O documento discute os processos de filtração, comparando filtração simples e a vácuo. A filtração a vácuo é mais rápida pois suga a amostra através do papel de filtro. O documento também descreve uma reação de precipitação de carbonato de bário e os cálculos necessários para determinar os reagentes em excesso e o rendimento teórico.
O documento discute os processos de filtração, comparando filtração simples e a vácuo. A filtração a vácuo é mais rápida pois suga a amostra através do papel de filtro. O documento também descreve uma reação de precipitação de carbonato de bário e os cálculos necessários para determinar os reagentes em excesso e o rendimento teórico.
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O documento discute os processos de filtração, comparando filtração simples e a vácuo. A filtração a vácuo é mais rápida pois suga a amostra através do papel de filtro. O documento também descreve uma reação de precipitação de carbonato de bário e os cálculos necessários para determinar os reagentes em excesso e o rendimento teórico.
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A filtração é uma operação unitária que consiste na separação de uma
fase sólida de uma fase fluída (líquida ou gasosa), através da passagem desta última por um meio permeável e poroso. A esse meio, poroso e permeável, dá-se o nome de filtro. Ele funciona como uma peneira microscópica onde somente o líquido passa pelos seus minúsculos orifícios, acumulando a fase sólida dentro do filtro. [1] No laboratório, os meios de filtração mais usados são: o papel de filtro, que é utilizado para filtrações correntes; as placas filtrantes, que são usadas quando se pretende realizar uma filtração por sucção e uma filtração a quente; e a lã de vidro, que é utilizada quando o líquido a filtrar é oxidante da celulose (menos utilizada). [1] A seleção do meio filtrante adequado a uma filtração depende das condições da experiência ou do processo analítico a usar, sendo as três características mais importantes para se considerar, a eficiência na retenção das partículas, o caudal através do filtro e a capacidade de carga. E além destas características, deve-se levar em conta, ainda, a resistência mecânica, a resistência química, o grau de cinzas (que interfere e varia a velocidade de filtração, e a capacidade de retenção) e o custo. [1] Porem o mais utilizado método de filtração é o funil de filtração com papel de filtro. Para que a filtração seja rápida, o ângulo do funil deve ser o mais próximo possível de 60º e a haste deve ter cerca de 15 cm de comprimento. Os papeis de filtro têm vários graus de porosidade e deve-se escolher o mais apropriado para a filtração. Para quantidades maiores de material, normalmente usa-se um funil de Buckner. A escolha do meio filtrante é controlada pela natureza do precipitado [2] Vários fatores podem influenciar a retenção das partículas no filtro. Considerando o fluido, a filtração dependerá da viscosidade deste fluido, das características químicas, e também, outro parâmetro a ser avaliado é o fluxo da filtração, dependente da velocidade das partículas, e da pressão aplicada. [3] O controle da filtração é possível com: 1)O aumento de pressão, pois o escoamento aumenta. 2)O aumento da área filtrante, pois também há o aumento do escoamento. 3)O aumento da viscosidade da suspensão, pois há uma redução no escoamento. 4)O aumento da camada de resíduo, pois promove a redução da velocidade de escoamento. 5)A redução no tamanho das partículas, pois promove uma redução no escoamento.[3] Na filtração simples pode-se observar a passagem do liquido pelo papel de filtro devido à força da gravidade. Na filtração a vácuo, conecta-se uma bomba de vácuo ao funil de Buckner. Ao criar vácuo no seu sistema, a velocidade de passagem do liquido pelo papel vai ser maior, pois é como se sua amostra fosse sugada. A grande diferença entre esses dois tipos de filtração é a velocidade de filtração. A filtração a vácuo não é utilizada apenas para separação de sólidos em líquidos viscosos. Também é muito utilizada para filtrações de misturas quaisquer de sólidos e líquidos com a vantagem da maior velocidade de filtração em relação à filtração por gravidade. [4] Em uma solução, é preciso observar se a quantidade de reagente está fora da proporção indicada pelos coeficientes da equação, pois se isso ocorrer, reagirá somente a parte que se encontra de acordo com a proporção; a parte que estiver a mais não reage e é considerada excesso. Portanto quando se trabalha com quantidades (massa, volume, mols, etc.) de dois reagentes, devemos verificar se existe excesso de algum reagente. [5] Quando uma reação química não produz as quantidades de produto esperadas, de acordo com a proporção da reação química, dizemos que o rendimento não foi total. Sendo o rendimento de uma reação, o quociente entre a quantidade de produto realmente obtida e a quantidade esperada, de acordo com a proporção da equação química [5] Resultados e Discussão
Ao realizarem-se todos os procedimentos foram obtidos os seguintes dados
contidos na tabela I. Dados coletados durante o experimento Massa de BaCl2.2H2O utilizada 1,0010 g Massa de Na2CO3 utilizada 0,5001 g Massa do papel de filtro 1,4490 g Massa do papel de filtro cortado 0,6522 g Tempo de filtração simples 8 min. e 33 s Tempo de filtração a vácuo 1 min. e 47 s Massa do papel de filtro mais o sólido retido 1,9827 g Massa do papel de filtro cortado mais o sólido retido 1,1274 g Tabela I – Dados coletados durante o experimento.
Os dados específicos do papel de filtro utilizado estão contidos na tabela II.
Especificações Técnicas Gramatura 80,0 g/m² Espessura 205,0 µm Cinza 0,5 % Maioria dos poros 14,0 µm Permeabilidade ao ar a 20 mmCa 14,0 L/sm² Tabela II – Especificações Técnicas do papel de filtro.
Ao observar a tabela I, pode-se perceber a diferença de tempo gasto para a
realização dos processos de filtrações. Na filtração simples a passagem de líquido pelo papel de filtro é feita através da força da gravidade, tendo uma duração de 8 minutos e 33 segundos. Na filtração a vácuo, a velocidade de passagem do líquido pelo papel é maior, pois a amostra é “sugada” ao criar o vácuo no sistema, tendo essa filtração uma duração de 1 minuto e 47 segundos. A grande diferença entre esses dois tipos de filtração é a velocidade de filtração. A filtração a vácuo possui a vantagem de ter maior velocidade de filtração em relação à filtração por gravidade.
Ao se misturar as duas soluções aquosas inicialmente, como prescrito no
procedimento, a amostra imediatamente adquiriu uma coloração esbranquiçada, isso devido à precipitação do carbonato de bário formado, que possui coloração branca. A reação ocorrida ao se misturarem as duas amostras foi: Na2CO3 (aq) + BaCl2 (aq) → BaCO3 (s) + 2NaCl(aq) É importante observar que o sal BaCl2 pesado inicialmente possuía duas moléculas de água, ou seja era dihidratado (BaCl2.2H2O). Logo, nem toda a massa pesada participará da reação, pois 0,1477 g são referentes a essas moléculas de água. Portanto, a massa pura de BaCl2 foi de 0,8533g. No entanto, feitos os devidos cálculos, tem-se que para reagir com 0,8533 g de BaCl2 são necessários 0,4348 g de Na2CO3, ou seja, 0,0653 g de Na2CO3 não reagirão pois este reagente está em excesso e a quantidade excedida formará juntamente com o precipitado o sólido retido na filtração. O valor de BaCO3 precipitado que deveria ser formado era 0,8096 g, que juntamente com a quantidade em excesso de Na2CO3 totalizariam 0,8749 g de sólido retidos nos processos de filtração. Conclusão
O procedimento de filtragem, bem feito, é um dos pontos importantes em
uma análise química, pois, caso não seja devidamente executado, causará erros consideráveis entre a realidade da amostra em análise e os resultados obtidos. Com isso devem-se escolher métodos de filtragem que tragam eficácia a cada situação. Os cálculos de reagente em excesso, reagente limitante, e de rendimento teórico são fundamentais para uma reação de precipitação. Depois de calcular o rendimento notou-se que realmente deve haver muito cuidado ao manipular a filtração, pois poderão existir perdas desse precipitado. Bibliografia
[1] filtração. In Infopédia Porto: Porto Editora, 2003-2011. Disponível em
< http://www.infopedia.pt/$filtracao>. Acesso em 04/04/2011
[2] Prof.º Luiz Carlos M. Neves. Filtração. Disponível em <
http://pt.scribd.com/doc/24321628/Aula-de-filtracao-2> Acesso em 04/04/2011
[3] Vogel. Arthur Israel. Analise química quantitativa / Vogel; Ed. LTC; 6ª edição; 2008. Consultado em 05/04/2011
[4] Separação de misturas. Disponível em <
http://www.algosobre.com.br/quimica/separacao-de-misturas.html > Acesso em 05/04/11
[5] Prof.º Paulo Cezar. Estequiometria. 30 de junho de 2009. Disponível
em < http://www.profpc.com.br/Estequiometria.htm > Acesso em 06/04/2011