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Enfermagem em Clínica Médica

Índice

Aparelho Digestivo __________________________________________________________ 02


Gastrite
Gastrite Aguda
Gastrite Crônica
Ulcera Gástrica
Constipação
Diarréia
Doença de Crohn
Cirrose Hepática
Pancreatite
Colicite

Aparelho Urinário __________________________________________________________ 11


Infecção Urinária
Glomerulonefrite Difusa Aguda
Pielonefrite
Litíase Renal
Insuficiência Renal
Insuficiência Renal Aguda
Insuficiência Renal Crônica

Aparelho Endócrino ________________________________________________________ 17


Diabetes Mellitus
Hipoglicemia
Hiperglicemia

Aparelho Respiratório ______________________________________________________ 20


Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Bronquite Crônica
Asma Crônica
Atelectasia Pulmonar
Pneumonia
Edema Aguda de Pulmão

Aparelho Cardiovascular ___________________________________________________ 25


Hipertensão Arterial Sistêmica
Insuficiência Cardíaca Congestiva
Infarto Agudo do Miocárdio
Arritmias

Aparelho Neurológico ______________________________________________________ 30


Acidente Vascular Cerebral
Convulsão

Bibliografia ______________________________________________________________ 33

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Aparelho Digestivo

Estão classificadas nessa categoria as patologias que não envolvem tratamento cirúrgico.

GASTRITE

Inflamação da mucosa gástrica. Pode ser classificada em:


- Aguda: processo que varia em torno de três dias e o tratamento serão feitos nesse período, com
orientação de dieta por um tempo mais prolongado. Em média a mucosa gástrica demora dez dias
para recuperar-se.
- Crônica: ocorre um espessamento da mucosa gástrica e diminuição da quantidade e qualidade da
secreção gástrica, provocando uma diminuição da função gástrica.
- Gastrite auto-imune: presença de auto-anticorpos para células parietais das glândulas gástricas.

GASTRITE AGUDA

Causas:

- Estresse;
- Erro alimentar;
- Fumo, drogas, álcool;
- Medicamentos

Sinais e Sintomas:

- Náuseas; Vômitos;
- Anorexia; Pirose; Eructação;
- Desconforto abdominal;
- Cefaléia;
- Mucosa gástrica hiperemiada.

Tratamento:

- Correção de hábitos alimentares;


- Dieta fracionada;
- Medicamentos;
- Medidas de diminuição do estresse;

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GASTRITE CRÔNICA

Causas:

- Uremia crônica;
- Úlceras;
- Cirrose hepática;
- Presença do microorganismo H.pylori.

Sinais e Sintomas:

- Anorexia;
- Pirose;
- Náuseas;
- Vômitos matinais.

Tratamento:

- Controle da acidez estomacal;


- Redução de estresse;
- Orientação nutricional;
- Medicamento.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Verificar e observar aceitação alimentar;


- Observar e anotar queixas álgicas;
- Promover ambiente calmo e repousante;
- Observar sinais e sintomas de complicações: hematemese, melena, (rigidez abdominal).

ÚLCERA GÁSTRICA

Lesão (ferida) na mucosa do estômago, piloro ou duodeno causado por uma erosão em decorrência
do aumento da produção de ácido e diminuição da resistência normal da mucosa.

Fatores Predisponentes:

- Estresse;
- Fumo;
- Cafeína;
- Álcool;
- Erros alimentares;
- Susceptibilidade genética e individual;
- Medicamentos.

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Sinais e Sintomas:

- Epigastralgia;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Pirose;
- Eructação;
- Anorexia;
- Hematemese;
- Melena;
- Dor abdominal em forma de crises.

Tratamento:
- Repouso;
- Medidas para diminuir o estresse;
- Orientação nutricional;
- Medicamentos.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM:

- Observar e anotar eliminação intestinal (cor, odor, volume, coloração e aspecto);


- Observar e anotar aceitação de dieta;
- Observar e anotar evolução de sinais e sintomas;
- Promover ambiente calmo;
- Observar e anotar sinais de complicações (hemorragia, piora brusca da dor);
- Atenção para cuidados pré-operatórios de urgência.

CONSTIPAÇÃO

Ressecamento das fezes no intestino grosso associada à movimentos lentos, erro alimentar, pouca
hidratação.

Causas:

- Hábito intestinal irregular;


- Alguns medicamentos;
- Obstruções mecânicas;
- Abuso no uso de laxativo;
- Fatores psicológicos;
- Erro alimentar;
- Baixo volume de ingestão de líquidos.

Sinais e Sintomas:

- Alteração na coloração das fezes;


- Alteração na consistência das fezes;
- Dificuldade de evacuar;
- Dor em região abdominal baixa;
- Dor em região anal.

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Tratamento:

- Correção de hábitos alimentares;


- Horários regulares para dieta;
- Exercício físico;
- Hidratação adequada:
- Medicamentos;
- Apoio psicológico.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Observar e anotar aceitação alimentar

- Estimular hidratação

- Proporcionar condições favoráveis para a eliminação intestinal

- Estimular horário e periodicidade para evacuação

- Administrar medicamentos prescritos


- Estimular atividade física (deambulação)

DIARRÉIA

Resulta em aumento dos movimentos peristálticos promovendo eliminação das fezes de maneira
mais rápida, com aumento de sua fluidez e freqüência.

Causas:

- Infecções no trato gastrointestinais


- Viroses
- Úlceras e/ ou irritação da mucosa intestinal
- Intoxicação alimentar
- Agentes químicos irritantes
- Uso de laxativo em quantidades errôneas

Sinais e Sintomas:

- Hiperemia da mucosa intestinal


- Aumento da secreção pela mucosa intestinal
- Desidratação
- Fraqueza
- Cólicas abdominais
- Anorexia
- Sede
- Tenesmo

Tratamento:

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- Adequação alimentar
- Hidratação
- Medicamentos se necessário

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Estimular hidratação via oral


- Administrar administração parenteral, quando prescrito.
- Higiene rigorosa após eliminação intestinal
- Promover a manutenção da integridade cutâneo-mucosa, principalmente em região perianal
- Manter roupas de cama limpa
- Observar e anotar aceitação da dieta
- Manter repouso relativo
- Manter isolamento enteral, se necessário.

DOENÇA DE CROHN

Doença inflamatória que acomete qualquer porção do intestino, com comprometimento de


segmentos inflamados intercalado com porções de alça de aspecto normal, linfadenomegalia e
espessamento do mensetério.

Sinais e Sintomas:

- Dor abdominal com piora após refeições


- Diarréia crônica
- Emagrecimento
- Complicações (perfuração de alça intestinal, abcessos, estenose, fístulas, etc.)

Tratamento:
- Adequação de dieta
- Suplementação de vitaminas e ferro
- Cirurgia em caso de complicações

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
- Observar e anotar aceitação alimentar
- Observar e anotar aspecto de eliminação intestinal
- Controle de peso
- Observar e anotar sinais de complicações
- Observar sinais de hemorragia interna

CIRROSE HEPÁTICA

Definição:
É uma doença difusa do fígado, que altera as funções das suas células e dos sistemas de canais

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biliares.
É o resultado de diversos processos, entre eles, morte celular e a produção de um tecido fibroso
não funcionante, prejudicando a estrutura e função hepática.

Causas:

- Alcoolismo
- Infecções causadas por vírus
- Esquistossomose
- Medicamentos
- Substâncias químicas
- Hepatite pelos vírus B e C
- Hepatite auto-imune
- Doenças genéticas
- Cirrose biliar
- Atresia biliar (RN)

Sinais e Sintomas:

- Anorexia
- Náuseas
- Vômitos
- Hipertemia
- Flatulência
- Distúrbios intestinais
- Fraqueza e cansaço
- Perda de peso
- Alterações de sono
- Dores abdominais

Crônica:

- Icterícia
- Ascite
- Hepatomegalia ou
- Atrofia hepática
- Melena
- Hematemese
- Anemia
- Fraqueza
- Encefalopatia
- Coma
- Perda de interesse sexual
- Aumento de mamas nos homens
- Aumento de baço
- Varizes de esôfago e estômago
- Edema em membros inferiores
- Desnutrição
- Escurecimento de pele

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Tratamento:

- Repouso
- Sintomático
- Anti-hemorrágico
- Adequação alimentar
- Medidas de conforto
- Medidas de contenção de hemorragia: balão Sengstaken-Blakemore
- Suspensão do agente agressor
- Transplante de fígado

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Proporcionar repouso relativo;


- Observar, comunicar e anotar nível de consciência;
- Aferir sinais vitais com ênfase em pressão arterial e pulso;
- Observar, comunicar e anotar aceitação alimentar;
- Observar, comunicar e anotar sinais e sintomas;
- Controle de peso em jejum;
- Balanço hídrico;
- Medir circunferência abdominal;
- Observar, comunicar e anotar sinais de hemorragia;
- Observar, comunicar e anotar sinais de abstinência alcoólica.

PANCREATITE

Definição: inflamação no pâncreas, podendo ser aguda ou crônica.


O pâncreas é um órgão situado na cavidade abdominal, aproximadamente atrás do estômago.
Apresenta várias funções, entre elas, produção de insulina e substâncias necessárias para a
digestão de alimentos.

Causas:

- Calculose biliar
- Alcoolismo
- Tumores
- Doenças auto-imune
- Viroses
- Certos medicamentos
- Infecções virais como caxumba
- Traumatismo grave abdominal
- Excesso de funcionamento da glândula paratireóide
- Excesso de triglicérides no sangue
- Má formação

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Sinais e Sintomas:

- Dor abdominal alta, com irradiação para a região dorsal;


- Náuseas;
- Vômitos.
- Diarréia com eliminação de gordura nas fezes

Tratamento:

- Diminuição da atividade da glândula pancreática


- Sintomáticos
- Cirúrgico

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Observar, comunicar e anotar nível de consciência;


- Manter repouso relativo;
- Proporcionar medidas de conforto;
- Cuidados com nutrição parenteral, se necessário;
- Observar, comunicar e anotar aspecto e característica de eliminação intestinal;
- Cuidados dom sondagem nasogástrica, se necessário;
- Cuidados pré-operatórios, se necessário.

COLICISTITE

Definição: inflamação da vesícula biliar e seus condutores, podendo ser aguda ou crônica.

Causas:

- Hereditariedade
- Obesidade
- Calculose biliar

Sinais e Sintomas:

- Dor em quadrante superior direito;


- Rigidez abdominal;
- Náuseas;
- Vômito;
- Icterícia;
- Acolia;
- Colúria;
- Intolerância a alimentos gordurosos.

Tratamento:

- Proporcionar ambiente calmo e tranqüilo;


- Observar, comunicar e anotar aceitação de dieta;

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- Observar, comunicar e anotar evolução de sinais e sintomas;
- Cuidados pré-operatórios, se necessário.

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Aparelho Urinário

INFECÇÃO URINÁRIA

Definição: é a presença de microorganismos em alguma parte do trato urinário.

Causas:

- Contaminação por via ascendente

Fatores Pré-disponentes:
- Obstrução urinária
- Corpos estranhos (sondas)
- Doenças neurológicas: bexiga neurogênica
- Fístulas genito-uirnário e do trato digestivo
- Doença sexualmente transmissíveis
- Infecções ginecológicas
- Higiene inadequada

Sinais e Sintomas:
- Dor
- Ardência
- Dificuldade para urinar
- Urgência para urinar
- Micções freqüentes com volume diminuído
- Urina com alteração de coloração e odor
- Presença de muco na urina
- Hipertemia

Tratamento:
- Hidratação
- Medicamento

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Emprego de técnica correta de sondagem vesical


- Administração de medicamentos
- Aferir sinais vitais com ênfase em temperatura
- Observar, comunicar e anotar características da urina.
- Orientação sobre higiene

GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA (nefrite)

Definição: A nefrite é o resultado de um processo inflamatório difuso dos glomérulos renais tendo

como base um fenômeno imunológico. O fenômeno imunológico responsável ocorre quando uma

substância estranha (antígeno) entra na circulação e é levada aos setores de defesa do nosso

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organismo. O organismo para se defender produz um anticorpo. A reunião do complexo antígeno-

anticorpo pode depositar-se nos tecidos, criando uma lesão inflamatória. Quando o tecido atingido

for o glomérulo, a lesão denomina-se glomerulonefrite.

Causas:

- Infecções de vias aéreas superiores mal curadas: faringites, amidalites, sinusites, etc.
- Certos medicamentos

Sinais e Sintomas:

- Náuseas
- Vômitos
- Fadiga
- Cefaléia
- Dor lombar
- Oligúria
- Hematúria
- Edema facial
- Anasarca
- Hipertensão

Tratamento:

- Adequação alimentar
- Medicamentos: antibióticos, hipotensores, diuréticos, etc.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Repouso absoluto;
Aferir sinais vitais: ênfase em pressão arterial;
Balanço hídrico;
Observar, comunicar e anotar aceitação alimentar;
Controlar peso em jejum;
Observar, comunicar e anotar evolução de edema.

PIELONEFRITE

Definição:
Infecção bacteriana que acomete a pelve renal, túbulos e tecido intersticial, atingindo um ou os
dois rins. Pode ser aguda e crônica. Como agravamento pode levar a insuficiência renal,
hipertensão e calculose renal.

Causas:
- Refluxo uretrovesical
- Litíase renal

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- Outras infecções.

Sinais e Sintomas:

- Disúria
- Hipertemia
- Dor lombar
- Proteinúria
- Fadiga
- Cefaléia
- Anorexia
- Piúria

Tratamento:

- Medicamentoso
- Hidratação oral ou endovenosa

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
- Estimular hidratação, anotar volume;
- Higiene íntima
- Aferir sinais vitais com ênfase em temperatura.
- Controle de diurese;

LITÍASE RENAL
Definição: presença de cálculos ou cristais no sistema urinário, formados pela deposição de
substâncias cristalinas ou depósitos granulosos.

Fatores predisponentes:

- Infecções urinárias de repetição


- Obstrução e estase urinária
- Hipercalcemia
- Hipercalciúria
- Deficiência de vitamina A
- Hereditariedade

Sinais e Sintomas

- Dor em região lombar com irradiação para a pelve


- Náuseas
- Vômitos
- Hematúria
- Disúria
- Piúria
- Polaciúria
- Hipertemia

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Tratamento

- Analgesia potente
- Hidratação
- Adequação alimentar
- Litotripsia
-Cirurgia

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Controle de diurese
- Estimular hidratação
- Proporcionar ambiente calmo e tranqüilo;
- Administração de analgésicos
- Manter acesso venoso permeável

Calculo no ureter

cálculo renal

INSUFICIÊNCIA RENAL

Os rins apresentam as seguintes funções: Remover as substâncias indesejáveis do nosso corpo,


filtrando uréia e ácido úrico; Reabsorver a albumina e sais desejáveis como sódio, potássio e cálcio;
Excreção de substâncias desnecessárias como fósforo e hidrogênio; Secretar hormônios para o
controle do volume, da pressão arterial, do cálcio e fósforo e da formação de hemáceas. A
insuficiência renal é um diagnóstico que expressa uma perda maior ou menor da função renal

INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

A falta abrupta e intensa de água, a perda repentina de sangue ou plasma faz com que
não haja uma formação de urina ou somente de pequena quantidade. Pode ocorrer
também por ingestão de substâncias tóxicas e obstrução de vias urinárias.

Sinais e Sintomas:

- Oligoanúria
- Náuseas e vômitos
- Tontura
- Cefaléia

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- Letargia
- Convulsões
- Edema
- Hipertensão arterial
- Hálito urêmico

Tratamento:

- Tratar o fator desencadeante


- Manutenção do estado geral
- Adequação de dieta
- Medicamentos
- Diálise

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Balanço hídrico
- Controle de peso
- Observar, comunicar e anotar presença de edema;
- Aferir sinais vitais com ênfase em pressão arterial
- Higiene oral
- Cuidados com métodos dialíticos, se necessário.

INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

Muitas doenças renais são progressivas. Quanto mais progridem a gravidade aumenta e os danos
renais também. As lesões perturbam a funcionalidade do rim, provocando a insuficiência renal
crônica.

Causas:

- Obstrução do trato urinário


- Infecções
- Agentes nefrotóxicos
- Hipertensão arterial
- Doenças metabólicas
- Complicações de outras doenças renais

Sinais e sintomas:

- Anorexia
- Náuseas
- Vômitos
- Hálito amoniacal
- Úlceras gastrointestinais
- Soluços
- Eructações
- Hipertensão
- Pericardite

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- Irritabilidade
- Sonolência
- Convulsão
- Coma
- Anemia
- Manchas cutâneas
- Disfunção sexual

Tratamento:

- Acompanhamento clínico
- Métodos dialíticos
- Transplante renal

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Depende do método dialítico


- Balanço hídrico
- Controle rigoroso de pressão arterial
- Controle de peso
- Medidas de conforto

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Aparelho endócrino

DIABETES MELLITUS

Definição:
Doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação de insulina, que leva à sintomas
agudos e complicações crônicas.
O distúrbio envolve o metabolismo da glicose, das gorduras e das proteínas.
Pode ser classificada em:

Diabetes Mellitus tipo I:


Ocasionada pela destruição da célula beta do pâncreas, em geral por decorrência de doença
auto-imune, levando a deficiência total de insulina.
Diabetes Mellitus tipo II:
Provocada por um estado de resistência à ação da insulina associados a uma relativa
deficiência de sua secreção
Outras formas de Diabetes Mellitus:
Associado a desordem genética, infecções, doenças pancreáticas, uso de medicamentos,
drogas ou outras doenças endócrinas.
Diabetes gestacional:
Doença diagnosticada na gravidez, sem aumento prévio da glicose.

Sinais e Sintomas

- Sede excessiva
- Aumento do número de micções
- Surgimento do hábito de urinar a noite
- Fadiga
- Fraqueza
- Tontura
- Visão borrada
- Aumento de apetite
- Perda de peso
- Edema
- Proteinúria
- Lesões de difícil cicatrização
- Perda de sensibilidade periférica

Fatores agravantes:

- Idade maior ou igual há 45 anos

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- Histórico familiar de diabetes
- Sedentarismo
- Triglicérides elevados
- Hipertensão arterial
- Doença coronariana
- Diabetes gestacional prévio
- Nascimento de filhos com mais de 4kg
- Abortos de repetição
- Uso de medicamentos que aumentam a glicose

Tratamento:

- Consiste em manter os níveis glicêmicos, tanto em jejum como pós-prandial, e controlar as


alterações metabólicas.
- Adequação alimentar
- Atividade física
- Medicamentos
- Prevenir complicações

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Observar, comunicar e anotar valores de glicemia capilar


- Observar, comunicar e anotar aceitação alimentar
- Estimular atividade física
- Cuidados de higiene rigorosos em membros inferiores
- Administrar medicamento
- Observar, comunicar e anotar sinais e sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia
- Rodízio de lugar de aplicação de insulina
- Observar, comunicar e anotar presença de lesões cutâneas

HIPOGLICÊMIA

Condição causada por baixos níveis de glicose no sangue.

Causas:

- Deficiência alimentar
- Jejum prolongado
- Doses excessivas de insulina
- Exercício físico em excesso
- Vômitos, diarréias

Sinais e Sintomas:

- Diplopia
- Fraqueza
- Sudorese

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- Palidez
- Tremores
- Taquicardia
- Cefaléia
- Palpitação
- Rebaixamento de nível de consciência

Tratamento:

- Adequação alimentar
- Administração de glicose oral ou endovenosa
- Correção da causa

HIPERGLICEMIA

Condição clínica causada pelo aumento de glicose no sangue.

Causas:

- Excesso de ingestão alimentar

- Estresse

- Infecções
- Falta de insulina

Sinais e Sintomas:
- Fadiga
- Mal estar
- Sede excessiva
- Alterações respiratórias
- Hálito cetônico
- Alteração do nível de consciência

Tratamento:
- Administração de insulina
- Adequação alimentar
- Hidratação

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Aparelho Respiratório

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)

Definição:
É uma doença crônica dos pulmões que diminui a capacidade de respiração.
As doenças pulmonares obstrutivas crônicas mais comuns são:

- Bronquite crônica

- Enfisema pulmonar

- Asma brônquica

- Bronquiectasias

Bronquite Crônica

Está presente quando uma pessoa tem tosse produtiva na maioria dos dias, por pelo menos três
meses, por dois anos consecutivos. Excluindo-se outras patologias como infecções
respiratórias,tumores.
O enfisema pulmonar ocorre quando muitos alvéolos estão destruídos e o restante fica com o
funcionamento comprometido.
Na DPOC há uma obstrução ao fluxo de ar, muitas vezes em decorrência de tabagismo de longa
data.

Causas:
- Tabagismo
- Exposição a poeira por muitos anos (mais de 30)

Sinais e Sintomas:
- Tosse produtiva
- Encurtamento da respiração
- Chiado no peito
- Dispnéia aos esforços mínimos
- Alterações cardíacas
- Edema em membros inferiores.

Tratamento:
- Parar de fumar

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- Medicamentos (broncodilatadores)
- Oxigenoterapia
- Fisioterapia respiratória

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Aferir sinais vitais com ênfase em respiração


- Repouso relativo
- Auxílio para cuidados pessoais
- Cuidados com oxigenoterapia
- Administração de medicamentos
- Observar, comunicar e anotar a realização de exercícios respiratórios

ASMA BRÔNQUICA

Definição:
Doença caracterizada pela inflamação crônica das vias aéreas, provocando seu estreitamento,
causando dificuldade respiratória.
Esse estreitamento é reversível e pode ocorrer em virtude de vários fatores desencadeantes,
diferentes de pessoa para pessoa e, na mesma pessoa em situações diferentes.

Fatores desencadeantes:
- Alterações climáticas

- Poeira doméstica

- Mofo

- Pólen
- Cheiros fortes
- Pêlos de animais
- Gripes ou resfriados
- Fumaça
- Ingestão de determinados alimentos
- Ingestão de determinados medicamentos

Sinais e Sintomas:

- Tosse produtiva ou não


- Falta de ar
- Chiado no peito (sibilância)
- Dor ou aperto no peito

Tratamento:

- Procurar afastar agentes desencadeantes

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- Broncodilatadores
- Antiinflamatório a base de corticóides

ATELECTASIA PULMONAR

Definição:
É o colapso de parte ou de todo o pulmão, causado por um bloqueio na passagem de ar.

Causas:

- Acúmulo de secreções pode impedir a passagem do ar, levando a um colapso parcial - ou total da
área pulmonar afetada;
- Algum objeto atinge o brônquio provocando interrupção na passagem de ar.
- Tumores pulmonares que façam pressão nos brônquios promovendo interrupção na - passagem de
ar;
- Paciente acamados por muito tempo ou após anestesia geral

Sinais e Sintomas:
Dependerá do tamanho da área atingida.
- Dor torácica

- Tosse

- Dificuldade em respirar

Tratamento:
Será baseado na causa da atelectasia.

- Medidas para expansão pulmonar


- Fisioterapia respiratória
- Aspiração de secreções
- Medicamentos
- Boncoscopia

Complicações:
- Pneumonia

PNEUMONIA
Definição:
Infecção que acomete um lobo pulmonar ou parte dele, caracterizada pela presença de
exsudato.

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Causas:
- Bactérias, vírus, fungos
- Substâncias químicas na forma de pó
- Aspiração de secreção gástrica
- Imobilização prolongada
- Exposição ao frio intenso
- Exposição a umidade
- Baixa resistência

Sinais e Sintomas:

- Hipertemia
- Dor torácica
- Dispnéia
- Cianose
- Sudorese
- Taquicardia
- Tosse produtiva
- Fadiga
- Mal estar geral

Tratamento:

- Antibióticos
- Sintomáticos
- Fisioterapia respiratória
- Oxigenoterapia
- Hidratação

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Repouso relativo
- Manter ambiente arejado e tranqüilo
- Aferir sinais vitais
- Cuidados com oxigenoterapia
- Administrar medicamentos
- Mudança de decúbito
- Elevar a cabeceira do leito
- Auxiliar nos cuidados de higiene
- Observar, comunicar e anotar aceitação alimentar e hidratação
- Proceder aspiração de vias aéreas

EDEMA AGUDO DE PULMÃO

Definição: é o acúmulo anormal de líquidos nos alvéolos pulmonares, impedindo a troca gasosa e
como conseqüência retenção de sangue nos vasos pulmonares.

Causas:

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- Cardiopatologias
- Complicações pulmonares
- Processos inflamatórios
- Falência renal
- Toxemia

Sinais e Sintomas:

- Agitação
- Ansiedade
- Dispnéia
- Sudorese fria
- Palidez cutânea
- Cianose
- Respiração ruidosa
- Tosse de início seca e depois produtiva
- Expectoração espumosa de coloração rósea
- Confusão mental
- Coma

Tratamento:

- Manter decúbito elevado


- Oxigenoterapia
- Medicamento: diurético, broncodilatadores
- Restrição hídrica

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Manter decúbito elevado


- Aferir rigorosamente sinais vitais
- Observar, comunicar e anotar alterações respiratórias
- Balanço hídrico
- Observar, comunicar e anotar nível de consciência
- Administrar medicamentos
- Cuidados com oxigenoterapia
- Manter material para atendimento de urgência

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Aparelho Cardiovascular

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Definição:
Alteração com elevação dos níveis de pressão arterial, mesmo em estado de repouso.
Preocupante quando a diastólica está igual ou maior de 110mmHg.
Patologia de início lento que poderá levar as várias complicações.
Doença para a qual a cura é desconhecida, mas com bom prognóstico de manutenção.

Causas:

- Aumento da resistência vascular


- Alterações hormonais
- Aumento da resistência vascular
- Alterações hormonais
- Problemas renais
- Fatores emocionais

Sinais e Sintomas:
- Cefaléia
- Tontura
- Alteração visual
- Náuseas
- Desconforto respiratório
- Elevação dos níveis pressóricos

Tratamento:
- Adequação de dieta (hipossódica ou assódica)
- Medicamentos
- Controle da obesidade

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
- Aferir sinais vitais com ênfase em pressão arterial
- Controle de diurese
- Observar, comunicar e anotar nível de consciência
- Manter ambiente calmo e arejado
- Observar, comunicar e anotar aceitação de dieta
- Administrar medicamento
- Ajustar horário de medicamento para evitar nictúria
- Orientação sobre cuidados com hipertensão

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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA

Definição: Doença caracterizada pela incapacidade do coração em bombear sangue na quantidade


suficiente para suprir o organismo.

Causas:

- Hipertensão arterial
- Insuficiência coronariana
- Valvulopatias
- Miocardiopatias
- Arritmias
- Doenças pulmonares
- Alterações renais

Sinais e Sintomas:

- Edema de membros inferiores


- Dispnéia aos mínimos esforços
- Agitação
- Tosse seca
- Taquicardia
- Insônia

Tratamento:

- Medicamentos
- Repouso

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Aferir sinais vitais


- Controle de balanço hídrico
- Manter decúbito elevado
- Manter ambiente calmo e arejado
- Observar, comunicar e anotar perfusão periférica
- Realizar mudança de decúbito
- Observar, comunicar e anotar presença de edema
- Administrar medicamentos
- Auxiliar nos cuidados de higiene
- Observar, comunicar e anotar aceitação alimentar

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INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

Definição: Lesão no músculo cardíaco com presença de necrose causada por obstrução de uma ou
mais
artérias coronarianas, prejudicando a irrigação sangüínea do coração.

Causas:

- Doenças aterosclerótica
- Hipertensão arterial
- Embolia
- Erro alimentar
- Sedentarismo
- Hereditariedade

Sinais e Sintomas:
- Dor precordial com ou sem irradiação para membro superior esquerdo
- Náuseas
- Vômitos
- Sudorese
- Taquicardia
- Alteração respiratória
- Alterações eletrocardiógrafas
- Alterações de enzimas cardíacas

Tratamento:

- Situação de urgência
- Medicamento trombolítico
- Oxigenoterapia
- Repouso
- Angioplastia
- Cirurgia
- Medicamento antiagregador plaquetário

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Manter repouso absoluto


- Promover ambiente tranqüilo e arejado
- Cuidados com oxigenoterapia
- Aferir rigorosamente sinais vitais
- Observar, comunicar e anotar perfusão periférica
- Manter acesso venoso calibroso e pérvio
- Controlar balanço hídrico
- Instalar monitor cardíaco e oxímetro de pulso
- Administrar analgésico e observar, comunicar e anotar evolução da dor
- Observar, comunicar e anotar nível de consciência
- Auxiliar nos cuidados de higiene
- Auxiliar nos cuidados de alimentação

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- Auxiliar nos cuidados de eliminações fisiológicas
- Observar, comunicar e anotar aceitação de dieta

Infarto

arteriosclerose

ARRITMIAS

Definição: As arritmias são alterações no ritmo normal do coração.


As arritmias podem ser assintomáticas ou sintomáticas, dependendo da intensidade e condições
clínicas do portador.

Entre as arritmias podemos citar:

- Taquicardia: ocorre quando o batimento cardíaco, em um adulto, supera 100 bat/min.


- Em situações de atividade física o valor eleva-se temporariamente. Alterações
patológicas ocorrem em repouso, ou não voltam ao normal ao término da atividade
física.
- Bradicardia: é quando a freqüência cardíaca for inferior a 60 bat/min.
- Fibrilação: existe a auricular e a ventricular. Na fibrilação auricular a freqüência pode atingir até
600 bat/min. Como somente alguns impulsos chegarão ao ventrículo, essa arrtimia pode não ser
fatal. No caso de fibrilação ventricular os batimentos não se elevam a esse ponto, pois seria
incompatível com a vida. A fibrilação ventricular será tolerada por pouco tempo.
- Flutter auricular: o foco ectópico pode elevar a freqüência entre 250 e 350 bat/min.
Somente um a cada três impulsos chega ao ventrículo.
- Palpitções: a pessoa sente o batimento cardíaco no peito ou no pescoço.
- Parada cardíaca: quando os impulsos para contração param.

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Bradicardia taquicardia

fibrilação flutter

Sem atividade elétrica PCR

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Aparelho Neurológico

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL AVC

Definição: condição de perda súbita das funções cerebrais em decorrência da falta de oxigênio, por
interrupção do fluxo sangüíneo.

Tipos:

- Acidente Vascular Cerebral Isquêmico – AVCI


- Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico – AVCH
- Ataque Isquêmico Transitório – ATI

Fatores de risco:

- Hipertensão arterial
- Cardiopatia: insuficiência coronariana, insuficiência cardíaca congestiva, fibrilação atrial,etc.
- Obesidade
- Sedentarismo
- Tabagismo
- Estresse

Sinais e Sintomas:

- Vertigem
- Cefaléia
- Síncope
- Turvação da visão
- Alterações respiratórias
- Paresia
- Plegia
- Afasia
- Ataxia
- Torpor
- Coma
- Edema cerebral
- Desvio de rima

Tratamento:

- Definir através de exames qual o tipo de acidente vascular ocorreu, para melhor direcionar o
tratamento. A extensão da lesão também influenciará no tratamento proposto.
- Oxigenoterapia
- Medicação
- Repouso
- Fisioterapia
- Adequação alimentar

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM

- Proporcionar ambiente calmo e tranqüilo


- Monitorização cardíaca de oxímetro de pulso
- Monitorização de pressão arterial
- Aferir sinais vitais com maior ferqüência
- Balanço hídrico
- Observar, comunicar e anotar nível de consciência
- Observar, comunicar e anotar queixas álgicas
- Realizar mudança de decúbito
- Auxiliar nos cuidados de higiene
- Auxiliar na alimentação
- Auxiliar na alimentação
- Estimular fisioterapia
- Administrar medicamentos

AVC hemorrágico

CONVULSÃO
São distúrbios elétricos cerebrais que causam perda da consciência, fortes contrações
musculares involuntárias e desordenadas em todo o corpo.
Causas:
- Epilepsia
- Trauma de crânio
- Febre alta
- Drogas
- Tumores cerebrais
- Choque elétrico etc.

Sinais e Sintomas:

- Queda ao chão inconsciente


- Salivação abundante
- Contrações musculares
- Perda de urina
- Respiração ruidosa

Cuidados de Enfermagem
- Manter o paciente longe de móveis e objetos
- Desobstruir vias aéreas superiores
- Lateralizar a cabeça
- Não tentar conter as contrações musculares
- Administrar medicação durante ou após a crise

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- Após a crise manter o paciente confortável
- Aferir sinais vitais
- Observar presença de lesões e fraturas
- Auxiliar cuidados de higiene
- Monitorar avaliação neurológica
- Administrar medicamentos
- Preparar o paciente para exames ou cirurgias

convulsão

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Bibliografia

Apostila do curso técnico de enfermagem- Esola El Shaday- Santos- S.P.

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