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Sileide Aparecida de Oliveira Paccola, Mariana Falcão Bormio, José Carlos Plácido
da Silva, João Cândido Fernandes. Docente terceiro do Centro de Treinamento
SENAI de Lençóis Paulista.
Resumo
O presente artigo estuda a sinalização no ambiente de trabalho, a partir da
abordagem interdisciplinar das áreas de ergonomia e segurança do trabalho.
Pretende-se por meio deste trabalho, contribuir na conscientização da importância
da sinalização visual, como medida de segurança, e observar a carência deste
aspecto em projetos de locais de trabalho.
Palavras-chave: sinalização, ergonomia, segurança do trabalho.
1 Introdução
Para Otl (1991) em nosso tempo junto com a palavra falada e escrita, os
símbolos visuais, especialmente os símbolos gráficos, são convertidos em meios de
entendimento indispensáveis, justificados pelas facilidades proporcionadas por essa
categoria de comunicação. De acordo com Dondis (1997), esse fato ocorre devido a
grande parte do processo de aprendizagem humana realizar-se de forma visual, o
que justifica não ser necessária uma alfabetização visual, para fazer ou
compreender mensagens, uma vez que naturalmente aprendemos a compreender, a
reagir e atuar psicofisiologicamente no meio ambiente e, intelectualmente, a conviver
e operar com esses objetos mecânicos, que são necessários a nossa sobrevivência,
de forma instintiva.
2 Informação / comunicação
Percepção Cognição
Níveis de processamento: Níveis de processamento:
- detecção; - identificação / reconhecimento. - interpretação; - significação.
Denotação: Conotação:
- Efeitos perceptuais de natureza denotativa - efeitos cognitivos de natureza conotativa
(objetiva). (subjetiva).
Níveis de significação: Níveis de significação:
- sinais de signos (ruídos, gestos, figuras, - símbolos (aquilo que por principio de analogia
caractere). representa outra coisa).
Tabela 1 - Diferenças entre percepção e cognição. Fonte: Padovani 2004
3 Sinalização visual
A sinalização visual deve ter como prioridade passar para o público, de forma
resumida, clara e, sobretudo objetiva, o conteúdo de sua informação, mensagem,
alertando sobre a existência de perigo que possa expor pessoas e/ou patrimônio
(equipamentos e edifícios) ao risco de danos físicos (Silva e Barbosa, 2005). Para
tanto, ao se desenvolver um projeto de sinalização deve-se estar atento à uma
relação harmônica entre seus componentes (signos, cores e formas), considerando
alguns pontos,dentre os quais Loch (2000) destaca:
Easterby e Hakiel (1977, apud Davies et al., 1998) indicam que os teores da
imagem e da mensagem transmitidos por um sinal podem ser dos tipos descritos na
tabela 3.
Descritiva:
Quando a
imagem identifica
uma fonte de
perigo;
Radiação. Fonte: www.placasmidiaforte.com.br; Perigoso para o
ambiente, substância corrosiva. Fonte: http://pt.wikipedia.org
Prescritiva:
Quando a
imagem
prescreve alguma
ação a ser
tomada; Proteção obrigatória das vias respiratórias, escada, uso obrigatório de
sinto de segurança. Fonte: www.placasmidiaforte.com.br.
Proscritiva:
Quando quer
impedir a tomada
de determinada
ação; Proibido uso de aparelho celular. Fonte: www.placasmidiaforte.com.br.;
Proibido fotografar, proibido andar de bicicleta. Fonte:
www.monteazulplacas.com.br
Tabela 3 – Teores da imagem e da mensagem dos pictogramas. Fonte: Easterby e Hakiel (1977)
3. 2 Cor e forma
Num ambiente, a escolha das cores dependerá da função que este ambiente
terá (para que finalidade vai ser empregado), a escala deste ambiente (dimensões
da superfície, altura) e também o tipo psicológico das pessoas que irão usar este
ambiente. As cores de um aviso ou cartaz dependerão de: finalidade de
comunicação, efeitos de expressão emocional que se quer obter, visibilidade e
dimensões. Porém alguns aspectos devem ser observados:
― O uso das cores deve ser mais reduzido possível. Quando utilizadas em
excesso, ocasionam distração, confusão e fadiga ao trabalhador,
principalmente se estiver constantemente no campo visual;
― É recomendável que as cores padronizadas na NB-76 não sejam usadas
na pintura do carro das máquinas, à exceção do verde, do branco e do
preto;
― As cores referidas na Norma NB-54 devem ser aplicadas preferivelmente
em toda extensão das canalizações;
― A indústria, para efeito de identificação mais detalhada (concentrações,
temperatura, pressões, grau de pureza, etc.), adotará faixas cuja cor ficará
a seu critério;
― Para fins de segurança, os depósitos ou tanques fixos que armazenam
fluidos deverão ser identificados pelo mesmo sistema de cores que as
canalizações por eles abastecidos;
― O sentido de transporte do fluido deve ser indicado;
― O uso das cores não é um substituto para as guardas de proteção, mas
sim um suplemento a elas.
Uma configuração da sinalização deve possuir emprego da cor adequado,
associado a formas geométricas pré-definidas, pois, cada uma possui um significado
que representa um sinal de segurança. Esta relação de forma e cor está indicada
Tabela 3.4.
Tabela 6 - Formas e Cores nos sinais de segurança. Fonte: Factor Segurança (2002).
5 Conclusão
Portanto, por meio desta análise, pode-se concluir que a adoção de um sistema de
sinalização visual bem elaborado, favoreceria este laboratório na aquisição de maior
segurança e agilidade nos seus processos de trabalho.
Abstract
The present article studies the signalizing in the work environment, starting from the
approach interdisciplinary of the ergonomics areas and safety of the work. It is
intended through this work, to contribute in the understanding of the importance of
the visual signalizing, as measure of safety, and to observe the lack of this aspect in
projects of work places.
Key words: Signalizing; Ergonomics; Safety of the work.
Referências
AZEVEDO, Maria de Fátima Mendes de; SANTOS, Michelle Steiner dos; OLIVEIRA,
Rúbia de. O uso da cor no ambiente de trabalho: uma ergonomia da percepção.
Ensaios de Ergonomia: Revista Virtual de Ergonomia. Florianópolis: UFSC,
jun.2000. Disponível em: <www.eps.ufsc.br/ergon/revista> Acessado em: 15 jul.
2005.
IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Ed. Edgard Blucher Ltda.,
1990.