

c) No gerador equivalente: U = Eeq – req i


4,0 = 4,5 – req 0,4 req 0,4 = 0,5 req = 1,25
mas req = n r 1,25 = 3 r

02. Todos os geradores mostrados na figura abaixo são idênticos, possuem fem de 1,5
V e resistência interna de 0,3 . Determine o gerador equivalente da associação.

1
2
3
4

Módulo 17. Associação de Geradores 2 / 4Módulo 17. Associação de Geradores


Resolução
1o passo
Inicialmente determinamos o gerador equivalente das associações em série de cada ramo
que liga os nós A e B.

Em cada ramo:
Eeq = 2 E = 2 1,5 V
Eeq = 3,0 V
req = 2 r = 2 0,3
req = 0,6
2o passo: Determinando o gerador equivalente da associação paralela obtida.

Portanto, o gerador equivalente tem:


– fem de 3,0 V
– resistência interna de 0,2
1
2
3
4

Módulo 17. Associação de Geradores 3 / 4Módulo 18. Receptores Elétricos


1. Conceito de Receptor
Qualquer elemento de circuito que transforme energia elétrica em outra forma de en
ergia que não a elétrica, é denominado receptor.

2. Classificação dos Receptores


Podemos classificar os receptores em:
• Passivos: transformam integralmente energia elétrica em energia exclusivamente térmi
ca (calor).
É o caso dos resistores, já estudados.
• Ativos: transformam a energia elétrica em outra forma de energia que não seja exclus
ivamente térmica.
É o caso dos motores elétricos que transformam parte da energia elétrica em energia ci
nética de rotação (energia mecânica), por exemplo.

3. Receptores Ativos
Nos receptores ativos (motores elétricos), ocorrem perdas de energia nos fios de s
uas bobinas internas e que, assim, podemos representar esquematicamente:

Como o processo de transformação de energia do


esquema anterior ocorre simultaneamente, podemos escrever, baseado no princípio de
conservação de energia, que:

em que:
PT (potêncial total): quantidade de energia elétrica fornecida ao receptor por unida
de de tempo.
Pu (potêncial util): quantidade de energia não elétrica obtida do receptor por unidade
de tempo.
Pd (potência dissipada): quantidade de energia elétrica dissipada na forma de calor,
por efeito Joule, por unidade de tempo.

4. Força contra-eletromotriz (fcem): E’


Nos receptores, a potência útil Pu é diretamente proporcional à intensidade da corrente
elétrica que o atravessa.

À constante de proporcionalidade E’ denominamos força contra-eletromotriz (fcem), cara


cterística do receptor.
Apesar de receber o nome de “força”, tal constante não é uma força, e pode-se chegar a essa
conclusão analisando sua unidade no Sistema Internacional (SI).
como = 1V (volt)
assim sua unidade é o volt(V).
Por exemplo, se um motor elétrico tem uma fcem E’= 200 V, significa que, para cada 1
C de carga elétrica que o atravessa, dele se obtém 200 J de energia mecânica, pois:
200V = 200 =

1
2
3
4

Módulo 18. Receptores Elétricos 1 / 4Módulo 18. Receptores Elétricos


5. Resistência Interna do Receptor
Durante a passagem da corrente elétrica pelo receptor, parte da energia elétrica das
cargas elétricas é dissipada sob a forma de calor (efeito Joule) nos fios internos
que apresentam resistência elétrica, denominada resistência interna r’ do receptor.
A potência dissipada internamente pode ser calculada por:

6. Representação do Receptor
Nesta representação, o traço maior representa o pólo de maior potencial elétrico (positivo
) e, o traço menor, o de menor potencial elétrico (negativo).
A corrente elétrica circula, no receptor, do maior (+) para o menor (–) potencial.
Lembrando que se trata de um bipolo, a potência elétrica total pode ser calculada po
r:

7. Equação Característica do Receptor


Sendo PT = PU + Pd , então:
 
U i = E i + r i2
8. Rendimento do Receptor
Da definição de rendimento, temos:

ou em porcentagem
0 1

9. Curva Característica do Receptor


Corresponde ao gráfico da ddp (U) nos terminais do receptor, em função da corrente (i)
que o atravessa.
Como U = E’ + r’ i é uma função do 1o grau, então,

tg = com ambos ps eixos na mesma escala

Resumo

Equação característica:

1
2
3
4
Módulo 18. Receptores Elétricos 2 / 4Módulo 18. Receptores Elétricos

Rendimento:
Gráfico: U x i

Exercícios Resolvidos
01. (Mackenzie-SP) A tensão nos terminais de um receptor varia com a corrente, con
forme o gráfico abaixo.

A fcem e a resistência interna deste receptor são, respectivamente:


a) 11 V e 1,0
b) 12,5 V e 2,5
c) 20 V e 1,0
d) 22 V e 2,0
e) 25 V e 5,0

Resolução
Sendo a equação característica do receptor:
U = E’ + r’ i , do gráfico extraímos os valores de U e i e montamos o sistema:

E resolvendo o sistema:

que substituindo em 22 = E’ + r’ 2,0 fica:


22 = E’ + 1,0 2,0
Resposta: C

02. Um motor elétrico de fcem 100 V e resistência interna 0,25 está operando com um re
ndimento de 80%. Determinar:
a) a ddp a que está submetido;
b) a corrente elétrica que o atravessa;
c) as potências: total, útil e dissipada nessa situação.
Resolução
a) Sendo 0,8 = U =

b) U = E’ + r’ i 125 = 100 + 0,25 i


25 = 0,25 i

c) PT = U i PT = 125 100
Pu = E’ i
Pd = r’ i2
ou Pd = PT – Pu = 12 500 – 10 000
Pd = 2 500 W

Leitura Complementar:

1
2
3
4

Módulo 18. Receptores Elétricos 3 / 4Módulo 19. Circuito Gerador – Resistor


Receptor
Consideremos um circuito constituído somente por um gerador, um resistor e um rece
ptor.

Toda potência elétrica fornecida pelo gerador será consumida pelo receptor e pelo resi
stor.
Assim: 
Pu = P u + P"
(gerador) (recptor) (resistor)

UAB i = UAC i + UCB i UAB = UAC + UCB


e como:
– no gerador: UAB = E – r i
– no receptor: UAC = E’ + r’ i
– no resistor: UCB = R i
Então: E – r i = E’ + r’ i + R i
E – E’ = R i + r i + r’ i
E – E’ = (R + r + r’) i

Importante
• Como todos os elementos estão em série, esse é o valor da corrente em cada um.
• Sendo i > 0 e R + r + r’ > 0, então E – E’ > 0 ou
seja E > E’
• Tal fato é significativo na determinação do sentido da corrente elétrica que:
– no gerador (E) vai do (–) para o (+)
– no receptor (E’) vai do (+) para o (–)
Podemos generalizar para um número qualquer de geradores, receptores e resistores,
ligados de modo que a corrente elétrica tenha um único caminho a seguir, ou seja, l
igados em série.

Resumo

Generalizando:

Exercícios Resolvidos
01. Dado o circuito, determine o sentido e a intensidade da corrente elétrica em c
ada elemento do circuito.

1
2
3
Módulo 19. Circuito Gerador – Resistor – Receptor 1 / 3Módulo 19. Circuito G
erador – Resistor – Receptor

Resolução
A corrente elétrica é no sentido horário, pois o elemento de maior fem (100 V) é o gerad
or.

Como :

Importante
Após determinados o sentido e a intensidade da
corrente elétrica, podem-se determinar quaisquer outras grandezas, tais como: potênc
ias, ddps e rendimentos.
02. Dado o circuito, determinar:
a) o sentido da corrente elétrica;
b) a intensidade da corrente elétrica;
c) qual gerador está apresentando maior rendimento?

Resolução

a) Os elementos de 50 V e 100 V são da mesma espécie (ou geradores, ou receptores) e


estão em série (positivo de um ligado ao negativo do outro), assim o elemento equiv
alente de ambos tem fem ou fcem de 150 V, valor este maior que 120 V do terceiro
elemento.
Dessa forma, podemos concluir que ambos são geradores; que o outro elemento é recept
or e que o sentido da corrente elétrica é horário.
b) A intensidade da corrente elétrica é:

c) Para calcular os rendimentos de cada gerador, determinamos a ddp em seus term


inais.
– gerador de fem E = 50 V:
U = E – ri U = 50 – 2 2 U = 46 V

0,92 ou 92%
– no gerador de fem E = 100 V:
U = 100 – 5 2 U = 90 V

0,9 ou 90%

Logo, o gerador de E = 50 V apresenta maior rendimento.M

1
2
3

Módulo 19. Circuito Gerador – Resistor – Receptor 2 / 3Módulo 20. Medidores


Elétricos – (I)
1. Galvanômetro
O galvanômetro é o instrumento de medidas elétricas básico para a construção e funcionament
dos amperímetros e voltímetros, tendo seu funcionamento baseado no efeito magnético d
a corrente elétrica (efeito Oersted).
Possui um ponteiro que se desloca sobre uma escala, proporcionalmente à intensidad
e de corrente elétrica que atravessa o galvanômetro e que, por sua extrema sensibili
dade, pode detectar correntes elétricas de intensidades muito baixas.
Nos circuitos elétricos em que aparece, comporta-se como um resistor com as seguin
tes características:
– resistência elétrica interna: rg
– máxima intensidade de corrente suportada: ig , denominada corrente de fundo de esc
ala.
– pela lei de Ohm, a ddp nos seus terminais é proporcional à corrente elétrica que o atr
avessa:
Ug = rg i

Representação:

Graduando-se a escala em unidades de corrente elétrica, temos um medidor de corren


te elétrica (amperímetro) e sendo a ddp proporcional à corrente, graduando-se a escala
em unidades de ddp, temos um medidor de voltagem (voltímetro).

2. Amperímetro
Ao utilizarmos um galvanômetro em um circuito, para medirmos intensidade de corren
te elétrica, devemos levar em conta que:
– por possuir uma alta resistência elétrica interna rg ele dever ser ligado em série no
ramo no qual se quer medir a corrente, estará influenciando o valor da corrente a
ser medido;
– a intensidade i da corrente elétrica a ser medida, em geral, tem valor maior que a
corrente de fundo de escala ig do galvanômetro.
Solucionamos ambos os problemas associando, em paralelo ao galvanômetro, um resist
or de baixíssima resistência elétrica Rs, denominado shunt.
Ao conjunto “galvanômetro com shunt” denominamos amperímetro propriamente dito.
Representação:

Sendo i = ig + is
então, is = i – ig e, pela lei de Ohm, temos:
UAB = rg ig e UAB = rs is ou UAB = rs (i – ig)
Assim, rg ig = rs (i – ig)
rg ig = rs i – rs ig
rs ig + rg ig = rs i
(rs + rg) ig = rs i

1
2
3
4

Módulo 20. Medidores Elétricos – (I) 1 / 4Módulo 20. Medidores Elétricos – (I)
onde
i valor real da corrente a ser medida
ig valor lido na escala do galvanômetro
Fs fator de multiplicação
Como a resistência interna rA do amperímetro é a resistência equivalente do conjunto, po
demos escrever:

Quanto menor o valor de rs, menor será a resistência interna rA do amperímetro e maior
sua corrente de fundo de escala.

3. Voltímetro
A ddp a ser medida por um galvanômetro, utilizando a escala em unidades de ddp, é:
U = rg i

Ocorre que a ddp a ser medida no circuito deve ser a mesma no galvanômetro e, por
isso, deve ser ligado em paralelo, não devendo influenciar o valor a ser medido.
Apesar de ser alta a resistência interna rg do galvanômetro, ele desviará uma parte da
corrente que atravessa o elemento, nos terminais do qual quer se medir a ddp.


Como i’ < i, pois parte (ig) desvia para o galvanômetro, então U AB < UAB e o galvanômet
ro estará medindo um valor menor (U AB)que o real (UAB).
Para se evitar o problema, associamos, em série com o galvanômetro, um resistor de e
levadíssima resistência elétrica (Rm), denominada resistência multiplicadora.
Ao conjunto “galvanômetro com multiplicadora” denominamos voltímetro.
Representação:

onde
UAB ddp real a ser medida
Ug ddp lida na escala do galvanômetro
Fm fator de multiplicação
Como a resistência interna rv do voltímetro é a resistência equivalente do conjunto, pod
emos escrever:
rv = Rm + rg

Quanto maior o valor da multiplicadora Rm, maior será a resistência interna rv do vo


ltímetro e maior o valor da ddp de fundo de escala.
1
2
3
4

Módulo 20. Medidores Elétricos – (I) 2 / 4Módulo 20. Medidores Elétricos – (I)
Para se medir a intensidade da corrente elétrica i e a ddp U nos terminais do resi
stor R do circuito abaixo, utilizando-se um amperímetro e um voltímetro:

onde
– o amperímetro, em série com R, mede a mesma corrente que o atravessa.
– o voltímetro, em paralelo com R, mede a mesma ddp nos seus terminais.

4. Medidores Ideais
Seriam aqueles elementos que, ao serem instalados num circuito, jamais alteraria
m as medidas a serem feitas.
Apesar da elevada precisão dos aparelhos medidores de hoje, na prática, não existem me
didores ideais.
Um amperímetro ideal deveria ter resistência interna nula (rA = 0), enquanto que um
voltímetro ideal deveria ter resistência interna infinita .

Resumo
Amperímetro:
– sempre ligado em série no ramo em que se quer medir a corrente.
– baixíssima resistência interna rA.

Voltímetro:
– sempre liagdo em paralelo ao elemento no qual se quer medir a ddp.
– elevada resistência interna rV.
Exercícios Resolvidos
01. Um galvanômetro de fundo de escala 5 mA e resistência interna 100 deve ser trans
formado em amperímetro de fundo de escala 20 A.
Como devemos proceder?
Resolução
Para tanto, devemos associar em paralelo um shunt de resistência rs.
Cálculo de rs:

02. Qual deve ser o fator multiplicador e a resistência multiplicadora de um voltíme


tro de fundo de escala 200 V montado com um galvanômetro de fundo de escala 10–1 V e
resistência interna 100 ?
Resolução
Como U = Ug Fm 200 = 10–1 Fm

03. Quais as leituras nos medidores ideais do circuito abaixo?

Resolução
Como os medidores são ideais, eles não alteram os valores de intensidade de corrente
e ddp no circuito; assim

No resistor de 15 :

1
2
3
4

Módulo 20. Medidores Elétricos – (I) 3 / 4Módulo 21. Medidores Elétricos (II)
1. Ponte de Wheatstone
Podemos medir a resistência elétrica R de um resistor, medindo a corrente elétrica i e
a ddp U nos seus terminais.
Pela lei de Ohm:

Ocorre que os valores de i e U , medidos com amperímetro e voltímetro não ideais, não são
precisos, gerando, dessa forma, imprecisão no cálculo da resistência elétrica R .
Uma maneira bastante precisa de se medir o valor de R é montando o circuito abaixo
, denominado ponte de Wheatstone, constituído de um gerador, um galvanômetro, um reo
stato (resistor de resistência arbitrariamente variável) e dois outros resistores de
resistências elétricas conhecidas.

Variando-se o valor da resistência R1 do reostato, varia-se o valor da corrente ig


no galvanômetro.
Quando a corrente elétrica no galvanômetro se anula (ig = 0), dizemos que a ponte es
tá em equilíbrio e, nesse caso, UCD = 0.
Assim:

Como i1 = i'2 e i2 = i'2 pois ig = 0, dividindo membro a membro as igualdades (I


) e (II), temos:

ou seja, ou seja, e, dessa forma, temos medido o valor de R = R4 .

2. Ponte de Fio
Substituindo-se os resistores R2 e R3 por um fio homogêneo de secção transversal const
ante, sobre o qual desliza um cursor P conectado ao galvanômetro, obtemos uma vari
ante da ponte de Wheatstone, conforme a figura abaixo.

Sendo: (segunda lei de Ohm).


Na posição D do cursor, a ponte atinge o equilíbrio e, nesse caso:
(produto em cruz)

1
2
3
Módulo 21. Medidores Elétricos (II) 1 / 3Módulo 21. Medidores Elétricos
(II)
Resumo
Ponte de Wheatstone

No equilíbrio: ig = 0

(Produto cruzado)
Ponte de fio

No equilíbrio: ig= 0

(produto cruzado)
Exercícios Resolvidos
01. Abrindo-se ou fechando-se a chave Ch do circuito, não ocorre alteração na leitura
do amperímetro ideal. Determine o valor da resistência x.

Resolução
O fato de a posição da chave Ch não interferir na leitura do amperímetro indica que no r
esistor R não passa corrente, e o circuito constitui uma ponte de Wheatstone equil
ibrada.
Assim:

Do equilíbrio:
(x + 1) 8 = 3 16
x + 1 = 6

1
2
3

Módulo 21. Medidores Elétricos (II) 2 / 3Módulo 21. Medidores Elétricos


(II)
02. Ao deslocarmos o cursor C, da ponte de fio, 20 cm para a direita, o galvanômet
ro deixa de acusar passagem de corrente elétrica. Qual o valor da resistência R?

Resolução

Do equilíbrio (ig = 0)
R 80 = 30 40

1
2
3

Módulo 21. Medidores Elétricos (II) 3 / 3Módulo 22. Leis de Kirchhoff


1. Estudo da polaridade
• Resistor
A corrente elétrica percorre um resistor sempre do pólo de maior potencial (+) para
o de menor potencial (–).

A ddp nos terminais é :


VA – VB = + R i ou VB – VA = – R i

Adotando sentido de percurso , temos:

• Gerador ou receptor ideais


No caso de gerador ou receptor ideais, qualquer que seja o sentido da corrente e
létrica, a ddp nos terminais é U=E e como a polaridade é determinada pelos traços maior
(+) e menor (–), podemos escrever:

VA – VB = – E ou VB – VA= – E

Adotando sentido de percurso , temos:


A ddp será E, onde devemos considerar o sinal do primeiro terminal encontrado, no
sentido do percurso .

2. Determinação da ddp
Conhecidas as correntes num circuito, podemos determinar a ddp entre dois pontos
quaisquer, bastando para isso:
1o) adotar um sentido de percurso a, por exemplo de A para B na figura abaixo;
2o) formar, algebricamente, as ddps dos elementos entre A e B.

3. Primeira lei de Kirchhoff (lei dos nós)


“A soma das intensidades das correntes que chegam a um nó é igual à soma das intensidade
s das correntes que saem”.
Exemplo

i1 + i2 + i5 = i3 + i4

1
2
3

Módulo 22. Leis de Kirchhoff 1 / 3Módulo 22. Leis de Kirchhoff


4. Segunda lei de Kirchhoff (lei das malhas)
Define-se malha, num circuito elétrico, como sendo qualquer percurso fechado.
Exemplo

Malha ABEF; malha BCDE; malha ACDF.


“Ao se percorrer uma malha, num determinado sentido, até se retornar ao ponto de par
tida, a soma algébrica das ddps é nula.”

No exemplo anterior, para a malha ABEF, percorrida no sentido horário e partindo d


e A, temos:
VA – VB + VB – VE + VE – VF + VF – VA = 0
– R1 i1+ R3 i2 – R2 i1 + E1 – r1 i1 = 0

Resumo
Lei dos nós:

Lei dos malhas:

VA – VB + VB – VC + VC – VD + VD – VA = 0
VA – VB = –E1
VB – VC = –R i
VC – VD = –R’ i
VD –VA= +E2 – r2 i

Exercícios Resolvidos
Dado o circuito, determinar a leitura no amperímetro ideal e a ddp entre os pontos
M e N.
Resolução
1o passo: Adotamos sentidos arbitrários para as correntes elétricas nos ramos e apli
camos a lei dos nós.

1
2
3

Módulo 22. Leis de Kirchhoff 2 / 3Módulo 22. Leis de Kirchhoff


Para o nó M, temos: i1 = i2 + i3 (I)
2o passo: Aplicamos a lei das malhas às malhas e , após termos adotado um sentido de
percurso (horário para a e anti-horário para , por exemplo) e um ponto de partida (
M, por exemplo).
Malha :
+4 i2 – 8 + 10 i1 = 0 4i2 + 10 i1 = 8 (II)
Malha :
+4i2 – 8 + 50 – 1 i3 – 5i3 = 0
+4 i2 + 42 – 6i3 = 0 4i2 – 6i3 = – 42 (III)
3o passo: Resolvemos o sistema

Substituindo I em II: 4i2+ 10 (i2 + i3) = 8


14i2 + 10i3 = 8 (IV)
O sinal negativo significa que o sentido correto de i2 é de N para M. Substituindo
i2 = – 3A em II, obtemos:
4 (– 3) + 10 i1 = 8
10i1 = 20
Substituindo i2 e i3 em I, fica:
+ 2 = – 3 + i3
A leitura no amperímetro é:
Corrigindo o sentido da corrente i2 no ramo central, fica:

Assim VM – VN = – 4 3 – 8

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Módulo 22. Leis de Kirchhoff 3 / 3Módulo 23. Forças de Campo – Orientações


1. Campos
Para que dois corpos troquem ações (forças) entre si, não necessitam, necessariamente, d
e estarem em contato, podendo algumas vezes fazê-lo mesmo estando distantes.
Essas interações à distância trocadas entre os corpos só acontecem quando existe alguma fo
rma de campo produzido pelos corpos.
Observa-se que a intensidade da interação é, de alguma forma, inversamente proporciona
l à proximidade entre os corpos, ou seja, quanto mais próximos, mais intensa é a inter
ação e quanto mais distantes menos intensa é a interação.
Podemos reconhecer, com certeza, três tipos de campo produzidos pelos corpos:
– campo magnético
– campo elétrico
– campo gravitacional

2. Campo Magnético
Quando um piloto de avião em vôo utiliza uma bússola para orientar-se, ou quando um pr
ego é atraído por um ímã, notamos uma ação à distância, pois os movimentos da agulha da bús
do prego ocorrem sem que sejam tocados. Esses fatos evidenciam a existência de cam
po magnético.
Essas interações, entretanto, não são somente de atração, pois, quando aproximamos as extre
idades de dois ímãs, observamos que podem atrair-se ou repelir-se, dependendo das ex
tremidades próximas.
Apesar de o magnetismo ser conhecido dos chineses bem antes do século VI a.C., foi
o engenheiro militar francês Pierre de Maricourt que, em meados de 1269, denomino
u pólo norte e pólo sul às extremidades de um ímã, baseando-se na orientação natural da agu
da bússola. Ele também percebeu que a agulha da bússola não apontava exatamente para o
norte geográfico da Terra e ainda fez as seguintes descobertas:
– As ações se manifestam nas proximidades das extremidades dos pólos, não ocorrendo, no ímã
o espaço entre as mesmas.

– Se aproximarmos dois ímãs pelos pólos de mesmo nome eles se repelem.

– Se aproximarmos dois ímãs pelos pólos de nomes diferentes, eles se atraem.

– Partindo-se um ímã ao meio, obtemos dois novos ímãs com polaridades iguais ao do ímã orig
l.

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Módulo 23. Forças de Campo – Orientações 1 / 5Módulo 23. Forças de Campo – O


Somente em 1600, o médico inglês William Gilbert reuniu suas conclusões em seu livro D
e magnete após ter refeito algumas experiências sobre magnetismo e, provavelmente, f
oi o primeiro a sugerir que a Terra seria um grande ímã, com o pólo sul magnético próximo
ao pólo norte geográfico e o pólo norte magnético próximo ao pólo sul geográfico.
3. Campo Elétrico
Quando atritamos uma régua de plástico com um pedaço de lã e a aproximamos de pedacinhos
de papel, estes são atraídos. Esse tipo de atração é diferente da atração magnética, estan
lacionado com as cargas elétricas em excesso nos corpos.
Tal interação, por ocorrer à distância, evidencia a existência de um campo de natureza elét
ica, denominado campo elétrico.
Foi o francês Charles François Dufay (séc. XVIII) que descobriu a existência de duas espéc
ies de eletricidade.
Notou que a carga elétrica adquirida por um bastão de vidro, atritado com seda, era
diferente da carga elétrica adquirida por uma vareta de resina, atritada com um pe
daço de lã e, portanto, havia dois tipos de “eletricidade”: a “eletricidade vítrea” e a “el
idade resinosa”, nomes estes que o americano de Filadélfia, Benjamin Franklin (séc. XV
III), substituiu, respectivamente, por carga elétrica positiva e carga elétrica nega
tiva.
Assim como no magnetismo, no campo elétrico há dois tipos de interação: atração ou repulsão
ufay observou que corpos carregados com cargas de mesmo nome se repelem e com ca
rgas de nomes diferentes se atraem, ou seja:
– Carga positiva repele carga positiva.
– Carga negativa repele carga negativa.
– Cargas positiva e negativa se atraem.
Isso pode facilmente ser verificado através de um experimento simples, utilizando
pêndulos eletrostáticos, como o mostrado abaixo, constituído de uma esfera condutora l
eve, um fio isolante e uma haste.

Sabe-se hoje que as cargas elétricas apresentadas pelos corpos eletrizados, na rea
lidade, correspondem ao excesso de prótons ou elétrons existente neles, pois são estes
os verdadeiros portadores de cargas elétricas.
Tendo cargas de sinais contrários, prótons e elétrons se atraem o tempo todo e é essa at
ração que mantém o elétron em “órbita” em torno do núcleo do átomo, onde se situam os próto

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Módulo 23. Forças de Campo – Orientações 2 / 5Módulo 23. Forças de Campo – O


3. Campo Gravitacional
Ao abandonarmos, em queda livre, algum corpo próximo à superfície da Terra, ele entra
imediatamente em movimento devido à ação da Terra.
Esse fato, por si só, é suficiente para concluirmos que existe um campo de natureza
gravitacional no local em que abandonamos o corpo.
Isaac Newton (1642-1727) foi quem relacionou a massa dos corpos à existência da força
gravitacional e, conseqüentemente, ao campo gravitacional, através da Lei da Gravitação
Universal, em sua obra Os princípios matemáticos da filosofia natural.
Apesar da enorme semelhança com o campo elétrico, como o veremos, o campo gravitacio
nal não apresenta a interação de repulsão entre os corpos, mas somente a de atração.
Semelhante ao modelo atômico, é justamente a ação da Terra sobre a Lua que a mantém em órbi
a, atraindo-a o tempo todo, impedindo-a de escapar para o espaço.
Por sua vez, a atração da Lua sobre a Terra provoca a elevação do nível das águas dos ocean
s, mares, represas, lagos, etc., originando as marés altas.

Resumo
Forças de campo

– Atuam à distância e evidenciam a existência dos campos.


– Sua intensidade é, de alguma forma, inversamente proporcional à proximidade entre os
corpos.

Campo magnético

– Polaridades (propriedades)
• Pólos de mesmo nome se repelem.
• Pólos de nomes diferentes se atraem.
• Partindo-se um ímã ao meio, obtém-se dois novos ímãs com a mesma polaridade do in
cial.
• A Terra é um grande ímã com o pólo magnético sul próximo ao geográfico norte e o
gnético norte próximo ao geográfico sul.
Campo elétrico

– Cargas elétricas (propriedades)


• Cargas de mesmo sinal se repelem.
• Cargas de sinais contrários se atraem.
Campo gravitacional

– São inerentes à massa dos corpos.


– As forças gravitacionais são somente de atração.

Exercícios Resolvidos
01. Têm-se três ímãs em forma de barra: XY, AB e CD. Fazem-se as seguintes experiências:
– Aproximando-se a extremidade Y do primeiro da extremidade C do terceiro, nota-se
uma atração.
– Aproximando-se a extremidade X do primeiro da extremidade A do segundo, nota-se
uma atração.
Podemos afirmar que:
a) aproximando-se A de C ocorrerá repulsão.
b) aproximando-se B de D ocorrerá repulsão.
c) aproximando-se A de D ocorrerá atração.
d) aproximando-se B de C ocorrerá repulsão.
e) aproximando-se X de C ocorrerá atração.

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Módulo 23. Forças de Campo – Orientações 3 / 5Módulo 23. Forças de Campo – O


Resolução
Da primeira experiência temos:

Y e C têm pólos diferentes, logo:


– X e C têm pólos iguais.
– Y e D têm pólos iguais.
– X e D têm pólos diferentes.
Da segunda experiência temos:

X e A têm pólos diferentes, logo:


– X e B têm pólos iguais.
– Y e A têm pólos iguais.
– Y e B têm pólos diferentes.

Portanto, temos:
– B e C têm pólos iguais.
– A e D têm pólos iguais.
– A e C têm pólos diferentes.
– B e D têm pólos diferentes.
Então, aproximando-se B de C, ocorrerá repulsão.
Resposta: D
02. Um corpo A eletrizado atrai um outro corpo B eletrizado que, por sua vez, at
rai um terceiro corpo C, também eletrizado, que repele outro corpo D. Podemos afir
mar que:
a) A atrai C.
b) B repele D.
c) A atrai D.
d) B atrai D.
e) D atrai C.
Resolução
I – Como A e B se atraem, então suas cargas elétricas têm sinais diferentes.
II – Como B e C se atraem, então suas cargas elétricas têm sinais diferentes.
Assim, concluímos que A e C têm cargas de mesmo sinal e, como C repele D, então as car
gas de A e D também têm mesmo sinal.
O único com carga de sinal contrário ao dos demais é o corpo B.
Logo, B atrai D.
Resposta: D
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Módulo 23. Forças de Campo – Orientações 4 / 5Módulo 24. Força Gravitacional


1. Lei da Gravitação Universal
A partir dos estudos de Galileu Galilei, começou-se a acreditar que os movimentos
dos corpos na Terra e dos corpos celestes (planetas) obedeciam a leis universais
. Isaac Newton, baseando-se no estudo dos movimentos da Lua e dos planetas, elab
orou a base teórica que deu origem à Lei da Gravitação Universal:
“Matéria atrai matéria na razão direta do produto das massas e na razão inversa do quadrad
o da distância”
que podemos entender assim:
Dois corpos quaisquer se atraem com forças cuja intensidade é diretamente proporcion
al ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância
entre seus centros de massa.

A intensidade da força de atração é a mesma em ambos os corpos, independente dos valores


de suas massas e pode ser determinada pela expressão:

em que G tem um valor constante e é denominada: constante da gravitação universal.


Seu valor, medido experimentalmente, é:

G = 6,67 10–11 N m2/kg2

Pelo fato de esse valor ser muito pequeno, é necessário que a massa de pelo menos um
dos corpos seja muito grande para que percebamos a força gravitacional entre eles
.
Quando um corpo encontra-se próximo à superfície da Terra, a força-peso ou, simplesmente
, peso, aplicada pela Terra, prevalece sobre outras forças gravitacionais de corpo
s próximos, pois a massa da Terra sempre é muito maior que a massa desses corpos.
A constante da gravitação universal G não deve ser confundida com a aceleração da gravidad
e local g, pois esta, entre tantas razões:
– varia conforme a altitude e a latitude local;
– varia de planeta para planeta, ou de estrela para estrela;
– é uma grandeza vetorial.

2. Gráfico: F = f(d)
Variando-se somente a distância d entre os dois corpos, observamos uma variação na int
ensidade F da força gravitacional.
Como:
F d2 = G M m (constante)

então a curva correspondente ao gráfico F x d é uma hipérbole quadrática.

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Módulo 24. Força Gravitacional 1 / 3Módulo 24. Força Gravitacional


Resumo

em que G = 6,67 10–11 N m2/kg2


Do gráfico F × d vem:
= constante

Exercícios Resolvidos
01. (UFMA-MA) Seja F a força de atração do Sol sobre um planeta. Se a massa do Sol se
tornasse três vezes maior, a do planeta, cinco vezes maior, e a distância entre eles
fosse reduzida à metade, a força de atração entre o Sol e o planeta passaria a ser:
a) 3 F
b) 15 F
c) 7,5 F
d) 60 F
Resolução
A força de atração do Sol é :
Com as alterações, a nova força de atração F’ passaria a ser:
Assim, temos:

Resposta: D

02. Dado o gráfico F x d, representativo da intensidade F da força gravitacional ent


re dois corpos, em função da distância d entre seus centros de massa, determine os val
ores de F e d assinalados no gráfico.

Resolução
Como as massas dos corpos permanecem constantes, então:
F d2 = G M m = constante, e assim:
F 22 = 1 122 , ou seja,
e
4 d2 = 1 122 , ou seja, d2 = 36, então:

Leitura Complementar:

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Módulo 24. Força Gravitacional 2 / 3Módulo 25. Campo Gravitacional


1. Campo Gravitacional
Consideremos um ponto de uma dada região, no qual colocamos uma massa de prova m.
Se essa massa ficar sujeita à ação (força) de natureza gravitacional, então, podemos afirm
ar que nesse ponto existe um campo gravitacional, com as seguintes características
:
• direção: a mesma da reta suporte da força
• sentido: o mesmo da força
• intensidade:
A unidade de campo gravitacional no Sistema Internacional de Unidades é:
N/kg (newton por quilograma)
ou
m/s2 (metro por segundo por segundo)
Importante:
O campo gravitacional não depende da massa de prova m, colocada no ponto, pois sua
existência antecede à colocação dessa massa de prova, que está sendo utilizada, justament
e, para comprovar a existência desse campo gravitacional.

2. Campo Gravitacional da Terra


Como já vimos, as forças gravitacionais entre corpos só são perceptíveis caso a massa de p
elo menos um deles seja muito grande.
Todo corpo material causa campo gravitacional ao seu redor, pois qualquer massa
será atraída por ele.
A Terra (massa M) causa no espaço ao seu redor um campo gravitacional, facilmente
perceptível, pois qualquer corpo (massa m) abandonado próximo a ela
fica sujeito à força gravitacional
Pela Lei da Gravitação Universal, sabemos que: e, sendo ou seja, F=m g, podemos escrev
er:
Dessa forma, obtemos a intensidade do campo gravitacional da Terra num ponto sit
uado a uma distância d de seu centro:

Nas proximidades da superfície da Terra, o valor médio do campo gravitacional é: 9,8m/


s2.
À medida que nos afastamos da Terra, esse valor vai diminuindo e podemos determiná-l
o para uma certa altitude h, lembrando que a distância d do ponto ao centro do pla
neta é: d=R+h, onde R é o raio da Terra, considerada esférica.
Assim, num ponto X, a uma altitude h:

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Módulo 25. Campo Gravitacional 1 / 3Módulo 25. Campo Gravitacional


3. Campo Gravitacional na superfície da Terra:
Quando estamos na superfície da Terra, temos h=0, e, dessa forma o valor do campo é:

Podemos entender esses conceitos para outros astros celestes e verificar que o c
ampo gravitacional na superfície de qualquer astro depende:
• diretamente da massa (M) do astro;
• inversamente do quadrado de seu raio (R).

4. Campo Gravitacional num ponto interno da Terra


Considerando a Terra esférica e homogênea, de massa M e raio R, sua densidade pode s
er considerada constante e igual a

Por simetria, o campo gravitacional da Terra em um ponto interno, situado a uma


distância r, é devido somente à porção de massa (Mint) da esfera de centro C (centro da Te
rra) e raio r < R como indica a figura a seguir.

Dessa forma temos: e como


então
, ou seja :

A intensidade do campo gravitacional em pontos internos é diretamente proporcional


à distância do ponto ao centro da Terra.
Já que (constante).
• Se o ponto interno for o centro da Terra, então, r=0 e, nesse caso, gint=0.
• Para um ponto da superfície temos: r=R e

5. Gráfico: g = f(d)

Observando que para:


d R, a função é:
em que e que se
d > R , a função é:

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Módulo 25. Campo Gravitacional 2 / 3Módulo 25. Campo Gravitacional
Resumo

Para um planeta de massa M:


• Campo gravitacional:
– a uma distância d:
– na superfície do planeta:
• Constante da Gravitação Universal:
G = 6,67 10–11 N m2/kg2
Gráfico g = f(d).

Exercício Resolvido
01. Sendo g0 a intensidade do campo gravitacional na superfície da Terra, suposta
esférica, de raio R, determine a que altitude situa-se o ponto no qual a intensida
de do campo é a metade da intensidade do campo na superfície.
Resolução:
Como (campo na superfície), g = (campo a uma altitude h) e, sendo , então,

02. Sendo a massa da Terra oitenta vezes a massa da Lua, e a distância entre a Lua
e a Terra igual a 60R, onde R é o raio da Terra, determine a que distância do centr
o da Terra localiza-se o ponto no qual é nulo o campo gravitacional resultante dos
campos da Lua e da Terra.
Resolução:

Como:

Leitura Complementar:

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Módulo 25. Campo Gravitacional 3 / 3Módulo 26. Satélite em Órbita Circular
Introdução
Ao redor da Terra existem vários satélites artificiais em órbita, lançados pelo homem, p
ara a comunicação, meteorologia, astronomia e pesquisas científicas quer do espaço, quer
da Terra.
Suas órbitas são elípticas, mas de excentricidade tão pequena que podemos considerá-las pr
aticamente circulares.
Em decorrência desse fato, a pequena variação apresentada pela sua velocidade linear s
erá desconsiderada e assim seu movimento será uniforme.
Dessa forma estaremos estudando os satélites descrevendo Movimento Circular Unifor
me ao redor da Terra.

1. Velocidade linear de translação


Sendo m a massa do satélite, M a massa da Terra, r o raio de sua órbita e G a consta
nte de gravitação universal, podemos escrever:

(Lei da gravitação universal)

Acontece que essa força gravitacional pode ser considerada única, tendo em vista ser
em desprezíveis as demais e, assim, ela atuará como resultante centrípeta sobre o satéli
te.

Observamos que a velocidade linear de translação do satélite só depende da massa M do pl


aneta e do raio r de sua órbita já que G é a constante de gravitação universal.
Assim, quanto mais baixa for a órbita, do satélite (menor r), maior deverá ser a veloc
idade linear v para que ele se mantenha em órbita.

2. Período (T) de translação


Como a velocidade linear é constante, então:

Da mesma forma, o período T de translação de um satélite só depende da massa M do planeta


e do raio r de sua órbita.

3. Satélites geo-estacionários
São satélites utilizados para comunicação e necessitam estar sempre no mesmo ponto do céu,
para o qual estão voltadas as antenas parabólicas de emissão e recepção de sinais de rádio
televisão e microondas (telefonia).
Acontece que a Terra gira em torno de seu eixo, completando uma volta a cada 24
horas e, assim sendo,

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Módulo 26. Satélite em Órbita Circular 1 / 3Módulo 26. Satélite em Órbita Cir
cular
esses satélites devem girar no mesmo sentido de rotação da Terra e pelo mesmo período, o
u seja, 24 horas.
Eles estão localizados de tal modo que suas órbitas e a linha do equador estão no mesm
o plano.

Tsatélite = TTerra = 24 h

Resumo
Velocidade orbital:

Período de translação:

Exercício Resolvido
Sendo a massa da Terra igual a 6,0 1024 kg e considerando a constante de gravitação
universal G = 7 10–11 N m2/kg2, determine para um satélite estacionário:
a) o raio de sua órbita;
b) sua velocidade de translação.
Adote = 10
Resolução
a) Sendo o período de translação do satélite estacionário: T = 24 h = 86,4 103 s

Leitura Complementar:
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Módulo 26. Satélite em Órbita Circular 2 / 3Módulo 27. Leis de Kepler


1. Teorias Planetárias
Desde a época do homem das cavernas o ser humano foi, é e sempre será fascinado pelo u
niverso, seus mistérios, suas peculiaridades, seus fenômenos e seu misticismo. Em to
das as civilizações e por muitos séculos, filósofos, astrônomos e astrólogos procuraram exp
icar o modo como o Sol, a Lua, os planetas, as estrelas, os cometas e a Terra de
veriam, de alguma forma, se organizar no céu, pois seus movimentos eram sabidament
e periódicos e dessa forma, previsíveis.
Por séculos elaboraram-se muitas teorias sobre essa organização dos astros e era inevi
tável que por muito tempo prevalecesse a idéia de que giravam ao redor da Terra. O S
ol e a Lua cruzando o céu, desaparecendo de um lado e surgindo no lado oposto e as
estrelas em trajetórias circulares não intrigaram tanto ao homem quanto o movimento
dos planetas que, em determinadas épocas do ano, pareciam recuar, para depois seg
uirem em frente na sua trajetória pelo céu.

2. Teoria Geocêntrica
No início da era cristã (século II), Cláudio Ptolomeu propôs, como tantos outros o haviam
feito, um sistema que era capaz de explicar e prever esses movimentos com razoável
precisão.
Esse sistema recebeu o nome de Sistema Geocêntrico e situava a Terra como centro d
o universo, em torno da qual se moviam em trajetórias circulares: a Lua, Mercúrio, Vên
us, o Sol, Marte, Júpiter e Saturno, nessa ordem.
Para explicar o retrocesso de alguns planetas durante seu movimento, Ptolomeu ju
stificava que o movimento dos planetas era circular em torno de um ponto C (movi
mento denominado: “epiciclo”), e este é que girava ao redor da Terra, conforme a figur
a.

Apesar da complexidade e imprecisão, pois os calendários e as cartas de navegação, nele


baseados, precisavam ser corrigidos de tempos em tempos, o sistema de Ptolomeu p
revaleceu por catorze séculos.

3. Teoria Heliocêntrica
No século XVI, surge um astrônomo polonês de nome Nicolau Copérnico (1473-1543), propond
o um novo modelo para explicar a organização do universo.
Esse modelo recebeu o nome de Sistema Heliocêntrico, pois propunha ser o Sol o cen
tro do universo (idéia já proposta, antigamente, por Aristarco e rejeitada pelos out
ros astrônomos gregos), em torno do qual circulam todos os planetas e a Terra, que
também é um planeta. Ao redor da Terra circula a Lua, que é seu satélite.
No sistema de Copérnico havia ainda uma esfera imóvel, na qual situavam-se as estrel
as “fixas”, já que ele não conseguira perceber que se movimentam, pois estão muito distant
es da Terra.

Tycho Brahe (1546-1601), um astrônomo dinamarquês que passou a maior parte de sua vi
da observando o céu noturno, propôs em 1585 um modelo que, em parte, conciliava os m
odelos de Ptolomeu e Copérnico.
Seu sistema também era geocêntrico, tendo a Terra como centro, os planetas girando a
o redor do Sol e este ao redor da Terra, tudo num mesmo plano.
Em 1600, Tycho Brahe recebeu Johannes Kepler (1571-1630), um jovem astrônomo alemão,
a quem encarregou de estudar a órbita de Marte e ajudá-lo a organizar dados coletad
os durante vinte anos de observações.

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Módulo 27. Leis de Kepler 1 / 5Módulo 27. Leis de Kepler


4. Leis de Kepler
Após analisar dados obtidos por Tycho Brahe, que viera a falecer um ano após a sua c
hegada, Kepler formulou três leis, baseadas no modelo heliocêntrico de Copérnico.
1a Lei: Lei das órbitas

Os planetas descrevem, ao redor do Sol, órbitas elípticas pouco excêntricas, das quais
o Sol ocupa um dos focos.
Tal lei era coerente com o sistema de Copérnico, só discordando deste quanto à forma d
a órbita dos planetas ao redor do Sol, pois para que houvesse coerência com os dados
encontrados, a órbita de Marte só poderia ser uma elipse e não uma circunferência.

Na elipse da figura, o segmento AA’ é denominado semi-eixo maior e a medida f do seg


mento F1C é a distância focal.
Pela definição de elipse tem-se que, para qualquer ponto da elipse:
(constante)
A excentricidade e da elipse é definida por:
Quando e = 0 temos uma circunferência e não uma elipse; e quando e = 1 temos um segm
ento de reta.
Assim, a trajetória dos planetas é quase uma circunferência, ou seja, os dois focos en
contram-se muito próximos um do outro.
2a Lei: Lei das áreas

Esta lei pode ser enunciada de três modos diferentes:


1o modo
O segmento de reta imaginário que une o planeta ao
Sol varre áreas iguais em intervalos de tempo iguais.

Sendo o intervalo de tempo para o planeta ir de 1 para 2, e o intervalo de tempo


para ir de 3 para 4, então:
implica
2o modo
As áreas varridas pelo segmento imaginário que une o planeta ao Sol são proporcionais
aos tempos gastos em varrê-las.
Nesse caso, temos onde K é uma constante de proporcionalidade.
3o modo
A velocidade areolar de um planeta é constante.
Define-se velocidade areolar como sendo o quociente entre a área varrida A e o tem
po gasto em varrê-la t.

Pela 2a lei de Kepler observamos que o planeta, no mesmo intervalo de tempo, per
corre o arco de elipse entre as posições 1 e 2 com uma velocidade média maior do que a
quela que tem entre as posições 3 e 4.
Assim, na posição de periélio (mais próximo do Sol) a velocidade linear do planeta é máxima
e na posição afélio (mais distante do Sol) sua velocidade linear é mínima.

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Módulo 27. Leis de Kepler 2 / 5Módulo 27. Leis de Kepler


Essa variação na velocidade do planeta é devida à força de atração do Sol que obriga o plan
a descrever um movimento curvo, ao mesmo tempo que acelera ou retarda seu movim
ento.
Note que:
– quando o planeta vai do afélio para o periélio, na posição (1) seu movimento é acelerado
ois
existe uma componente tangencial no mesmo sentido da velocidade .
– a componente centrípeta tem seu sentido voltado para o ponto C1, que é o centro de c
urvatura da trajetória nesse instante.
– quando o planeta vai do periélio para o afélio, na posição (2) seu movimento é retardado
ois a componente tangencial é no sentido oposto ao da velocidade .
– a componente centrípeta tem seu sentido voltado para o ponto C2, que é o centro de c
urvatura da trajetória nesse outro instante.
3a Lei: Lei dos períodos

O quadrado do período de translação de um planeta é diretamente proporcional ao cubo do


raio médio de sua órbita.

Sendo T o intervalo de tempo gasto pelo planeta para completar uma volta ao redo
r do Sol, denominado “período de translação”e R o “raio médio” de sua órbita, tal que : , p
escrever:

No estudo de satélites em órbita circular de raio r , em torno de um planeta de mass


a M , deduzimos o valor do período T de translação do satélite e obtivemos o seguinte va
lor:

Tal expressão é condizente com a lei dos períodos de Kepler, considerando-se que as órbi
tas dos planetas são circunféricas de raio igual a R.
Observe que o valor da constante é: e que só depende da massa M do Sol.
Para os planetas do sistema solar, temos:

O período de translação do planeta Mercúrio é o menor de todos, pois é o planeta que se enc
ntra mais próximo do Sol, já o período de translação de Plutão é o maior de todos, pois é o
eta que está mais distante do Sol.

Resumo
Leis de Kepler

Lei das órbitas


Os planetas descrevem órbitas elípticas, pouco excêntricas, com o Sol em um dos focos.

Lei das áreas

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Módulo 27. Leis de Kepler 3 / 5Módulo 27. Leis de Kepler


Lei dos períodos
T – período de translação do planeta ao redor do Sol
R – raio médio da órbita

Exercícios Resolvidos
01. Dois planetas X e Y gravitam ao redor de uma estrela e suas órbitas são tais que
o raio médio RX da órbita de X é nove vezes o raio Ry da órbita de Y. Qual a razão entre
os períodos de translação dos planetas?
Resolução

02. Entre zero hora do dia 1o de janeiro e zero hora de 21 de janeiro, o segment
o imaginário que une a Terra ao Sol varre uma área A1 no espaço. Entre zero hora de 11
de abril e zero hora de 21 de maio varre uma área A2. A razão vale:

Resolução
Entre zero hora de 1o de janeiro e zero hora de 21 de janeiro temos = 20 dias e
entre zero hora de 11 de abril e zero hora de 21 de maio temos = 40 dias.
Pela 2a lei de Kepler:

Resposta: D

Leitura Complementar:

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Módulo 27. Leis de Kepler 4 / 5Módulo 28. Força Elétrica (I)


1. Lei de Dufay
No século XVIII, o francês Charles François Dufay detectou a existência de dois tipos de
cargas elétricas, as quais denominou de “vítrea” e “resinosa”, pois notara que um bastão d
idro atritado com seda adquiria carga elétrica diferente da carga elétrica adquirida
por um bastão de resina atritado com lã.
Mais tarde, Benjamin Franklin foi o primeiro a utilizar as palavras carga “positiv
a” para a carga “vítrea” e carga “negativa” para carga resinosa.
Dufay, nas suas experiências, concluiu que:

Este fato ficou conhecido como “Lei de Dufay”

2. Carga elétrica puntiforme


Trata-se de um corpo dotado de carga elétrica, cujas dimensões são desprezíveis em relação
distâncias a outros corpos eletrizados.

3. Lei de Coulomb
Em 1874 o físico francês Charles Augustin Coulomb (1736-1806), valendo-se de uma bal
ança de torção de extrema sensibilidade, comprovou experimentalmente a relação existente e
ntre as forças de interação de corpos eletricamente carregados, as cargas elétricas de c
ada um e a distância entre eles, obtendo a expressão abaixo, conhecida como Lei de C
oulomb:
Balança de Coulomb. A medida da intensidade da força de atração ou repulsão entre as esfer
as carregadas A e B é feita pela torção do fio.

Tal expressão fora prevista por Priestley dez anos antes, baseado na Lei da Gravit
ação Universal de Newton.

A constante K de proporcionalidade está relacionada ao meio em que as cargas se en


contram. Sendo esse meio

1
2

Módulo 28. Força Elétrica (I) 1 / 2Módulo 28. Força Elétrica (I)
o vácuo, seu valor, em unidades do SI, é:

denominada
“constante eletrostática do vácuo”.

4. Gráfico F = f(d)
Para duas cargas Q e q distanciadas de r, no vácuo, estudando como varia a intensi
dade da força elétrica ,conforme variamos a distância entre elas, obtemos a tabela a s
eguir.

Da tabela podemos construir o gráfico abaixo:

Resumo
– Lei de Dufay:
– Lei de Coulomb:

Exercícios Resolvidos
01. Fuvest
Duas partículas, eletricamente carregadas com + 8,0 10–6 C cada uma, são colocadas no
vácuo a uma distância de 30 cm, onde . A força de interação eletrostática entre essas carga
é:
a) de repulsão e igual a 6,4 N.
b) de repulsão e igual a 1,6 N.
c) de atração e igual a 6,4 N.
d) de atração e igual a 1,6 N.
e) impossível de ser determinada
Resolução
Como ambas as cargas são positivas, pela Lei de Dufay a força entre elas é de repulsão e
pela Lei de Coulomb:
onde Q = +8,0 10–6 e r = 30 cm = 3 10–1 m,

Resposta: A

1
2

Módulo 28. Força Elétrica (I) 2 / 2Módulo 29. Força Elétrica (II)
Força elétrica de várias cargas
Consideremos a distribuição de cargas elétricas da figura.

A lei de Coulomb permite calcular a intensidade da força de interação entre duas carga
s elétricas.
Assim, observamos que as cargas em questão interagem duas a duas entre si, e dessa
forma podemos calcular a resultante das forças sobre cada uma delas.

Resumo

Em que:

e
Exercícios Resolvidos
01. Três cargas elétricas puntiformes localizam-se nos vértices de um triângulo retângulo
conforme mostra a figura abaixo. Sendo o meio vácuo , determine a intensidade da r
esultante das forças de Q1 = 5,4C e Q2 = –12,8C sobre a carga q = 1C .

Resolução
Q1 e q se repelem e Q2 e q se atraem, assim:

1
2

Módulo 29. Força Elétrica (II) 1 / 2Módulo 29. Força Elétrica (II)
Cálculo das forças individuais sobre a carga q.

Cálculo da resultante sobre a carga q.

02. Sobre uma canaleta horizontal fixam-se duas cargas


puntiformes QA e QB. Uma terceira carga puntiforme
+q é colocada sobre a canaleta, permanecendo
em equilíbrio estável na posição indicada na figura. Quanto aos sinais de QA e QB e à razão
é correto afirmar que são:

a) d) –; +; 3
b) e) +; +; 9
c)
Resolução
Como o equilíbrio é estável as cargas QA e QB são positivas pois caso contrário, ao desloc
armos a carga q sobre a canaleta, ela não mais retorna à posição inicial.
Resposta: B

1
2

Módulo 29. Força Elétrica (II) 2 / 2Módulo 30. Campo Elétrico (I)
1. Campo Elétrico
A Lei da Gravitação Universal de Newton originou o conceito de campo gravitacional,
ou seja, a região de influência à distância de uma massa em outra. Ocorre que para que p
ercebamos o campo gravitacional, uma das massas deve ser exageradamente grande,
o mesmo não acontecendo no eletromagnetismo.
Foi Faraday quem, na primeira metade do século XIX, propôs o conceito de campo pela
necessidade de explicar essas ações à distância.
Quando aproximamos um bastão eletrizado de um pêndulo eletrostático notamos que, enqua
nto a distância entre ambos é grande, nada indica que exista alguma coisa entre eles
. A partir de uma certa distância torna-se evidente a existência de algo que origina
uma interação entre ambos, ou de atração ou repulsão.

Essa região de influência do bastão, devido à sua carga elétrica, na qual ocorrem as inter
ações, indica a existência de um campo elétrico.
Assim sendo, se quisermos comprovar a existência ou não de um campo elétrico numa dada
região, basta colocarmos na mesma uma carga de prova. Se ela ficar sujeita a uma
força (ação) de natureza elétrica podemos afirmar que existe campo elétrico na região em qu
está, caso contrário não.
2. Vetor Campo Elétrico
Para representar o campo elétrico num ponto qualquer de uma região definimos o vetor
campo elétrico .
A figura abaixo representa uma região onde se suspeita existir um campo elétrico no
ponto X.

Colocamos uma carga de prova q positiva e observamos que fica sujeita à ação da força elét
rica .
Podemos afirmar que no ponto X existe um campo elétrico, representado pelo vetor c
ampo elétrico , tal que:

O vetor campo elétrico no ponto X tem:


– direção: a mesma da força .
– sentido: igual ao de se q é positiva, oposto ao de se q é negativa.

1
2
3
4
5

Módulo 30. Campo Elétrico (I) 1 / 5Módulo 30. Campo Elétrico (I)
– intensidade:

Se trocarmos a carga q no ponto X por outra q’ negativa notamos que o comportament


o é contrário, ou seja, ocorre uma inversão no sentido da força, mas continuamos tendo:

Dessa forma temos: = = ..... = constante, fato este que evidencia a pré-existência d
o campo elétrico no ponto X e sua independência da carga de prova q, ali colocada.

3. Unidade de Campo Elétrico no SI


Como = , a unidade de campo elétrico no Sistema Internacional de Unidades pode ser
newton por coulomb (N/C), sendo a unidade oficial o volt
por metro (V/m) que veremos adiante 1 N/C = 1 V/m

4. Campo Elétrico devido a uma Carga Elétrica Isolada


Consideremos uma carga Q positiva, isolada de outras cargas distantes.

Colocando-se uma carga de prova q, positiva, no ponto X notamos que fica sujeita
a uma força de repulsão, o que nos permite concluir que em X já existia um campo elétri
co devido à carga elétrica Q (geradora do campo).

Mesmo que troquemos a carga q por outra q’ negativa, o vetor não sofre alteração, mas a
força passa a ser de atração.

Vamos agora substituir a carga geradora Q positiva por uma outra geradora Q nega
tiva sendo a carga de prova q, positiva.

Trocando a carga de prova q por outra negativa, o vetor

1
2
3
4
5

Módulo 30. Campo Elétrico (I) 2 / 5Módulo 30. Campo Elétrico (I)
não se altera, mas a força passa a ser de repulsão.

Resumindo

No ponto X, o campo elétrico é: = assim e a intensidade da força é :

Pela lei de Coulomb temos:

de I e II vem
e cancelando em ambos os membros da igualdade (fato que evidencia a independência
da carga de prova no cálculo da intensidade do campo elétrico), temos:

5. Gráfico: E = f(r)
Variando-se a distância r do ponto à carga Q, obtemos o gráfico abaixo:

E1 r21 = E2 r22 = ... = constante


1
2
3
4
5

Módulo 30. Campo Elétrico (I) 3 / 5Módulo 30. Campo Elétrico (I)
Resumo
Vetor campo elétrico

– intensidade:

independe da carga de prova q.


Campo elétrico devido a uma carga Q isolada
– intensidade:

Gráfico: E = f(r)
E1 r21 = E2 r22 = ... = constante

Exercícios Resolvidos
01. Uma partícula de carga q = –2,010–6 C e massa m = 5,010–4 kg, colocada no ponto X da
figura, adquire uma aceleração horizontal, para a direita, de 4,0103 m/s2. Despreza
ndo as ações gravitacionais:
a) caracterize o campo elétrico no ponto X.
b) qual a intensidade da força que atuaria sobre uma carga q = +3,010–8 C colocada n
o ponto X?

Resolução

a) Sendo a carga q negativa, o vetor campo elétrico é horizontal, para a esquerda, p


ois a força , causadora da aceleração , é horizontal para a direita. Sua intensidade é: E
= e como F = m , então
1
2
3
4
5

Módulo 30. Campo Elétrico (I) 4 / 5Módulo 30. Campo Elétrico (I)

02. (Vunesp-SP) A figura a seguir representa uma carga elétrica pontual positiva n
o ponto P e o vetor campo elétrico no ponto 1 devido a essa carga.

No ponto 2, a melhor representação para o vetor campo elétrico devido à mesma carga em P
será:

Resolução
Sendo = constante e como a distância do ponto 2 ao ponto P é o dobro da distância do p
onto 1 ao ponto P, onde se localiza a carga Q, tem-se:

Como a carga se mantém, o sentido continua o mesmo de afastamento.

Resposta: C

1
2
3
4
5
Módulo 30. Campo Elétrico (I) 5 / 5Módulo 31. Campo Elétrico (II)
Campo Elétrico num Ponto devido a Várias Cargas Elétricas
Quando numa região do espaço existir mais de uma carga elétrica, os pontos dessa região
sofrem influência dos campos elétricos devidos a essas cargas.
Nesse caso, num único ponto X, existirá mais de um campo elétrico e o campo elétrico res
ultante no ponto será a soma vetorial de todos esses campos.

Sendo:

Resumo

Campo elétrico devido a várias cargas

Para determinação do campo elétrico resultante, primeiro calculamos o campo elétrico no


ponto devido a cada carga separadamente e, por fim, efetuamos a soma vetorial de
sses campos.

Exercícios Resolvidos
01. Calcular a intensidade e representar o vetor campo elétrico resultante no pont
o X devido às cargas elétricas QA e QB da figura, sabendo-se que estão imersas no vácuo.
Dado:

Resolução
Determinando

Sendo e como o ângulo entre é reto (90°), então


1
2

Módulo 31. Campo Elétrico (II) 1 / 2Módulo 31. Campo Elétrico (II)
02. Dada a distribuição de cargas da figura, determinar a abscissa do ponto localiza
do no eixo x, no qual o campo elétrico resultante, devido às cargas elétricas puntifor
mes QA e QB, é nulo.

Resolução
O ponto P, no qual o campo elétrico é nulo, deve
estar localizado entre as cargas, pois à esquerda de
QA ou à direita de QB os campos elétricos
devido a elas, têm mesmo sentido e o campo resultante nesses casos nunca é nulo.

No ponto P temos ,
logo EA = EB

d2 + 4d – 12 = 0 que resolvendo obtém-se


d = + 2 cm e d = –6 cm
Logo, as abscissas seriam x’ = 5 cm e x” = 13 cm.
Porém, o valor x” = 13 cm é externo às cargas, o que não satisfaz à condição do campo elétr
ultante ser nulo; assim, a resposta é:

1
2
Módulo 31. Campo Elétrico (II) 2 / 2Módulo 32. Campo Elétrico (III)
1. Linhas de Força

Com o conceito de campo cada vez mais fortalecido no sentido de explicar a ação à distân
cia entre corpos com cargas elétricas, Michael Faraday, observando o espectro form
ado por limalhas de ferro espalhadas numa folha de papel colocada sobre um imã (co
nforme a figura abaixo), propôs um conceito correlato para o campo elétrico. Para el
e, as linhas formadas pelas limalhas de ferro, embora invisíveis, realmente existi
am e, através delas era possível visualizar o formato do campo na região e mais ainda,
pois a maior ou menor concentração dessas linhas indicava a maior ou menor intensid
ade de força a que outros corpos ficavam sujeitos naquela região. A essas linhas Far
aday deu o nome de “Linha de Força”.

Define-se “linha de força”como a linha imaginária que tangencia o vetor campo elétrico em
cada ponto da região, conservando seu sentido.

2. Campo Elétrico Devido a uma Carga Elétrica Isolada

No caso da carga elétrica positiva, as linhas de força são retas concorrentes na carga
, tendo sentido de afastamento, como se “nascessem” na carga.
Observe também que quanto mais próximas entre si estiverem as linhas de força, mais in
tenso é o campo elétrico.

1
2
3
4

Módulo 32. Campo Elétrico (III) 1 / 4Módulo 32. Campo Elétrico (III)
As linhas de força de uma carga elétrica negativa têm sentido de aproximação, como se “morr
ssem” na carga.

3. Campo Elétrico de Duas Cargas Puntiformes


A. De Sinais Contrários
B. De Mesmo Sinal

4. Campo Elétrico Uniforme


Quando em todos os pontos de uma região o vetor campo elétrico for o mesmo em direção, s
entido e intensidade, dizemos que ele é uniforme.
Nesse caso, as linhas de força que o representam são retas paralelas e eqüidistantes.

Resumo

Linhas de Força

– “Nascem” nas cargas positivas.


– “Morrem” nas cargas negativas.
– Quanto mais próximas entre si, mais intenso é o campo.
– No caso do Campo Elétrico Uniforme (C. E. U.) são retas paralelas e eqüidistantes.

Exercícios Resolvidos
01. Duas esferas estão eletrizados com cargas QA e QB, e a figura representa as li
nhas de força na região.

1
2
3
4

Módulo 32. Campo Elétrico (III) 2 / 4Módulo 32. Campo Elétrico (III)
Podemos afirmar que:
a) QA é positiva; QB é negativa e |QA| > |QB| .
b) QA é positiva; QB é positiva e |QA| < |QB|.
c) QA é negativa; QB é positiva e |QA| > |QB|.
d) QA é negativa; QB é positiva e |QA| = |QB|.
e) QA é negativa; QB é negativa e |QA| < |QB|.
Resolução
Como as linhas de força “nascem” em QB e “morrem” em QA, então, QA é negativa e QB é positi
As linhas de força em torno de QA estão mais próximas entre si do que em torno de QB,
isto significa que o campo elétrico ali é mais intenso, logo |QA| > |QB|.
Resposta: C

02. Uma partícula de massa m e carga elétrica q permanece suspensa em equilíbrio numa
região de campo elétrico uniforme, representado na figura adiante. Sendo g a aceleração
da gravidade, pode-se afirmar que o sinal da carga q e a intensidade do campo elét
rico local são, respectivamente:

a) positivo;
b) negativo;
c) negativo;
d) positivo;
e) negativo;
Resolução:

Do equilíbrio da partícula concluímos que (elétrica) equilibra o peso .


Assim, o sinal de q é negativo ( e têm sentidos opostos).

Resposta: B

1
2
3
4

Módulo 32. Campo Elétrico (III) 3 / 4Módulo 33. Potencial Elétrico (I)
1. Potencial Elétrico
Seja a região do espaço representada abaixo, na qual existe um campo elétrico e seja X
um ponto qualquer dessa região.

Uma carga de prova q situada nesse ponto X adquire uma energia potencial elétrica
. Podemos concluir que o ponto X tem a propriedade de dotar de energia potencial
elétrica qualquer carga elétrica nele situada.
Essa propriedade, que é denominada Potencial Elétrico V, é somente do ponto, independe
da carga de prova e pode ser medida pela expressão:

A medida do potencial elétrico V nos diz quanto de energia potencial elétrica o pont
o X é capaz de dotar por unidade de carga elétrica q nele situada.

Cada ponto da região tem um potencial elétrico que, por ser uma grandeza escalar, não
poderá ser representado geometricamente como o fizemos com o vetor
campo elétrico.

2. Unidade de Potencial Elétrico


No Sistema Internacional de Unidades a unidade de energia é o joule (J) e a unidad
e de carga elétrica é o coulomb (C), assim a unidade de potencial elétrico é denominada
volt (V) de modo que:

Quando dizemos que o potencial elétrico de um ponto X é Vx = 5V, ou seja Vx = 5J/C d


evemos entender que o ponto X consegue dotar de 5J de energia potencial elétrica c
ada 1C de carga elétrica nele situado. Se colocássemos uma carga elétrica q = 3C nesse
ponto, ela ficaria dotada de 15J de energia potencial elétrica.

3. Potencial Elétrico devido a uma Carga Puntiforme Geradora Q


Consideremos um ponto X do campo elétrico devido a uma única carga elétrica puntiforme
Q, isolada, conforme a figura abaixo.

Ao abandonarmos uma carga de prova q no ponto X ela poderá entrar em movimento:


– de afastamento, devido à força de repulsão entre elas, se tiver o mesmo sinal de Q.
– de aproximação, devido à força de atração entre elas, se tiver sinal contrário ao de Q.

1
2
3

Módulo 33. Potencial Elétrico (I) 1 / 3Módulo 33. Potencial Elétrico (I)

Tal fato evidencia que o sistema de cargas adquiriu energia potencial elétrica.
Demonstra-se, através do cálculo integral, que essa energia potencial elétrica pode se
r calculada pela expressão:
(I) onde K é a constante eletrostática do meio entre as cargas.
Mas essa energia potencial elétrica também pode ser calculada por:
= q V (II)

Das expressões I e II podemos escrever: q V = e cancelando q em ambos os membros d


a equação temos:

Dessa expressão podemos concluir que:


– o potencial elétrico V do ponto independe da carga de prova q, pois ela foi cancel
ada;
– quando o valor da distância d entre o ponto e a carga Q aumenta, tendendo a infini
to (pontos infinitamente distantes de Q), o potencial elétrico tende a zero ( = 0)
.
– sendo K e d positivos, o sinal do potencial elétrico V depende somente do sinal de
Q, que é a carga
geradora. Assim:
carga positiva (Q > 0) gera potencial elétrico positivo
(V > 0);
carga negativa (Q < 0) gera potencial elétrico negativo
(V < 0).

4. Gráfico V = f(d)
Para uma carga Q isolada, variemos a distância d do ponto à carga. Dessa forma temos
:
V = e V d = K Q = constante
logo V e d são inversamente proporcionais e dessa forma obtemos os gráficos:

Resumo
Potencial elétrico de um ponto X
É a grandeza escalar que mede a energia potencial elétrica por unidade de carga elétri
ca:
unidade: 1V =

1
2
3

Módulo 33. Potencial Elétrico (I) 2 / 3Módulo 33. Potencial Elétrico (I)
Potencial elétrico devido a uma carga elétrica Q isolada.

Se Q > 0 então V > 0


Se Q < 0 então V < 0

Exercícios Resolvidos
01. O potencial elétrico de uma nuvem pode chegar a
40 000 000 V (4 107V). Qual a energia potencial elétrica de uma partícula dessa nuve
m, dotada de carga igual à carga elementar?

Resolução
Sendo V = 4 107V e q = 1e ou seja q = 1,6 10–19C temos:
= q V = 1,6 10–19 4 107

02. Uma carga elétrica puntiforme Q = 12C encontra-se fixa no vácuo a 3,0 cm de um p
onto X. Pede-se determinar:
a) o potencial elétrico do ponto X;
b) o potencial elétrico de um outro ponto Y, situado a 6,0 cm da carga Q;
c) o potencial elétrico de um ponto Z situado a 9,0 cm de Q;
d) o esboço do gráfico do potencial elétrico V em função da distância d do ponto à carga el
a Q.

Resolução
Em todos os cálculos devemos utilizar as grandezas em
unidades do Sistema Internacional, assim:
Q = 12 10–6C
a) ponto X: dx = 3,0 cm = 3,0 10–2m

b) ponto Y: dy = 6,0 cm = 6,0 10–2 m


Como V d = k0 Q = constante, então Vx dx = Vy dy
Vx 3,0 10–2 = Vy 6,0 10–2 Vy =
(dobrando-se a distância d, o potencial elétrico V fica reduzido à metade).

c) ponto Z: dz = 9,0 cm = 9,0 10–2 m


Vx dx = Vz dz Vx 3,0 10–2 = Vz 9,0 10–2
Vz = Vz = 1,2 106V

d) gráfico V = f(d):

Leitura Complementar:

1
2
3

Módulo 33. Potencial Elétrico (I) 3 / 3Módulo 34. Potencial Elétrico (II)
Potencial Elétrico devido a Várias Cargas
Seja a região do espaço representada abaixo, na qual existe um campo elétrico gerado p
elas cargas Q1, Q2 e Q3, e seja X um ponto qualquer dessa região.

Cada uma das cargas estará gerando um potencial elétrico parcial no ponto X que será c
alculado por
V = K , assim temos:
V1 = K , V2 = K e V3 = K
O potencial elétrico resultante no ponto X é obtido pela soma algébrica (levam-se em c
onsideração os sinais) desses potenciais parciais.

Se substituirmos os potenciais parciais, podemos escrever:


Vres = K + K + K ou

No caso de termos n cargas elétricas, o potencial elétrico resultante num ponto qual
quer do campo elétrico devido a essas cargas é:
Resumo
Potencial elétrico num ponto X devido a várias cargas puntiformes.

Exercícios Resolvidos
01. Três cargas elétricas puntiformes Q1 =2,0 C,
Q2 = 7,5 C e Q3 = –6,0 C encontram-se fixas nos vértices de um retângulo, como mostra
a figura. Sendo o meio o vácuo , determine o valor do potencial elétrico no vértice do
retângulo que não contém carga elétrica.

Resolução
Para calcularmos o potencial elétrico no vértice X, devemos primeiro calcular a distân
cia d2 entre o vértice X e a carga Q2.
(d2)2 = 32 + 42 = 25
d2 = 5 cm = 5 10–2 m

1
2

Módulo 34. Potencial Elétrico (II) 1 / 2Módulo 34. Potencial Elétrico (II)
Cálculo dos potenciais elétricos parciais no ponto X:
V1 = k0 V1 = 9,0 109 = 4,5 105 V
V2 = k0 V2 = 9,0 109 = 13,5 105 V
V3 = k0 V3 = 9,0 109 = –18 105 V

No ponto X, o potencial resultante é:


Vres = V1 + V2 + V3
Vres = 4,5 105 + 13,5 105 + (–18 105)

02. Duas cargas elétricas puntiformes Q1 = 2,0 C e


Q2 = –6,0 C encontram-se no vácuo, distanciadas de 1,2 m. Determine a que distância da
carga Q1 encontra-se o ponto, sobre o segmento de reta que as une, no qual o po
tencial elétrico devido a ambas as cargas é nulo.

a) 0,2 m
b) 0,3 m
c) 0,4 m
d) 0,6 m
e) 1,0 m

Resolução
Consideremos o ponto X da figura, tal que Vx = 0.
Então, V1 + V2 = 0, ou seja,

K + K = 0
K + K = 0
K = K = 0
1,2 – x = 3x
4x = 1,2 então,
Resposta: B

1
2

Módulo 34. Potencial Elétrico (II) 2 / 2Módulo 35. Superfícies Eqüipotenciais


1. Superfície Eqüipotencial
Superfície eqüipotencial, numa região de campo elétrico, é uma superfície em que todos os s
us pontos têm o mesmo potencial elétrico.

2. Superfície Eqüipotencial no Campo de uma Carga Elétrica Puntiforme Isolada


Quando consideramos uma carga elétrica isolada Q, geradora de campo elétrico, o pote
ncial elétrico num ponto qualquer do campo pode ser calculado por:

Dessa forma, qualquer ponto em torno da carga elétrica Q, que distar d da mesma, t
erá o mesmo potencial elétrico V e todos pertencerão à mesma superfície eqüipotencial.
Não é difícil imaginar essa superfície, pois ela seria uma superfície esférica de centro na
carga Q e raio d.

Para cada valor de d, temos uma superfície esférica diferente. Dessa forma, as super
fícies eqüipotenciais são cascas esféricas, uma dentro da outra, com centro na carga elétr
ica Q.

Uma propriedade importante relaciona as superfícies eqüipotenciais (S.E) e as linhas


de força (L.F) de um campo elétrico.
“Em qualquer ponto de uma superfície eqüipotencial, o vetor campo elétrico é perpendicular
à superfície e conseqüentemente à linha de força que o tangencia também”.

Outra propriedade importante:


“Percorrendo-se uma linha de força no seu sentido, encontramos potenciais elétricos ca
da vez menores”.

1
2
3

Módulo 35. Superfícies Eqüipotenciais 1 / 3Módulo 35. Superfícies Eqüipotenc


iais
No caso de uma carga Q isolada:

Resumo
Superfície Eqüipotencial
– Todos os seus pontos têm o mesmo potencial elétrico.
– No caso de uma carga elétrica isolada, são superfícies esféricas (cascas) de centro na c
arga.
– As Linhas de Força (L.F) são sempre perpendiculares a elas.
– Percorrendo-se uma Linha de Força (L.F) no seu sentido, encontramos Superfícies Eqüipo
tenciais (S.E) com potenciais elétricos cada vez menores.
Exercício Resolvido
01. As linhas a seguir representam superfícies eqüipotenciais de uma região de campo e
létrico. Desenhe os vetores campo elétrico nos pontos A e B.

Resolução
As linhas de força são perpendiculares às superfícies eqüipotenciais e os potenciais elétri
os decrescem com o sentido das linhas de força. O vetor campo elétrico é tangente às lin
has de força (e por isso, perpendiculares às superfícies eqüipotenciais) e no mesmo sent
ido delas.

1
2
3

Módulo 35. Superfícies Eqüipotenciais 2 / 3Módulo 36. Trabalho no Campo


Elétrico
1. Trabalho da Força Elétrica
Consideremos uma carga elétrica puntiforme Q, isolada, e dois pontos: X de potenci
al elétrico Vx e Y de potencial elétrico Vy, de seu campo elétrico, como mostra a figu
ra.

Um agente externo movimenta uma outra carga elétrica puntiforme q e a faz passar p
elos pontos X e Y.

Se a energia potencial elétrica dessa carga, ao passar no ponto X, é = q Vx(inicial)


, e ao passar no ponto Y é = q Vy (final), então o trabalho realizado pela força elétric
a atuante sobre ela é dado pela equação:

Sendo o campo elétrico um campo de forças conservativas, esse trabalho independe da


trajetória, só dependendo das posições inicial e final da carga.
2. Movimento Forçado e Movimento Espontâneo
O agente externo pode encontrar facilidade ou dificuldade ao movimentar a carga
de X para Y, ou seja, a força elétrica entre as cargas pode ajudar ou dificultar o m
ovimento.
Quando a força elétrica facilita o movimento, dizemos que ele é espontâneo e nesse caso
a carga q estará sofrendo uma diminuição de sua energia potencial elétrica:
Como = – então > 0.
Caso a força elétrica dificulte o movimento, dizemos que ele é forçado e nesse caso a ca
rga q estará sofrendo um aumento de sua energia potencial elétrica:
Como = – então < 0.

3. Trabalho Nulo
Se os pontos X e Y pertencerem à mesma superfície eqüipotencial, ou seja, a carga q ao
deslocar-se, acaba retornando à mesma superfície eqüipotencial, o trabalho da força elétr
ica é nulo.
= q (V< sub=""> – VY)
Como VX = VY, então, VX – VY = 0
e assim, = q 0<>

1
2

Módulo 36. Trabalho no Campo Elétrico 1 / 2Módulo 36. Trabalho no Campo


Elétrico
Resumo
– Trabalho da força elétrica:

– Movimento espontâneo:
> e > 0

– Movimento forçado:
< e > 0

– Trabalho nulo:
Sempre que a carga retorna à mesma superfície eqüipotencial, temos = 0.
Exercício Resolvido
Uma carga elétrica puntiforme q = 4,0 C é deslocada do ponto A até o ponto B do campo
elétrico, devido à carga elétrica puntiforme Q = –2,0 C, imersa no vácuo , conforme a figu
ra abaixo.

Nesse deslocamento, determine:


a) os potenciais elétricos A e B;
b) as energias potenciais elétricas da carga nos pontos A e B;
c) o trabalho da força elétrica;
d) o tipo de movimento da carga (espontâneo ou forçado), justificando.
Resolução
a) Sendo o potencial elétrico no ponto, devido à carga , temos:

b) Como a energia potencial elétrica da carga q no ponto é: = q V, então,

c) O trabalho da força é igual à variação da energia potencial, logo,

d) O movimento da carga é espontâneo, pois o trabalho é positivo.

Leitura Complementar:

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Módulo 36. Trabalho no Campo Elétrico 2 / 2Módulo 37. Condutores (I)


1. Condutores e Isolantes
Quando um corpo tem número igual de cargas elétricas positivas e negativas, dizemos
que está eletricamente neutro. Ao provocarmos um desequilíbrio nessas quantidades, a
crescentando ou retirando elétrons, estamos tornando-o um corpo eletrizado.
Todo corpo metálico é um condutor e, quando o eletrizamos, as cargas em excesso não pe
rmanecem no local em que foram originadas, mas distribuem-se por toda sua superfíc
ie.
Já nos corpos isolantes as cargas em excesso, decorrentes da eletrização, permanecem n
o local em que foram originadas.

2. Condutor em Equilíbrio Eletrostático


Dizemos que um condutor está em equilíbrio eletrostático quando suas cargas elétricas en
contram-se em movimento desordenado, quer ele esteja eletrizado ou eletricamente
neutro.

Verifiquemos algumas propriedades dos condutores em equilíbrio eletrostático.


1a) “As cargas elétricas em excesso distribuem-se na superfície do condutor, não permane
cendo em seu interior”.
Como as cargas elétricas em excesso têm mesmo sinal, elas se repelem, afastando-se u
ma das outras e ficando o mais distantes possíveis. Dessa forma, elas ocupam a sup
erfície externa do condutor.

2a) “Todos os pontos internos e da superfície externa do condutor em equilíbrio eletro


stático têm o mesmo potencial elétrico”.
Se dois pontos quaisquer do condutor tivessem potenciais elétricos diferentes, ent
re eles haveria uma diferença de potencial (ddp), o que acarretaria um movimento o
rdenado de cargas elétricas (corrente elétrica) no condutor, contrariando a situação de

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Módulo 37. Condutores (I) 1 / 4Módulo 37. Condutores (I)


equilíbrio eletrostático (movimento desordenado de cargas elétricas).

3a) “O campo elétrico em pontos do interior de um condutor em equilíbrio eletrostático é n


ulo”.
Se houvesse campo elétrico em pontos do interior do condutor, os elétrons livres que
se encontrassem nos mesmos estariam sujeitos à força elétrica e entrariam em moviment
o ordenado, contrariando novamente o conceito de equilíbrio eletrostático.
4a) “Na superfície de um condutor eletrizado em equilíbrio eletrostático, o vetor campo
elétrico é perpendicular à mesma”.
A superfície do condutor é uma superfície eqüipotencial (SE), pois todos os seus pontos
têm mesmo potencial elétrico. Assim em cada um deles o vetor campo elétrico é perpendicu
lar à superfície.
As cargas elétricas em excesso estão na superfície devido à resultante das forças de repul
são entre si. Acontece que essa resultante que as impulsionou até lá é perpendicular à sup
erfície e, como o vetor campo elétrico tem a mesma direção da força, então ele também é per
cular à superfície.

3. Densidade Superficial de Cargas Elétricas


Para um condutor eletrizado em equilíbrio eletrostático, onde Q é a quantidade de carg
a elétrica distribuída em uma área A de sua superfície, define-se densidade superficial
de cargas como sendo o quociente:

cuja unidade no Sistema Internacional de Unidades é coulomb por metro quadrado:

4. Poder das Pontas


Quanto maior a densidade superficial de cargas numa

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Módulo 37. Condutores (I) 2 / 4Módulo 37. Condutores (I)


dada região de um condutor, mais intenso é o campo elétrico nas proximidades dessa reg
ião. Tal fato é conhecido como Poder das pontas, isto é, se tivermos uma região pontiagu
da em um condutor elétrico eletrizado, mais intensa será a densidade superficial de
cargas e, se sua carga for negativa, poderá até ocorrer emissão de elétrons, devido à alta
intensidade do campo elétrico.

Em aviões a jato, instalam-se hastes metálicas finas nas extremidades das asas, volt
adas para trás, justamente para permitir a descarga do excesso de cargas elétricas (
eletricidade estática) que se forma sobre a superfície da fuselagem devido ao atrito
com o ar durante o vôo.
O campo elétrico nas proximidades da ponta da haste torna-se tão intenso que ioniza
os átomos dos elementos que compõem o ar (que naturalmente é isolante), tornando-o con
dutor.

5. Rigidez Dielétrica do Meio


Todo isolante suporta um máximo valor de intensidade de campo elétrico sem se ioniza
r. A esse valor máximo dá-se o nome de rigidez dielétrica do meio.
No caso do ar, a rigidez dielétrica é:.
Emáx = 3 106 N/C , ou seja, se o campo elétrico nas vizinhanças de um condutor eletriz
ado, imerso no ar, superar esse valor, o ar torna-se condutor, permitindo descar
gas elétricas.
E é exatamente isso que ocorre na formação dos raios em tempestades, pois o campo elétri
co entre as nuvens e a Terra supera a rigidez dielétrica do ar, ocorrendo a descar
ga elétrica (corrente elétrica), pois o ar torna-se condutor.

6. Blindagem Eletrostática
Qualquer que seja o condutor, oco ou maciço, o campo elétrico em pontos internos é nul
o, não importando se o mesmo encontra-se eletrizado, ou não.
Quaisquer aparelhos detectores de cargas elétricas não funcionam lá dentro, pois não sof
rem influência das cargas elétricas externas ou na superfície do condutor.
Costuma-se dizer que a superfície do condutor funciona como uma blindagem eletrostát
ica para os aparelhos que se encontram lá dentro.

Resumo
1. Condutores e Isolantes

a) Corpo eletricamente neutro: no de cargas positivas = no de cargas negativas.


b) Corpo eletrizado: no de cargas positivas no de cargas negativas.
c) Condutor: as cargas em excesso distribuem-se por toda a superfície do condutor.
d) Isolante: as cargas em excesso permanecem onde foram originadas.
2. Condutores em equilíbrio eletrostático

a) Condutor em equilíbrio eletrostático: as cargas elétricas encontram-se em movimento


desordenado.
b) Propriedades do condutor em equilíbrio eletrostático:

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Módulo 37. Condutores (I) 3 / 4Módulo 37. Condutores (I)


• As cargas em excesso distribuem-se sobre a superfície externa.
• Todos os pontos (internos e superficiais) do condutor têm o mesmo potencial elétrico
.
• O campo elétrico interno é nulo.
• O vetor campo elétrico na superfície é perpendicular a ela.

Exercícios Resolvidos
01. (Unifor – CE) Analise as afirmativas abaixo.
I. Na superfície de um condutor eletrizado, em equilíbrio eletrostático, o campo elétric
o é nulo.
II. Na superfície de um condutor eletrizado, em equilíbrio eletrostático, o potencial
elétrico é constante.
III. Na superfície de um condutor eletrizado, em equilíbrio eletrostático, a densidade
superficial de cargas é maior em regiões de menor raio de curvatura.
Está(ão) correta(s):
a) apenas a I.
b) apenas a II.
c) apenas a III.
d) apenas II e III.
e) todas elas.
Resolução
Afirmativa I – incorreta
O campo elétrico só é nulo em pontos do interior do condutor.
Afirmativa II – correta
Para todos os pontos de um condutor em equilíbrio eletrostático o potencial elétrico é c
onstante.
Afirmativa III – correta
A densidade superficial de carga é inversamente proporcional à área da superfície e quan
to menor o raio de curvatura, menor a área da superfície local, logo maior será a dens
idade superficial de carga.
Resposta: D
02. Na figura abaixo temos um condutor eletrizado negativamente, em equilíbrio ele
trostático. Com relação às intensidades dos campos elétricos dos pontos X e Y e à leitura d
voltímetro eletrostático V , podemos afirmar que são:

a) EX = EY = 0 e U = 0
b) EX = 0 ; EY 0 e U = 0
c) EX 0 ; EY = 0 e U 0
d) EX 0 ; EY 0 e U 0
e) EX = EY = 0 e U 0
Resolução
O ponto X, sendo interno, tem campo elétrico nulo:
EX = 0
O ponto Y é ponto da superfície do condutor, logo:
EY 0
Como o condutor está em equilíbrio eletrostático, então os potenciais elétricos de X e Y sã
iguais. Assim, VX = VY 0 e a leitura no voltímetro é:
U = VX – VY = 0
Resposta: B

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Módulo 37. Condutores (I) 4 / 4Módulo 38. Condutores (II)


1. Condutores Esféricos
Consideremos uma esfera eletrizada em equilíbrio eletrostático, como mostram as figu
ras. Suas cargas elétricas em excesso distribuem-se sobre sua superfície de maneira
uniforme.
As linhas de força, representativas do campo elétrico devido às cargas em excesso, têm d
ireção radial e sentido de afastamento se a esfera estiver eletrizada positivamente
e de aproximação se estiver eletrizada negativamente.

Estudemos o campo elétrico e o potencial elétrico em pontos do condutor esférico e em


pontos externos a ele.
No exterior do condutor esférico
Para calcularmos o campo e o potencial elétricos em pontos externos, devemos consi
derar como se toda a
carga elétrica em excesso estivesse concentrada no centro do condutor esférico.
Para um ponto X, distante d do centro do condutor esférico, temos:

ou seja

Sendo nulo o potencial elétrico em um ponto infinitamente distante, o valor do pot


encial elétrico em X é:
O campo elétrico no ponto externo X tem valor calculado por:

Observação – Para um ponto externo e infinitamente próximo à superfície do condutor esféric


podemos considerar d R e substituí-lo na expressão anterior, ficando:

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Na superfície do condutor esférico

Todos os pontos internos e da superfície do condutor têm mesmo potencial elétrico, afi
nal ele se encontra em equilíbrio eletrostático e nesse caso temos:

Já o campo elétrico sofre uma redução de metade de sua intensidade ao saltarmos de um po


nto externo infinitamente próximo para um ponto da superfície do condutor esférico. As
sim, temos:

No interior do condutor esférico

Como já foi visto, o campo elétrico no interior de um condutor eletrizado em equilíbri


o eletrostático é nulo, independentemente de sua forma.

2. Gráfico do Potencial e do Campo Elétricos


Lembrando que para pontos externos consideramos toda a carga elétrica em excesso c
oncentrada no centro do condutor esférico, podemos construir os gráficos: V=f(d) e E
=f(d), através das equações acima vistas, estando o condutor eletrizado positivamente,
por exemplo.
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3. Condutores Eletrizados em Contato
Vejamos o caso de dois condutores esféricos X e Y, isolados, eletrizados com carga
s elétricas iniciais QX e QY, respectivamente, e raios iguais a Rx e RY.

Seus potenciais elétricos iniciais são, respectivamente, VX e VY, e suponhamos VX >


VY.

Colocando-os em contato através de um fio metálico de pequenas dimensões, haverá troca d


e cargas elétricas entre ambos, pois entre as extremidades do fio há uma diferença de
potencial.
Essa troca implica em mudanças nas cargas elétricas de ambos, o que acarreta alterações
em seus potenciais elétricos, até que estes se igualem ao atingirem novo equilíbrio el
etrostático, já com as novas cargas Q’X e Q’Y.

Pelo princípio da conservação de cargas elétricas, já que constituem um sistema eletricame


nte isolado,temos:

No equilíbrio: V’X = V’Y = VEQUIL


ou seja,

4. Capacidade ou Capacitância Eletrostática


Para um condutor eletrizado com carga Q e potencial elétrico V, observamos que qua
isquer que sejam os valores de carga e potencial elétricos desse condutor, a razão e
ntre ambos permanece constante.
A essa razão dá-se o nome de capacidade eletrostática ou capacitância eletrostática C do c
ondutor.

cuja unidade no Sistema Internacional de Unidades é o farad (F):

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5. Capacidade Eletrostática de um Condutor Esférico
Vejamos o caso de o condutor ser esférico de raio R, eletrizado com carga Q e pote
ncial elétrico V:

Como V = K e sendo C = ,
temos: C =
Dessa forma

Observação – A capacidade eletrostática do condutor independe do material de que é feito,


mas tão-somente de suas dimensões e do meio no qual se encontra.

6. Energia Elétrica Armazenada em um Condutor Esférico


Quando eletrizamos um condutor esférico, a cada carga elétrica que ele adquire ocorr
e um aumento da energia potencial elétrica desse sistema de cargas. Essa energia f
ica armazenada no condutor e podemos calculá-la.
Para tanto, construamos o gráfico do potencial elétrico V do condutor em função da carga
elétrica Q do mesmo.

Sendo C =

A energia potencial elétrica armazenada é numericamente igual à área hachurada no gráfico


ao lado.
e como Q = C V , então
Resumo
Condutor esférico

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Módulo 38. Condutores (II) 4 / 7Módulo 38. Condutores (II)


Condutores eletrizados em contato
No equilíbrio, os potenciais elétricos tornam-se iguais.

– Pelo princípio da conservação da carga elétrica:

– As cargas finais são proporcionais aos raios dos


condutores:
Capacidade eletrostática
No caso de um condutor esférico:

Energia armazenada no condutor esférico

ou também

Exercícios Resolvidos

1. Um condutor esférico, eletrizado, em equilíbrio eletrostático, gera em um ponto ext


erno um campo elétrico de aproximação de intensidade 4 106 N/C. Sabendo-se que nesse m
esmo ponto o potencial elétrico, em módulo, é 2 106 V, podemos dizer que a distância do
ponto ao centro do condutor e o sinal de sua carga elétrica são, respectivamente:
a) 2 m ; negativo
b) 4 m ; negativo
c) 6 m ; negativo
d) 8 m ; positivo
e) 1 m ; positivo
Resolução

Para um ponto externo temos:

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Módulo 38. Condutores (II) 5 / 7Módulo 38. Condutores (II)


E = V d =

Como o campo é de aproximação então, o sinal da carga é NEGATIVO.


Resposta: A

2. Têm-se dois condutores A e B de raios respectivamente iguais a 20cm e 60cm, ele


trizados com cargas QA = 12 C e QB = 8 C. Estabelece-se o contato entre ambos at
ravés de um fio condutor de capacidade eletrostática desprezível, até atingir o equilíbrio
eletrostático.
Quais serão suas cargas elétricas finais?
Resolução
Pelo princípio da conservação da carga:

3. Qual deveria ser o raio de uma esfera condutora, imersa no vácuo, para que sua
capacidade eletrostática fosse de 1 F? Considere k0 = 9 109 S.I.
Resolução
Como C = , então R = C K0

Observação – O raio da Terra é R = 6,4 106 m, logo, o raio desse condutor seria, aproxim
adamente 1.400 vezes o raio da Terra.

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Módulo 38. Condutores (II) 6 / 7Módulo 39. Campo Elétrico Uniforme


Em uma região onde o campo elétrico é uniforme, o vetor campo elétrico é o mesmo para todo
s os pontos da região.
Podemos representá-lo através de linhas de força que serão retas paralelas e eqüidistantes
entre si, conforme a figura abaixo.
As superfícies planas e paralelas representam superfícies eqüipotenciais e, por isso,
são perpendiculares às linhas de força.

1. Campo Elétrico de uma Placa Plana Infinita


Consideremos uma única placa plana eletrizada, de área infinita, de densidade superf
icial de carga , imersa num meio onde a permitividade eletrostática é (no vácuo seu va
lor é unidades do SI).
Demonstra-se através do cálculo integral que o campo elétrico de cada lado da placa te
m intensidade calculada por:

e independe da distância à superfície da placa.


2. Campo Elétrico devido a Duas Placas Planas
Para duas placas planas, paralelas, infinitas, eletrizadas com cargas de sinais
opostos e de densidades superficiais de carga iguais em módulo, vamos estudar o ca
mpo elétrico externamente e no meio, entre elas.
A figura abaixo representa essas placas de perfil.

Os vetores campo elétrico e nos pontos 1 e 3, externos às placas, se equilibram e de


ssa forma o campo elétrico resultante é nulo.
Já no ponto 2 entre as placas, o campo elétrico tem valor igual a:

Essas placas podem ser metálicas e tão próximas que o campo elétrico entre elas pode ser
considerado um campo elétrico uniforme. Entre elas coloca-se uma material isolant
e denominado dielétrico que pode ser papel, vidro, isopor, cortiça, borracha ou até me
smo o ar e dessa forma temos o que se chama capacitor plano.

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Módulo 39. Campo Elétrico Uniforme 1 / 3Módulo 39. Campo Elétrico Uniforme

3. Taxa de Variação do Potencial Elétrico


A intensidade do campo elétrico uniforme também nos diz com que taxa o potencial elétr
ico varia conforme nos deslocamos entre pontos do mesmo.
Lembrando que, quando percorremos uma linha de força no seu sentido, encontramos p
otenciais elétricos cada vez menores.
Consideremos uma carga elétrica de prova q que é deslocada por um agente externo des
de o ponto X de uma superfície eqüipotencial até outro ponto Y de outra superfície eqüipot
encial do campo elétrico uniforme da figura abaixo.

Sendo um campo de força conservativa, o trabalho da força elétrica independe da trajetór


ia e pode ser calculado pela expressão:

onde U será considerado em valor absoluto.


Ocorre que nesse deslocamento a força elétrica permanece constante e, dessa forma, p
odemos calcular seu trabalho por:
= F d
Sendo sua intensidade:
F = q E, então (2)
Igualando (1) e (2), fica:
q U = q E d
Da expressão acima observamos que:
onde, no Sistema Internacional, U é medido em volt e d é medido em metro, assim a un
idade de campo elétrico pode ser:
A intensidade do campo elétrico, medida nessa unidade, nos dá a taxa de variação do pote
ncial elétrico por unidade de comprimento.
Por exemplo, se temos um campo elétrico uniforme de intensidade 5 V/m isso signifi
ca que a cada um metro que nos deslocamos na direção das linhas de força, o potencial
elétrico varia 5V, podendo ser para mais ou para menos, dependendo do sentido em q
ue nos deslocamos.

Resumo
Campo Elétrico Uniforme

Relação entre ddp e o campo elétrico:

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Módulo 39. Campo Elétrico Uniforme 2 / 3Módulo 39. Campo Elétrico Uniforme
e
Trabalho da força elétrica:

Exercícios Resolvidos
01. A figura representa um campo elétrico uniforme no qual uma carga de prova q =
2 desloca-se segundo a trajetória CBA. Determinar:
a) a intensidade do campo elétrico, em volt, por metro;
b) o potencial elétrico do ponto C;
c) o trabalho da força elétrica atuante sobre a carga q;
d) o tipo de movimento da carga (forçado ou espontâneo).

Resolução
a) Considerando os potenciais elétricos dos pontos A e B, temos: U =
U = 20 – 12 U = 8 V
Sendo a distância entre as respectivas superfícies eqüipotenciais: d = 20 cm ou 0,2 m.
Então: U = E d 8 = E 0,2

b) Como E = 40 V/m (constante), então:


U = E d VB – VC = E d
12 – VC = 40 0,5

c) Sendo: = q (VC – VA)


= 2 10–6 (–8 – 20)

d) Como o trabalho da força elétrica é negativo, o movimento da carga é forçado.

02. Uma esfera de carga elétrica q e massa m encontra-se suspensa no ar entre as p


lacas do capacitor plano da figura. Sendo a aceleração da gravidade local g = 10 m/s²,
determine em quilograma por coulomb, o módulo da razão m/q e o sinal da carga q.

Resolução
Estando a esfera em equilíbrio (encontra-se suspensa), as forças peso e elétrica que a
gem sobre ela se equilibram, logo:

F = P q E = m g e, sendo U = E d
400 – (– 200) = E 0,12 E = 5 000 V/m
Então:
Como o vetor campo elétrico e o vetor força elétrica têm sentidos opostos, a carga elétric
a q tem sinal negativo.
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Módulo 39. Campo Elétrico Uniforme 3 / 3Módulo 40. Processos de Eletrização (I


1. Processos de Eletrização
Eletrizar um corpo eletricamente neutro é tornar diferente o número de cargas positi
vas do número de cargas negativas.
Isso só é possível acrescentando ou retirando elétrons do corpo, tendo em vista que as c
argas positivas, das quais os prótons são os portadores, encontram-se no núcleo dos átom
os sendo impossível movimentá-las.
São três as maneiras pelas quais é possível eletrizar um corpo eletricamente neutro:
– por atrito
– por contato
– por indução

2. Eletrização por Atrito


Ao atritarmos dois corpos de substâncias diferentes, inicialmente neutros, haverá a
transferência de elétrons de um para o outro, de modo que um estará cedendo elétrons, fi
cando eletrizado positivamente, ao passo que o outro estará recebendo elétrons fican
do eletrizado negativamente.

A eletrização por atrito é mais intensa entre corpos isolantes do que entre condutores
, pois nos isolantes as cargas elétricas em excesso permanecem na região atritada, a
o passo que nos condutores, além de se espalharem por todo ele, há uma perda de carg
a para o ambiente.
Vejamos uma experiência fácil de ser feita.
Materiais, inicialmente, eletricamente neutros:
– tubo de vidro (tubo de ensaio, por exemplo)
– pedaço de lã
Procedimento
Esfrega-se vigorosamente o pedaço de lã no tubo de vidro, tomando o cuidado de fazê-lo
sempre na mesma região.

Em seguida, separamos os dois e notamos que há, entre eles uma força de atração:

Isso se deve ao fato de a lã ter retirado elétrons do tubo de vidro, tornando-o elet
rizado positivamente, enquanto ela eletrizou-se negativamente.
Repetindo a experiência só que atritando um pedaço de lã com um pedaço de seda, notamos qu
e a seda retira elétrons da lã, o que nos permite concluir que dependendo do materia
l com o qual será atritada, a lã pode adquirir carga positiva ou negativa.
Tal fato levou à elaboração de uma tabela denominada série triboelétrica, na qual a substân
ia que se lê primeiro adquire carga positiva e a seguinte carga negativa.

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Módulo 40. Processos de Eletrização (I) 1 / 4Módulo 40. Processos de Eletr


ização (I)
Finalizando
– Sempre que atritamos dois corpos de substâncias diferentes surgem, na região atritad
a, cargas elétricas de sinais opostos.
– Tal fato é mais facilmente observável entre isolantes.
– Na série triboelétrica, a substância que se lê primeiro eletriza-se positivamente.

3. Eletrização por Contato


Algumas vezes tomamos choque ao tocarmos a maçaneta da porta de um automóvel, ou um
móvel de aço no qual não há nenhum tipo de instalação elétrica que pudesse justificá-lo. Es
nômeno está relacionado com o processo de eletrização por contato.
Consideremos uma esfera de metal eletrizada negativamente (esfera A) e uma outra
esfera de metal eletricamente neutra (esfera B), como na figura abaixo.

Como o condutor A está eletrizado negativamente, todos os seus pontos estão com o me
smo potencial elétrico negativo ao passo que o condutor B tem potencial elétrico nul
o, pois está eletricamente neutro.
Ao estabelecermos o contato entre ambos através de um fio condutor, haverá passagem
de cargas elétricas (elétrons livres) num único sentido (corrente elétrica) pelo fio, po
is uma de suas pontas estará com o potencial elétrico negativo de A e a outra com o
potencial nulo, ou seja, haverá uma diferença de potencial elétrico (ddp) nos terminai
s do fio.
Os elétrons irão, espontaneamente, do menor potencial elétrico (negativo) para o maior
potencial elétrico (nulo), ou seja, do condutor A para o condutor B.

A cada elétron que A perde, seu potencial elétrico aumenta. O condutor B, por sua ve
z, a cada elétron que ganha, tem seu potencial elétrico diminuído.
Essa troca de elétrons continuará acontecendo enquanto houver diferença de potencial e
létrico nos terminais do fio, isto é, enquanto os potenciais elétricos de A e B forem
diferentes.
Quando os potenciais elétricos se igualarem, dizemos que se atingiu o equilíbrio ele
trostático e o condutor B, que antes estava neutro, agora está eletrizado, cessando
a troca de elétrons.
Como os potenciais elétricos finais são iguais, os dois condutores terão cargas elétrica
s de mesmo sinal e se forem esféricos, essas cargas serão diretamente proporcionais
aos respectivos raios.

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Módulo 40. Processos de Eletrização (I) 2 / 4Módulo 40. Processos de Eletr


ização (I)

Caso os condutores tenham mesmas dimensões, suas cargas elétricas finais serão iguais.

Importante – Como só há troca de cargas elétricas entre os dois condutores, temos um sis
tema eletricamente isolado e dessa forma podemos aplicar o princípio da conservação da
s cargas elétricas.

Repetindo o processo com o condutor A eletrizado positivamente e B neutro.

Os elétrons livres irão, espontaneamente, do menor potencial elétrico (potencial de B


= nulo) para o maior potencial elétrico (potencial de A = positivo).

Tudo se passa como se as cargas positivas tivessem migrado de A para B.


Como o número de cargas positivas de A diminui, seu potencial elétrico também e como B
passa a ter cargas positivas em excesso, seu potencial elétrico aumentará até que amb
os se igualem.
Atingido o equilíbrio eletrostático, as cargas finais de A e B terão mesmo sinal, pois
seus potenciais elétricos serão iguais.

Resumo
Processos de Eletrização
– Por atrito
• Mais fácil de ocorrer entre corpos isolantes.
• Após o processo, suas cargas finais têm sinais opostos.
• Vale o princípio da conservação das cargas elétricas.
• Na série triboelétrica, a substância que se lê primeiro fica eletrizada positivamente e
a seguinte negativamente.
– Por contato
• Somente entre condutores
• Após o processo, suas cargas finais têm mesmo sinal.

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Módulo 40. Processos de Eletrização (I) 3 / 4Módulo 40. Processos de Eletr


ização (I)
• No caso de condutores esféricos, suas cargas finais são proporcionais aos respectivo
s raios.

• Caso os condutores tenham mesmas dimensões, suas cargas finais serão iguais. Proprie
dade válida também para mais de dois condutores.
• Vale o princípio da conservação das cargas elétricas:

Exercícios Resolvidos
01. Dada a série triboelétrica: vidro – lã – algodão – enxofre, e estando inicialmente neut
, podemos afirmar que:
a) atritando vidro com enxofre, ambos adquirem cargas positivas.
b) atritando lã com algodão, ambos adquirem cargas negativas.
c) atritando vidro com algodão, o vidro adquire carga negativa e o algodão carga pos
itiva.
d) atritando lã com enxofre, a lã adquire carga positiva e o enxofre carga negativa.
e) atritando vidro com lã, o vidro adquire carga negativa e a lã carga positiva.
Resolução
Na série triboelétrica, a substância que se lê primeiro fica eletrizada positivamente e
a seguinte negativamente.
A única alternativa em que as substâncias satisfazem essa propriedade é a alternativa
D.
Resposta: D

02. Duas esferas condutoras idênticas A e B têm cargas elétricas respectivamente iguai
s a QA = – 4Q e
QB = + 14Q. Quais serão suas cargas elétricas finais, após terem sido colocadas em con
tato?
Resolução
Sendo suas cargas elétricas finais Q’A e Q’B iguais, pois eles são idênticos (mesmas dimen
sões), e pelo princípio da conservação das cargas elétricas, temos:
Q’A + Q’B = QA + QB
Q’A + Q’B = – 4Q + 14 Q
Q’A + Q’B = + 10Q
Sendo: Q’A = Q’B
então: Q’A + Q’A = + 10Q
2Q’A = + 10Q
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Módulo 40. Processos de Eletrização (I) 4 / 4Módulo 48. Introdução ao Eletr


gnetismo – Ímas
Introdução ao Eletromagnetismo
Ímãs

Vimos anteriormente que todo ímã tem dois pólos, denominados norte e sul, que possuem
propriedades de atração e repulsão quando em presença de outros ímãs, conforme os nomes das
polaridades próximas.
Essa interação não ocorre somente entre ímãs, mas entre um ímã e pedacinhos de ferro que sã
aídos pelas extremidades (pólos) do ímã.
Tal fato é explicado pela alteração causada pelo ímã na região que o envolve.
O aparecimento de força magnética sobre partículas de ferro e outros ímãs nos leva a concl
uir que o ímã gera ao redor de si um campo magnético.
Esse campo magnético é facilmente visualizável ao colocarmos um pedaço de papel sobre um
ímã em forma de barra e jogarmos limalha de ferro sobre o papel. As partículas de lim
alha de ferro irão se dispor conforme a foto acima, formando linhas que partem dos
pólos do ímã.

Linhas de Indução Magnética

Essas linhas evidenciadas pelas partículas serão utilizadas para representar o campo
magnético, tal como o fizemos com as linhas de força do campo elétrico.
Por convenção, vamos orientá-las do pólo norte para o pólo sul do ímã.
Costuma-se dizer que:

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Módulo 48. Introdução ao Eletromagnetismo – Ímas 1 / 4Módulo 48. Introdução


gnetismo – Ímas
Como toda linha de indução é fechada, seu sentido de orientação se mantém, ou seja, dentro
o ímã ela vai do sul para o norte.

Campo Magnético Uniforme

Se dobrarmos um ímã em forma de barra, as linhas de indução tornam-se retas paralelas, só


deformando-se nas extremidades. O campo magnético entre as faces paralelas pode se
r considerado uniforme.

Vetor Indução Magnética: B

Apesar de as linhas de indução nos darem uma idéia do


formato do campo magnético e de seu sentido, precisamos também conhecer a intensidad
e do campo magnético em cada ponto da região.
Para isso, definimos o vetor indução magnética, ou simplesmente vetor campo magnético, q
ue é representado por .
Em cada ponto do campo, o vetor campo magnético é tangente às linhas de indução magnética e
no sentido destas.

Importante:
Assim como no campo elétrico, quanto mais próximas entre si estiverem as linhas de i
ndução magnética, mais intenso é o campo magnético na região.
A Bússola e o Vetor Campo Magnético

Quando colocamos uma bússola numa região de campo magnético, sua agulha tende a alinha
r-se tangencialmente às linhas de indução do campo magnético, com o pólo norte no mesmo se
ntido do campo, ou seja, a agulha simula o vetor campo magnético , já que a linha de
indução tem sentido norte-sul.
Nesse caso, podemos até chamar, coloquialmente, o vetor campo magnético de "vetor ag
ulha".

Resumo
Linhas de Indução Magnética

– Permitem a visualização do campo.


– Quanto mais próximas entre si, mais intenso é o campo magnético.
– Nascem no norte e morrem no sul.

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Módulo 48. Introdução ao Eletromagnetismo – Ímas 2 / 4Módulo 48. Introdução


gnetismo – Ímas
Vetor Campo Magnético

– São tangentes às linhas de indução magnética e no mesmo sentido destas.


Campo Magnético Uniforme

– O campo magnético é uniforme quando o vetor é constante para todos os pontos do campo.
Nesse caso, as linhas de indução magnética são retas paralelas e eqüidistantes.
Exercício Resolvido
1) Seis bússolas, quando colocadas nas proximidades de uma caixa que contém um ímã, orie
ntam-se conforme a ilustração. O posicionamento correto do ímã é:

Resolução
Desenhando as linhas de indução utilizando o conceito de "vetor agulha":

Resposta: C

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Módulo 48. Introdução ao Eletromagnetismo – Ímas 3 / 4Módulo 41. Processos d


ização (II)
1. Eletrização por Indução
Podemos dividir esse processo em duas fases:
– fase de indução eletrostática
– fase de eletrização
A primeira fase de indução eletrostática, caracteriza-se pela separação de cargas positiva
s e negativas de um condutor provocada por outro condutor nas proximidades.
Para um condutor A, eletrizado positivamente, o potencial elétrico varia conforme
o gráfico abaixo.

Se colocarmos um outro condutor B, inicialmente eletricamente neutro, entre os p


ontos X e Y, haverá movimento ordenado de cargas elétricas (corrente elétrica) no mesm
o, pois entre dois de seus pontos há uma diferença de potencial (ddp).
Essa corrente elétrica é formada somente por elétrons livres que irão, em movimento espo
ntâneo, do ponto Y de menor potencial elétrico para o ponto X de maior potencial elétr
ico.
Com a chegada de elétrons livres à região X, o potencial elétrico do ponto X diminui. Já n
a região de Y, as cargas elétricas dos átomos, que ali permanecem e que perderam elétron
s livres (cátions), elevam o potencial elétrico de Y.
 
Esse fenômeno ocorre até que os novos potenciais elétricos V x e V y dos pontos X e Y
se igualem, atingindo o equilíbrio eletrostático.
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Módulo 41. Processos de Eletrização (II) 1 / 5Módulo 41. Processos de Eletr


ização (II)

Como o condutor B não recebeu nem cedeu elétrons, ele continua eletricamente neutro,
apesar de ter sofrido uma separação de cargas e estar, dessa forma, polarizado.
O condutor A, que provoca a indução, é denominado indutor e o condutor B, que sofre in
dução, é denominado induzido.
Na fase de eletrização ligamos, através de um fio condutor (fio terra), qualquer ponto
do condutor B (induzido) à Terra e observamos que ocorrerá novamente movimento orde
nado de elétrons livres, pois entre esse ponto do condutor B (VB 0) e a Terra
(V = 0) haverá uma diferença de potencial elétrico (ddp),
até que seja novamente atingido o equilíbrio eletrostático, ou seja, até que o potencial
elétrico de B se iguale ao da Terra.

Apesar de agora o condutor B ter ficado eletrizado negativamente, pois recebeu e


létrons da Terra, não podemos afastar o condutor A ainda.
Devido ao excesso de cargas negativas em B, se o fizéssemos, seu potencial elétrico
ficaria negativo e todos os elétrons livres recebidos da Terra retornariam a ela a
té que o potencial de B se anulasse e, dessa forma, ele retornaria à situação inicial (e
letricamente neutro).

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Módulo 41. Processos de Eletrização (II) 2 / 5Módulo 41. Processos de Eletr


ização (II)
Desfazendo a ligação com a Terra ainda na presença do condutor A (indutor), e em segui
da afastando-o, o condutor B (induzido) estará agora eletrizado negativamente.
Ao final do processo, o induzido sempre se eletriza com carga de sinal contrário a
o da carga do indutor.

2. Indução Total
Um caso particular de indução ocorre quando todas as linhas de força estão unidas ao ind
utor e ao induzido. Nesse caso dizemos que a indução é total e a carga induzida é igual,
em quantidade, à carga indutora.
A figura representa um condutor A, eletrizado, que foi colocado no interior de u
m outro condutor oco B, eletricamente neutro.
Todas as linhas de força do indutor A estão unidas ao induzido B e sendo –Q a carga elét
rica de A , as cargas induzidas em B serão +Q e –Q.

2. Condutor Neutro Sofrendo Atração Eletrostática


É possível um condutor A, eletricamente neutro, sofrer atração eletrostática devido à induç
etrostática.

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Módulo 41. Processos de Eletrização (II) 3 / 5Módulo 41. Processos de Eletr


ização (II)

O condutor B da figura induz uma separação de cargas no condutor neutro A, ficando,


dessa forma, as cargas de sinais contrários mais próximas entre si do que as cargas
de mesmo sinal, ou seja, a distância d1 entre as cargas de sinais contrários é menor q
ue a distância d2 entre as cargas de mesmo sinal.
Pela Lei de Coulomb concluímos que a força de atração tem intensidade maior que a força de
repulsão e o condutor A, mesmo estando eletricamente neutro, é atraído por B.

Resumo
– No processo de eletrização por indução, o induzido adquire carga elétrica com sinal co
trário ao da carga elétrica do indutor.
– Na indução total, as cargas elétricas induzidas são iguais, em quantidade, à carga elé
ca do indutor.
– Condutores eletricamente neutros podem sofrer atração eletrostática devido à indução e
rostática.

Exercícios Resolvidos
01. (PUC-SP) Colocando um corpo carregado positivamente numa cavidade no interio
r de um condutor neutro, conforme a figura, a polaridade das cargas na superfície
externa do condutor, bem como o fenômeno responsável pelo seu aparecimento, serão, res
pectivamente.

a) Negativa; contato.
b) Positiva; fricção.
c) Negativa; indução.
d) Positiva; indução.
e) Neutra, pois o condutor está isolado, pelo ar, do corpo carregado.
Resolução
O condutor irá sofrer indução eletrostática total, ficando com carga elétrica negativa na
sua superfície interna e carga elétrica positiva na superfície externa.
Resposta: D

02. É possível atrairmos pedacinhos de papel com um canudinho de plástico, previamente


atritado com flanela. Explique os fenômenos elétricos que permitem tal experiência se
os pedacinhos de papel estavam eletricamente neutros.
Resolução
O canudinho de plástico, ao ser atritado na flanela, adquire carga elétrica. Os peda
cinhos de papel absorvem umidade do ar, o que permite que, com a proximidade do
canudinho eletrizado, sofram indução eletrostática, sendo, dessa forma, atraídos, mesmo
continuando eletricamente neutros.

Leitura Complementar:

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Módulo 41. Processos de Eletrização (II) 4 / 5Módulo 42. Capacitores ( I )


1. Capacitores ou Condensadores
Capacitores ou condensadores são elementos elétricos capazes de armazenar carga elétri
ca e, conseqüentemente, energia potencial elétrica.
Podem ser esféricos, cilíndricos ou planos, constituindo-se de dois condutores denom
inados armaduras que, ao serem eletrizados, num processo de indução total, armazenam
cargas elétricas de mesmo valor absoluto, porém de sinais contrários.
O capacitor tem inúmeras aplicações na eletrônica, podendo servir para armazenar energia
elétrica, carregando-se e descarregando-se muitas vezes por segundo. Na eletrônica,
para pequenas variações da diferença de potencial, o capacitor pode fornecer ou absor
ver cargas elétricas, pode ainda gerar campos elétricos de diferentes intensidades o
u muito intensos em pequenos volumes.

2. Capacitor Plano
É constituído por duas placas iguais, planas e paralelas que, ao serem conectadas a
um gerador, adquirem cargas elétricas, como mostra a figura.

O símbolo do capacitor é constituído por duas barras iguais e planas que representam a
s armaduras do capacitor plano.

Qualquer que seja o tipo de capacitor, sua representação será a mesma do capacitor pla
no.
Quando as placas das armaduras estão eletricamente neutras, dizemos que o capacito
r está descarregado.
Ao conectarmos o capacitor a um gerador, ocorre um fluxo ordenado de elétrons nos
fios de conexão, pois inicialmente há uma diferença de potencial entre a armadura e o
terminal do gerador ao qual está ligada.
Na figura ao lado, a armadura A tem, inicialmente, potencial elétrico nulo e está co
nectada ao terminal positivo da pilha; logo, os elétrons migram da armadura para a
pilha, já a armadura B, que também tem potencial elétrico nulo, está conectada ao termi
nal negativo da pilha, e assim elétrons migram do terminal da pilha para a armadur
a B.
Acontece que, enquanto a armadura A está perdendo elétrons, ela está se eletrizando po
sitivamente e seu potencial elétrico está aumentando; o mesmo ocorre na armadura B,
só que ao contrário, ou seja, B está ganhando elétrons, eletrizando-se negativamente, e
seu potencial elétrico está diminuindo.
Esse processo cessa ao equilibrarem-se os potenciais elétricos das armaduras com o
s potenciais elétricos dos terminais do gerador, ou seja, quando a diferença de pote
ncial elétrico (ddp) entre as armaduras do capacitor for igual à ddp nos terminais d
o gerador, e nesse caso dizemos que o capacitor está carregado com carga elétrica máxi
ma.
Num circuito, só há corrente elétrica no ramo que contém o capacitor enquanto este estiv
er em carga ou em descarga.
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Módulo 42. Capacitores ( I ) 1 / 3Módulo 42. Capacitores ( I )


3. Capacidade ou Capacitância de um Capacitor
A carga elétrica armazenada em um capacitor é diretamente proporcional à diferença de po
tencial elétrico ao qual foi submetido.
Assim sendo, definimos capacidade eletrostática C de um capacitor como a razão entre
o valor absoluto da carga elétrica Q que foi movimentada de uma armadura para out
ra e a ddp U nos seus terminais.
Essa carga elétrica corresponde à carga de sua armadura positiva.

A capacidade eletrostática de um capacitor depende da forma e dimensões de suas arma


duras e do dielétrico (material isolante) entre as mesmas.
A unidade de capacidade eletrostática, no Sistema Internacional de Unidades (SI), é
o farad (F).

4. Energia Armazenada
O gráfico abaixo representa a carga elétrica Q de um capacitor em função da ddp U nos se
us terminais.
Como, nesse caso, Q e U são grandezas diretamente proporcionais, o gráfico correspon
de a uma função linear, pois a capacidade eletrostática C é constante.

Considerando que o capacitor tenha adquirido a carga Q quando submetido à ddp U do


gráfico, a energia elétrica Welétr armazenada no capacitor corresponde à área do triângulo
hachurado.
e como Q = C U, então

Resumo
Capacitor

Capacidade

Energia Armazenada
Exercícios Resolvidos
01. Carrega-se um capacitor de capacidade eletrostática 5 µF com carga elétrica de 20 µC
. Calcule a energia potencial elétrica armazenada no capacitor.
Resolução
Calculando a ddp U nos terminais do capacitor:

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Módulo 42. Capacitores ( I ) 2 / 3Módulo 42. Capacitores ( I )


Calculando a energia elétrica armazenada:

02. Um capacitor armazena 8 10–6 J de energia elétrica quando submetido à ddp U. Dobra
ndo-se a ddp nos seus terminais, a energia armazenada passa a ser:
a) 1 10–6 J
b) 4 10–6 J
c) 8 10–6 J
d) 16 10–6 J
e) 32 10–6 J
Resolução
Sendo:
constante,
então:

Resposta: E.

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Módulo 42. Capacitores ( I ) 3 / 3Módulo 43. Capacitores (II)


1. Capacidade Eletrostática do Capacitor Plano
O capacitor plano é constituído de duas placas planas, condutoras, paralelas entre a
s quais é colocado um material isolante denominado dielétrico.
Esse material isolante pode ser: vácuo, ar, papel, cortiça, óleo etc.

A capacidade eletrostática do capacitor plano depende das seguintes grandezas:


– área das placas: A
– distância entre as placas: d
– permitividade elétrica do meio:

2. Campo Elétrico entre as Placas


Quando o capacitor está carregado, entre as placas estabelece-se um campo elétrico u
niforme.

Esse campo elétrico tem intensidade constante, logo a ddp U entre as placas é propor
cional à distância d entre elas:

Mas, como já foi visto, o campo elétrico entre as placas também é:

Sendo a densidade superficial de carga das placas:

Substituindo as equações (1) e (2) na expressão da capacidade eletrostática, temos:

Esta expressão final permite concluir que a capacidade eletrostática de um capacitor


plano depende:
– diretamente da constante dielétrica do meio entre as placas;
– diretamente da A área das placas;
– inversamente da distância d entre as placas.
Lembrando que no caso de o meio entre as placas ser o vácuo, o valor da constante
dielétrica é:

Para outros meios, define-se a permitividade relativa do meio como sendo: , em q


ue é a permitividade absoluta do meio.
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Módulo 43. Capacitores (II) 1 / 2Módulo 43. Capacitores (II)


A tabela fornece a permitividade relativa de alguns meios.

Resumo
Capacitor Plano
• O campo elétrico entre as placas é uniforme, logo:

• A capacidade eletrostática depende:


– do meio entre as placas;
– da área das placas;
– da distância entre as placas.

Exercícios Resolvidos
01. Um capacitor plano é conectado a uma pilha de força eletromotriz constante, como
mostra a figura, adquirindo carga elétrica Q. Mantendo-o conectado à pilha, afastam
-se as placas até que a distância entre as mesmas seja o triplo da inicial. Ao término
do processo, sua carga elétrica será:

a) Q/3 d) 3 Q
b) Q e) 9 Q
c) 2 Q/3
Resolução
A capacidade eletrostática inicial do capacitor é .
Como no ramo que contém o capacitor carregado não passa corrente, a ddp U nos seus t
erminais é igual à força eletromotriz E da pilha (gerador em circuito aberto).
U = E = constante e, sendo C = ,
então: = U = constante
Triplicando-se a distância entre as placas, a nova capacidade
 eletrostática do capac
itor passa a ser e ele adquire nova carga elétrica Q , tal que:
=
Resposta: A

02. No exercício anterior, desliga-se o capacitor da pilha antes de afastar as pla


cas e em seguida dobra-se a distância entre as mesmas. A nova ddp nos seus termina
is passa a ser:
a) U/2 d) U/4
b) 2 U e) 4 U
c) U
Resolução
Como o campo elétrico entre as placas do capacitor é = constante, pois não houve variação
na densidade superficial das placas, já que a carga elétrica Q e a área A permaneceram
constantes, temos:
= = E = constante =
Resposta: B

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Módulo 43. Capacitores (II) 2 / 2Módulo 44. Capacitores (III)


1. Associação de Capacitores
Da mesma forma que os resistores, geradores e receptores, os capacitores também po
dem ser associados em série, em paralelo ou em associações mistas.
A. Associação em série

Dois ou mais capacitores estarão associados em série quando entre eles não houver nó, fi
cando, dessa forma, a armadura negativa de um ligada diretamente à armadura positi
va do outro.
Ao estabelecermos uma diferença de potencial elétrico nos terminais da associação, haverá
movimentação de elétrons nos fios que unem os capacitores até que estes estejam completa
mente carregados.
Observemos a figura abaixo representando essa associação.

Ao ser conectada ao terminal positivo da pilha, a armadura do capacitor C1 fica


eletrizada positivamente e induz uma separação de cargas no fio que o liga ao capaci
tor C2, atraindo elétrons para sua outra armadura que fica eletrizada negativament
e e, conseqüentemente, eletrizando a armadura positiva do capacitor C2, que por su
a vez induz uma separação de cargas no fio que une este ao capacitor C3, e assim por
diante.
Esse fato nos permite concluir que:
– todos os capacitores ficam carregados com a mesma carga elétrica Q;
– a carga elétrica armazenada na associação é igual a Q, pois foi essa quantidade que a
pilha movimentou da armadura positiva do capacitor C1 para a armadura neg
ativa do capacitor C3;
– por ser uma associação em série, a ddp U nos terminais da associação é igual à soma da
s individuais em cada capacitor.

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Módulo 44. Capacitores (III) 1 / 8Módulo 44. Capacitores (III)


Denominamos Capacitor Equivalente aquele capacitor que, submetido à mesma ddp U qu
e a associação, adquire a mesma carga elétrica Q da associação.
Para a associação em série temos:

Sendo a ddp em cada capacitor:

Para o capacitor equivalente temos: e, como , então , ou seja, a


capacidade eletrostática do capacitor equivalente pode
ser calculada pela expressão:
Observação
Regra prática válida somente para dois capacitores em série de cada vez: , que,
invertendo, fica
B. Associação em paralelo

Dois ou mais capacitores estão associados em paralelo quando seus terminais estão li
gados aos mesmos nós e, conseqüentemente, sujeitos à mesma diferença de potencial U.
Na figura abaixo, os capacitores estão com seus terminais ligados aos mesmos nós A e
B.

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Módulo 44. Capacitores (III) 2 / 8Módulo 44. Capacitores (III)


Conectando os nós A e B aos terminais da pilha, os capacitores ficam sujeitos à mesm
a ddp U e, se suas capacidades eletrostáticas forem diferentes, adquirem cargas elét
ricas Q1 e Q2 diferentes entre si.
As armaduras ligadas ao nó A cedem elétrons para a pilha e as ligadas ao nó B recebem
elétrons da pilha, de modo que a carga elétrica total movimentada pela pilha, das ar
maduras positivas para as negativas, é igual à soma das cargas Q1 e Q2, até atingido o
equilíbrio eletrostático.
Portanto, concluímos que:
– a carga elétrica Q armazenada na associação é igual à soma das cargas elétricas armazenad
em cada capacitor:

– essa carga elétrica é igual à quantidade de carga elétrica movimentada pela pilha das ar
maduras positiva para as negativas dos capacitores da associação;
– por ser uma associação em paralelo, a ddp U nos terminais A e B da associação é a mesma p
ra todos os capacitores.
Calculemos a capacidade eletrostática do Capacitor Equivalente dessa associação.

Sendo a carga elétrica armazenada em cada capacitor: Q1 = C1 U e Q2 = C2 U, para o


capacitor equivalente temos: Q = CP U e, como Q = Q1 + Q2, então
CP U = C1 U + C2 U, ou seja, a capacidade eletrostática do capacitor equivalente p
ode ser calculada pela expressão:
Importante
Qualquer que seja o tipo de associação, série, paralelo ou mista, a energia elétrica arm
azenada na associação é igual à soma das energias elétricas de cada capacitor individualme
nte e que é igual à energia elétrica no gerador equivalente.

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Módulo 44. Capacitores (III) 3 / 8Módulo 44. Capacitores (III)


2. Circuitos com Capacitores
Como já foi visto, existem circuitos constituídos de geradores, receptores e resisto
res. A esses circuitos podemos acrescentar capacitores que poderão estar em série ou
em paralelo aos elementos do mesmo.
Vejamos alguns circuitos.
A. Circuito com Capacitor em Série

A um circuito simples constituído por um gerador e um resistor associamos um capac


itor em série com o resistor. Esse circuito é denominado circuito RC-série (resistor-c
apacitor em série).
Na figura 1 abaixo, a chave Ch está aberta e assim não há corrente. Ao fechar-se a cha
ve Ch circulará no circuito uma corrente elétrica (figura 2) que diminui de intensid
ade com o decorrer do tempo até o instante em que se torna nula.
Essa corrente é proveniente dos elétrons que abandonam a armadura positiva do capaci
tor, circulam pelo resistor e pelo gerador e alojam-se na armadura negativa do c
apacitor sem atravessá-lo, devido ao dielétrico (isolante) entre as placas.
Quando o capacitor está carregado, a ddp UXZ nos terminais do capacitor é igual à ddp
UXY nos terminais do gerador, pois, no resistor, não havendo corrente não há ddp (UYZ
= 0), ou seja, os potenciais elétricos de Y e Z são iguais.
Nesse caso então UXZ = UXY = E (fem) do gerador pois este se encontra em circuito
aberto.

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Módulo 44. Capacitores (III) 4 / 8Módulo 44. Capacitores (III)


B. Circuito com Capacitor em Paralelo

Consideremos agora um circuito simples (gerador-resistor) ao qual associamos um


capacitor em paralelo com o resistor. Esse circuito é denominado circuito RC-paral
elo (resistor-capacitor em paralelo).
Na figura 1 abaixo, a chave Ch está aberta e, assim, não há corrente no circuito, nem
ddp entre os terminais A e B do resistor e do capacitor.
Ao fecharmos a chave Ch (figura 2), estabelece-se uma corrente no circuito e, co
nseqüentemente, haverá ddp entre A e B.
Durante um intervalo de tempo muito curto, há uma corrente decrescente no ramo do
capacitor, enquanto este está se carregando. Essa corrente não atravessa o capacitor
por causa do dielétrico (isolante) entre as placas.
Com o capacitor já carregado, não há mais passagem de corrente pelo ramo do capacitor
e é justamente esta situação que vamos estudar.
Pelo fato de o capacitor estar em paralelo com o resistor, ambos estão sujeitos à me
sma ddp U, tal que:

A carga no capacitor vale:


A energia armazenada no capacitor vale:
ou ainda

A polaridade do capacitor é a mesma do resistor, determinada pelo sentido da corre


nte elétrica.

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Módulo 44. Capacitores (III) 5 / 8Módulo 44. Capacitores (III)


Resumo
Associação de Capacitores

Série – Dois ou mais capacitores estão em série quando entre eles não há nós.
– Todos os capacitores adquirem a mesma carga elétrica Q.
– U = U1 + U2 + U3

– Regra prática válida somente para dois capacitores em série de cada vez:
Paralelo – Dois ou mais capacitores estão em paralelo quando seus terminais estão liga
dos aos mesmos nós.
– Todos os capacitores estão sujeitos à mesma ddp U.
– Q = Q1 + Q2

CIrcuito com Capacitor

Com o capacitor carregado, não há corrente no ramo que contém o capacitor.


Circuito RC-série:

– O capacitor está em série com o resistor.


– A ddp U nos terminais do capacitor é igual à fem do gerador:

Circuito RC-paralelo:

– O capacitor está em paralelo com o resistor.


– A ddp U nos terminais do capacitor é igual à ddp nos terminais do resistor:
Exercícios Resolvidos
01. Dois capacitores de capacidades eletrostáticas C1 = 2µF e C2 = 6µF estão associados
em série e ligados a uma fonte que fornece uma ddp constante de 20 V. Determinar:
a) a capacidade eletrostática do capacitor equivalente;
b) a carga elétrica de cada capacitor;
c) a ddp nas armaduras de cada capacitor.
Resolução
a) Calculando a capacidade equivalente:

b) Sendo a carga do capacitor equivalente igual à carga de cada capacitor: Q1 = Q2


= Q

c) Como U = , podemos obter:

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Módulo 44. Capacitores (III) 6 / 8Módulo 44. Capacitores (III)


02. Dois capacitores de capacidades eletrostáticas C1 = 2µF e C2 = 6µF estão associados
em paralelo e ligados a uma fonte que fornece uma ddp constante de 30 V. Determi
nar:
a) a capacidade eletrostática da associação;
b) a carga elétrica de cada capacitor;
c) a energia elétrica armazenada na associação.
Resolução
a) Calculando a capacidade equivalente:
CP = C1 + C2 CP = 2 + 6

b) Sendo Q = C U e como U é a mesma para todos, temos:


Q1 = C1 U = 2µF 30 V
Q2 = C2 U = 6µF 30 V

c) Sendo a energia elétrica dada por: W = ,


então, para cada um temos:

03. Dado o circuito, o valor da força eletromotriz E do gerador, estando o capacit


or carregado com uma carga elétrica de 10µC, vale:
a) 10 V
b) 20 V
c) 40 V
d) 50 V
e) 100 V
Resolução
Sendo um circuito RC-série, a ddp nos terminais do capacitor é igual à força eletromotri
z do gerador, assim:
E = U = E =
Resposta: D
04. A carga e a energia elétrica armazenada no capacitor do circuito abaixo valem,
respectivamente:
a) 10 µC ; 100 µJ
b) 20 µC ; 100 µJ
c) 10 µC ; 500 µJ
d) 20 µC ; 500 µJ
e) 20 µC ; 1000 µJ

Resolução
Trata-se de um circuito RC-paralelo e, para calcular a ddp U nos terminais do re
sistor, devemos primeiro calcular a corrente no circuito.

Sendo i = i = i = 5A
Como a ddp U nos terminais do resistor e do capacitor é a mesma:
U = R i U = 20 5 U = 100 V
No capacitor, a carga elétrica é:
Q = C U U = 0,2 µF 100V
E a energia armazenada é:

Resposta: E

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Módulo 44. Capacitores (III) 7 / 8Módulo 45. Conservação de Energia em Camp


o Elétrico
Campo de Forças Conservativas
Como já vimos anteriormente, o trabalho da força elétrica que age sobre uma carga elétri
ca em deslocamento num campo elétrico independe da trajetória, pois a força elétrica é uma
força conservativa, ou seja, é sua ação que propicia a transformação de energia potencial
m energia cinética e vice-versa.
A figura abaixo representa uma partícula de massa m e carga elétrica q se deslocando
de um ponto A para outro ponto B de uma região onde há um campo elétrico.
Sejam VA e VB os respectivos potenciais elétricos desses pontos.

Durante seu movimento, por cada ponto que passar, a partícula estará dotada das segu
intes energias:
– energia cinética:

– energia potencial elétrica:


Assim podemos dizer que, em cada ponto, ela possui uma energia "eletromecânica", q
ue representaremos por em, tal que:

Se nesse deslocamento da partícula só agirem forças conservativas, haverá conservação da en


rgia eletromecânica da partícula, ou seja:

Vejamos o exemplo de uma partícula eletrizada com carga q = 1,2 µC e massa 0,2 g que
é abandonada num campo elétrico uniforme, num ponto A em que o potencial elétrico é VA
=20 V, ficando sujeita somente a forças de natureza elétrica.
Vamos descobrir sua velocidade ao passar por um ponto B do campo elétrico, cujo po
tencial elétrico é VB = – 10 V, conforme a figura abaixo.

Pelo Princípio de Conservação da Energia podemos escrever para a energia eletromecânica


da partícula:

1
2
3

Módulo 45. Conservação de Energia em Campo Elétrico 1 / 3Módulo 45. Conservação


Energia em Campo Elétrico

Resumo
– Energia Eletromecânica:
– Energia Cinética:
– Energia Potencial Elétrica:
– Quando só agirem forças conservativas:
Exercícios Resolvidos
1) A figura representa uma partícula de massa m = 5 g, eletrizada com uma carga elét
rica q = 3 µC , deslocando-se entre os pontos X e Y de um campo elétrico e sujeita s
omente às forças desse campo.
Sendo as velocidades nesses pontos, respectivamente iguais a Vx = 2 m/s e Vy = 1
0 m/s, podemos afirmar que o trabalho das forças elétricas e a diferença entre os pote
nciais elétricos de X e Y valem, respectivamente:

a) – 1,4 10–1 J e + 8,0 104 V


b) – 2,4 10–1 J e – 4,0 104 V
c) + 2,4 10–1 J e – 8,0 104 V
d) + 1,4 10–1 J e + 4,0 102 V
e) – 2,8 10–1 J e + 3,5 103 V
Resolução
– Cálculo do trabalho.
Pelo fato de só agirem forças elétricas, através do Teorema da Energia Cinética, podemos e
screver:

– Cálculo da diferença de potencial entre X e Y


Como o trabalho no campo elétrico pode ser calculado por = q (Vx – Vx) , então

Resposta: C

1
2
3

Módulo 45. Conservação de Energia em Campo Elétrico 2 / 3Módulo 45. Conservação


Energia em Campo Elétrico
2) Uma partícula de massa m eletrizada positivamente com carga q, penetra com velo
cidade v0, paralelamente às linhas de força de um campo elétrico uniforme de intensida
de E, conforme a figura.
A que distância d ela consegue penetrar no campo, a partir do ponto A ?

a) b)
c) d)
e)
Resolução

A figura acima apresenta o ponto B no qual a partícula pára após percorrer a distância d
.
O trabalho da força elétrica no campo elétrico uniforme pode ser calculado por:
= –q E d (A força elétrica é contrária ao movimento.)
Pelo Teorema da Energia Cinética temos:
e igualando as expressões temos:
–q E d = – e assim,
Resposta: A

1
2
3

Módulo 45. Conservação de Energia em Campo Elétrico 3 / 3Módulo 46. Equilíbrio


e Corpo Extenso (I)
Momento de uma Força
Quando aplicamos uma força a um corpo extenso podemos:
– deformá-lo;
– deslocá-lo num movimento de translação;
– provocar um movimento de rotação;
– ocasionar a ocorrência de mais de um dos fenômenos acima.
Estudemos o caso em que, devido à ação da força, o corpo tende a sofrer rotação.
À capacidade apresentada por uma força de acarretar movimento de rotação em um corpo ext
enso denominamos torque ou momento da força. Apesar de ser uma grandeza vetorial p
odemos dar-lhe um tratamento escalar, tendo em vista haver somente duas possibil
idades de sentido de rotação no plano (horário ou anti-horário; ou ainda para a direita
ou para a esquerda), bastando para tanto que adotemos um dos sentidos convencion
almente como positivo.
Como a capacidade de uma força de fazer um corpo girar independe da existência de ou
tras forças, vejamos o exemplo abaixo, representando uma tábua pregada a uma mesa ho
rizontal, podendo girar livremente em torno do prego, solta e sujeita à ação de uma fo
rça também horizontal.

Olhando de cima, podemos caracterizar as grandezas que permitem medir a capacida


de que a força tem de fazer a tábua girar, ou seja, o momento dessa força.
O ponto P (centro de rotação) é denominado pólo, a
distância d do pólo à linha de ação da força é denominada braço da força.
Definimos o momento escalar ( M ) da força em relação ao pólo P como:

O sinal do momento M depende do sentido de rotação convencionado previamente como po


sitivo. No exemplo da figura anterior se, houvéssemos adotado o sentido anti-horário
como positivo, o momento da força seria positivo, pois ela tende a girar a tábua no
sentido anti-horário.
Quando a linha de ação da força passa pelo pólo, o momento é nulo, pois nesse caso o braço
d) é zero.
A unidade de momento no Sistema Internacional de Unidades é o newton vezes metro (
N m).
Binário ou Conjugado

Uma situação especial a que um corpo pode estar sujeito é o caso de termos duas forças p
aralelas (de mesma direção), mesma intensidade, sentidos opostos, mas com linhas de
ação não coincidentes. Nesse caso, esse sistema de forças, denominado Binário ou Conjugado
, tem a capacidade de fazer o corpo girar.

1
2
3
4

Módulo 46. Equilíbrio de Corpo Extenso (I) 1 / 4Módulo 46. Equilíbrio de Corpo
Extenso (I)
Consideremos o binário da figura abaixo atuando sobre um corpo.
Adotando um ponto P qualquer como pólo e convencionando o sentido anti-horário como
positivo, calculemos o momento resultante dos momentos de cada uma das forças.

Os momentos dessas forças são:


pois ambas tendem a fazer o corpo girar no sentido horário.
Sendo = , então o momento resultante, denominado Binário ou Conjugado é:

Importante
– Se o sentido adotado como positivo fosse o horário, o sinal do binário seria positiv
o
– A resultante das forças sobre o corpo é nula, ou seja, não há aceleração de translação, m
rpo entra em movimento de rotação acelerado.

Resumo
– Momento de uma Força

– Binário ou Conjugado

1
2
3
4

Módulo 46. Equilíbrio de Corpo Extenso (I) 2 / 4Módulo 46. Equilíbrio de Corpo
Extenso (I)
Exercício Resolvido
O quadrado de lado 0,2 m da figura está sujeito às três forças, cujos módulos são:
F1 = 10 N; F2 = 20 N e F3 = 15 N.
Em relação ao vértice P, tomado como pólo, fazem-se as afirmações:
I – O momento de tem intensidade 1 N m.
II – O momento de é nulo.
III – O momento de tem intensidade 3 N m.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente I é correta.
b) Somente II é correta.
c) Somente I e II são corretas.
d) Somente I e III são corretas.
e) Todas são corretas.
Resolução

O momento de é: M1 = F1 d M1 = 10 0,1
M1 = 1 N m
Como as linhas de ação das forças e passam pelo pólo P, seus momentos são nulos.
Resposta: C

1
2
3
4

Módulo 46. Equilíbrio de Corpo Extenso (I) 3 / 4Módulo 47. Equilíbrio de Corpo
Extenso (II)
Equilíbrio Estático do Corpo Extenso
Um corpo extenso, sujeito à ação de várias forças, está em equilíbrio estático quando não e
ndo nem movimento de translação nem movimento de rotação, em relação a um referencial.

Duas são as condições para que isso aconteça:


1a) Para que não sofra translação, a resultante das forças externas que agem no co
rpo deve ser nula.
2a) Para que não sofra rotação, a soma dos momentos dessas forças deve ser nula, i
ndependentemente do pólo considerado.

Vejamos o caso de uma barra homogênea em equilíbrio estático, apoiada sobre dois supor
tes horizontais e sujeita a uma força , conforme a figura.

Analisando as forças que agem na barra temos:

Onde e são as reações normais dos apoios A e B sobre a barra e é o peso da barra que, po
r ser homogênea, tem seu centro de massa coincidente com o seu centro geométrico O (
ponto médio da barra).
Adotando o sentido horário como positivo e pólo no ponto O, as condições de equilíbrio são:

– F y + NA x – NB x = 0
NA x = NB x + F y

Resumo
• Condições de equilíbrio estático do corpo extenso:
– Para não transladar
– Para não girar (qualquer que seja o pólo considerado)

1
2
3

Módulo 47. Equilíbrio de Corpo Extenso (II) 1 / 3Módulo 47. Equilíbrio d


e Corpo Extenso (II)
Exercícios Resolvidos
01. Qual deve ser o valor da força aplicada à barra homogênea de peso 20 N e comprimen
to 2,0 m da figura, de modo a mantê-la na horizontal, quando apoiada no suporte A?

Resolução

Adotando pólo no ponto A e convencionando o sentido anti-horário como positivo, temo


s:
MP + MN – MF = 0

como MN = 0 ( a linha de ação N passa pelo pólo), então:


MP – MF = 0
MF = MP F 0,4 = 20 0,6
F 0,4 = 1,2
e, assim:
02. Na questão anterior, qual o valor da força que a barra aplica no apoio A?
Resolução
A força que a barra aplica no apoio A tem intensidade igual à que o apoio aplica na
barra (ação e reação).
Do equilíbrio da barra podemos escrever:
N = P + F N = 20 + 30

1
2
3

Módulo 47. Equilíbrio de Corpo Extenso (II) 2 / 3Módulo 49. Campo Magnét
ico (I)
Campo Magnético
Foi no ano de 1820 que o físico dinamarquês Hans Christian Oersted, durante um exper
imento de aquecimento de um fio quando percorrido por corrente elétrica, percebeu
que a agulha de uma bússola próxima ao fio sofrera deflexão e que tal acontecia só quand
o havia corrente elétrica no fio. Esse fenômeno de produção de campo devido à existência de
corrente elétrica ficou conhecido como “efeito Oersted”.

Dependendo do sentido da corrente elétrica, a bússola pode defletir para um ou para


outro sentido, conforme as figuras a seguir.

Campo de um condutor retilíneo


Quando um condutor retilíneo é percorrido por corrente elétrica, em torno e ao longo d
o condutor , formam-se linhas circulares de indução magnética, conforme podemos observ
ar na figura a seguir.

1
2
3
4

Módulo 49. Campo Magnético (I) 1 / 4Módulo 49. Campo Magnético (I)

Como em eletromagnetismo as direções dos vetores muitas vezes são reversas, faz-se nec
essário adotar uma representação vetorial para vetores cuja direção é perpendicular ao plan
da folha.
Essa representação é a baseada no vetor abaixo.

Num ponto P externo ao condutor, o vetor tem:


– Direção: ortogonal ao condutor
– Sentido: dado pela regra da mão direita

– Intensidade:
– Unidade no SI: tesla ( T )

Obs. – A permeabilidade magnética do vácuo é:

1
2
3
4

Módulo 49. Campo Magnético (I) 2 / 4Módulo 49. Campo Magnético (I)
Resumo
Campo devido a um condutor retilíneo percorrido por corrente elétrica:
Direção: perpendicular ao plano determinado pelo ponto e pelo condutor.
Sentido: dado pela regra da mão direita.
Intensidade:

Exercícios Resolvidos
1. A figura representa um fio retilíneo e longo, situado no plano da folha e perco
rrido por corrente elétrica de intensidade 5 A. Sendo o meio
o vácuo (), determine as intensidades e os sentidos do campo magnético nos pontos X
e Y do plano do papel e Z do fio.

Resolução
Pela regra da mão direita, determinamos o sentido do campo magnético nos pontos X e
Y, lembrando que, se o condutor retilíneo está no plano da folha, que é o mesmo plano
de X e Y, o vetor campo magnético é perpendicular ao plano do papel

Como o ponto Z encontra-se sobre o condutor e este não gera campo magnético sobre si
mesmo, a intensidade do campo no ponto Z é zero.
Calculando as intensidades dos campos nos pontos X e Y.

2. Dois longos fios retilíneos e paralelos, perpendiculares ao plano do papel, são p


ercorridos por correntes elétricas de intensidades i1= 8A e i2, como na figura aba
ixo.

Determinar o sentido e a intensidade da corrente i2 de modo que o campo elétrico n


o ponto P seja nulo.
Resolução
Pela regra da mão direita, concluímos que o campo magnético B1 devido à corrente i1, no
ponto P, tem sentido para cima.
Para que o campo resultante no ponto P seja nulo, o campo B2, devido à corrente i2
, tem que ter sentido para baixo; logo, a corrente i2 tem sentido saindo do pape
l, apontado pra você.

Sendo
e B1 = B2, então:

1
2
3
4

Módulo 49. Campo Magnético (I) 3 / 4Módulo 50. Campo Magnético (II)
Campo Magnético no Centro de uma Espira Circular
Quando uma espira circular condutora, de raio R, é percorrida por uma corrente elétr
ica de intensidade i, verifica-se o aparecimento de um campo de indução magnética (efe
ito Oersted) no centro da espira.
Esse campo magnético tem, conforme mostra a figura abaixo:

Direção: perpendicular ao plano da espira


Sentido: dado pela regra da mão direita, podendo-se inverter a correspondência entre
os dedos da mão e os elementos i e .
Intensidade: calculada pela expressão:

em que é a permeabilidade magnética do meio.


A figura abaixo retrata as linhas de indução em torno da espira.

Campo Magnético no Centro de uma Bobina Chata


Justapondo n espiras circulares de mesmo raio R, obtemos o que chamamos de bobin
a chata, de modo que o comprimento d é desprezível em relação ao raio da bobina .

Quando essa bobina é percorrida por uma corrente elétrica de intensidade i, gera no
centro um campo de indução magnética que tem como características:
Direção: perpendicular ao plano das espiras.
Sentido: dado pela regra da mão direita.
Intensidade: B = n

Campo Magnético no Interior de um Solenóide


O enrolamento de um fio condutor em torno de um cilindro, formando espiras circu
lares de mesmo raio e justapostas, é denominado bobina ou solenóide.
Fazendo-se circular uma corrente elétrica de intensidade i pelo fio, origina-se, n
o interior do solenóide, um campo magnético que pode ser considerado uniforme quando
o número n de espiras for muito grande e o comprimento d for muito maior que o ra
io R das espiras.

1
2
3
4

Módulo 50. Campo Magnético (II) 1 / 4Módulo 50. Campo Magnético (II)

O campo magnético no exterior do solenóide assemelha-se ao de um ímã em forma de barra.


No interior do solenóide, o vetor é constante e tem:
Direção: a mesma do eixo do solenóide.
Sentido: dado pela regra da mão direita, como se segurando um bastão. A ponta dos de
dos indicando o sentido da corrente e o polegar indicando o sentido do campo.
Intensidade:
Em que n é o número de espiras do solenóide e é a permeabilidade magnética do material no
interior do solenóide.
Observação – A razão é denominada densidade linear de espiras, e quanto maior for seu valo
r, mais intenso será o campo no interior do solenóide.

Resumo
Intensidade do vetor indução magnética
No centro de uma espira circular:
em que R é o raio da espira.
No centro de uma bobina chata:
em que n é o número de espiras
de raio R.
No interior de um solenóide:
em que n é o número de espiras e d é o comprimento do solenóide.
A razão é denominada densidade linear de espiras.

Exercícios Resolvidos
01. Duas espiras circulares acham-se no vácuo, em planos perpendiculares entre si,
com seus centros coincidindo. O raio de cada espira vale cm e as correntes elétri
cas que as percorrem têm intensidades Determine o vetor indução magnética no centro das
espiras e esboce um desenho da situação.
É dada a permeabilidade magnética do vácuo:

Resolução
Fazendo a representação do descrito, temos:
– para a espira horizontal

– para a espira vertical

Como os raios das espiras são iguais e elas são percorridas por correntes iguais, a
intensidade do campo magnético no centro de cada uma é a mesma para ambas e vale:

1
2
3
4

Módulo 50. Campo Magnético (II) 2 / 4Módulo 50. Campo Magnético (II)
O vetor indução magnética resultante no centro é:

e sua intensidade:

02. Qual deve ser a intensidade de corrente elétrica que circula em uma bobina cha
ta constituída por 50 espiras circulares de 5 cm de raio, imersa no vácuo
(), no instante em que o campo de indução magnética no seu centro é de 2 10–3 T?

Resolução
Sendo , a intensidade do campo de indução magnética no centro da bobina chata, vem:

03. Qual deve ser a densidade linear de espiras, em espiras por metro, de um sol
enóide para que, quando imerso no vácuo () e percorrido por corrente elétrica de inten
sidade 0,5A, o vetor indução magnética ao longo de seu eixo tenha intensidade
4 10–4 T?

Resolução
Como a densidade linear de espiras é , temos:

1
2
3
4

Módulo 50. Campo Magnético (II) 3 / 4Módulo 51. Força Magnética (I)
1. Força Magnética (Força de Lorentz) sobre Carga Lançada em Campo Magnético
Quando uma carga puntiforme positiva q penetra com velocidade numa região do espaço
onde existe um campo magnético caracterizado pelo vetor indução magnética , fica sujeita
à ação de uma força que atua lateralmente na carga, chamada força magnética ou força magné
de Lorentz, como mostra a figura.

Essa força magnética tem:


Intensidade: proporcional à velocidade e à carga q, ou seja, sua intensidade pode se
r determinada por:
Direção: perpendicular ao plano determinado pelos vetores e .
Sentido: determinado pela “regra da mão esquerda” ou pela do “tapa”.
Regra da mão esquerda: colocando o dedo indicador no sentido do vetor indução magnética
e o dedo médio no sentido da velocidade , o polegar determina o sentido da força .

Regra do tapa: Colocando o polegar no sentido da velocidade e os outros dedos no


sentido do vetor indução magnética , a força magnética tem o sentido de um tapa dado com
a palma da mão.

Observação – Quando a carga q for negativa, o sentido da força magnética será oposto ao que
seria se a carga fosse positiva, conforme a figura a seguir, permanecendo inalte
radas a direção e a intensidade, qualquer que seja a regra utilizada.

1
2
3
4
5
6

Módulo 51. Força Magnética (I) 1 / 6Módulo 51. Força Magnética (I)
2. Carga Elétrica Lançada em Campo Magnético Uniforme
Quando uma carga elétrica puntiforme q (positiva, por exemplo) e massa m é lançada com
velocidade num campo magnético uniforme, três situações podem ocorrer em função do ângulo
lançamento.
a) Lançada paralelamente às linhas de indução magnética do campo, ou seja, o vetor velocid
ade é paralelo ao vetor . Nessa situação, a força magnética é nula e a carga descreve movim
nto retilíneo uniforme.

Sendo: F = |q| v B sen e = 0° ou = 180°,


em ambos os casos sen = 0.
b) Lançada perpendicularmente às linhas de indução magnética do campo, ou seja, o vetor ve
locidade é perpendicular ao vetor .
A força magnética tem intensidade:
pois = 90°.

Sendo a força magnética perpendicular à velocidade durante todo o movimento, sua atuação t
em característica de ação centrípeta, ou seja, varia somente a direção da velocidade, obrig
ndo a carga a descrever um movimento circular uniforme de raio R.
Assim, temos: FMagnética = FCentrípeta

Sendo o MCU um movimento periódico, podemos calcular seu período T (tempo gasto para
dar uma volta), admitindo que a carga fique aprisionada nesse campo.
Como a velocidade pode ser calculada por:

assim,

c) Lançada obliquamente às linhas de indução magnética do campo, a partícula descreve um mo


imento helicoidal uniforme, qualquer que seja o ângulo q, diferente dos citados an
teriormente e compreendido no intervalo 0° < < 180°.
Nesse caso, a força magnética tem intensidade dada por:

1
2
3
4
5
6

Módulo 51. Força Magnética (I) 2 / 6Módulo 51. Força Magnética (I)

Para facilitar o estudo desse movimento, vamos decompor a velocidade em duas com
ponentes perpendiculares e , que têm direções, respectivamente, perpendicular e parale
la às linhas de indução.
Podemos estudar o movimento helicoidal uniforme da partícula como sendo resultante
da composição de dois movimentos:
a) Na direção perpendicular às linhas de indução temos um movimento circular uniforme, poi
s e são perpendiculares ( = 90°).

b) Na direção paralela às linhas de indução temos um movimento retilíneo uniforme, pois e s


paralelos
( = 0° ou = 180°).

Resumo
Força Magnética (Força de Lorentz) sobre Carga Lançada em Campo Magnético
Sobre a carga q, lançada com velocidade , formando ângulo com o vetor atua a força mag
nética que tem:
– Direção: perpendicular ao plano determinado pelas direções de e .
– Sentido: dado pela regra da mão esquerda ou regra do tapa.

– Intensidade:

1
2
3
4
5
6

Módulo 51. Força Magnética (I) 3 / 6Módulo 51. Força Magnética (I)
Carga Elétrica Lançada em Campo Magnético Uniforme:
• Lançada paralelamente às linhas de indução magnética:

A carga prossegue em movimento retilíneo uniforme


• Lançada perpendicularmente às linhas de indução magnética:

A carga descreve movimento circular uniforme de:


– raio de trajetória:
– período:

• Lançada obliquamente às linhas de indução magnética:


A carga descreve movimento helicoidal uniforme, envolvendo as linhas de indução magnét
ica do campo.

Exercícios Resolvidos
01. Uma partícula carregada negativamente penetra com velocidade v = 2 103 m/s no
ponto X de um campo magnético uniforme, descrevendo a trajetória semicircular XY da
figura.
Sendo o módulo de sua carga elétrica igual a 5 µC e sua massa igual a 10 g, determine:
a) a intensidade, direção e sentido do vetor indução magnética que fez a partícula descreve
a trajetória indicada;
b) o tempo necessário para descrever esse percurso.

Resolução
a) Como a trajetória é circular, a força magnética tem direção radial e é perpendicular à v
dade ; logo, o vetor indução magnética tem direção perpendicular ao plano da folha. Aplica
ndo a regra da mão direita ou a do tapa determinamos o sentido do vetor indução.

O sentido do vetor indução magnética é entrando na folha.

b) Como o percurso descrito é o de meia circunferência, temos: = R


= 1 10–1 m
Então, , já que o valor da velocidade é constante, pois a força atua perpendicularmente à
velocidade.

1
2
3
4
5
6

Módulo 51. Força Magnética (I) 4 / 6Módulo 51. Força Magnética (I)
Dessa forma, vem:

Outra forma de calcular é observar que esse tempo corresponde ao de meio período (me
ia-volta):

02. Um elétron e um próton penetram com a mesma velocidade num campo magnético uniform
e delimitado pela linha tracejada, segundo as trajetórias da figura abaixo.

Com base na figura, identifique:


a) as trajetórias de cada uma das partículas, justificando sua conclusão;
b) O sentido do vetor campo de indução magnética.
Resolução
a) Sendo , a partícula com trajetória de maior raio é aquela que tem a maior relação , já q
e ambas foram lançadas com a mesma intensidade v de velocidade, num mesmo campo ma
gnético.
Sendo as cargas do próton e do elétron iguais em módulo e a massa do próton maior que a
do elétron, concluímos que a trajetória de número 1 é a do elétron e a de número 2, a do pr
b) Analisando a força atuante no próton (trajetória de número 2), com a regra da mão esque
rda ou do tapa concluímos que o sentido do vetor campo magnético é saindo do papel.

1
2
3
4
5
6

Módulo 51. Força Magnética (I) 5 / 6Módulo 52. Força Magnética (II)
1. Força Magnética sobre Condutores Retilíneos
No módulo anterior, pudemos observar que uma partícula dotada de carga elétrica, em mo
vimento num campo magnético, pode sofrer ação de uma força magnética.
Estudemos agora o que acontece com um fio metálico retilíneo, percorrido por corrent
e elétrica, quando imerso em um campo magnético.

Por ser um condutor de 1 classe, a corrente elétrica é constituída pelo movimento orden
ado dos elétrons-livres e, assim, sobre cada um deles atua uma força magnética, quando
o fio não se encontra paralelo às linhas de indução magnética do campo.
Essa força magnética sobre os elétrons tem sentido determinado pela regra da mão esquerd
a ou do tapa, conforme mostra a figura abaixo.
Se ao invés de cargas negativas a corrente elétrica fosse constituída de cargas positi
vas, movendo-se no sentido convencional da corrente, o resultado seria o mesmo (
figura abaixo).

Para facilitar o estudo, vamos supor o condutor sendo percorrido por corrente co
nstituída por cargas elementares positivas.
Vejamos o caso em que um condutor retilíneo de comprimento , percorrido por corren
te elétrica i, encontra-se imerso em um campo magnético uniforme , de modo a formar ân
gulo com as linhas de indução do campo.
Sobre cada partícula portadora de carga elétrica elementar +e, que constitui a corre
nte elétrica, atua uma força elétrica e, assim, ao longo do condutor, teremos inúmeras f
orças .
Dessa forma, o condutor estará sujeito à ação de uma força magnética , que é a resultante d
odas essas forças sobre cada partícula, forças estas que agem como que tentando retira
r, pela lateral do condutor, as partículas que constituem a corrente elétrica, confo
rme indica a figura abaixo

Considere os seguintes elementos:


t – intervalo de tempo para que uma carga elementar se desloque de uma extremidade
à outra do condutor.
– velocidade média dessa carga elementar ao longo do condutor.
Q = n e – quantidade de cargas elementares em todo o comprimento do condutor.

1
2
3
4

Módulo 52. Força Magnética (II) 1 / 4Módulo 52. Força Magnética (II)
Como em cada carga elementar a força magnética tem intensidade f = e v B sen, mesma
direção e mesmo sentido que nas demais, a resultante de todas elas tem intensidade:

e como a corrente elétrica no condutor tem intensidade , a força que age no condutor
é:
Essa força magnética tem:
Direção: perpendicular ao plano determinado pelo condutor e pelo vetor indução magnética ,
ou seja, perpendicular ao condutor e ao vetor .
Sentido: dado pela regra da mão esquerda ou do tapa, substituindo-se a velocidade
pela corrente elétrica i, conforme mostram as figuras abaixo.

2. Força Magnética entre Condutores Retilíneos Paralelos


Vejamos o caso em que temos dois condutores retilíneos e paralelos percorridos por
correntes elétricas.
Cada um dos condutores está imerso no campo magnético originado pela corrente elétrica
que percorre o outro condutor e, dessa forma, fica sujeito a uma força magnética, c
omo mostram as figuras.

Nelas percebemos que a corrente i1 origina no local do condutor 2 e ao longo des


te um campo , de modo que a força sobre esse condutor é: , pois o ângulo entre é 90°, logo
,

1
2
3
4

Módulo 52. Força Magnética (II) 2 / 4Módulo 52. Força Magnética (II)
Acontece que o campo tem intensidade dada por: e dessa forma, a força no condutor é:

Do mesmo modo, demonstra-se que a força sobre o condutor 1 tem essa mesma intensid
ade, devido ao campo originado pela corrente i2.
Apesar de as forças entre os condutores terem a mesma direção e intensidade, e de seus
sentidos serem contrários, elas não são de ação e reação.
Quando as correntes nos condutores têm mesmo sentido, a força entre eles é de aproximação
e quando as correntes têm sentidos contrários, a força entre eles é de afastamento.

Resumo
Força Magnética sobre Condutores Retílineos

Sobre o condutor retilíneo, percorrido por corrente elétrica de intensidade i, forma


ndo ângulo com o vetor do campo magnético uniforme, atua uma força magnética que tem:
– Direção: perpendicular ao plano determinado pelas direções do condutor e de .
– Sentido: dado pela regra da mão esquerda ou regra do tapa.
– Intensidade:

Força Magnética entre Condutores

– Direção: perpendicular aos condutores e contida no plano determinado por eles.


– Sentido:
– de atração (correntes no mesmo sentido).
– de repulsão (correntes em sentidos opostos).
– Intensidade:
Exercícios Resolvidos
01. O condutor XY, retilíneo e horizontal da figura, tem comprimento 50 cm e está im
erso num campo magnético vertical para cima, de intensidade 1,5 10–3 T.
Determine o sentido e a intensidade da corrente elétrica que deve percorrê-lo para q
ue o bloco de massa 30 g, preso pelo fio ideal ao condutor, permaneça em equilíbrio
num local em que a aceleração da gravidade é de
10 m/s2. Desprezam-se todos os atritos sobre o eixo da polia.

Resolução
Desenhando as forças sobre os corpos vem:

Do equilíbrio de forças que agem no conjunto temos:

1
2
3
4

Módulo 52. Força Magnética (II) 3 / 4Módulo 52. Força Magnética (II)
Aplicando a regra da mão esquerda ou do tapa, determinamos o sentido da corrente n
o condutor como sendo de Y para X.

02. Qual das alternativas abaixo representa corretamente o sentido do vetor indução
magnética , da corrente elétrica i e das correspondentes forças entre os dois condutor
es retilíneos e paralelos ?

Resolução
Lembrando que, quando as correntes têm mesmo sentido, a força é de atração e, quando têm se
tidos opostos, é de repulsão, eliminamos as alternativas a e e.
Aplicando a regra da mão esquerda ou do tapa, percebemos que a única resposta corret
a é:

Resposta: D

1
2
3
4

Módulo 52. Força Magnética (II) 4 / 4Módulo 53. Indução Eletromagnética (I


1. Indução Eletromagnética (I)
Fluxo Magnético

A figura representa uma superfície plana imersa num campo magnético. Nela observamos
que três linhas de indução atravessam a superfície e outras quatro não, dessa forma dizem
os que há um fluxo magnético através dessa superfície.

Esse fluxo é tanto maior quanto mais linhas de indução estiverem atravessando a superfíc
ie.
Para tanto, podemos:
– aumentar a intensidade B do campo de indução magnética, o que condiz com uma diminuição d
espaço entre as linhas de indução, ou seja, estando mais próximas entre si, maior o númer
o de linhas que atravessam a superfície;
– aumentar a área A da superfície, o que aumenta o número de linhas de indução que a atrave
sam;
– girar a superfície, variando o ângulo entre o vetor e um vetor ( sempre perpendicula
r à superfície) que serve como orientador da posição dela em relação ao vetor .

A expressão que relaciona essas três variáveis e que


permite o cálculo do fluxo magnético é:

Sua unidade no SI é o weber (Wb).


1 Wb = 1T 1 m2 e, dessa forma, temos 1T = 1 e isto significa que o campo de indução
magnética pode ser medido também em weber por metro quadrado.
Para um campo magnético uniforme e uma superfície de área constante, vamos estudar doi
s casos extremos, decorrentes da variação do ângulo .

1o caso: Fluxo magnético nulo


Quando o ângulo for igual a 90°, temos:
= B . A . cos 90° e, como cos 90° = 0, então o fluxo é nulo.

Observe na figura abaixo que nenhuma linha de indução magnética atravessa a superfície.

1
2
3
4
5
6
7

Módulo 53. Indução Eletromagnética (I e II) 1 / 7Módulo 53. Indução Eletromagné


(I e II)
2o caso: Fluxo magnético máximo
Quando o ângulo for igual a 0°, temos:
= B . A . cos 0° e, como cos 0° = 1, então o fluxo é máximo.

Observe na figura abaixo que o número de linhas de indução magnética que atravessam a su
perfície é máximo.
2. Indução Eletromagnética (II)
Com base no efeito Oersted (1820), em que uma
corrente elétrica gera campo de indução magnética, alguns físicos do início do século XIX c
ram a pesquisar a possibilidade de que o inverso ocorresse, ou seja, de que um c
ampo magnético podia ocasionar corrente elétrica.
A questão era saber como isso poderia ser feito e foi Faraday que, em 1831, descob
riu como fazê-lo, ao perceber que o segredo estava na variação do fluxo magnético através
de uma superfície condutora.
Vejamos o seguinte experimento realizado com uma espira circular que se aproxima
de um ímã.

Temos três linhas de indução atravessando a espira no instante t1, cinco no instante t
2 e sete no instante t3 .

1
2
3
4
5
6
7

Módulo 53. Indução Eletromagnética (I e II) 2 / 7Módulo 53. Indução Eletromagné


(I e II)
Verificamos, então, que o número de linhas de indução que atravessam a espira está variand
o com o tempo, ou seja, está ocorrendo uma variação de fluxo magnético com o tempo e é jus
tamente esta variação que acarreta o surgimento na espira de uma corrente elétrica den
ominada corrente induzida.

Lei de Faraday

Essa corrente induzida é decorrente de uma força eletromotriz induzida na espira que
pode ser expressa como sendo a rapidez com que acontece essa variação de fluxo.
A lei que descreve essa rapidez de variação, proposta por Faraday, é:
Se verificarmos as unidades dessas grandezas no Sistema Internacional de Unidade
s, podemos escrever:
, ou seja, .
Lei de Lenz

Em 1834, o físico russo Heinrich Friedrich Emil Lenz, baseando-se em experimentos


de Faraday e após tê-los repetido, completou-os com uma lei que leva o seu nome e qu
e justifica o sinal de menos na expressão da lei de Faraday.
Lenz percebeu que, ao aproximar a espira do pólo norte do ímã, surge na mesma uma corr
ente elétrica contínua, no sentido anti-horário, de modo a gerar um campo magnético cujo
pólo norte está voltado para o pólo norte do ímã em forma de barra, como mostra a figura
abaixo.

1
2
3
4
5
6
7

Módulo 53. Indução Eletromagnética (I e II) 3 / 7Módulo 53. Indução Eletromagné


(I e II)
Se agora afastarmos a espira, a corrente elétrica induzida inverte de sentido, pas
sando a ser no sentido horário, ocasionando um campo magnético cujo pólo sul agora está
voltado para o pólo norte do ímã.

Resumo
Fluxo do Campo Magnético

Pode ser compreendido como representativo do número


de linhas de indução magnética que atravessam a superfície de área A.

Indução Eletromagnética

Lei de Faraday

Lei de Lenz

1
2
3
4
5
6
7

Módulo 53. Indução Eletromagnética (I e II) 4 / 7Módulo 53. Indução Eletromagné


(I e II)
Exercícios Resolvidos
01. Uma espira constituída por um fio condutor retangular é empurrada perpendicularm
ente às linhas de indução magnética de um campo magnético uniforme perpendicular à folha, a
sair pelo outro lado, como mostra a figura.
Determine o sentido da corrente induzida na espira em cada uma das representações I,
II e III.

Resolução
Situação I
O número de linhas de indução que atravessam a espira está aumentando, ou seja, o fluxo
está aumentando.
Esse aumento do fluxo é decorrente do aumento da área hachurada que corresponde à área A
efetivamente atravessada pelas linhas de indução.
Para manter o fluxo constante, surge uma corrente induzida, ocasionando um fluxo
no sentido contrário ao daquele que está aumentado.
Assim, o campo induzido tem que ter sentido contrário ao de , ou seja, deve estar
saindo do plano da folha.
Pela regra da mão direita, verificamos que o sentido da corrente induzida i0 é anti-
horário.

Situação II
Nesta situação, o número de linhas de indução que atravessam a espira permanece constante,
ou seja, o fluxo é constante e, desse modo, não há corrente elétrica induzida na espira
( i0 = 0 ).

Situação III
O número de linhas de indução que atravessam a espira está diminuindo, ou seja, o fluxo
está diminuindo.
Essa diminuição do fluxo é decorrente da diminuição da área hachurada que corresponde à áre
fetivamente atravessada pelas linhas de indução.
Para manter o fluxo constante, surge uma corrente induzida, ocasionando um fluxo
no mesmo sentido daquele que está diminuindo.

1
2
3
4
5
6
7

Módulo 53. Indução Eletromagnética (I e II) 5 / 7Módulo 53. Indução Eletromagné


(I e II)
Assim, o campo induzido tem que ter o mesmo sentido de , ou seja, deve estar ent
rando no plano da folha.
Pela regra da mão direita, verificamos que o sentido da corrente induzida i0 é horário
.

02. No exercício anterior, sabendo-se que a velocidade da espira é de 30 cm/s, que o


campo magnético local tem intensidade 1,5 T e que a resistência elétrica da espira é de
30 , determine:
a) o fluxo máximo através da espira;
b) a força eletromotriz induzida na espira quando está saindo do campo magnético;
c) a intensidade da corrente elétrica induzida.
Resolução
a) A área da espira é A = 0,15 m 0,20 m = 0,03 m2 e, como o ângulo entre os vetores (p
erpendicular à
espira) e é = 0°, tem-se:
= B. A. cos
= 1,5 . 3 . 10-2 . cos 0°

b) Sendo a velocidade da espira 30cm/s, ela demora 0,5 s para estar inteiramente
fora do campo magnético, ou seja, para o fluxo passar de máximo para zero.

= 0 - 4,5 . 10-2 = 4,5 . 10-2 Wb


Pela lei de Faraday: E =

c) Pela lei de Ohm, vem: E = R i0

1
2
3
4
5
6
7

Módulo 53. Indução Eletromagnética (I e II) 6 / 7Módulo 54. Indução Eletromagné


(I e II)
1. Indução Eletromagnética (I)
Fluxo Magnético
A figura representa uma superfície plana imersa num campo magnético. Nela observamos
que três linhas de indução atravessam a superfície e outras quatro não, dessa forma dizem
os que há um fluxo magnético através dessa superfície.

Esse fluxo é tanto maior quanto mais linhas de indução estiverem atravessando a superfíc
ie.
Para tanto, podemos:
– aumentar a intensidade B do campo de indução magnética, o que condiz com uma diminuição d
espaço entre as linhas de indução, ou seja, estando mais próximas entre si, maior o númer
o de linhas que atravessam a superfície;
– aumentar a área A da superfície, o que aumenta o número de linhas de indução que a atrave
sam;
– girar a superfície, variando o ângulo entre o vetor e um vetor ( sempre perpendicula
r à superfície) que serve como orientador da posição dela em relação ao vetor .

A expressão que relaciona essas três variáveis e que


permite o cálculo do fluxo magnético é:

Sua unidade no SI é o weber (Wb).


1 Wb = 1T 1 m2 e, dessa forma, temos 1T = 1 e isto significa que o campo de indução
magnética pode ser medido também em weber por metro quadrado.
Para um campo magnético uniforme e uma superfície de área constante, vamos estudar doi
s casos extremos, decorrentes da variação do ângulo .

1o caso: Fluxo magnético nulo


Quando o ângulo for igual a 90°, temos:
= B . A . cos 90° e, como cos 90° = 0, então o fluxo é nulo.

Observe na figura abaixo que nenhuma linha de indução magnética atravessa a superfície.

1
2
3
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6
7
Módulo 54. Indução Eletromagnética (I e II) 1 / 7Módulo 54. Indução Eletromagné
(I e II)
2o caso: Fluxo magnético máximo
Quando o ângulo for igual a 0°, temos:
= B . A . cos 0° e, como cos 0° = 1, então o fluxo é máximo.

Observe na figura abaixo que o número de linhas de indução magnética que atravessam a su
perfície é máximo.

2. Indução Eletromagnética (II)


Com base no efeito Oersted (1820), em que uma
corrente elétrica gera campo de indução magnética, alguns físicos do início do século XIX c
ram a pesquisar a possibilidade de que o inverso ocorresse, ou seja, de que um c
ampo magnético podia ocasionar corrente elétrica.
A questão era saber como isso poderia ser feito e foi Faraday que, em 1831, descob
riu como fazê-lo, ao perceber que o segredo estava na variação do fluxo magnético através
de uma superfície condutora.
Vejamos o seguinte experimento realizado com uma espira circular que se aproxima
de um ímã.

Temos três linhas de indução atravessando a espira no instante t1, cinco no instante t
2 e sete no instante t3 .

1
2
3
4
5
6
7

Módulo 54. Indução Eletromagnética (I e II) 2 / 7Módulo 54. Indução Eletromagné


(I e II)
Verificamos, então, que o número de linhas de indução que atravessam a espira está variand
o com o tempo, ou seja, está ocorrendo uma variação de fluxo magnético com o tempo e é jus
tamente esta variação que acarreta o surgimento na espira de uma corrente elétrica den
ominada corrente induzida.

Lei de Faraday

Essa corrente induzida é decorrente de uma força eletromotriz induzida na espira que
pode ser expressa como sendo a rapidez com que acontece essa variação de fluxo.
A lei que descreve essa rapidez de variação, proposta por Faraday, é:

Se verificarmos as unidades dessas grandezas no Sistema Internacional de Unidade


s, podemos escrever:
, ou seja, .
Lei de Lenz

Em 1834, o físico russo Heinrich Friedrich Emil Lenz, baseando-se em experimentos


de Faraday e após tê-los repetido, completou-os com uma lei que leva o seu nome e qu
e justifica o sinal de menos na expressão da lei de Faraday.
Lenz percebeu que, ao aproximar a espira do pólo norte do ímã, surge na mesma uma corr
ente elétrica contínua, no sentido anti-horário, de modo a gerar um campo magnético cujo
pólo norte está voltado para o pólo norte do ímã em forma de barra, como mostra a figura
abaixo.

1
2
3
4
5
6
7

Módulo 54. Indução Eletromagnética (I e II) 3 / 7Módulo 54. Indução Eletromagné


(I e II)
Se agora afastarmos a espira, a corrente elétrica induzida inverte de sentido, pas
sando a ser no sentido horário, ocasionando um campo magnético cujo pólo sul agora está
voltado para o pólo norte do ímã.

Resumo
Fluxo do Campo Magnético

Pode ser compreendido como representativo do número


de linhas de indução magnética que atravessam a superfície de área A.

Indução Eletromagnética

Lei de Faraday

Lei de Lenz

1
2
3
4
5
6
7

Módulo 54. Indução Eletromagnética (I e II) 4 / 7Módulo 54. Indução Eletromagné


(I e II)
Exercícios Resolvidos
01. Uma espira constituída por um fio condutor retangular é empurrada perpendicularm
ente às linhas de indução magnética de um campo magnético uniforme perpendicular à folha, a
sair pelo outro lado, como mostra a figura.
Determine o sentido da corrente induzida na espira em cada uma das representações I,
II e III.
Resolução
Situação I
O número de linhas de indução que atravessam a espira está aumentando, ou seja, o fluxo
está aumentando.
Esse aumento do fluxo é decorrente do aumento da área hachurada que corresponde à área A
efetivamente atravessada pelas linhas de indução.
Para manter o fluxo constante, surge uma corrente induzida, ocasionando um fluxo
no sentido contrário ao daquele que está aumentado.
Assim, o campo induzido tem que ter sentido contrário ao de , ou seja, deve estar
saindo do plano da folha.
Pela regra da mão direita, verificamos que o sentido da corrente induzida i0 é anti-
horário.

Situação II
Nesta situação, o número de linhas de indução que atravessam a espira permanece constante,
ou seja, o fluxo é constante e, desse modo, não há corrente elétrica induzida na espira
( i0 = 0 ).

Situação III
O número de linhas de indução que atravessam a espira está diminuindo, ou seja, o fluxo
está diminuindo.
Essa diminuição do fluxo é decorrente da diminuição da área hachurada que corresponde à áre
fetivamente atravessada pelas linhas de indução.
Para manter o fluxo constante, surge uma corrente induzida, ocasionando um fluxo
no mesmo sentido daquele que está diminuindo.

1
2
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5
6
7

Módulo 54. Indução Eletromagnética (I e II) 5 / 7Módulo 54. Indução Eletromagné


(I e II)
Assim, o campo induzido tem que ter o mesmo sentido de , ou seja, deve estar ent
rando no plano da folha.
Pela regra da mão direita, verificamos que o sentido da corrente induzida i0 é horário
.

02. No exercício anterior, sabendo-se que a velocidade da espira é de 30 cm/s, que o


campo magnético local tem intensidade 1,5 T e que a resistência elétrica da espira é de
30 , determine:
a) o fluxo máximo através da espira;
b) a força eletromotriz induzida na espira quando está saindo do campo magnético;
c) a intensidade da corrente elétrica induzida.
Resolução
a) A área da espira é A = 0,15 m 0,20 m = 0,03 m2 e, como o ângulo entre os vetores (p
erpendicular à
espira) e é = 0°, tem-se:
= B. A. cos
= 1,5 . 3 . 10-2 . cos 0°

b) Sendo a velocidade da espira 30cm/s, ela demora 0,5 s para estar inteiramente
fora do campo magnético, ou seja, para o fluxo passar de máximo para zero.

= 0 - 4,5 . 10-2 = 4,5 . 10-2 Wb


Pela lei de Faraday: E =

c) Pela lei de Ohm, vem: E = R i0

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Módulo 54. Indução Eletromagnética (I e II) 6 / 7Módulo 55. Indução Eletromagné


(III) e Corrente Alternada
1. Indução Eletromagnética (III)
Condutor Retilíneo em Campo Magnético Uniforme

O condutor retilíneo da figura tem comprimento e se desloca, com velocidade consta


nte, num campo magnético uniforme , devido à ação de um agente externo.
Esse condutor, durante todo o movimento, se mantém em contato com um grampo condut
or em forma de U e, assim, cada elétron livre do condutor fica sujeito à ação de uma força
magnética de intensidade f = e v B (pois e são perpendiculares entre si).
Essa força faz com que esses elétrons adquiram movimento de X para Y, dando origem à c
orrente elétrica induzida i0, como vimos no módulo anterior.

Dessa forma, há uma diferença de potencial entre os terminais X e Y do fio e que cor
responde a uma força-eletromotriz induzida E.
A força sobre cada elétron é constante e realiza um trabalho calculado por:
= f d, ou seja, = e v B
Acontece que esse trabalho também pode ser calculado por:
= e (Vx – Vy), ou ainda, = e E e, assim, temos:
E = v B
Importante observar que sobre o condutor age uma força magnética com sentido oposto
ao do movimento da haste, que pode ser determinado utilizando-se a regra da mão es
querda ou a do tapa, e que condiz com a lei de Lenz. Portanto, para que a haste
se movimente, é necessária a ação de um agente externo que a faça atravessar o campo magnét
co.

1
2
3
4
Módulo 55. Indução Eletromagnética (III) e Corrente Alternada 1 / 4Módulo 55. In
dução Eletromagnética (III) e Corrente Alternada
2. Corrente Alternada
Transformadores

Os transformadores elétricos são dispositivos cujo funcionamento baseia-se no fenômeno


da indução eletromagnética.
Eles permitem alterar uma ddp variável, aumentando ou diminuindo seu valor, confor
me a necessidade.
Constituem-se de um núcleo único de ferro laminado, envolto por duas bobinas opostas
, denominadas circuitos primário e secundário, conforme mostra a figura.

• Para o circuito primário


U1 = tensão alternada (fornecida pela concessionária)
i1 = corrente alternada
N1 = número de espiras
• Para o circuito secundário
U2 = tensão alternada (utilizada pelo consumidor)
i2 = corrente alternada
N2 = número de espiras
A corrente elétrica alternada na bobina do primário ocasiona uma variação de fluxo magnéti
co em todo o núcleo de ferro e conseqüentemente na bobina do secundário.
Considerando desprezíveis as perdas no núcleo de ferro, podemos escrever:

E como U1 i1 = U2 i2 , as potências elétricas no primário e no secundário são iguais: P


P2.

Resumo
Condutor Retilíneo em Campo Magnético Uniforme
Força eletromotriz induzida:
Corrente Alternada
Transformadores:
As potências elétricas no primário e no secundário são iguais: P1 = P2.

Exercícios Resolvidos
01. Qual a ddp entre as pontas das asas de um avião metálico, voando horizontalmente
com velocidade escalar constante de intensidade 900 km/h, sobre uma região de cam
po magnético uniforme vertical, de intensidade
B = 2 10–5 T? Sabe-se que a distância entre as pontas das asas é 20 m.
Resolução

A ddp entre as pontas das asas corresponde à força eletromotriz induzida E.


E = B e como = 900 km/h = 250 m/s
E = 2 10–5 20 250

1
2
3
4

Módulo 55. Indução Eletromagnética (III) e Corrente Alternada 2 / 4Módulo 55. In


dução Eletromagnética (III) e Corrente Alternada
02. A potência nominal máxima de um transformador é 1.500 W. Sabendo-se que a tensão ori
ginada no secundário é de 50 V e que o número de espiras no primário e no secundário é 400
100, respectivamente, determine:
a) a intensidade da corrente elétrica induzida no secundário quando o transformador
está funcionando em condições de potência máxima;
b) a tensão no primário;
c) a intensidade da corrente elétrica no primário.
Resolução
a) Sendo P2 = U2 i2 tem-se 1.500 = 50 i2

b) Como , então,

c) As potências no primário e no secundário são iguais, logo, P1 = P2 .


Assim, P1 = U1 i1 1.500 = 200 i1
Leitura Complementar

1
2
3
4

Módulo 55. Indução Eletromagnética (III) e Corrente Alternada 3 / 4Módulo 56. In


dução Eletromagnética (III) e Corrente Alternada
1. Indução Eletromagnética (III)
Condutor Retilíneo em Campo Magnético Uniforme

O condutor retilíneo da figura tem comprimento e se desloca, com velocidade consta


nte, num campo magnético uniforme , devido à ação de um agente externo.
Esse condutor, durante todo o movimento, se mantém em contato com um grampo condut
or em forma de U e, assim, cada elétron livre do condutor fica sujeito à ação de uma força
magnética de intensidade f = e v B (pois e são perpendiculares entre si).
Essa força faz com que esses elétrons adquiram movimento de X para Y, dando origem à c
orrente elétrica induzida i0, como vimos no módulo anterior.

Dessa forma, há uma diferença de potencial entre os terminais X e Y do fio e que cor
responde a uma força-eletromotriz induzida E.
A força sobre cada elétron é constante e realiza um trabalho calculado por:
= f d, ou seja, = e v B
Acontece que esse trabalho também pode ser calculado por:
= e (Vx – Vy), ou ainda, = e E e, assim, temos:
E = v B
Importante observar que sobre o condutor age uma força magnética com sentido oposto
ao do movimento da haste, que pode ser determinado utilizando-se a regra da mão es
querda ou a do tapa, e que condiz com a lei de Lenz. Portanto, para que a haste
se movimente, é necessária a ação de um agente externo que a faça atravessar o campo magnét
co.
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Módulo 56. Indução Eletromagnética (III) e Corrente Alternada 1 / 4Módulo 56. In


dução Eletromagnética (III) e Corrente Alternada
2. Corrente Alternada
Transformadores

Os transformadores elétricos são dispositivos cujo funcionamento baseia-se no fenômeno


da indução eletromagnética.
Eles permitem alterar uma ddp variável, aumentando ou diminuindo seu valor, confor
me a necessidade.
Constituem-se de um núcleo único de ferro laminado, envolto por duas bobinas opostas
, denominadas circuitos primário e secundário, conforme mostra a figura.

• Para o circuito primário


U1 = tensão alternada (fornecida pela concessionária)
i1 = corrente alternada
N1 = número de espiras
• Para o circuito secundário
U2 = tensão alternada (utilizada pelo consumidor)
i2 = corrente alternada
N2 = número de espiras
A corrente elétrica alternada na bobina do primário ocasiona uma variação de fluxo magnéti
co em todo o núcleo de ferro e conseqüentemente na bobina do secundário.
Considerando desprezíveis as perdas no núcleo de ferro, podemos escrever:

E como U1 i1 = U2 i2 , as potências elétricas no primário e no secundário são iguais: P


P2.

Resumo
Condutor Retilíneo em Campo Magnético Uniforme
Força eletromotriz induzida:
Corrente Alternada
Transformadores:
As potências elétricas no primário e no secundário são iguais: P1 = P2.

Exercícios Resolvidos
01. Qual a ddp entre as pontas das asas de um avião metálico, voando horizontalmente
com velocidade escalar constante de intensidade 900 km/h, sobre uma região de cam
po magnético uniforme vertical, de intensidade
B = 2 10–5 T? Sabe-se que a distância entre as pontas das asas é 20 m.
Resolução

A ddp entre as pontas das asas corresponde à força eletromotriz induzida E.


E = B e como = 900 km/h = 250 m/s
E = 2 10–5 20 250

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3
4

Módulo 56. Indução Eletromagnética (III) e Corrente Alternada 2 / 4Módulo 56. In


dução Eletromagnética (III) e Corrente Alternada
02. A potência nominal máxima de um transformador é 1.500 W. Sabendo-se que a tensão ori
ginada no secundário é de 50 V e que o número de espiras no primário e no secundário é 400
100, respectivamente, determine:
a) a intensidade da corrente elétrica induzida no secundário quando o transformador
está funcionando em condições de potência máxima;
b) a tensão no primário;
c) a intensidade da corrente elétrica no primário.
Resolução
a) Sendo P2 = U2 i2 tem-se 1.500 = 50 i2

b) Como , então,
c) As potências no primário e no secundário são iguais, logo, P1 = P2 .
Assim, P1 = U1 i1 1.500 = 200 i1

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Módulo 56. Indução Eletromagnética (III) e Corrente Alternada 3 / 4

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